IETEC
ARTIGO TÉCNICO
IETEC - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
PÓS-GRADUAÇÃO APERFEIÇOAMENTO
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ELEMENTOS E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO
Autor:
Edertron Henriques Costa
Belo Horizonte
Data: 26.08.2006
Pós Graduação em Engenharia de Produção
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Dedico este trabalho a grandes pessoas
que colaboraram com a minha formação.
Em especial aos meus mais, pela força
que sempre tiveram e a forma de educar
pelo exemplo. A minha esposa, Andréia,
pelo amor e apoio que tem me dado em
todos os momentos.
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Sumário:
Ref.
Descrição
1.
Resumo
04
2.
Abstract
05
3.
Henry Fayol
06
4.
Frederick Winslow Taylor
10
5.
Conclusão
15
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Pág.
3
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1. Resumo:
O sistema de administração da produção teve grandes pensadores que fizeram com que
ocorresse um desenvolvimento significativo, tornando os meios cada vez mais eficientes e
competitivos nos dias de hoje.
Este artigo busca apresentar a síntese das idéias de dois grandes Administradores, Fayol e
Taylor, os quais que caracterizaram respectivamente a subdivisão do trabalho e a definição de métodos
para a melhoria da eficiência do trabalho.
Fayol definiu o trabalho como seis grandes operações, sendo: operações técnicas, operações
comerciais, operações financeiras, operações de segurança, operações contábeis e operações
administrativas.
Fayol julgava essas operações essenciais a toda a entidade e que, correspondendo a cada
espécie de operações uma função especializada, deveríamos sempre organizar as entidades
obedecendo a esse princípio de classificação, isto é, reunir as funções em seis grandes grupos. A cada
uma das funções, corresponde uma capacidade especial, elas são necessárias como funções nas
empresas, são também precisas nos indivíduos que vão exercê-las.
O engenheiro americano Frederick Winslow Taylor dedicou-se ao estudo de metodização e
modernização dos processos de trabalho na indústria. Em todo o percurso da sua vida industrial,
procurou sempre introduzir nos trabalhos que estavam afetos à sua direção ou fiscalização métodos de
observação e experimentação que dessem, como conseqüência, melhoria das condições de rendimento
do trabalho, mediante o aumento de produtividade dos operadores.
Este artigo busca tratar estes pensadores e suas idéias como introdutório para o sistema
de administração da produção, identificar pontos de retardo, porém de grande valia nos dias
de hoje.
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2. Abstract
The system of administration of the production had great thinkers that did with that it
happened a significant development, turning the means more and more efficient and competitive in the
days of today.
This article show for to present the synthesis of the ideas of two great Administrators, Fayol
and Taylor, the ones which that characterized the subdivision of the work and the definition of
methods respectively for the improvement of the efficiency of the work.
Fayol defined the work as six great operations, being: technical operations, commercial
operations, financial operations, operations of safety, accounting operations and administrative
operations.
Fayol judged those essential operations to the whole entity and that, corresponding to each
species of operations a specialized function, we should always organize the entities obeying that
classification beginning, that is, to gather the functions in six great groups. To each one of the
functions, it corresponds a special capacity, they are necessary as functions in the companies, they are
also necessary in the individuals that will exercise them.
The American engineer Frederick Winslow Taylor was devoted to the metodização study and
modernization of the work processes in the industry. In the whole course of its industrial life, it always
tried to introduce in the works that were affections to its direction or fiscalization observation methods
and experimentation that gave, as consequence, improvement of the conditions of revenue of the work,
by means of the increase of productivity of the operators.
This article looks for to treat these thinkers and its ideas as introductory for the system of
administration of the production, to identify retard points, even so of big it was worth in the days
today.
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3. HENRY FAYOL
Henry Fayol, consubstanciou suas observações sobre a Administração em várias obras, no
qual observa as funções ou operações dos empreendimentos, as capacidades dos agentes e os
princípios ou elementos de Administração.
