Matemática Elementar III – Funções Compostas Ou seja: (f−1of)(s) = s, para todo s ∈ S. Isso significa dizer que (f−1of) =ids, que é a aplicação identidade de S sobre ele próprio. (i) Se f e g são injetiva, fog é injetiva? (ii) Se f e g são sobrejetiva, fog e sobrejetiva? Demonstração: De modo análogo, para cada t ∈ T, (fof−1) (t) = t. Ou seja, f o f−1 = idT, que é a identidade de T sobre T. −1 A resposta é afirmativa para ambas as questões: (i) Suponha que as funções g : S → T e f: T → W são injetivas. Sejam s1, s2 ∈ S tais que: −1 Essas duas relações, fof = idT e f of = ids facilitam o entendimento de que f−1: T → S é uma aplicação bijetiva. (fog) (s1) = (fog) (s2). Queremos saber se s1 = s2. De fato, suponha que f−1(t1) = f−1(t2), com t1, t2 ∈ T. Aplicando f em cada lado da igualdade, obtemos: Para isso, (fog) (s1) = (fog) (s2) ⇒ f(g (s1)) = f(g (s2)). Como f é injetiva, temos que g (s1) = g(s2). Como g é injetiva, s1 = s2. Logo, fog é injetiva. f (f−1( t1)) = f (f−1( t2)), que é a mesma coisa de: (fof−1) (t1) = t1 = (fof−1) (t2) = t2 ⇒ t1 = t2 Portanto f−1 é, de fato, injetiva. (ii) Suponha que ambas as funções g : S → T e f: T → W são sobrejetivas. Por que f−1 é sobrejetiva? Seja s ∈ S, queremos exibir algum elemento t ∈ T tal que s = f−1(t). Para isso, seja t = f(s), então f−1(t) = f−1(f(s)) = (f−1of) (s) = idS(s) = s. Queremos mostrar que dado w ∈ W, existe so ∈ S tal que (fog) (so) = w. De fato, como f é sobrejetiva, existe to ∈ T tal que f(to) = w. Logo, f−1 é sobrejetiva. Agora, como g: S → T é sobre, existe so ∈ S tal que g(so) = to . PARA REFLETIR Sejam f e f−1 duas funções, tais que f−1 seja a inversa de f. Mostre que f é bijetiva se, e somente se, f−1 é bijetiva. Mas, então: (fog) (so) = f(g(so)) = f(to) = W. Portanto, f o g é sobrejetiva. PROPRIEDADES IMPORTANTES PARA REFLETIR As aplicações identidades idS, idT têm algumas propriedades algébricas importantes, que comentaremos a seguir. Se g: S → T e f: T → W são ambas bijetivas, então f o g : S → W é bijetiva Propriedade 1: Seja f : S → T uma função e seja idT: T → T a aplicação identidade de T. Pelas definições de f e idT, mostre idTof = f Demonstração: Se s ∈ S, então (idTof ) (s) = idT (f (s) ) = f (s). Ou seja, (idTof ) (s) = f(s), para todo s ∈ S. Isto significa que idTof = f. Propriedade 2: Sejam g: S → T e f : T → W duas funções. Nessas condições, podemos definir: fog : S → W. Sendo assim, temos que duas questões podem ocorrer naturalmente: 21