Laringotraqueobronquite (CRUPE) Universidade Católica de Brasília Faculdade de Medicina – Internato em Pediatria – 6ª Série Apresentação: Raquel Matias www.paulomargotto.com.br Brasília, 22 de agosto de 2014 Vias aéreas intermediárias Obstrução inflamatória aguda das vias aéreas intermediárias: Epiglotite supraglótica Laringite espasmódica; Laringotraqueobranquite(Crupe) infraglótica Mesma fisiopatologia edema e espasmo laríngeo ; Importância em lactentes e crianças pequenas calibre de via aérea diminuído; Vias aéreas intermediárias Vias aéreas intermediárias Crupe Viral: Responsável por mais de 95% de infecções laringo- traqueais; Agentes: Vírus parainfluenzae tipos 1,2, 3 (75%), adenovírus, VSR, influenzae; Acomete crianças de 3 meses a 5 anos; Pródromo de 12 a 72 horas; Inflamação da mucosa aumento de secreções e edema subglótico estreitamento crítico da traquéia; Bacteriana: Complicação da Crupe viral; Agentes: S.aureus, M. catarrhalis, H.influenzae não tipável; Vias aéreas intermediárias Crupe: Manifestações clínicas: Febre baixa; Retração esternal e intercostal; Tosse metálica + estridor inspiratório leve estridor contínuo + piora da tosse + rouquidão (Síndrome Crupe) Sintomas tipicamente noturnos; Doença autolimitada(3-5 dias); Diagnóstico: Clínico; Radiografia ântero posterior do pescoço sinal da torre; Vias aéreas intermediárias Crupe: Tratamento: Crupe viral leve tratamento em casa, com observação de sinais de aumento de gravidade; Quando internar: Epiglotite identificada ou suspeita; Estridor progressivo; Estridor intenso em repouso; Dificuldade respiratória; Hipóxia; Inquietude; Cianose/palidez; Rebaixamento do nível de consciência; Febre alta na presença de sinais de toxemia; Vias aéreas intermediárias Crupe: Conduta: Criança colocada em uma atmosfera com alta umidade; Monitorização; Corticóides: Dexametasona 0,15-0,6 mg/kg dose única VO ou IM; Budesonida inalatória 2mg/dose, 2x por 5 dias; NBZ com adrenalina 0,25-0,75ml a 2,25% em 2- 3 ml de SF a cada 20 min ou 5ml da mistura isômero(1:1000) O efeito máximo do tratamento 6 h após a aplicação; Observar durante 2 a 6 horas na emergência estridor voltar repete adrenalina Vias aéreas intermediárias Diagnósticos diferenciais: Epiglotite: Emergência médica; Intenso edema da epliglote e dos tecidos adjacentes associados a sepse; Agentes: S.pyogenes, Pneumococo, S.aureus, Haemophilus influenzae tipo B; Faixa etária acometida: 1 a 6 anos; Quadro clinico: Inicio agudo, tosse mínima; Febre alta, toxemia; Sialorréia, dor de garganta intensa; Dispnéia, obstrução respiratória rapidamente progressiva; Vias aéreas intermediárias Diagnóstico: Clínico Laringoscopia: visualização da vermelho cereja, grande e edemaciada; Radiografia lateral cervical sinal do polegar Conduta: Internação hospitalar UTI Intubação traqueal ou traqueostomia; Início da terapia antimicrobiana: Ceftriaxona, cefuroxima Ampicilina+ sulbactam EV ou amoxicilina + clavulanato Profilaxia: rifampicina 20mg/kg/dia, maximo 600mg/dia 1x/dia/4dias Vias aéreas intermediárias Diagnóstico diferencial: Crupe diftérico: Precedido de IVAS; Desenvolvimento de sintomas mais lentamente, rinorréia serosa ou serossanguinolenta; Exame da faringe: Membrana branco acinzentada sobre as amígdalas sangramento após tentativa de retirada; Linfadenomegalia cervicais, intensa disfagia, febre baixa ou ausente; Aspiração de corpo estranho: Quadro súbito, tosse sufocante, sem pródromos; Vias aéreas intermediárias Dados clínicos Epiglotite Crupe Difteria Início Súbito Gradual Súbito Gravidade Alta Leve ou moderada Alta Toxemia Presente ausente Presente Sinais especiais Disfagia, sialorréia Tosse metálica Febre baixa Sinais locais Faringe e epiglote rubra Hiperemia discreta Placa em orofaringe Etiologia Haemophilus influenzae Vírus Corynebacteruim diphtheriae Referências bibliográficas Manual ilustrado de pediatria. Tom Lissauer, Graham Clayden[ tradução Arnaldo Prata Barbosa]. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 HANY SIMON JUNIOR. IV Manual de otorrinolaringologia pediatrica da IAPO: : Laringites na infância. Iv Manual de Otorrinolaringologia Pediatrica da Iapo, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p.103-106, ago. 2009.