BRASILÂNDIA
NÃO É MAIS A MESMA
Após as eleições de 3 de outubro de
2004 dizíamos que Brasilândia estava
renovada. Após as eleições não somente o
Executivo se apresentou de cara nova, mas
também o Legislativo. E isso era visível a
todos, pois há muito tempo Brasilândia vinha
ensaiando uma mudança que mais cedo
ou mais tarde haveria de acontecer.
O novo Prefeito, Dr. Antonio de Pádua
Thiago, passou a ocupar a cadeira mais
importante do município, e logo tornou-se o
símbolo de uma reviravolta ímpar na política
local. Venceu o preconceito sobre algo que
lhe era atribuído --“não gostava de pobre”--,
e levou adiante o sonho de bem administrar
a cidade que o acolheu e na qual constituiu
sua família e se estabeleceu na profissão.
Médico pediatra conhecido dos
eleitores, por duas vezes buscou apontar
novos rumos para Brasilândia, sem lograr
êxito. Teve paciência histórica de buscar uma
terceira vez para mostrar suas boas
intenções. E chegou lá com o respaldo das
urnas.
Desde 1993, quando elegeu-se
Vereador e conseguiu uma vaga no
Legislativo pelas hostes do PMDB, quando
este partido ainda era histórico e defendia a
democracia e foi um marco contra a ditadura
militar nos idos anos 70, esse jovem político
vem mostrando muito bem o que pensa, o
que faz e por que faz.
De temperamento fleumático esse
caucasiano, brasilandense por opção, na sua
atuação como Secretário de Saúde, ainda
que discreta, se revelou um homem
ponderado e que, sem dúvida, transpirava a
austeridade desejada por todos.
Correspondendo a espectavia da população
foi eleito Prefeito e o povo estava consciente
de suas capacidades e limitações.
Logo após as eleições, entretanto, a
massa crítica da população entendia que ele
não faria as mudanças profundas que a
situação exigia, sobretudo na estrutura da
Administração, porque isso não era da
natureza ideológica de seu partido, arcar com
o ônus de mudanças tão radicais.
UMA ADMINISTRAÇÃO DIFERENTE
Para a surpresa de muitos foi
alentador para Brasilândia perceber que o
novo Prefeito se revestiu de uma couraça de
coragem e se propôs a fazer mudanças
profundas, sobretudo na chamada máquina
administrativa. E como não poderia ser
diferente: modernizando-a.
Revelou-se empreendedor “nota
dez” festejado no Estado e nacionalmente.
No âmbito paroquial, postos chaves foram
mexidos, qualificações foram empreendidas,
participação foi estimulada, transparência foi
implementada, janelas e pontes foram
construídas, novos prédios e horizontes foram
projetados. Caminhos antes não trilhados,
corredores antes não usados foram
integrados ao múnus público. A mesa farta
servida... com velhos e novos comensais.
Enfim, houve sensível valorização do
trabalho da administração e para isso foram
contratadas eficientes assessorias vindas
da Capital e cidades vizinhas. Tudo para
propor um atendimento de maior qualidade,
o que nem sempre foi conseguido. Pois o
entendimento era o de que todo o cidadão
é um contribuinte, e o funcionário público
nada mais é do que um prestador de
serviços.
A presença do novo Alcaide,
oxigenou o espaço público, e, aos poucos
o mofo incrustrado foi sendo removido do
ambiente lúgrube que havia se transformado
a estrutura da Administração pública de
Brasilândia com o tempo. Mas nem tudo
eram flores...
A REAÇÃO DO POVO
Semelhante revolução em curso
haveria de causar muitos transtornos e
reclamações, em especial dos excluídos do
processo moderno neoliberal implantado.
Brasilândia, que vinha num compasso
temporal digno das sociedade rurais prémodernas, da noite para o dia viu-se
incluída, de um salto, para a pósmodernidade. Viu-se no epicentro de um
“tsuname de desenvolvimento”, como
frisa o Prefeito, passando a fazer parte de
um complexo de produção de alta tecnologia.
E tudo isso mexeu com o andar pacholento
e silente do povo da urbe e dos campos.
E a atual administração passou a
Sete novos vereadores foram eleitos
em 2004. Apenas dois foram re-eleitos. Isso
revela que o brasilandense olhou com
atenção para a Casa Legislativa, percebendo
a sua importância. O povo disse através do
voto: eu sei escolher meus representantes.
Com paciência e, respeitadas as
ideologias, a Câmara de Vereadores soube
caminhar unida em favor de uma Brasilândia
melhor. À semelhança do Executivo, soube
levar com austeridade e transparência seu
trabalho aprovando 100% dos projetos
encaminhados pelo Executivo.
Embora o Prefeito tenha vetado
diversos projetos de autoria de vereadores, o
Poder Legislativo cumpriu firme o seu papel
em tom de colegialidade e urbanidade, que
resultou em progresso para o povo.
Para o Vereador Carlito, Brasilândia
mudou porque os brasilandenses também
mudaram e podem contar, daqui para
frente, com um Legislativo atuante e que
cumpre seu papel de fiscalizador. Ao lado
do Executivo que brilha, Carlito é o vereador
que mais apresentou Projetos no Legislativo
local, o que o transforma num autêntico
defensor do povo de Brasilândia.
SAIB
A O POR
QUÊ
SAIBA
PORQ
Executivo e Legislativo:
a Unidade na Diversidade
Mandato Participativo e Popular do
Vereador Carlito
140
UMA CÂMARA COMBATIVA
BRASILÂNDIA
NÃO É MAIS
A MESMA:
CADERNO DE EDUCAÇÃO POPULAR-
que o papel do Legislativo se tornou
imprescindível para a defesa dos interesses
dos apartados desse processo e
desenvolvimento. O Legislativo apresentou-se
como “a voz dos sem-voz”. E isso não foi por
acaso.
Copyright @ Dr. Carlos Alberto dos Santos Dutra. Vereador Carlito. Brasilândia-MS. 31 de Outubro de 2007. E-mail: [email protected]
contar com o beneplácito de ter sido
contemplada por empreendimentos
econômicos que prometem alvancar
Brasilândia para a pauta das grandes
discussões e rota do desenvolvimento
intercontinental. O Estado que prioriza, agora,
o binômio cana-eucalipto e deixa de lado oa
dobradinha soja-boi, faz uma opção radical
pelo biodiesel, gasoduto, celulose,
hidrelétrica, silvicultura e transporte
intermodal. E, assim, Brasilândia sente-se copartícipe desse processo. Mesmo que à
sombra da mãe dos investimentos maiores,
Três Lagoas.
Essas transformações, na verdade,
estão modificando os contornos geopolíticos
do município. E isso assusta o povo, em
especial aos que se sentem alijados do
processo e, rebelam-se contra esse
progresso a todo custo. Apesar do entusiasmo
dos administradores e empresários do
agronegócios, existe muita preocupação da
parte de cidadaos conscientes sobre onde
tudo isso vai parar.
A despeito de Brasilândia, finalmente,
estar incluída na rota do desenvolvimento, a
despeito de todo o esforço a Administração
em “não perder o trem da história”, e buscar
junto ao setor empresiarial acordos e
benefícios para Brasilândia, há quem entenda
que industrialização é apenas um braço
do desenvolvimento, não a sua totalidade.
Marginal a esse processo, uma parcela
considerável da população sente-se excluída.
Até mesmo porque as necessidades e
bandeiras são outras. Foi nesse momento
Download

Edição nº 140 - Brasilândia não é mais a mesma