PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Do Planejamento Financeiro à Gestão Estratégica "O universo social não possui ‘leis naturais’ como as que governam as ciências físicas. Assim, é sujeito a mudanças contínuas." Peter Drucker Livro Referência: Do Planejamento Financeiro à Gestão Estratégica - Mauro C. Tavares 1 DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO À GESTÃO ESTRATÉGICA EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA ANOS 50 e 60 ANOS 70 ANOS 80 ANOS 90 A B GESTÃO ESTRATÉGIA R A PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO N G PLANEJAMENTO A E N C I A ÊNFASE PROBLEMA Cumprimento do orçamento Orientado pela disponibilidade Ênfase na informação Análise das mudanças no ambiente Conhecimento como recurso crítico Análise de lacunas Análise das forças e fraquezas da organização Integração de processos, pessoas e recursos Projetar o futuro Definir a estratégia Integrar estratégias e organização LONGO PRAZO PLANEJAMENTO FINANCEIRO Orçamento Anual Pensamento estratégico Flexibilidade Projeção de tendências Não previsão de mudança Dissociação entre planejamento e implementação 2 Definição de Estratégia Podemos então definir estratégia como sendo a identificação e o estabelecimento de um conjunto de objetivos e metas, além de padrões e ações, por meio da alocação de recursos e de competências,considerando-se as influências e forças do ambiente, bem como a vontade da organização e dos seus dirigentes. Esse processo envolve critérios de decisão e a ação da concorrência e das outras forças competitivas. 3 Planejamento a Longo Prazo NÍVEL DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL Onde poderia chegar OBJETIVO Onde deverá chegar Lacuna O que pode acontecer T.4 T.3 T.2 T.1 T.0 T.1 T.2 T.3 T.4 T.5 T. (TEMPO) 4 ANÁLISE DA CARTEIRA – MATRIZ DE CRESCIMENTO E PARTICIPAÇÃO DE MERCADO C r e s c i m e n t o Estrela Criança Problema Mina Abacaxi A M e r B c a d o A Participação B 5 A Matriz de Atratividade do Mercado e Posição de Negócio Atratividade do Mercado ou da Indústria 66% 33% BAIXA UN - A o 33% MÉDIA 66% FORTE 100% O FRACA VARIÁVEIS DA POSIÇÃO COMPETITIVA • Penetração de mercado • Participação • Gastos • Retorno ALTA Posição Competitiva VARIÁVEIS QUE PODEM SER ANALISADAS NA ATRATIVIDADE DO MERCADO • Potencial • Crescimento • Flutuações da demanda UN - B o UN - C o 6 A Gestão Estratégica A Estrutura dos 7s Estrutura 7-S da McKinsey (adaptado) Structure Estrutura Systems Sistemas Strategy Estratégia Skills Aptidões Symbolic Behavior Shared Values Valores Comportamento Simbólico Compartilhados Staff Apoio 7 A COMPETIÇÃO PELO FUTURO Busca da competitividade Reestruturação do Portfólio e Downsizing Menor Benchmarking Igual Reengenharia de Processos e Melhoria contínua Melhor Reinvenção Dos setores E Regeneração De Estratégias Diferente 8 Conceito de Downsizing O Downsizing resulta na redução dos níveis da gestão e na redução da dimensão da organização através da anulação (fechamento) de áreas produtivas não essenciais, centrando-se no que melhor sabem fazer (core competence), subcontratando ao exterior (terceirização) atividades não fundamentais, permitindo uma maior flexibilização da estrutura organizacional. 9 Benchmarking Introduzido na linguagem empresarial pela empresa Xerox, que o definiu como "o processo contínuo de medirmos e compararmos os nossos produtos, serviços e práticas com os mais fortes concorrentes ou com as empresas reconhecidas como líderes da indústria". É um processo ou técnica de gestão através do qual as empresas ou organizações avaliam o desempenho dos seus processos, sistemas e procedimentos de gestão comparando-o com os melhores desempenhos encontrados noutras organizações. 