ID: 48645007
09-07-2013 | Projectos Especiais
Tiragem: 18238
Pág: VII
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Ocasional
Área: 25,71 x 14,97 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Guia para entrar no mercado
brasileiro
Para se ter sucesso no Brasil é preciso fazer um rigoroso trabalho de casa.
RAQUEL CARVALHO
[email protected]
LINO TORGAL, Managing
Partner da Sérvulo & Associados
E
ntrar no Brasil não é tão fácil
como parece. A língua é um facilitador, mas o país é exigente e
há factores importantes a ter em
conta antes de se avançar com
um negócio em terras de Vera
Cruz. É essa a opinião de três sociedades de advogados que falaram ao Diário
Económico. Lino Torgal, ‘managing partner’ da
Sérvulo & Associados garante que, como “potência mundial emergente, tornou-se um pólo
cosmopolita de negócios, com uma abertura ao
exterior clara”. Frisa que “a dimensão da procura não é ainda acompanhada pela oferta, verificando-se necessidades pontuais que criam
oportunidades”, e aconselha os investidores
portugueses a “estar conscientes das dificuldades do mercado, cada vez mais sofisticado, e da
necessidade de apresentar propostas muito
competitivas e de elevado valor acrescentado”.
Já Rui Peixoto Duarte, advogado sócio da Abreu
Advogados, diz que o Brasil é “um destino privilegiado para o investimento das empresas portuguesas, contudo é um mercado muito exigente que deve ser tratado com muito profissionalismo”. Garante que para se ter sucesso no Brasil, “é necessário fazer bem o trabalho de casa,
preparatório ao investimento, são necessários
recursos, um acompanhamento permanente e
dispor do aconselhamento necessário”. O advogado diz ainda que Portugal tem todas as
competências que o Brasil carece, tais como
“excelentes infraestruturas de transportes, telecomunicações, um sistema de saúde de qualidade e uma oferta de profissionais qualificados”.
José Castro e Solla, advogado da Miranda, frisa
que o Brasil apresenta “um quadro legal estável
e competitivo para o investimento estrangeiro”
e destaca a rapidez com que se constitui uma
empresa comercial e o registo de entrada de capitais. Porém, alerta ser necessário “ter especial atenção às exigências legais respeitantes ao
requisito de residência permanente, quer para
os administradores, quer para os representantes das empresas estrangeiras junto da administração fiscal” e diz que “os prazos para obtenção dos vistos de residência permanente são
longos e obrigam a monstantes de investiemnto relativamente elevados para uma PME”.
Alerta ainda para o facto do Brasil ter dos “impostos mais pesados e complexos do mundo”,
pelo que é preciso “um bom planeamento jurídico”. ■
RUI PEIXOTO DUARTE,
Advogado Sócio da Abreu
Advogados
JOSÉ CASTRO SOLLA,
Advogado da Miranda
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