ENSOLD - Encontro Técnico de Soldagem
DESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO ELETRODO E7018
NÃO RESSECÁVEL
Paulo Faria
Rodrigo A. Ribeiro
Ricardo Sérgio de O. Jr.
Alexandre Q. Bracarense
Sumário
Introdução
Objetivos
O Eletrodo não ressecável
Comparações com o Eletrodo convencional
Condições especiais para uso
Classificação AWS
Testes realizados
Certificação FBTS
Participação da UO-BC
Conclusões
Introdução
O eletrodo não ressecável foi desenvolvido por um
projeto da UFMG em parceria com a Elbrás. A idéia
básica foi de criar um eletrodo revestido que tivesse
bom desempenho para soldas molhadas.
No decorrer da pesquisa notou-se que a parte
vulnerável à água era o silicato que age como
aglomerante (cola) utilizado no revestimento.
Para solucionar essa questão foi desenvolvido o
aglutinante polimérico.
Objetivo
Apresentar o eletrodo não ressecável, as
etapas para o seu desenvolvimento e a
participação da UO-BC neste projeto.
O Eletrodo impermeável
O Eletrodo não ressecável é uma tecnologia nova e
revolucionária na fabricação de eletrodos revestidos.
O revestimento deste eletrodo não utiliza nenhuma
matéria prima a base de água na sua formulação.
Este fato confere ao consumível a impermeabilização
do revestimento e elimina a necessidade do processo
de secagem e manutenção em estufas pelo usuário.
Comparações com o eletrodo convencional
Não absorve umidade mesmo submetido às condições
mais adversas de contato com água ou ambientes
úmidos.
Comparação após contato com água por 30 minutos.
Comparações com o eletrodo convencional
A dispensa da secagem e manutenção em estufas,
economiza tempo, energia e descartes.
Comparações com o eletrodo convencional
A dispensa da secagem e manutenção em estufas,
economiza tempo, energia e descartes.
Só ai já se tem um ganho significativo!!!!
(kWh/T)
(kWh/T)
Soldagem
(kWh/T)
(kWh/T)
Comparações com o eletrodo convencional
Outra observação importante com um ganho significativo!!!!
O eletrodo não ressecável solda com correntes mais
baixas com a mesma eficiência do eletrodo
convencional.
Isto se traduz em redução de energia consumida e
redução de aporte térmico entre outras economias.
Comparações com o eletrodo convencional
Por ter o revestimento a base de polímeros, é
totalmente flexível e resistente a impactos, garantindo a
sua integridade durante o transporte.
Condições especiais para uso
Por ser impermeável, não necessita e NÃO DEVE ser
secado ou mesmo ressecado. A aplicação de secagem
pode eventualmente danificar o revestimento. Devido a
capacidade hidrofugante do seu revestimento, não há
necessidade de cuidados especiais antes do seu uso.
Condições especiais para uso
Recomendações de soldagem:
Reignição do arco: o eletrodo não ressecável forma
uma pequena gota vitrificada na ponta do arame após a
extinção do arco. O revestimento que envolve a ponta
do eletrodo após a extinção do arco é bastante flexivel e
não necessita ser quebrado para a reignição.
Recomenda-se fazer a reignição “riscando” o eletrodo.
Condições especiais para uso
Soldagem na vertical: procurar manter o eletrodo a
aproximadamente 10° positivos:
Este eletrodo, por ter um revestimento a base de
polímeros, pode ser danificado em caso de
superaquecimento.
Recomenda-se o uso deste material de uma só vez,
evitando-se o reaproveitamento das eventuais pontas.
Classificação AWS
AWS E7018-1 H4R
E - Indica eletrodo revestido.
70 - Indica limite de resistência mínima a tração, em Ksi, do metal
depositado.
18 - Indica posição de soldagem, tipo de revestimento e tipo de
corrente apropriada.
1 - Designa que o eletrodo encontra os requerimentos para
tenacidade melhorada.
H4 - Contém o hidrogênio difusível máximo de 4 mL/100g no metal
depositado.
R – Resistente a umidade - requerido teste de umidade absorvida
de acordo com a norma AWS A4.4M.
Classificação AWS
H4 - O hidrogênio difusível máximo pode ser observado
na tabela abaixo retirada da norma AWS A5.1/5.1M.
Classificação AWS
R - Para análise da umidade absorvida, deve-se seguir as
seguintes etapas:
Preparação - Os eletrodos devem ser expostos a um ambiente
conforme descrito nos itens 17.2 a 17.6 da AWS A5.1/5.1M.
Teste - O teor de umidade do revestimento nos eletrodos baixo
hidrogênio, baixa absorção de umidade, deve ser determinada
por qualquer método adequado. Em caso de controvérsia, o
método descrito na especificação AWS 4.4M deve ser a
referência.
Análise dos resultados - Os resultados do teste não devem
exceder o limite especificado na tabela 10 da AWS A5.1/5.1M.
Classificação AWS
Classificação AWS
O que diz a norma AWS D1.1
Classificação AWS
O que diz a norma AWS D1.1
Classificação AWS
O que diz a norma AWS D1.1
Classificação AWS
Classificação AWS
Hidrogênio difusível – ensaios realizados no
Edison Welding Institute – USA
para a homologação pela FBTS
Como
recebido
Após
exposição em
câmara
climática
Testes realizados
Foram realizados para o produto final:
Análise química, teste radiográfico, teste de tração,
teste de dobramento, teste de impacto, teste de solda
de filete, teste de umidade, teste de umidade absorvida,
teste do hidrogênio difusível, diâmetros e comprimento
padrão, eletrodo e revestimento, eletrodo exposto,
identificação do eletrodo, embalagem, marcação nas
embalagem.
Testes realizados
As análises químicas, hidrogênio difusível, ensaios
mecânicos e dados de soldagem:
Certificação FBTS
Qualificação do consumível pela FBTS.
Certificação FBTS
Qualificação do consumível pela FBTS – resultados dos
ensaios.
Participação da UO-BC
A UO-BC teve participação nas seguintes etapas:
-
Nome do eletrodo
Secagem
Descarte das pontas do eletrodo
Manuseio pelo soldador
Conclusões - Aspectos de Segurança
Metalúrgico:
Eliminação dos riscos de difusão do hidrogênio nas
juntas soldadas, devido à absorção causada por
manuseio inadequado nos eletrodos convencionais
higroscópicos. Este fato ocorre em virtude destes
revestimentos terem propriedades higrofugantes.
Pessoal e Instalações:
Em manutenção promove a redução do manuseio de
estufas elétricas portáteis em áreas Classificadas ou
com risco de explosão.
Conclusões - Aspectos econômicos
O eletrodo E7018/7018-1 H4R é o primeiro eletrodo
impermeável com revestimento básico. Essa tecnologia
foi desenvolvida no Brasil;
A eliminação das estufas proporcionará economia à
indústria, quanto à redução no consumo de energia
elétrica, custo de aquisição/manutenção/calibração das
estufas e agilidade do manuseio dos consumíveis;
Haverá impacto no aumento da produtividade, devido à
praticidade de uso do eletrodo imediatamente após
aberta a embalagem.
Obrigado!
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Apresentação PETROBRAS no ENSOLD 2012