10 Reengenharia Conceito introduzido por James Champy e Michael Hammer através do best-seller “Reenginnering the Corporation” publicado em 1993. Consiste em repensar e redesenhar radicalmente as práticas e processos nucleares da organização tais como: o o o o serviço ao cliente; desenvolvimento de novos produtos; cultura organizacional; resposta às encomendas, entre outras. Objetiva aumentar a produtividade através da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente. 11 A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA Etapas do Processo da Gestão Estratégica Análise macroambiental Análise do Ambiente Competitivo e dos tipos de Relacionamentos Análise do Ambiente Interno Formulação e Implementação de Estratégias Negócio Visão Missão Competências Distintivas Elaboração de Planos de Ação Valores e Políticas Elaboração do Orçamento Avaliação e Controle Gerenciamento e Responsabilidade 12 O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉTICO DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO, VISÃO, MISSÃO E COMPETÊNCIAS RESTRITA VISÃO Produto NEGÓCIO AMPLA COMPETÊNCIAS Necessidade DISTINTIVAS DIMENSÕES: Produto/mercado Geográfica Vertical Negócios relacionados MISSÃO 13 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO Restrita e Ampla RESTRITA AMPLA Trens de ferro Transportes Tratores Produtividade agrícola Secos e Molhados Alimentos Televisão Informação, lazer, cultura e entretenimento 14 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO Restrita Produto Organização Balas Biscoitos Chocolates Mercado ? Ampla Mercado Crianças Organização Geração saúde Obesas Alimentos Saborosos Saudáveis Ligths 15 Diferentes Espaços de Negócios Bem-Estar Segurança Organização Vigilância Prevenção Qualidade de Vida 16 EVOLUÇÃO DO NEGÓCIO DAS EMPRESAS ENERGÉTICAS FORÇA E LUZ ELETRICIDADE ENERGÉTICA QUALIDADE DE VIDA 17 Visão Como se pretende que a organização seja vista e reconhecida. É uma projeção das oportunidades futuras do negócio da organização e uma concentração de esforços na sua busca Onde desejamos colocar a organização e Como incorporar as inovações necessárias ao seu atingimento. É semelhante a um sonho. Mas ao contrário do sonho, ela diz respeito à realidade. Características: Vinculada à realidade Flexível Atemporal Desafiadora Compartilhada 18 Fatores a serem considerados na elaboração da visão Aprendizado sobre o mercado e seu ambiente de atuação; Participação na mente dos consumidores, através da marca; Capacidade de criar e administrar alianças, coalizões e parcerias; Desenvolvimento de competências distintivas Habilidade em desenvolver e explorar o potencial humano, como suporte aos fatores anteriores. 19 Missão Delimita a sua atuação no espaço de negócio escolhido. Procura estabelecer uma perspectiva comum sobre o futuro e sobre o papel da organização face à realidade. É o enunciado do papel que a organização pretende desempenhar em relação às oportunidades e ameaças apresentadas pelo seu ambiente de negócio Pressupostos para a definição da Missão: “Quem é e onde está o nosso cliente?” “Quem poderá vir a ser o nosso cliente?” “O que podemos fazer para manter os primeiros clientes e conquistar os demais?’ “O que compra nosso cliente?” “Como nossas competências distintivas poderão ser utilizadas para significar vantagem competitiva sustentável?”20 Elementos para a Busca da Visão e Cumprimento da Missão LIDERANÇA SENSO DE URGÊNCIA Comprometimento envolvimento Parcerias e Propensão para mudança Energização VISÃO CENÁRIO E ESTRUTURA CAPACIDADE PARA MUDANÇA Projetar o que, como, quando e por que Adequar a estrutura para favorecer a mudança Pessoas, tecnologias e métodos. Know-how e habilidades. Projeto de 21 Gestão Competências Distintivas A visão e a missão precisam se apoiar em um conjunto de competências desenvolvidas para explorar as oportunidades atuais e buscar as oportunidades futuras. Competências distintivas é o conjunto de habilidades e competências que a organização precisa desenvolver e manter tornando-se única. Resultam da capacidade da organização em harmonizar suas habilidades: humanas, tecnológicas e financeiras. 