A característica principal do denominado Fayolismo está na concepção de que toda entidade
comporta seis grupos de operações, conhecidas como:
1. Operações técnicas - Produção, fabricação, transformação;
2. Operações comerciais - que incluem as de venda, compra e trocas;
3. Operações financeiras - que se relacionam com a procura e gestão de capitais;
4. Operações de segurança - que tem como objetivos a proteção de bens e pessoas;
5. Operações de contabilidade ou operações contábeis - que se referem a todas as atividades que
digam respeito aos inventários, ao preço de custo, às estatísticas, ao orçamento e à
escrituração;
6. Operações administrativas - que aparecem como operações de conjunto constituídas pela
previsão, pela organização, pelo comando, pela coordenação e pelo controle.
Fayol julgava essas operações essenciais a toda a entidade e que, correspondendo a cada espécie
de operações uma função especializada, deveríamos sempre organizar as entidades obedecendo a esse
princípio de classificação, isto é, reunir as funções em seis grandes grupos.
A função técnica é aquela que caracteriza a entidade, pois se refere ao tipo de fabricação, de
transformação e de produção. Diz respeito aos tipos de matérias-primas com que se opera, como são
transformados e quais os produtos decorrentes.
Quanto à função comercial, diz Fayol que, muitas vezes, dela depende a prosperidade da empresa,
posto que, se o produto não se vende ou não é esgotado, é a ruína.
Saber vender e comprar é tão importante como saber fabricar. É preciso saber colocar o produto.
Com sagacidade e decisão, a habilidade comercial comporta um profundo conhecimento das ações
e da força dos concorrentes.
A função financeira á aquela que trata da procura e da gerencia de capitais. Sem ela nada se faz.
A imprópria administração de capitais, representada pela obtenção inadequada ou pela má aplicação
dos recursos, constitui um ônus pesado para a produção. Irá fatalmente influir nos custos, introduzindo
uma pesada carga na produção, que são os juros respectivos.
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A função de segurança tem como finalidade não só a proteção de bens como, principalmente, a de
pessoas. Em conseqüência, não cuida apenas de resguardar contra riscos os bens patrimoniais, mas de
manter a ordem, zelar pela segurança no trabalho, evitar todos os desentendimentos que possam
comprometer o funcionamento e mesmo a vidas da empresa.
A função contábil, no dizer de Fayol, é órgão de visão do administrador. Mediante registros e
escrituração racionais, sistemáticos e oportunos, o órgão contábil da empresa deve permitir, a qualquer
momento, saber como está indo e para onde vai o empreendimento, financeiramente.
A função administrativa é uma função de conjunto, compreendendo o conceito de: “Administrar
é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar”.
Prever é perscrutar o futuro, é traçar o programa de ação.
Organizar é constituir o duplo organismo material e social da empresa. Organizar uma entidade é
muni-la de tudo aquilo que é útil ao seu funcionamento: materiais, ferramentas, capital e pessoal, e
acrescentaríamos: estrutura, meios e métodos de ação.
Comandar é fazer funcionar o pessoal.
Coordenar é ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços.
Controlar é cuidar para que tudo se passe de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Pôr essa definição de ‘administrar”, vemos que administrar não é privilégio que compete
unicamente à Direção.
A cada uma das funções acima corresponde uma capacidade especial, isto é, se elas são
necessárias como funções nas empresas, são também precisas nos indivíduos que vão exercê-las. Em
suma, conforme a posição dos indivíduos na escala hierárquica, devem possuir as capacidades
correspondentes às funções, distribuídas com graduações diversas.
Baseado na sua experiência, Fayol estimou estas graduações, atribuindo coeficientes às diversas
capacidades para chefes de várias categorias. Mas, o exercício dessas capacidades e funções exige
qualidades e conhecimentos especiais assim enumeráveis:
a) qualidades físicas: saúde, vigor, habilidade;
b) qualidades intelectuais:
aptidão para compreender e aprender, critério, vigor e destreza
intelectual;
c) qualidades morais: energia, firmeza, coragem de responsabilidade, iniciativa, dedicação, tato,
dignidade;
d) cultura geral: noções diversas estranhas ao domínio da função;
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e) conhecimentos especiais: referentes à função;
f) experiência: conhecimento resultante da prática de negócios. É a lembrança das lições que cada
um se dá e tiradas dos fatos (experiência pessoal).
Conforme Fayol, havia 14 princípios, frutos de suas observações durante muitos anos de trabalho,
adverte não serem rígidos e tampouco restritos e absolutos. Declara mesmo que é preciso considerar
as circunstâncias diversas, os homens igualmente diversos, ambos mutáveis, assim como outros
fatores variáveis.
