Matemática Elementar III – Funções Solução: De fato, basta mostrar que ∀ a,b ∈ IR+, com a ≠ b ⇒ f(a) ≠ f (b). TEMA 03 Sendo a,b ∈ IR+, quaisquer, com a ≠ b. Temos, então, que ou a > b, ou a < b, em qualquer dos casos a2 ≠ b2 ⇒ f(a) ≠ f (b). Logo f é injetiva. FUNÇÕES INVERSÍVEIS Dados dois conjuntos S e T não-vazios, pode existir uma função f : S → T tal que f seja injetiva e sobrejetiva. Nesse caso, f é chamada uma função bijetiva ou bijetora ou uma bijeção. Afirmo que f é sobrejetiva. De fato, basta mostrar que ∀ b ∈ IR+, ∃ pelo menos um a ∈ IR+ tal que f(a) = b. Essa definição sugere uma certa simetria em relação ao fato de ser bijetiva. Isto é, a definição fala de uma função bijetiva f de S para T. Mas, nesse caso, também existe uma função bijetiva de T para S, e essa função será chamada de a inversa de f, sendo usualmente denotada por f−1. Tome a = . Sendo assim, f(a) = a2 = ( = b, para qualquer b ∈ IR+. )2 Assim, concluímos que f é sobrejetiva. Exemplo 3: Na expressão não podemos atribuir o Vamos mostrar, em seguida, que se f : S → T é bijetiva, então existe g : T → S bijetiva. valor 2 para x, pois teríamos Demonstração: consiste em uma impossibilidade matemática. De fato, como f é bijetiva, em particular f é sobrejetiva. Logo, dado qualquer elemento t de T, existe algum s de S tal que f(s) = t. Como f é também injetiva, s é único; isto é, s é o único elemento de S com a propriedade de que f(s) = t. Ou seja, não existe ambigüidade em levarmos t naquele elemento s tal que t = f(s). Esse elemento s será chamado g(t). Essa regra associa cada elemento de T num único elemento de S, em outras palavras, define uma função g: T → S. Esta função é chamada a inversa de f e é comumente denotada por f−1. Assim, para que a fórmula que possa repre- sentar uma função, teríamos de eliminar a possibilidade de x vir a ser 2. Desse modo, pode ser definida f : IR – {2} → IR, tal que f(x) = é uma função bem definida. Nesse caso, IR – {2} é o domínio da função, e IR é o contradomínio. A função f definida acima é injetiva? Sim. De fato, para cada x, y ∈ IR – {2}, com x ≠ y, suponha por absurdo que f(x) = f(y), isto Exemplos significa que Exemplo 1: (x + 1).(y − 2) = (x − 2). (y + 1), e portanto 3x = 3y, que resulta em x = y, que é uma contradição. Logo, x ≠ y ⇒ f(x) ≠ f(y) , concluímos que a função é injetiva. Seja g : Z → Z tal que g(s) = s – 6. É fácil ver que g é injetiva e sobrejetiva. Qual é a inversa de g? Solução: = , ou seja, f é sobrejetiva? Considere t um elemento de Z. Sabemos que g−1(t) = x, tal que g(x) = t. Mas, g(x) = x – 6 = t. Portanto x = t + 6. Assim, g−1(t) = t + 6, para todo t ∈ Z. Não. Pois não existe s∈IR tal que f(s) = 1. De fato, se 1 = f(s) = teríamos 3 = 0, que é uma contradição. Exemplo 2: Agora considere g : IR − {2} → IR – {1}, tal que Afirmo que a função f: IR+ → IR+ definida por f(x)= x2 é bijetiva, ou seja, f é injetiva e sobrejetiva. g(x) = . Pelo que vimos acima, g é injeti- va e sobrejetiva. 15