22 EXEMPLO DE NEGÓCIO, VISÃO, MISSÃO E COMPETÊNCIAS DISTINTIVAS DE UMA EMPRESA DE MEDICAMENTOS •Negócio: Restabelecimento e manutenção da saúde •Visão: Ser a melhor referência em medicamentos eficazes e seguros voltados para o restabelecimento e manutenção da saúde da população infantil •Missão: Contribuir para o restabelecimento e manutenção da saúde da população infantil com medicamentos seguros, eficazes e de baixo custo voltados prioritariamente para o mercado ético •Competências distintivas: Relacionamento com entidades de pesquisa; tradição e reputação junto à classe médica; marcas consolidadas; bom relacionamento com a rede23de distribuidores. EXEMPLO DE NEGÓCIO, VISÃO, MISSÃO E COMPETÊNCIAS DISTINTIVAS DE UM HOTEL Negócio: Lazer Visão: Ser a principal escolha para quem busca, através do turismo, alegria e descontração. Missão: Proporcionar lazer individual e coletivo através de hospedagens, eventos e atividades que gerem alegria e descontração a pessoas que viagem com objetivos turísticos. Competências Distintivas: recursos naturais, criação de uma infra-estrutura, equipamentos e instalações únicos. Pacotes turísticos que representem um valor superior às outras alternativas consideradas pelo turista. Relações com operadoras de turismo, com a imprensa especializada e prestadores de serviços. 24 EXEMPLO DE NEGÓCIO, VISÃO, MISSÃO E COMPETÊNCIAS DISTINTIVAS Em sua fase pioneira, em que o telefone era uma das aspirações do cidadão comum, a ATT tinha como missão dotar cada lar norte-americano de um telefone preto. Negócio: Telecomunicação Visão: Ser a melhor prestadora de serviços telecomunicações e transmissão de dados do Mundo de Missão: Contribuir para a interação entre pessoas, através de sistemas de telecomunicações que incorporem a tecnologia de última geração, proporcionando valor ao usuário. 25 ANÁLISE DAS FORÇAS MACROAMBIENTAIS "Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas aquelas mais sensíveis às mudanças." Charles Darwin INTRODUÇÃO: Fontes de análise das forças ambientais: negócio, visão e missão. Função: estabelecer alternativas de estratégias que possam auxiliar no processo decisório Foco interno: transformar o conhecimento e aprendizagem adquiridos na análise ambiental em especificações de oportunidades e ameaças para orientar o foco da organização. 26 Análise Macro-ambiental COMPONENTES MACRO-AMBIENTE ORGANIZACIONAL Variáveis Indicadores DO Elaboração Cenários Múltiplos Indicadores de com DIMENSÕES DA ANÁLISE MACRO-AMBIENTAL Identificação das variáveis Ordenação Avaliação 27 Componentes do Macro Ambiente Organizacional Principais Forças do Macro-Ambientais da Organização Macroambiente Economia Organização 28 DIMENSÕES DA ANÁLISE DAS FORÇAS MACROAMBIENTAIS Abrange as seguintes dimensões: Primeiro passo: Identificação das Variáveis Ambientais categorizar as forças ambientais em variáveis e indicadores, nos quais a organização possa apoiar seus cursos de ação. derivar indicadores tais como o nível de inflação (política econômica), renda discricionária, crescimento (economia) as inovações (tecnologia), o crescimento da população (demografia), a estabilidade política (política), etc. categorizá-las segundo as dimensões: complexidade, velocidade, duração e incerteza. 29 Complexidade. Conjunto de variáveis que, em dado momento, simultaneamente influencia positiva ou negativamente na vida de uma organização. Velocidade Intensidade de alteração nos indicadores de determinada variável que compõem o ambiente da organização. Duração. É o período de tempo que uma variável interfere, positiva ou negativamente, na vida de uma organização. As mudanças lentas, mas duradouras, correspondem à tendências. As mudanças rápidas, mas de curta duração, correspondem aos modismos. Incerteza. É o grau de previsibilidade das forças ambientais, que podem ser baixa, média ou alta. 30 Segundo passo: Ordenação das Forças Ambientais Segundo a natureza de sua influência POLÍTICA ECONÔMICA SOCIAIS CULTURAIS ECONÔMICA ECONÔMICA Recessão Contração das vendas Marginalidade Maior permanência no lar Maior consumo de energia, água, equip. de segurança 31 Terceiro passo: Avaliação do Grau de Impacto Pode variar segundo os seguintes aspectos: Porte da Organização Setor em que Opera Natureza Mercados ou Segmentos em que Atua Quarto passo: Avaliação do Efeito do Impacto Positivo, configurado em oportunidades; ou Negativo, configurado em ameaças. 