Em síntese, diz que o número de princípios não é limitado. Todas as regras, todas as normas que
fortificam a entidade e facilitam o trabalho podem ser consideradas como princípios.
3.1- Divisão do trabalho
É uma imposição de ordem natural, tanto que ela é observada em todo o Universo, e,
especialmente, no mundo animal, onde quanto mais perfeito for o ser, mais órgãos encarregados de
funções diferentes ele terá. O mesmo se aplica às sociedades e às entidades.
3.2 - Autoridade
É o direito de comandar e o poder de se fazer obedecer. A autoridade pode ser estatutária,
decorrente das próprias funções, ou pode ser pessoal. É indispensável que haja sempre a autoridade
pessoal, porque sem ela a autoridade estatutária de nada vale.
É preciso que o chefe tenha condições pessoais de líder, condições naturais de influência tais que
suas ordens sejam obedecidas, independentemente da autoridade estatutária de que está investido em
virtude da função. A questão da autoridade provoca logo a noção de responsabilidade, da mesma
forma que não deve haver responsabilidade sem autoridade. O líder, para que tenha autoridade
pessoal, precisa possuir inteligência, saber, experiência, valor moral, serviços prestados, dom de
comando.
3.3 - Disciplina
É essencialmente o comportamento, a obediência, a assiduidade, a atividade e os sinais exteriores
de respeito. Os melhores meios de criar e manter disciplina são bons chefes em todas as escalas,
convenções tão claras e equitativas quanto possível e sanções penais judiciosamente aplicadas. Com
esses três elementos é possível manter-se disciplina rigorosa em todos os trabalhos.
3.4 - Unidade de comando
É um princípio considerado de grande importância, significando que, para uma ação qualquer, um
agente só deve receber ordem de um único chefe. Esse princípio da unidade de comando parece estar
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em desacordo com o princípio de Taylor da especialização das funções e criação dos encarregados
especializados; mas há autores que frisam ter Taylor estabelecido que um operário só recebe ordem de
um chefe de cada vez, e só recebe ordem, para cada assunto, de uma única pessoa.
3.5 - Unidade de direção
Manda que só haja um chefe e um só programa para um conjunto de operações visando ao mesmo
fim. A unidade de comando e a unidade de direção constituem princípios complementares.
3.6 - Subordinação dos interesses particulares ao interesse geral
Este princípio significa que o interesse de um agente executor ou diretor não deve prevalecer
contra o interesse da entidade.
Lembra Fayol que a ignorância, a ambição, o egoísmo etc, tendem a desvirtuar este princípio, mas
que a luta é contínua e deve ser sustentada.
3.7- Remuneração
É o preço do serviço prestado.
Deve ser tantoquanto possível equânime, satisfazendo ao
empregado e ao empregador. O que se procura na remuneração é assegurar:
a) um modo de retribuição adequada ao serviço prestado;
b) uma maneira de encorajar o zelo e recompensar o esforço útil;
c) uma fórmula que não conduza a excessos de retribuição.
3.8 - Centralização
Como a divisão do trabalho, a centralização é, também, uma imposição de ordem natural. É mister
haver um centro para onde devam convergir todos os resultados.
3.9 - Hierarquia
Tem grande importância para a organização. Hierarquia é a série de chefes que se estabelece desde
a autoridade superior aos agentes inferiores.
Nas estruturas das entidades, Fayol verificou a
necessidade do estabelecimento de hierarquia análoga à militar. As ordens devem ser transmitidas
através das diversas escalas, embora para determinados casos possa haver exceção, que é o
entendimento direto entre dois agentes situados no mesmo grau hierárquico, sem necessidade de
recorrer aos órgãos superiores.
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3.10 - Ordem
É um princípio de organização, de método, e pode ser sintetizado na seguinte fórmula: um lugar
para cada coisa e cada coisa em seu lugar, ou um lugar para cada pessoa e cada pessoa no seu lugar.
