pH Teorias e práticas em medições de pH Conceitos básicos sobre pH Fatores que influenciam os valores de pH Instrumentação e teoria de medição Interferências em medição de pH Dicas para melhoria de performance em medições de pH Manutenção do eletrodo de pH O que é pH? pH por definição é a atividade iônica do hidrogênio Atividade pode ser interpretada como íons livres e não totais O que é pH Tudo começa com o fato de que a água se dissocia em pequena intensidade. H-O-H As H+ ... OH- H+ + OH- ligações se quebram ocasionalmente devido à energia térmica produzindo íons H+ e OH- O que é pH Moléculas de água têm uma distribuição de cargas não uniforme: O H H O Oxigênio é mais negativo e o Hidrogênio é mais positivo O que é pH? A escala de pH – Cada unidade de pH equivale a 10 [H+] O que é pH As moléculas de água rodeiam os íons que estão separados, criando uma barreira para que eles se recombinem O que é pH Aproximadamente, 1 molécula em 10.000.000 se quebra num dado intervalo de tempo, à temperatura ambiente O efeito é estatisticamente baseado na distribuição de energia Há muitas moléculas mesmo em poucas quantidades de amostra, porém o número de dissociações é constante O que é pH O produto da concentração de H+ ( em moles/L ) pela concentração de OH- é uma constante À temperatura ambiente [OH-] x [H+] = K = 10-14 Em água pura, as concentrações de H+ e OH- são iguais. Se há 10-7 moles/L de íons H+ então... 10-7 x 10-7 = 10-14 O que é pH Se há maior quantidade de um íon, haverá menor do outro Exemplo: Se temos 10-3 OH- , então H+ = 10-11 [OH-] x [H+] = K = [ 10-3 ] x [ 10-11 ] = 10-14 O que é pH O pH foi inventado no início dos anos 20 como uma forma reduzida de escrever É calculado pela fórmula pH = - log [H+] Exemplo + -3 -3 [H ] = 0,001 M = 10 = - log 10 = pH 3 Efeito da temperatura no pH A temperatura afeta o equilíbrio de dissociação da água O aumento da temperatura facilita a quebra da ligação... H-O-H + - H ... O - H + - H + OH Efeito da temperatura no pH T em p . º C 0 20 25 30 60 C o n stan te d e E q u ilíb rio 1 ,1 5 x 1 0 6 ,8 2 x 1 0 1 ,1 0 x 1 0 1 ,4 7 x 1 0 8 ,5 1 x 1 0 -15 -15 -14 -14 -14 Quanto maior for a energia térmica ( temperatura ), mais a água se dissocia O que é pH neutro ? Depende da temperatura T em p. ºC C onstante de equilíbrio pK P H neutro 0 1,15 x 10 -1 5 14,99 7,49 20 6,82 x 10 -1 5 14,17 7,09 25 1,10 x 1 0 -1 4 13,997 6,9985 30 1,47 x 1 0 -1 4 13,83 6,92 40 2,95 x 1 0 -1 4 13,53 6,77 60 8,51 x 1 0 -1 4 13,02 6,51 O pH neutro nem sempre é 7 O que é pH neutro ? Depende da concentração do sal C oncentração de N aC l à 25º C 0 pK P H neutro 13,999 7,00 0,1 M 13,711 6,86 0,5 M 13,674 6,84 1,0 M 13,714 6,86 3,0 M 13,989 6,99 5,0 M 14,465 7,23 O pH neutro nem sempre é 7 Efeito de solventes orgânicos Alguns solventes podem, por si próprio se + dissociar, resultando íon H . Por exemplo, metanol: CH3 - O - H CH3 - O .... H (CH3O-) x (H+) = K = 10-19,1 “pH” neutro do metanol = 9,55 CH3O- H+ Sistema de medição de pH O medidor de pH mede a diferença de potencial (mV) entre o lado interno do eletrodo de pH e o lado externo amostra Sistema de medição de pH O que é um pHmetro ? – Age como um voltímetro – Converte o potencial do eletrodo (mV) em pH O potencial gerado no eletrodo está associado à atividade da espécie a qual ele é sensível e não à sua concentração A atividade se relaciona com a concentração por intermédio de um