Livros a serem lançados no
XV Simpósio de Filosofia Moderna e Contemporânea
Filosofia na Praça: conhecimento, ética e cultura
(orgs.) Edison Alencar Casagranda, Gerson Luis Trombetta
e Nadir Pichler
Editora: UPF
Resumo do livro: Os textos compilados no
Filosofia na praça: conhecimento, ética e
cultura devem sua origem ao desafio de manter
vivo o espírito democrático que sempre norteou
a reflexão filosófica. Inicialmente elaborados
para o suplemento de cultura Segundo do jornal
ONacional, de Passo Fundo (RS), os textos são
exercícios filosóficos sobre temas que vão
desde clássicos da filosofia até inquietações da
vida cotidiana. Agora, com alguns ajustes e indicações, para que cada
leitor possa levar adiante por si mesmo a reflexão proposta, esses
artigos são oferecidos mais uma vez à crítica pública, colocados
novamente na praça do debate. Além de perseguir temas filosóficos
com uma linguagem livre de academicismos, o livro pretende deixar à
disposição de professores e alunos do ensino fundamental, médio e
superior um material com formato didático. Com esse objetivo foram
incluídos, depois de cada artigo, questões orientadoras, fragmentos
de textos, indicações de leitura e sugestões de filmes.
Educar o educador: reflexões sobre formação docente
Altair Alberto Fávero e Carina Tonieto
Editora: Mercado de Letras
Resumo: A formação docente tem sido tema das
discussões recentes em torno do problema
educacional. Tais discussões têm produzido uma
vasta literatura e fomentado a elaboração de
diversas abordagens sobre o assunto. Como
afirma António Nóvoa (2000, p. 15), nos últimos
trinta anos “a literatura pedagógica foi invadida
por obras sobre a vida dos professores, as
carreiras e os percursos profissionais, as
biografias e autobiografias docentes ou o
desenvolvimento pessoal de professores”. Toda essa produção
deslocou os professores para o centro dos debates educativos; com
isso, a formação docente tornou-se “problemática de investigação”
de muitas pesquisas. O intuito do presente livro é o de contribuir para
o desenvolvimento desse debate, destacando alguns temas que são
considerados indispensáveis para se Educar o educador. Nos oito
capítulos que compõe o livro os autores discutem sobre os seguintes
temas relacionados à formação docente: os professores e suas
histórias de vida, a formação de professores reflexivos, a relação
entre conteúdo e método, a tensão entre teoria e prática, o ensino e a
aprendizagem no ensino superior, a relação entre Universidade e
escola pública, currículo e diversidade cultural, formação continuada
e educação ambiental
Leituras sobre Nietzsche e a educação
(Orgs.) Altair Alberto Fávero e Clenio Lago
Editora: Imed
Resumo: O objetivo deste livro é propor leituras e
perspectivas sobre Nietzsche e a educação.
Independentemente de como se posicionam, essas
leituras são, antes de tudo, provocativas de
autores que encaram o desafio de dialogar com
Nietzsche sem ser muitas vezes ouvidos por ele,
esse arauto da Filosofia com “F” maiúsculo, que se
dignou a pensar além da negação da negação, ou
seja, a pensar a criação. O livro constitui-se de dois grandes
momentos: no primeiro, reunimos textos que abordam diferentes
temáticas do pensamento de Nietzsche; no segundo, textos que
tratam, de forma mais pontual, da relação entre Nietzsche e a
educação. Nietzsche tem sido, nos últimos anos, chave para muitas
leituras e releituras da realidade. Instaurador de uma crítica ferrenha
ao projeto moderno e às suas raízes socrático-platônico-cristãs, seu
pensamento, ao mesmo tempo em que abre sendas no sujeito
moderno, constitui-se em possibilidades de possibilidades.
Universidade e filosofia: Festschrift aos 50 anos do
Curso de Filosofia da Universidade de Passo Fundo
(Orgs.) Angelo V. Cenci, Altair A. Fávero e Gerson L.
Trombetta
Editora UPF
Este livro é motivado por duas perguntas
fundamentais: 1) Como a Universidade pode
ser situada diante do paradoxo de um conceito
clássico de formação que não dá mais conta
dos desafios dos tempos atuais, mas, por
outro
lado,
demanda
uma
urgente
atualização? 2) Que contribuições a filosofia
pode trazer a esse desafio de repensar a idéia
de formação na Universidade? As três partes constitutivas do livro
procuram, de alguma forma, enfrentar tais questões. A primeira parte
intitulada A formação na Universidade é composta pelos textos
escritos pelos professores Álvaro Valls, Jayme Paviani, Cláudio Almir
Dalbosco e Eldon Henrique Mühl. A segunda parte, intitulada
Universidade, filosofia e sociedade conta com a contribuição dos
textos escritos pelos professores Marcos Nobre, Gilvan Luiz Hansen,
Paulo Schneider e Solange Longhi. Por fim, na última parte do livro,
intitulada Filosofia e cultura, conta com a contribuição dos textos
dos professores Hans-Georg Flickinger e Donaldo Schüller. A seguir
segue uma breve apresentação de cada um dos textos que compõe o
livro.
FANTASIAS DE ESCRITURA: Filosofia-Educação-Literatura
Organização: Sandra Mara Corazza
Editora: Sulina
Resumo: Este livro? Onze textos produzidos pelo BOP – Bando de
Orientação e Pesquisa. (O nome próprio como apreensão instantânea
da
multiplicidade.)
Integrantes:
professores,
mestrandos,
doutorandos, bolsistas. (Posição nos planos? Periférica.) BOP, que
compõe, junto ao CNPq, o Grupo de Pesquisa DIF – artistagens,
fabulações, variações. (Desde 1º de julho de 2002. Experimentações
de potências intelectuais e expressivas com o pensamento da
diferença.) BOP e DIF vinculados à Linha de Pesquisa 09, Filosofia da diferença e Educação.
(Totalização? Unidade? Impossível!) Linha de Pesquisa, que integra o PPGEDU – Programa
de Pós-Graduação em Educação. (Não fragmento numérico de totalidade perdida: pluralidade.)
Programa de Pós-Graduação da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
(Restritos em quantidade? E já somos multidão.) Nesses dinamismos espaços-temporais, nos
aventuramos,
estudamos,
escrevemos:
este
livro.
(Feito
de
uma
educação
exprimida/espremida entre filosofia e literatura.) Com fantasia. Nas pegadas de Roland
Barthes. Não antagônica à razão, lógica, realidade. Roteiro afirmativo. Positividade de forças
desejantes. Origem da cultura. Ligada a codificações.
Autores: Cristiano Bedin da Costa, Deniz Alcione Nicolay, Eduardo Guedes Pacheco, Ester
Maria Dreher Heuser, Fábio José Parise, Gabriel Sausen Feil, Karen Elisabete Rosa Nodari,
Luciano Bedin da Costa, Marcos da Rocha Oliveira, Máximo Daniel Lamela Adó, Sandra Mara
Corazza
Capa: Daniela Bürgel (sobre ilustração de Marcele Pereira da Rosa)
Nº de páginas: 174
ISBN: 978-85-205-0561-8
Preço de Capa: R$ 27,00
Departamento editorial e divulgação: (51) 3019. 2102
Poder e política: horizontes de antagonismo
Horacio Martinez – org.
Editora CRV.
Resumo: Os ventos do consenso e do racionalismo político pareciam,
até pouco tempo atrás, soprarem por todas as partes. Não tardariam
em manifestar toda a sua força e arrasar nossa empalhada pax
romana. As propostas neoliberais, segundo as quais a agenda política
seria logicamente derivada do fazer do livre-mercado, só conduziram
à apatia política do cidadão e ao desastre financeiro. Talvez seja hora
de refletir sobre algumas exigências que passaram por evidências,
sobre tudo, aquelas que pensam na representação política, como
delegação absoluta de poder e submissão desse cidadão. O consenso
como exigência impossibilitou qualquer tipo de reivindicação que emergisse como conflito.
Nosso ponto de partida é que o conflito é parte constitutiva da política entendida em termos não
dialéticos de “agonismo e antagonismo”, e não deve ser pensado como defeito do sistema.
Qualquer democracia que aspire permanecer no tempo precisa se autoorganizar como
articulação de demandas plurais. Demandas das minorias, dos movimentos sociais e dos
grupos que pensam a sua identidade política não somente, mas também a partir da
dissidência. Nesse sentido, o título, apesar do que a expressão “horizontes de antagonismo”
possa produzir no leitor, é otimista: o que se procura olhando para estes horizontes atuais é
uma radicalização da democracia, pensando novas subjetividades a partir das novas
alteridades. Os textos dos colaboradores – altamente conhecidos e reconhecidos – abordam os
conflitos do Oriente Médio, da educação atual, dos movimentos sociais, da participação do
povo pensada em torno da desobediência, da democracia da “ciber-multidão”, do totalitarismo
como política encoberta, entre outros temas, a partir de autores como Antonio Negri, Carl
Schmitt, Emmanuel Lévinas, Hannah Arendt, Herbert Marcuse, Martin Buber, Michel Foucault,
Michel Hardt e Slavoj Zizek.
Pensar em Deleuze: violência e empirismo no ensino de filosofia
Ester Maria Dreher Heuser.
Editora UNIJUÍ.
Sinopse: O que é pensar?”, eis a questão orientadora deste livro, que, pelas linhas de força da
filosofia de Gilles Deleuze, responde-a: pensar é uma violência sobre as faculdades. Resposta
inspirada, sobretudo, na obra Diferença e repetição, cujo tema kantiano do conflito entre as
faculdades é o lugar de explicação desse leitmotiv que atravessa a filosofia de Deleuze e que
pode violentar o pensamento sobre o ensino de filosofia em seus diferentes níveis. Tratar da
violência sobre as faculdades implica estabelecer uma doutrina das faculdades, o que,
conforme Deleuze, só pode ser feito por meio de um empirismo transcendental. O livro defende
que Deleuze produziu sua própria doutrina nas obras anteriores à Diferença e repetição, em
seus escritos monográficos, obras nas quais desenvolveu as bases do seu programa filosófico
quando procurou engendrar a gênese do pensar, isto é, fazer a descrição genética das
condições de efetividade da experiência, edificando uma teoria diferencial das faculdades.
Desenvolvimento levado a termo na conjunção: com Nietzsche, Kant, Proust, Sacher-Masoch e
na intersecção entre Filosofia e Arte e Ciência, formas do pensamento ou da criação que só
existem mediante experiências-limites, quando o pensamento e as demais faculdades são
abaladas por forças heterogêneas a elas, tornando-as sensíveis ao impensado. Conceber o
ensino de filosofia a partir do sentido produzido por Deleuze para esse problema – “O que é
pensar?” – requer, portanto, privilegiar as relações agonísticas presentes nas três formas de
pensamento e embaralhá-las de modo que delas se possa extrair novos movimentos de
pensamento, de escrita e de possibilidades de existência.
***
Maquiavel entre repúblicas
Gabriel Pancera
Editora: UFMG
Resumo: Em Maquiavel entre repúblicas, Gabriel
Pancera apresenta reflexões sobre o texto Discurso sobre
as formas de governo de Florença, escrito por Nicolau
Maquiavel, entre 1519 e 1520. No texto Maquiavel formula
um projeto de reforma político-institucional para Florença
com o objetivo de solucionar a instabilidade ali reinante. O
modelo escolhido é o republicano. Pancera analisa o texto
usando como base outras obras de Maquiavel como O
Príncipe (1513) e Discursos sobre a primeira década de
Tito Lívio (1513 a 1517), ajudando a elucidar algumas das crenças e valores
republicanos de Maquiavel.
O mundo ou Tratado da luz e O homem
René Descartes
César Augusto Battisti (trad.)
Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli (trad.)
RESUMO: Este volume da Coleção Multilíngues apresenta aos leitores de língua portuguesa O
mundo ou Tratado da luz e O homem, obras escritas por Descartes, de 1629 a 1633,
e publicadas postumamente. Esses dois textos se revestem de grande importância
para os que se interessam por questões concernentes à filosofia natural cartesiana,
mas também para os que pretendem conhecer o pensamento de Descartes em seu
conjunto. Nesta edição bilíngue, ao apresentá-los em um mesmo volume, procurouse respeitar a unidade entre eles e resgatar a intenção original do autor quando os
pensou como uma única obra. N’O mundo, Descartes apresenta as principais
doutrinas de sua “física” mecanicista (estrutura da matéria, leis do movimento,
explicação do sistema planetário, natureza e propriedades da luz). Com isso, oferecenos uma visão bastante completa de seu “mundo”, sem deixar de se preocupar com
sua fundamentação. N’O homem, Descartes expõe a sua concepção de fisiologia, na
qual a mecânica é adotada como modelo explicativo. Ao apresentar o corpo humano
pelo recurso comparativo à máquina artificial, esse texto pode ser interpretado como
um estudo propedêutico à construção da medicina.
A natureza primordial: Merleau-Ponty e o logos do mundo estético.
Claudinei Aparecido de Freitas da Silva. Cascavel (PR):
Editora: Edunioeste, 2010, 208p (Série Estudos Filosóficos, nº 12).
RESUMO: Que interesse, em especial, o tema da Natureza pode surtir
no debate filosófico atual? Sobre qual campo semântico se torna
plausível a filosofia interrogar outra significação da Natureza para além
das próprias ciências da natureza? Como a fenomenologia e a
ontologia logram cumprir um questionamento mais radical dessa tarefa?
Tratar-se-ia, aqui, de mais uma filosofia da natureza, em seu formato tradicionalmente
metafísico? É possível interpelar outra ideia de Natureza, sem se tornar vítima da ilusão
retrospectiva do naturalismo? Essas entre outras questões circunscrevem a atmosfera geral
que move o curso do presente estudo, tendo, como referência, a obra de Merleau-Ponty; uma
obra animada, do início ao fim, por uma interrogação fundamental em torno do sentido
primordial da Natureza. Ora, o que leva o filósofo a se persuadir pela ideia de uma experiência
primordial da Natureza? Merleau-Ponty jamais deixara de realçar o quanto a ciência e a
filosofia exigem ser interrgadas a partir de suas próprias origens. Nessa direção, a tarefa
filosófica dos tempos atuais deve buscar aquilo que constitui a "auto-produção de um sentido"
(N, 19), isto é, o "sentido primordial, não lexical" (N, 19) enquanto desenvolvimento imanente
do conhecimento objetivo, do corpo, da intersubjetividade. Por isso, para além do ideal de uma
Natureza pura, a razão é posta sob uma exigência ontológica sem precedentes: a de uma
explicitação radical do "conhecimento da natureza em seus primórdios" (PM, 160), ou seja, não
a "natureza fora de nós", mas aquela que "vivemos do interior", isto é, "de dentro" (N, 20; 267;
275).
Linguagem e práxis
Horacio Luján Martínez
Editora: Edunioeste (Série Estudos Filosóficos)
RESUMO: O livro Linguagem e práxis. Uma introdução à
leitura do "segundo" Wittgenstein espera servir, precisamente,
como introdução ao pensamento do autor das Investigações
filosóficas e Da certeza. Nesse sentido não foram evitados os
atritos existentes tanto na exposição quanto na recepção das
idéias do filósofo vienense. Eles aspiram a funcionar como
instigadores para a reflexão do leitor. Ainda assim, o livro segue a inspiração wittgensteiniana
segundo a qual a clareza não é um meio, mas um fim em si mesmo.
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