Fayol chama ainda atenção para o que distingue como ordem aparente e ordem real. Se entrarmos
num escritório ou numa oficina e virmos as mesas bem arrumadas e as máquinas simetricamente
dispostas estaremos em presença de uma ordem aparente. A impressão é de que tudo está ordenado,
quando o que há é apenas arrumação agradável. Entretanto, se formos examinar o trabalho a ser feito
pôr aqueles equipamentos, poderemos verificar que a ordem corresponde a uma desordem absoluta,
pela interferência de operações, descontinuidade das mesmas e má localização das máquinas. Então,
de acordo com os conhecimentos técnicos, estabeleceremos nova distribuição dos equipamentos,
dando um novo aspecto à sala ou ao edifício, e que é justamente o aspecto da ordem real, embora seja
uma desordem aparente. Em relação ao pessoal, o princípio de ordem - um lugar para cada pessoa e
cada pessoa em seu lugar.
3.11 - Eqüidade
Equidade é não unicamente justiça, porque equidade é justiça misturada com um pouco de boa
vontade. É necessário que o chefe leve sempre em consideração, no seu julgamento, o aspecto
humano dos que lhe estão subordinados. Em todo ato de justiça deve sempre haver um pouco de boa
vontade, para que se possa manter a disciplina e da qual emanem todas as ordens.
3.12 - Estabilidade do pessoal
Todos nós desejamos obter, após um certo tempo de trabalho, a segurança da estabilidade. Para as
entidades esta estabilidade é também desejável, desde que não permitam o estiolamento do pessoal, a
burocratização, o retrocesso ou a estagnação nos exercícios dos cargos e funções.
3.13 - Iniciativa
Conceber um plano e ter assegurada a sua implantação é uma das mais vivas satisfações que pode
experimentar um homem inteligente. A iniciativa deve, portanto, ser a fórmula de poder propor
modificações que, se aprovadas, devem ser logo implantadas.
3.14 - União do pessoal
Conclui Fayol a sua série de princípios com este provérbio: “A união faz a força”, e aduz: “Este
provérbio se impõe à meditação de todo chefe”.
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4. FREDERICK WINSLOW TAYLOR
O engenheiro americano Frederick Winslow Taylor dedicou-se ao estudo de metodização e
modernização dos processos de trabalho na indústria.
Em todo o percurso da sua vida industrial, procurou sempre introduzir nos trabalhos que estavam
afetos à sua direção ou fiscalização métodos de observação e experimentação que dessem, como
conseqüência, melhoria das condições de rendimento do trabalho, mediante o aumento de
produtividade dos operadores.
A teoria de Taylor busca:
a) Atribuir a cada operário a tarefa mais elevada que lhe permitam suas aptidões. É a designação do
homem para funções na qual possa exercer sua capacidade inteiramente a contento, dando-se-lhe o
encargo mais elevado, consentâneo com as suas possibilidades;
b) em seguida, pedir a cada operário o máximo de produção que se possa esperar de um operário
hábil, de sua categoria.
c) e, ainda, que cada operário, produzindo a maior soma de trabalho, tenha uma remuneração
adequada, que seja de 30 a 50% superior à média dos trabalhadores de sua classe.
Nesses três enunciados está contida a principal orientação dos trabalhos de Taylor; obtenção de
mão-de-obra econômica, retribuída, entretanto, com salários mais elevados.
Essas duas condições (salários elevados - preço de custo baixo), aparentemente antagônicas e
contraditórias, não o são, e Taylor, em todos os seus escritos, frisa que em qualquer trabalho industrial,
sem exceção, a presença ou ausência dessa combinação constitui o melhor indício do bom ou mau
resultado futuro da empresa, da sua boa ou má direção.
Quanto ao empregador, as causas principais de insucesso estão na ignorância dos diretores e chefes
a respeito do tempo necessário para a execução dos diversos trabalhos. Pôr vezes, a sua indiferença e
ignorância são acerca do sistema a ser adotado, do método a aplicar, do caráter individual, do valor e
do bem-estar de seus empregados.
No que diz respeito ao empregado, o instinto natural conduz a uma tendência para trabalhar em
marcha vagarosa, e há, também, outra tend6encia: a de modificar para pior.
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Nessa preocupação de pesquisar as causas dos prejuízos, vamos encontrar outro problema que
Taylor abordou com grande coragem: o estudo do tempo e dos movimentos.
