JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980) - FILÓSOFO E ESCRITOR: Na busca de compreender o homem em todas a sua extensão e complexidade. - FENOMENOLOGIA: Influenciado pela negação do dualismo corpo/mente. CONTEXTO DO FILÓSOFO - 2ª GUERRA MUNDIAL: França ocupada pelo poderio da Alemanha nazista. - PROBLEMAS NA FILOSOFIA: Quebra de concepções e verdades universais. - LOGO, QUAL É O PROPÓSITO A VIDA?: Nascem as filosofias da existência. EXISTENCIALISMO - HOMEM CONSTRUTOR DE SI MESMO: Sujeito ativo, aquele que realiza ações. - EXISTÊNCIA ANTES DA ESSÊCIA: Homem não é criado para uma finalidade, sua vida é a eterna busca por sua essência. - O QUE É O HOMEM? NADAAAAAA!!! (Nosso amigo DALVA) - ENQUANTO NÃO FIZER DE SI ALGUMA COISA: Busca por sua essência. OUTROS AUTORES EXISTENCIALISTA - SIMONE DE BEAVOIR – “O SEGUNDO SEXO”: A mulher não nasce mulher, mas devido ao mundo ser machista, ela se transforma na forma-padrão/na essência que o mundo exige. - ALBERT CAMUS – “MITO DE SISIFO”: O mito da eterna tentativa de Sísifo, de levar a pedra para cima da montanha, mas ao conseguir ela caia novamente. Como nossa vida, nossa eterna busca para descobrir nossa essência mesmo que um dia morrermos. Logo o que importa não é viver fazendo algo que de resultados, mas sim viver fazendo sua vida valer a pena. SUJEITO PARA SARTRE: - CONCRETO, ATIVO, VIVO NO MUNDO. - IMPOSSÍVEL EXPLICAÇÃO POR CONCEITOS ABSTRATOS: Pois só por conceitos abstratos não explicará o homem e sua complexidade. MUNDO PARA SARTRE: - HORIZONTE DE AÇÕES: Lugar em que o sujeito realiza suas escolhas em busca de sua essência. - HOMEM ESTÁ CONDENADO A SER LIVRE: Levando a uma possível angústia da escolha, responsabilidade de escolha, medo do erro. EXISTÊNICIA: É definida pelo principio do naaada, logo tudo está por fazer! (Horizonte de ações imenso) PARA-SI: Subjetividade da consciência (HOMEM NO MUNDO / CONSCIENTE / ATIVO) EM-SI: Recusa da liberdade, caindo no conformismo. (NÃO SE EXTERIORIZA / PASSIVO) MÁ-FÉ: Mascarar a liberdade de ações, medo de tomar decisões, fingindo ser em vez de ser. LIBERDADE / SITUAÇÃO: Nossa liberdade de ação é limitada pela nossa condição situada. - NOSSA AÇÃO SE FAZ A PARTIR DA CONDIÇÃO SITUADA (condição / mundo) - SITUAÇÃO E LIBERDADE ESTÃO INTIMAMENTE LIGADOS - DETERMINISMO E LIBERTÁRIO: Sartre critica as duas visões. Em que uma (determinismo) alega que não temos liberdade de agir, nossas vidas e escolhas estão determinadas. Logo o mundo como um horizonte de ações e o sujeito como um ser ativo isso é quebrado. Na segunda visão (libertário) afirma que somos livres para fazer aquilo que queremos fazer. Mas como Sartre nos fala nossa liberdade se faz com base na nossa condição. FUTURO: Está sempre em aberto. - HOMEM AGENTE DO SEU DESTINO - FUTURO SERÁ PREENCHIDO COMUM PROJETO FRUTO DE NOSSAS ESCOLHAS QUESTÕES 1. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean-Paul Sartre na filosofia do século XX, é CORRETO afirmar que ele a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant e repercute a interferência positiva destes na noção de que cada homem é um exemplo particular no universo. b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar que o Homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo e só após isso se define. Assim, não há natureza humana, pois não há Deus para concebê-la. c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo a qual o Homem nada mais é do que um projeto que se lança numa natureza essencialmente humana. d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de reconhecer no Homem uma virtu que o filia, definitivamente, a uma consciência a priori infinita. 2. (Ufu 2011) Jean-Paul Sartre encontrou um motivo de reflexão sobre a liberdade na obra de Dostoiévski Os irmãos Karamazov: “se Deus não existe, tudo é permitido”. A partir daí teceu considerações sobre esse tema e algumas consequências que dele podem ser derivadas. [...] tudo é permitido se Deus não existe e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas. [...] Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz. SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9. Com base em seus conhecimentos sobre a filosofia existencialista de Sartre e nas informações acima, assinale a alternativa correta. a) Porque entende que somos livres, Sartre defendeu uma filosofia não engajada, isto é, uma filosofia que não deve se importar com os acontecimentos sociais e políticos de seu tempo. b) Para Sartre, a angústia decorre da falta de fé em Deus e não do fato de sermos absolutamente livres ou como ele afirma “o homem está condenado a ser livre”. c) As ações humanas são o reflexo do equilíbrio entre o livre-arbítrio e os planos que Deus estabelece para cada pessoa, consistindo nisto a verdadeira liberdade. d) Para Sartre, as ações das pessoas dependem somente das escolhas e dos projetos que cada um faz livremente durante a vida e não da suposição da existência e, portanto, das ordens de Deus. 3) (UFU- 2004)O nada, impensado para Parmênides, encontrou em Sartre valor ontológico, pois o nada é o ponto de partida da existência humana, uma vez que não há nenhuma anterioridade à existência, nem mesmo uma essência. Esta tese apareceu no livro O Ser e o Nada. Tal afirmação encontra-se também em outro livro, O existencialismo é um humanismo, no qual está escrito: “Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência.” SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. Trad. de Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6. A responsabilidade para Sartre diz respeito A) ao indivíduo para consigo mesmo, já que o existencialismo é dominado pelo conceito de subjetividade que restringe o sujeito da ação à sua esfera interior, circunscrita pelas suas representações arbitrárias, que exclui o outro; toda escolha humana é a escolha por si próprio. B) ao vínculo entre o indivíduo e a humanidade, já que para o existencialista, cada um é responsável por todos os homens, pois, criando o homem que cada um quer ser, estaremos sempre escolhendo o bem e nada pode ser bom para um, que não possa ser para todos. C) à imagem de homem que pré-existe e é anterior ao sujeito da ação. É uma imagem tal qual se julga que todos devam ser, de modo que o existencialismo, em virtude da sua origem protestante com Kierkegaard, renova a moral asceta do cristianismo, que exige a anulação do eu. D) ao partido político que tem a primazia na condução do processo de edificação da nova imagem de homem comprometido com a revolução e que faz de cada um aquilo que deverá ser, tal como ficou célebre no mote existencialista: o que importa é o resultado daquilo que nos fizeram. RESPOSTAS: 1) B | 2) D | 3) B