coeficiente a= y .C O coeficiente depende da força iônica do meio Sistema de medição de pH Imagine 2 soluções de HCl separadas por uma membrana permeável Concentração tende a ser a mesma dos 2 lados Sistema de medição de pH Membrana permeável somente para íons H+ O movimento de íons cria um potencial que impede a continuidade desse movimento Sistema de medição de pH Membrana do bulbo •Bulbo de vidro é composto de SiO-Li •Membrana externa forma uma camada hidratada de gel em contato com a água •Membrana interna em contato com o eletrólito forma uma segunda camada de gel Sistema de medição de pH Vidro formado com cátions Lítio, ao invés de Sódio, para minimizar o erro alcalino S istem a de m edição de pH Para medir o potencial, são necessários 2 terminais e 1 voltímetro. De um lado a concentração de H+ é constante, logo o potencial será proporcional à concentração do outro lado. S istem a de m edição de pH Há 4 lugares onde o potencial se desenvolve. Deve-se fixar 3 deles para que todas as mudanças sejam devido à mudanças na amostra S istem a de m edição de pH O terminal na amostra pode ser afetado pela composição da própria, por isso deve-se envolvê-lo com uma solução de composição estável e conhecida S istem a de m edição de pH O conjunto de medição de pH se parece com o sistema abaixo S istem a de m edição de pH Muitos eletrodos para pH têm os dois elementos combinados em um só corpo Sistema de medição de pH O potencial que causa a continuação do movimento é proporcional à diferença de íons hidrogênio livres entre os dois lados D iferença Potencial 2x 18 m V 5x 42 m V 10x 60 m V 1000x 180 m V S istem a de m edição de pH O potencial observado é relacionado ao pH por intermédio de uma curva de calibração Sistema de medição de pH O slope da curva é determinado pela equação E = E0 + RT log H+ nF Potencial de referência Instável com temperatura R, n, F são constantes à aproximadamente 25ºC RT = 60 mV por unidade de pH nF S istem a de m edição de pH Mudanças na relação slope/mV é chamado “compensação de temperatura” Pode ser feito manual ou automaticamente Não permite ajustar a leitura de pH à uma temperatura de referência ( Ex.: 25ºC ) Ponto Isopotencial Interferências e performance Problemas – – – – – comuns de medições Leituras não repetitivas Resposta lenta Ruído na resposta Desvios na resposta Baixa precisão Interferências e performance Sequência Medidor Tampões Eletrodo Amostra Técnica de verificação Interferências e performance Medidor Utilizar plug cego Leitura deverá ser de 0 mV +/- 0.2 mV Utilizar medidores com auto-teste Diagnóstico de erros Interferências e performance Medidor Não utilizar medidores que não sejam micro processados Calibração Sempre calibrar utilizando 2 tampões, no mínimo Checar desvio da calibração com 1 tampão Sempre calibrar com tampões que cubram a faixa de medições das amostras Calibrar com tampões que não tenham mais que 3 unidades de pH de diferença Calibração Frequência de Calibração – Tipo do eletrodo – Tipo de amostra – Número de amostras No mínimo todos os dias Guia do slope do Eletrodo – Faixa ideal: 95% - 102% – Faixa de limpeza: 92% - 95% – Faixa de reposição: abaixo de 92% Calibração Medidores atuais automaticamente calculam o slope O slope pode ser manualmente calculado pela leitura em mV dos tampões, comparando-se com a resposta teórica Nernstiana (59.2 mV/pH unit) – Example: • pH 7 = -10 mV • pH 4 = +150 