32 ANÁLISE DAS FORÇAS AMBIENTAIS Forças Sociais Mudanças no comportamento do consumidor Mudanças nos padrões de preferência, compra e consumo Mudanças nas relações sociais Forças Governamentais Novas leis Novas prioridades A governabilidade 33 Forças Econômicas Taxas de juros Balanço de pagamentos Mudanças na estrutura e distribuição de rendas A vocação e o crescimento econômicos Mudanças no Ambiente Competitivo Emergência e adoção de novas tecnologias de processo de produto Novos concorrentes Novas estratégias 34 Forças Competitivas de uma Indústria Entrantes Potenciais Ameaça de novos entrantes Poder de negociação dos concorrentes Fornecedores Concorrentes na Indústria Rivalidade nas empresas existentes Poder de negociação dos compradores Compradores Ameaça de serviços ou produtos substitutos Substitutos 35 ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR BARREIRAS DE ENTRADA Economias de escala Diferença entre produtos patenteados Vantagens de custo absoluto Curva de aprendizagem Identidade de marca Acesso a insumos necessários Custos de mudança Projeto de projetos de baixo Exigências de capital Acesso à distribuição custo Política governamental Retaliação esperada 36 ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR DETERMINANTES DA RIVALIDADE Conhecimento da indústria Custos fixos/valor adicionado Excesso de capacidade crônica Custos de mudança Concentração e equilíbrio Complexidade informacional Diferença de produtos Diversidade de concorrentes Identidade de marca Interesses empresariais Barreiras de saída 37 ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR DETERMINANTES DO PODER DO FORNECEDOR Diferenciação de insumos Concentração de fornecedores Custos de mudança dos fornecedores e das empresas na indústria Presença de insumos substitutos Importância do volume para o fornecedor Custo relativo a compras totais na indústria Impacto dos insumos sobre custo ou diferenciação Ameaça de integração para frente em relação à ameaça de integração para trás pelas empresas na 38 indústria ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR DETERMINANTES DO PODER DO COMPRADOR Alavancagem de Negociação Concentração de compradores versus concentração de empresas Volume do comprador Custos de mudança do comprador em relação aos custos de mudança da empresa Informações do comprador Possibilidade de integração para trás Produtos substitutos Sensibilidade ao preço Preço/compras totais Diferenciação dos produtos Identidade de marca Impacto sobre qualidade/desempenho Incentivos dos tomadores 39 de decisão ANÁLISE ESTRUTURAL DO SETOR DETERMINANTES DA AMEAÇA DE SUBSTITUIÇÃO Desempenho de preço relativo dos substitutos Custos de mudanças Propensão do comprador substituir 40 ESTRATÉGIAS GENÉRICAS Alternativas: Custo Diferenciação Enfoque Meio Termo Produto Mercado Atual Novo Atual Novo Penetração de Mercado Desenvolvimento de Produto Desenvolvimento de Mercado Diversificação 41 GESTÃO DAS RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS Parcerias Redes (network) Alianças estratégicas OPERACIONALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS Passos: 1o Identificação dos Públicos 2o Níveis de Interesse 3o Avaliação dos Níveis de Relacionamento 4o Caracterização do Nível de Relacionamento Desejado 5o Caracterização das Expectativas de Relacionamento 6o Passo – Ações a serem desenvolvidas 42 Análise de alguns relacionamentos de uma empresa Nome do público Fornecedores Concorrentes Distribuidores Nível de interesse Mútuo Almejado Mútuo Nível de relacionamento Funcional Institucional Funcional Funcional Tipo de relacionamento desejado Expectativa de relacionamento Organização/ Público/ Público Organização Parceria * Pontualidade nas entregas * Preço/ condições de pagamento * Cumprimento das especificações Aliança * Cessão de Knowhow e das futuras inovações * Lealdade na atuação * Transparência nas ações * Preferência * Pontualidade no Redes/ Parceria pagamento * Informações de mercado * Preferência * Pontualidade no pagamento * Orientações sobre especificações * Longo prazo * Utilização do Knowhow conforme estipulado * Lealdade/ honestidade na atuação * Transparência nas ações * Sensiblidade às mudanças no mercado * Preço/ Condições de pagamento * Apoio promocional 43 PROBLEMAS QUE EMERGEM DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL EM UM Falta de uma Delimitação Clara entre os Níveis de Decisão e Estilo de Gestão; Deficiências, Ruídos ou Bloqueios no Processo de Comunicação; Ausência ou Deficiência Recompensas e Punições; Conflitos entre Organização. as Áreas no ou Sistema de Grupos na 44