Alfabetização de Jovens e Adultos: questões fundamentais da prática pedagógica POR QUE SABER LER E ESCREVER? Domínio de habilidades de leitura e escrita é condição ç p para: 1. Enfrentar exigências do mundo contemporâneo 2. Propiciar o acesso a informações (saúde, direitos, serviços i etc) t ) 3 Participar de uma sociedade democrática 3. 4 Impacto na geração atual como nas gerações 4. futuras PAULO REGLUS NEVES FREIRE PAULO FREIRE- BIOGRAFIA a Nasceu em 19/set/1921 Recife – Pernambuco a 1947-54: Diretor do setor de Educação e cultura SESI a 1956: Membro do Conselho Consultivo de Educação do Recife a Diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura da Prefeitura Municipal do Recife PAULO FREIRE- BIOGRAFIA a 1958: Autor de Relatório na Comissão Regional de Pernambuco a 1959: Título de Doutor em Filosofia e História da Educação a Inicio anos 60 Fundou o M.C.P. do Recife f a Exílio Político: Bolívia, Chile (1964-69). Neste período escreveu o livro “Pedagogia Pedagogia do Oprimido” Oprimido a 1969 a 1970: aulas em Harvard (Prof. Convidado) a Volta ao Brasil em 79 79. Foi Prof UNICAMP a Em 19/jan/89 foi Secretário Municipal da Educação a Faleceu em 02/mai/1997 PRIMEIRAS PALAVRAS A dedicatória do livro: Pedagogia do Oprimido ( sua obra b mais i conhecida h id no mundo d inteiro) i t i ) “Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e,, assim descobrindo-se,, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam.” Educação Bancária Sujeito j Objeto CONCEPÇÃO BANCÁRIA DA EDUCAÇÃO aA concepção “bancária” da educação como forma de opressão aA concepção problematizadora da educação como forma de libertação IDÉIAS É FREIREANAS aNinguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo os homens se educam entre si mesmo, si, mediatizados pelo mundo. aO homem é um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão, por isto a busca incessante do ser mais. INTERSECÇÕES Õ aPara Vygotsky: aZona de desenvolvimento real: etapas já alcançadas aZona de desenvolvimento p potencial: etapas p posteriores às já alcançadas, nas quais a interferência de outras pessoas afeta significativamente o resultado da ação individual. aZona de desenvolvimento proximal a distância entre estes dois níveis é um domínio em constante transformação. IDÉIAS PRINCIPAIS PAULO FREIRE aConcretização de alfabetização específica para Adultos p aProposição de fim da Educação Bancária a Incentivo à dialogicidade g a Uso de temas geradores a Respeito p aos conhecimentos p prévios dos alunos; a Educação significativa e contextualizada a Interação entre professores especialistas de áreas diferentes (interdisciplinaridade). PAPEL DA EDUCAÇÃO aPara Freire, toda prática de alfabetização é uma prática conscientizadora que permite ao sujeito, por meio da leitura do mundo e da palavra, ir paulatinamente transformando sua consciência ingênua em consciência crítica. CONCEPÇÕES Õ 1. Método tradicional, conhecido também como método sintético ou método silábico. (a)Inicia-se (a)Inicia se pelo trabalho com as letras (ou sons) para formar sílabas (b)formar palavras que, que muitas vezes, vezes só tem função de fixar as letras estudadas, sendo apresentadas de forma isolada e repetindo repetindose diversas vezes até alcançar a memorização. ç CONCEPÇÕES Õ 2. Método analítico - leitura deve partir do todo, para posteriormente passar para a decomposição e esse todo era a palavra. CONCEPÇÕES Õ 3. Método misto ou analítico-sintético, que combina bi as duas d orientações i t õ e reúne ú as vantagens dos métodos analíticos e dos sintéticos. i téti A Apresenta t como proposta t alfabetizar partindo de palavras-chaves que são ã destacadas d t d d uma frase de f para, em seguida, realizar uma decomposição em sílaba, íl b compondo-se d com estas t sílabas íl b novas palavras (Barbosa, 1994). LETRAMENTO Conforme foram modificando-se as d demandas d sociais, i i foi f i necessário á i empregar a palavra letramento (do inglês=literacy) para explicitar li it uma nova exigência i ê i que diz di respeito à capacidade de saber usar e conhecer h as funções f õ da d escrita it em diversos di contextos, e não apenas de codificá-la/ d decodificá-la. difi á l LETRAMENTO - SOARES De acordo com Soares (1998, p. 45), ( ) à medida (...) did que o analfabetismo lf b ti vaii sendo d superado, um número cada vez maior de pessoas aprende d a ler l e a escrever, e à medida que, concomitantemente, a sociedade i d d vaii se tornando t d cada d vez mais i centrada na escrita (...), um novo fenômeno se evidencia: id i não ã basta b t apenas aprender d a ler e a escrever. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO Ã aO conceito de letramento complementa o conceito de alfabetização. alfabetização aO aluno decodifica a língua escrita (leitura) e codifica difi ( (escrita) it ) nas situações it õ d do cotidiano aA tendência é conceber a capacidade de ler e de escrever como algo bem mais complexo do que simplesmente codificar e decodificar. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO Ã aDo mesmo modo que uma pessoa pode ser ao mesmo tempo alfabetizada e letrada, letrada ela também pode ser alfabetizada e pouco letrada. Isso porque, por exemplo, a pessoa pode saber ler e escrever,, mas não fazer uso dessa leitura e escrita em práticas sociais e não conseguir responder às demandas sociais i i que as envolvem. l ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Segundo Magda Becker Soares: a Alfabetização:ação de ensinar/aprender a ler e a escrever a Letramento: estado ou condição de quem não apenas sabe , cultiva e exerce as práticas p sociais que q ler e escrever,mas usam a escrita. “ o ideal seria alfabetizar letrando, letrando ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo alfabetizado e letrado. letrado ” (Soares (Soares, p p. 47 47, 2001 ) Alfabetismo e Atitudes Vera Maria Masagão Ribeiro a Esse artigo se aprofunda nos dados obtidos em uma pesquisa na cidade de São Paulo. a Aplicação de testes de leitura e escrita em sete países da América Latina,, com o intuito de p estabelecer o perfil da população quanto as suas habilidades de leitura e relacionar com competências ê i sociais i i e profissionais. fi i i a Competências atualmente reconhecidas como f favoráveis á i à inserção i ã de d indivíduos i di íd em contextos t t de modernização econômica e política. ANÁLISE Á DO ESTUDO Os principais pontos encontrados na complexidade p do alfabetismo e q que foram analisados por esse estudo foram: aA escrita é utilizada de diversas formas segundo d as necessidades id d e interesses i t d de cada pessoa ou grupo. aA relação entre a escolarização e a alfabetização aA relação entre a alfabetização e as características psicológicas do grupo ou de um indivíduo. CONCLUSÕES Õ DA PESQUISA aA escola é a principal difusora da linguagem escrita já que para a realização de suas atividade é essencial o uso desta. a Outras instituições também utilizam esse perfil cognitivo, a alfabetização, como instrumento fundamental para p seu funcionamento. p utilizam a aAs sociedades contemporâneas escrita nas diversas esferas, como um traço comum na política, na escola, na tecnologia e na ciência. iê i CONCLUSÕES Õ DA PESQUISA aO conhecimento prévio do aluno deve ser levado em consideração na escola, escola para que exerça sua função de principal agência de alfabetismo na sociedade. aDeve-se buscar formar leitores e escritores capazes p de ler e escrever diferentes materiais, além de atitudes favoráveis a constante busca de aprendizagem e d desenvolvimento l i d durante e após ó a educação d formal. CONCLUSÕES Õ DA PESQUISA aConfirma a tese de que a alfabetização é intensamente ligada a escolarização, escolarização mas a intensidade com que fazem uso desse sistema de linguagem, g g , p principalmente p no trabalho, exerce função significativa. aEm relação a educação de jovens e adultos é necessário p programas g de intervenções ç sistemáticas, além de articular mecanismos de continuidade de estudos. CONCLUSÕES Õ DA PESQUISA aCom esse artigo foi possível confirmar que o analfabetismo funcional está muito presente na nossa sociedade, e que apenas ensinar os jjovens e adultos a ler e escrever não irá resolver o problema. aHá a necessidade da escola g garantir um patamar comum de habilidades e atitudes em relação a linguagem escrita, para oferecer f i igual l oportunidades, id d e assim i cada d pessoa poderá se enriquecer com a diversidade. diversidade EMÍLIA Í FERREIRO a E Emilia ili Beatriz B i María M í Ferreiro F i Schavi S h i nasceu em 1937 na Argentina. . a Em 1970 formou-se em psicologia pela Universidade de Buenos Aires. a Fez seu doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação ç de Jean Piaget. g a Em 1971 retorna a Buenos Aires, forma um grupo de pesquisa sobre alfabetização e publica p sua tese de doutorado Les relations temporelles dans le langage de l'enfant. a A partir de 1974, iniciou pesquisas como docente na Universidade de Buenos Aires. a Nessa Universidade iniciou seus trabalhos experimentais, que deram origem aos pressupostos teóricos sobre a Psicogênese do Sistema de Escrita, campo não estudado por seu mestre Piaget. EMILIA FERREIRO a Emília Ferreiro e Ana Teberosky iniciaram em 1974 uma investigação que permitiu demonstrar que o domínio d í i do d código ódi escrito it é uma aquisição i i ã conceitual. a É a apropriação p p ç de um novo objeto j de conhecimento. Com instrumental piagetiano de investigação, partiram da concepção que a aquisição q ç do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento e mostraram que as crianças préescolarizadas têm idéias, teorias e hipóteses sobre o código escrito. PRÉ É - SILÁBICO Á SILÁBICO Á - ALFABÉTICO É ALFABÉTICO É REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Á 1.BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1994. 2.CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-bé-bi-bó-bu. São Paulo: S i i Scipione, 1998. 1998 3. FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: g Artes Médicas,, 1985. 4. FREIRE, Paulo (1987). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 5.___(1997). Pedagogia da Autonomia. São Paulo : Paz e Terra. 6.___(1994). A importância do ato de ler.São Paulo: Cortez Editora. 7.___(1995). Política e Educação: ensaios.São Paulo: Cortez Editora 8 ___(1996). 8. (1996) Educação como prática da liberdade. liberdade Rio de Janeiro: Paz e Terra Terra. 9. FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de Adultos: relato de uma experiência construtivista. GEEMPA.Petrópolis: Ed. Vozes, 2002. 10. SOARES, Magda B. Letramento: um tema em três gêneros.BH-MG: Autêntica, 1998.