mV • Slope = 160 mV/177.6 mV = 90.1% Interferências e performance Tampões Fungos Temperatura X Valor Interferências e performance Sempre utilizar tampões novos – Checar validade e data de abertura • pH 4 e pH 7 expira em 3 meses depois de aberta • pH 10 expira em 1 mês depois de aberta – Tampões novos à cada calibração • Utilizar o tampão somente uma vez … não reutilizar tampões Interferências e performance Efeito dos tampões – Tampões têm diferentes valores de pH às diferentes temperaturas – Usar os valores de tampões à temperatura de calibração Interferências e performance 25 C 0C 5C 10 C 20 C 30C 40 C 50 C 60 C 70 C 80 C 90 C 1.68 1.67 1.67 1.67 1.67 1.68 1.69 1.71 1.72 1.74 1.77 1.79 3.78 3.86 3.84 3.82 3.79 3.77 3.75 3.75 4.01 4.00 4.00 4.00 4.00 4.02 4.03 4.06 4.08 4.13 4.16 4.21 6.86 6.98 6.95 6.92 6.87 6.85 6.84 6.83 6.84 6.85 6.86 6.88 7.00* 7.11 7.08 7.06 7.01 6.98 6.97 6.97 7.41 7.53 7.50 7.47 7.43 7.40 7.38 7.37 9.18 9.46 9.40 9.33 9.23 9.14 9.07 9.01 8.96 8.92 8.89 8.85 10.01 10.32 10.25 10.18 10.06 9.97 9.89 9.83 12.46 13.42 13.21 13.01 12.64 12.30 11.99 11.71 *Non-NIST Phosphate Buffer Interferências e performance Eletrodos Variação lenta e sistemática da leitura / Instabilidade Checar entupimento da junção Checar trincas ou arranhões no bulbo do eletrodo Atenção na solução de enchimento do eletrodo – Manter concentração da solução – Prevenir cristalização do KCl Utilizar solução de enchimento correta – Eletrodos Ross não utilizam soluções contendo prata – Eletrodos convencionais devem utilizar soluções de KCl saturado com prata Interferências e performance Eletrodos Congelamento em pH 7 Recuperação drástica do bulbo do eletrodo Interferências e performance Eletrodos Slope fora de faixa Checar pH 7 - mV entre - 25 e + 25 Eletrodos convencionais Junção de Cerâmica e referência Ag/AgCl – Cerâmica porosa, Teflon poroso, etc. Operam fixando íons Ag+ em contato com um filamento de prata Interferências e performance Solubilidade do AgCl muda conforme a temperatura, causando mudança no E0 - Instabilidade nas leituras T em p ( ºC ) S o lub . m g /L E0 ( mV ) 10 1 2 31 ,4 30 2 ,1 2 19 ,0 50 5 2 04 ,5 70 10 1 87 ,8 90 17 1 69 ,5 Manutenção do eletrodo de pH Tratar o eletrodo com soluções que irão remover depósitos – Exemplo: HCl 0.1 M para limpeza geral – Exemplo: 1% pepsina ou tio uréia em HCl para proteínas e sulfetos – Exemplo: Desinfecção com solução apropriada – Exemplo: detergente para óleo & graxa Manutenção do eletrodo de pH Limpeza geral do bulbo do eletrodo – Imergir em HCl 0.1M por 30 minutos – Trocar a solução de enchimento – Deixar em solução de estoque por no mínimo 2 horas Manutenção do eletrodo de pH Limpeza da junção do Eletrodo – Imergir em KCl 0.1M com 1% de pepsina ou tio-uréia por 15 minutos à 70 oC – Trocar a solução de enchimento – Deixar em solução de estoque por no mínimo 2 horas Checar a junção suspendendo o eletrodo no ar por 10 minutos – Observar formação de cristais de KCl Manutenção do eletrodo de pH Recuperação do eletrodo ( último caso ) – Imergir em HF diluído por 2 minutos – Trocar a solução de enchimento – Deixar em solução de estoque por no mínimo 2 horas Manutenção do eletrodo de pH Estoque Curto período – Usar solução de estoque do eletrodo – Deixar em 100 ml de tampão pH 7 com 0.5 g KCl – Deixar em KCl 3M Longo período – Encher o eletrodo, tampar o orifício, estocar com solução na cápsula protetora