Pela Municipalização dos Funcionários do Hospital 162 emendas, mas em essência, a idéia é sensibilizar o Prefeito Municipal, Dr. Antonio de Pádua Thiago, para a relevância dessa nossa iniciativa. Ou seja, que coloque na sua bandeira de luta, ainda este ano, o compromisso de pensar no assunto e valorizar essa classe,— diga-se, classe que ele mesmo pertence, pois trata-se de um médico pediatra, servidor público, e que sabe da importância e da necessidade do bom funcionamento deste Hospital em nossa cidade. E aqui, peço vênia ao Sr. Presidente dessa Casa e demais colegas, para dizer que: se eu fosse candidato a Prefeito dessa cidade eu colocaria no meu programa de governo a municipalização do quadro funcional dos servidores do Hospital. Eu, assim como qualquer outro que se dispuser a disputar a cadeira do Executivo,deveria olhar com carinho para esses funcionários —que teriam o direito de optar entre permanecer na iniciativa privada ou ingressar na carreira municipal da saúde. Acho que todo o Prefeito deveria olhar com carinho para esses funcionários, especialmente os plantonistas, quando um filho menor da gente adoece e temos que sair correndo, noite a dentro, para o Hospital, coisas que somente um pai e mãe de família sabe valorizar. Os funcionários, assim, uma vez efetivados através de concurso público onde a prova de títulos daria maior peso aos candidatos que já estão trabalhando na instituição, seria uma forma de garantir ao quadro clínico e funcional do Hospital poder trabalhar com mais segurança e alegria. Mandato Participativo e Popular do Vereador Carlito CADERNO DE EDUCAÇÃO POPULAR- Copyright @ Carlos Alberto dos Santos Dutra - Caderno de Educação Popular nº 162 - Brasilândia-MS, 12 de Maio de 2008. - E-mail: [email protected] Quem entende de Saúde deve ser a Secretaria Municipal de Saúde. Nada impedindo que a parte administrativa continue sob a direção da atual Associação, o que deveria ainda assim ser discutido com a comunidade. Isto porque, na prática é a Prefeitura que está arcando com a maioria das despesas do Hospital. Tanto é verdade que, foi informado aqui na Tribuna dessa Casa de Leis da possibilidade de se fracionar o repasse de 100 mil mensais que é destinado ao Hospital de forma que 25% fosse destinado ao pagamento dos funcionários que estão novamente com seus salários atrasados. Com a municipalização e a efetivação do quadro de funcionários do Hospital os problemas relativos ao pagamento estariam todos resolvidos. Ademais, trata-se de apenas 40 funcionários, aliás, heróicos funcionários que prestam um admirável trabalho de atendimento, sobretudo nas emergências numa cidade que está cada vez mais violenta e a demanda por serviços triplicou nos últimos anos. Aos funcionários que lá trabalham, muitas vezes anônimos, eu rendo as minhas homenagens. Assim, se todos os funcionários fossem efetivados, com certeza, seus salários não estariam atrasados e eles teriam orgulho de ali trabalhar como servidores públicos de nossa querida Brasilândia. Nossa indicação, portanto, Senhor Presidente, está aberta a sugestões e PELA MUNICIPALIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL O Vereador Carlito apresentou na sessão de 11/05/2008 a seguinte Indicação Verbal: Indico a Mesa Diretora dessa Casa de Leis que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal de Brasilândia pedido no sentido de que sejam viabilizados estudos para a MUNICIPALIZAÇÃO DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL DR. JÚLIO CÉSAR PAULINO MAIA, deste município de Brasilândia. Maiores explicações darei na Tribuna. Explicações: O pedido deve-se inicialmente a um fato que é percebido por todos os cidadãos de nossa cidade, que é o da constante insegurança vivida pelos funcionários do Hospital de Brasilândia, pois a cada mês eles ficam sob a ameaça e risco de não receber seus salários em dia. Apesar de todo o esforço dos atuais administradores da entidade mantenedora do Hospital –aos quais externo todo o meu respeito e admiração—, e que têm procurado honrar os compromissos fiscais e trabalhistas angariando recursos através de doações e promoções à base de tanto esforço, o que se tem visto, entretanto, é uma constante ameaça aos trabalhadores daquele Hospital pela falta de pagamento. Todos sabemos que o Hospital de Brasilândia é um bem público, é patrimônio do município e foi cedido em comodato por 10 anos a entidade filantrópica Associação Beneficente Dr. Júlio César Paulino Maia, numa iniciativa pioneira da ex-Prefeita Neusa Paulino Maia e que de lá para cá vem prestando relevante serviço à comunidade brasilandense. Só que os tempos mudaram e a antidade, agora, apresenta-se capenga. Infelizmente sofreu, ao longo dos anos, a influência de administrações que acabaram usando a entidade como cabide de emprego e massa de manobra política, o que a fez desacreditar de si mesma como entidade e também como instrumento de prestação de serviço destinada ao público. A despeito do elevado nível dos profissionais que ali trabalham, tanto os médicos como enfermeiros, auxiliares e administrativos que têm levado à sério o seu trabalho, com esforço e dedicação, não há como não negar que existe a necessidade de haver uma maior interação com a comunidade, que deveria haver mais participação e maior transparência nas suas ações. A nossa proposta, Senhor Presidente, nesta indicação verbal que pedimos seja enviada ao Prefeito Municipal, entendo que virá contribuir para resolver esse problema. Inicialmente, porque o contrato de comodato firmado entre a Prefeitura e a Associação Beneficente reza em suas cláusulas a cedência do prédio, das instalações e dos equipamentos, que são todos bens de propriedade da Prefeitura Municipal de Brasilândia, bens públicos, portanto. O documento de comodato nada prevê sobre os funcionários daquele nosocômio. Ademais, para entender o caso, é bom lembrar que, quando a Associação Beneficente Dr. Júlio César Paulino Maia assumiu a direção do Hospital, a Saúde ainda não havia sido municipalizada, e os funcionários que atendiam o Hospital, na sua maioria, eram funcionários efetivos ou contratados pela própria Prefeitura. Com o passar do tempo, a Associação, como pessoa jurídica de direito privado, passou a fortalecer-se e a ter também a sua própria folha de pagamento, sendo gerido o Hospital, assim, digamos, de forma mista, compartilhada pela entidade e pela Prefeitura. Essa cumplicidade, por assim dizer, prolongou-se no tempo com as sucessivas administrações. Hoje, com a municipalização da Saúde, a situação é mais confortável, pois os recursos municipais são em maior volume e a Associação sozinha não dá conta de tocar o Hospital somente com as verbas do Estado e da União, que é uma miséria. Os recursos que a Prefeitura repassa ao Hospital têm garantido, na verdade, a sobrevivência da entidade. Em outras palavras: quem mantém as ações do Hospital continua sendo a Prefeitura. Em contrapartida, ainda assim, a Associação se arrasta em dívidas contraídas ao longo do tempo, o que é inadmissível, e tem que acabar. Por tudo isso, entendemos que a melhor saída para o Hospital é voltar ao seio materno de onde nunca deveria ter saído. Ou seja, trata-se de um bem público do povo e ao povo deve retornar. Pelo menos no que se refere a segurança jurídica devida aos prestadores de serviço daquela entidade.