680 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA BAIXA MASSA ÓSSEA EM MULHERES PÓS-MEOPÁUSICAS V Mostra de Pesquisa da PósGraduação Rejane Tetelbom Schuchmann , Prof. Dr. Rodolfo Herberto Schneider (orientador) Programa de Mestrado em Gerontologia Biomédica, Instituto de Geriatria e Gerontologia, PUCRS Resumo . Introdução O envelhecimento da população mundial é um fenômeno que ocorre nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estudos acerca das condições de saúde do grupo de indivíduos mais idosos vêm se tornando mais numerosos, decorrente da necessidade de entender e propiciar a estes qualidade de vida. Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, maior para mulheres em relação aos homens (IBGE, 2009), a prevenção de doenças crônico-degenerativas, como a perda de massa óssea, principalmente a osteoporose e a osteopenia, é necessária. A perda de massa óssea está associada a diferentes fatores (WHO, 2008), principalmente genéticos, mas também ambientais o que acarreta um aumento no risco de fraturas em qualquer região do esqueleto, principalmente vértebras, úmero, punho e fêmur proximal. Medidas precoces na realização do diagnóstico da osteoporose são fundamentais para prevenir e reduzir o risco de fraturas, principalmente no que tange à morbimortalidade. Neste sentido, o diagnóstico padrão ouro é realizado através do exame de densitometria óssea em diferentes regiões do esqueleto. O exame de densitometria óssea de fêmur é o melhor preditor para avaliar o risco futuro de fraturas nesta região anatômica (Lewiecki e Borges, 2006). Adicionalmente também outras regiões do esqueleto são avaliadas em relação à densidade óssea e risco de fraturas, principalmente as vértebras da coluna lombar e o antebraço. A presença de fraturas de fêmur e vértebras tem aumentado e está relacionada à mortalidade, tanto a curto (Kanis et al, 2008) como a longo prazo (Bliuc et al, 2009), dependendo dos fatores individuais de risco associados a cada paciente V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010 681 O presente estudo se propõe a avaliar se existe associação entre a prevalência dos fatores de risco para fratura e a presença de baixa massa óssea em mulheres pósmenopáusicas (Banks et al, 2009) que realizam o exame de densitometria óssea em diferentes grupos etários. Objetivos específicos: Determinar a prevalência dos diferentes fatores de risco para baixa massa óssea para cada grupo etário em mulheres pós-menopáusicas que realizam o exame de densitometria óssea no Centro de Diagnóstico da Unimed Porto Alegre, avaliar as variáveis antropométricas das pacientes submetidas à densitometria óssea, verificar a relação do uso de fármacos com os diferentes fatores de risco para baixa massa óssea e avaliar a prevalência de massa óssea em mulheres pós-menopáusicas na coluna lombar e fêmur proximal. Metodologia Delineamento : Estudo transversal e retrospectivo. População em estudo: Mulheres com idade ≥ 55 anos usuárias do Centro de Diagnóstico da Unimed do município de Porto Alegre encaminhadas para a realização do exame de densitometria óssea. As participantes do estudo responderão a um questionário específico acerca dos fatores de risco para osteoporose. As pacientes escolhidas serão as que realizarão o exame pela primeira vez no período do estudo, compreendido entre setembro de 2009 a agosto de 2010. Serão excluídas as pacientes com artefatos de imagem que possam influenciar a interpretação do exame, tais como calcificações, prótese de silicone e próteses metálicas ou que apresentem limitação cognitiva para responder as perguntas. O questionário inclui dados referentes à idade, raça, peso, altura, fármacos em uso, data da menopausa, tabagismo, história familiar de baixa massa óssea, história cirúrgica e comorbidades que afetam o metabolismo ósseo. O questionário será aplicado previamente à realização do exame de densitometria. Referências BLIUC, D.; NGUYEN D.; MITCH, V.; et al. Mortality Risk Associated With Low-Trauma Osteoporotic Fracture and Subsequent Fracture in Men and Women. Jama. Vol. 301, Nº 5 (2009), pp. 513 – 521. BANKS, E.; REEVES, G. K.; BERAL, V.; BALKWILL, A.; LIU, B.; RODDAM, A.. Hip Fracture Incidence in Relation to Age, Menopausal Status, and Age at Menopause: Prospective Analysis. PLoS Medicine. Vol. 6, Nº 11 (2009). BRASIL, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Tábuas Completas de Mortalidade - 2007. Arquivo disponível na Internet em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=1275. Acessado em 11 out. 2009. V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010 682 Kanis et al. European guidance for the diagnosis and management of osteoporosis in postmenopausal women. Osteoporos Int 19(2008), pp.399-428. Lewiecki,E.M. Borges, J.L. Bone Density Testing in clinical Practice. Arq Bras Endocrinol Metab. Vol. 50 nº 4 (2006), pp. 586-592. WHO Scientific Group Technical Report Kanis JA, World Health Organisation Scientific Group. Assessment of osteoporosis at the primary health care level. WHO Collaborating Centre for Metabolic Bone Diseases, University of Sheffield 2008. Assessment of osteoporosis at the primary health care levelWorld Health Organization Collaborating Centre for Metabolic Bone Diseases, University of Sheffield, UK http://www.shef.ac.uk/FRAX. Acesso em 01 jun. 2010. V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010