INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
AGUDA
DANILO BASTOS POMPERMAYER
R1 CLÍNICA MÉDICA
HMSJP
DEFINIÇÃO
 Rápido desenvolvimento de insuficiência hepática
em indivíduos sem doença hepática ou com doença
hepática crônica. ¹ ²


< 8 semanas se não hepatopatas
< 2 semanas se hepatopatas
1) Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
2) COELHO, J.C.U . Aparelho Digestivo – Clínica e Cirurgia. 3ª ed. São Paulo, 2006
CLASSIFICAÇÃO
 Hiperaguda
 < 7 dias
 Aguda
 Entre 8 e 28 dias
 Subaguda
 > 28 dias
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
ETIOLOGIA
 Hepatites Virais
 Medicamentos


Paracetamol
Reações idiossincrásicas (Isoniazida, Propiltiouracil)
 Distúrbios metabólicos


Esteatose aguda da gravidez
Sd. de Reye
 Toxinas

Álcool
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ETIOLOGIA
 Vasculares



Hepatite isquêmica
Sd. De Budd-Chiari
Doença veno-oclusiva
 Miscelânea





Doença de Wilson
Hepatite auto-imune
Infiltração neoplásica maciça
Sd. HELLP
Sepse
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Vômitos
 Encefalopatia
 Icterícia
 Distúrbios da coagulação
 Hipoglicemia
 Hipotensão grave
 Insuficiência renal
 Infecção
COELHO, J.C.U . Aparelho Digestivo – Clínica e Cirurgia. 3ª ed. São Paulo, 2006
AVALIAÇÃO INICIAL
 RNI > 1,5 ³
 Hemograma com plaquetas
 Glicose
 Função hepática
 Função renal
 Gasometria arterial
 Sorologias
 Lactato
3) POLSON J., LEE W: AASLD Position Paper: the management of acute liver failure.
Hepatology 2005;5(41):1179-97
TRATAMENTO - ETIOLOGIA
 Viral



Medidas de suporte
Aciclovir 200mg 5x/dia (Herpes) – 800mg 5x/dia (Varicela)
Lamivudina 100mg/dia (Hepatite B)
 Paracetamol

N-Acetilcisteína 140mg/kg em 15 minutos. Seguido de 70mg/kg de
4/4 horas
 Budd-Chiari


Trombólise
Transplante
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TRATAMENTO - ETIOLOGIA
 Sd. HELLP
 Interromper gestação
 Hepatite auto-imune
 Prednisona 5mg/Kg/dia
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
TRATAMENTO - COMPLICAÇÕES
 Encefalopatia hepática



Lactulose 15-30mg 3x/dia
Dieta com restrição protéica
Neomicina 500mg 2x/dia (se não houver resposta à lactulose em
48h)
 Edema Cerebral




Objetivo: PIC < 20 mmHg PPC >50 mmHg
Hiperventilação com pCO2 <25 mmHg
Cabeceira elevada 30 – 45 graus
Manitol 0,5-1g/Kg
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
TRATAMENTO - COMPLICAÇÕES
 Insuf. Renal


Semelhante à hepatorrenal – PREVENÇÃO
Evitar noradrenalina, vasopressina, AINE
 Infecção e sepse


Coleta frequente de culturas
ATB empírico de largo espectro
 Acidose Metabólica

Tratar causa base
 Hipocalemia

Reposição KCl
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TRATAMENTO - COMPLICAÇÕES
 Hipoglicemia

Manter > 65mg/dl
 Coagulopatia



Vitamina K 10mg/dia
Concentrado de plaquetas se: plaquetas < 10.000 ou plaquetas <
50.000 se procedimentos invasivos / discrasia hemorrágica
Plasma fresco se RNI > 7 ou RNI > 1,5 com discrasia
 HDA

Recomenda-se desde o início: SNG + IBP ou antagonista H2
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
TRATAMENTO - TRANSPLANTE
 Critérios do King’s College (não associada ao
Paracetamol)

RNI > 6,5





OU
Idade < 10 ou > 40 anos
Intervalo icterícia-encefalopatia > 7 dias
Bilirrubina total > 17,5mg/dL
RNI > 3,5
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TRATAMENTO - TRANPLANTE
 Critérios do King’s College (associada ao
Paracetamol)

Ph < 7,3


Rni >6,5 + Cr>3,4 + encefalopatia grau III ou IV


OU
OU
Lactato > 3,5mEq/L 4 horas após ressuscitação volêmica
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TRATAMENTO - TRANSPLANTE
 Contra indicações



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



AIDS
Neoplasia extra-hepática
Doença cardiopulmonar avançada
Sepse de origem extra hepática
Alcoolismo
Doença psiquiátrica grave
HIC sustentada (PIC> 40mmhg ou PPC < 50mmHg)
Obesidade mórbida
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
CONCLUSÃO
 “Embora sendo uma entidade rara mas grave, a sua
mortalidade tem vindo a diminuir devido a um aumento
de uma etiologia mais benigna (ingestão de
paracetamol), a uma abordagem terapêutica intensiva e
ao aparecimento de novas técnicas terapêuticas,
nomeadamente o transplante hepático. É vital a
transferência do doente para centros especializados para
uma rápida avaliação diagnóstica e de prognóstico e do
tratamento das complicações.”
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1)
Sara Folgado ALBERTO et al, Insuficiência hepática
aguda, Acta Med Port. 2009; 22(6):809-820
2)
COELHO, J.C.U . Aparelho Digestivo – Clínica e
Cirurgia. 3ª ed. São Paulo, 2006
3)
) POLSON J., LEE W: AASLD Position Paper: the
management of acute liver failure. Hepatology
2005;5(41):1179-97
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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA