FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE Nietzsche declara guerra aos ídolos: aqueles que se tornaram eternos, são ao mais ocos , mais convencidos e mais insuflados Esses são aqueles que se passam por não serem ídolos, também são os que em quem mais se acredita. “A guerra sempre foi a grande prudência de todos os espíritos: a força curadora está no próprio ferimento” FILOSOFAR A MARTELADAS, com o diapasão, para evidenciar como os ídolos são ocos. Nietzsche anuncia 44 aforismos, resumindo seus pensamentos e criando efeito bombástico de crítica niilista. Critica insistentemente: Os Psicólogos: “O ócio é o começo de toda psicologia?Como? A psicologia seria um vício?” A Crença em Deus : - ”Como? - O homem é apenas um erro de Deus? -Ou Deus é um erro do homem?” Critica as mulheres (misoginia) “Considera-se a mulher profunda. -Por que? -Por que nela nunca se chega ao fundo. - A mulher não é nem mesmo rasa. “Quando a mulher tem virtudes masculinas, não nos resta senão nos evadirmos. Quando ela não tem virtudes masculinas, ela mesma se evade.” A idéia de Sabedoria: “De uma vez por todas: -não quero saber muitas coisas. - A sabedoria traz consigo os limites do conhecimento.” A Espiritualidade: “É em nossa natureza selvagem que nos restabelecemos de nosso movimento antinatural, de nossa espiritualidade.” À solidariedade: “Ajuda-te a ti mesmo: assim todos te ajudarão. Princípio do amor ao próximo.” À Humildade: “ O verme se enconcha quando é chutado. Essa é a sua astúcia. Ele diminui com isso a probabilidade de ser chutado novamente. Na língua da moral:- humildade.” “Da escola da guerra da vida: O que não me mata torna-me mais forte”. “Os aforismos, a sentença, nas quais sou o primeiro mestre dentre os alemães, são as formas da ‘eternidade’; minha ambição é dizer em dez frases, o que qualquer outro diz em um livro – o que qualquer um outro não diz em um livro... A “feiúra” de Sócrates : - padrão grego – refutação, objeção, resultado de ‘cruzamento’ emperrado, desenvolvimento decadente. Métodos: ironia- dialética- expressão de decadência – despotencializa o intelecto do adversário – Fanatismo pela racionalidade – negação dos instintos: Razão = Virtude = Felicidade Sócrates compreende a decadência e deseja a própria morte? O devir – o movimento – o fluxo constante – Heráclito como expressão da mutabilidade. Rejeição aos gregos Dionísio: fenômeno como excedente de forças instintivas – orgiástico: sentimento de vida e de força transbordante do qual mesmo o sofrimento atua como estimulante ao contrário de Apolo: organização lógica , bloqueio dos instintos “Por que tão duro? “– falou um dia ao diamante o carvão: “não somos afinal parentes próximos?” “Por que tão frágeis? Ó meus irmãos, assim vos pergunto: -vós não sois afinal- meus irmãos? Por que tão frágeis , tão prontos a ceder e a amoldar-se? Por que há tanta negação, tanta renegação em vossos corações? Tão pouco destino em vossos olhares? E vós não quereis ser destino e algo inexorável: como poderíeis um dia vencer comigo? E se as vossas durezas não querem relampejar e cortar e despedaçar: como poderíeis vós criar comigo? Todos os criadores são em verdade duros. E venturança precisa parecer-vos imprimir a vossa marca sobre milênios, como sobre cera. Venturança de escrever sobre a vontade de milênios como sobre bronze- como sobre algo mais duro que bronze. Totalmente duro, solitariamente é o que há de mais nobre. Essa nova tábua,ó meus irmãos, coloco sobre suas cabeças: tornai-vos duros!” Nietzsche