Observamos, então, depois do trabalho de Taylor, uma preocupação de medida e de estudo
científico do tempo, estabelecendo-se cronometragem de todas as operações realizadas para a
execução de qualquer trabalho. Esse estudo do tempo está intimamente ligado ao dos movimentos,
para se verificar quais os executados pelo trabalhador que devem ser eliminados, pôr prejudiciais e
antagônicos ou inúteis no conjunto de movimentos a que ele é obrigado para o trabalho que lhe foi
determinado.
Podemos, então, relacionar essas observações com o que Taylor chama de princípios fundamentais
do seu sistema.
1) Desenvolver para cada elemento do trabalho operário um método científico que substitua os
antigos métodos empíricos. Essa é a preocupação de todo organizador ou administrador: substituir
o empirismo pôr um conhecimento real; substituir o rotineiro pôr um processo científico.
2) Especializar, formar e conduzir o operário, ensinando-lhe o melhor processo de trabalhar. Há, de
fato, uma crítica em parte aceitável, aos trabalhos de Taylor, quanto à adaptação do homem à
máquina. Mais tarde, ele se defendeu dela introduzindo pequenas modificações na sua apreciação
quanto ao trabalho humano.
É que, de início, objetivava exclusivamente o rendimento da
produção, e com esse ponto de vista não olhava muito o aspecto do operador, embora com a
preocupação de pagar salérios elevados.
3) Acompanhar cada operário para assegurar-se de que o trabalho está sendo feito conforme as regras
estabelecidas.
4) Dividir igualmente a responsabilidade e a tarefa entre a direção e o operário, aquela se
encarregando de tudo o que ultrapassar a competência deste. É a cooperação permanente entre o
operário e a direção, está tirando do operário toda a responsabilidade que esteja acima de suas
forças.
4.1 - Regras de técnica
1) Para cada tipo de indústria ou processo de trabalho, estudar e determinar a técnica mais
conveniente.
2) Analisar metodicamente o trabalho do operário, estudando e cronometrando os movimentos
elementares.
3) Transmitir sistematicamente instruções técnicas ao operário (evitar que ele faça como achar mais
cômodo, confortável ou interessante, sem se preocupar com as condições de qualidade,
rendimento e produtividade).
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4) Selecionar cientificamente os operários (conhecimentos e aptidões)
5) Separar as funções de preparação (planejamento) das de execução, definido as atribuições com
precisão.
6) Especificar as funções de planejamento e de execução (não basta definir os órgãos e suas
atribuições; é preciso preparar e instruir homens para exerce-las).
7) Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhe prêmio quando realizadas.
8) Unificar ou uniformizar os tipos de ferramentas e utensílios.
9) Distribuir equitativamente por todo o pessoal as vantagens que decorrerem do aumento do
trabalho.
10) Controlar a execução do trabalho.
11) Classificar numericamente as ferramentas, os processos e os produtos
4.2 - Preparação e execução
Um dos pontos principais do trabalho de Taylor é a separação de funções de preparação das de
execução. Para que o trabalho industrial, de oficina, resulte eficiente, diz Taylor, faz-se mister a
criação de quatro agentes de preparação e planejamento diretamente ligados à direção, e de quatro
agentes de execução diretamente ligados aos operários.
São os seguintes os agentes de preparação, de planejamento, tal qual foram aconselhados por Taylor
nos seus primeiros trabalhos:
O “order of work and route clerk”, que traduzimos por encarregado de ordens de serviço. É o
agente encarregado de estabelecer o curso, o caminho das peças da matéria-prima, de tudo o que é
necessário para a realização do trabalho. Quando o estabelecimento recebe uma encomenda vai ela
diretamente ao departamento de planejamento, onde, antes do mais, esse assistente prepara todos os
gráficos de andamento não só dos elementos que vão ser trabalhados como dos que contribuem para o
trabalho.
O encarregado das fichas de instrução, que ele chama “instruction card clerk”.
Trata-se do
indivíduo encarregado do preparo das fichas onde se registram todos os elementos indispensáveis à
boa execução dos trabalhos, incluindo, também, a questão do tempo determinado para cada tarefa, do
salário ou prêmio com que vão ser retribuídos, após a realização do trabalho.
O encarregado do tempo e do custo – “time and cost clerk”. Tem por finalidade registrar o tempo,
fazer sua apuração e controle, e também do custo do trabalho realizado, chamando a atenção dos
agentes de execução para a obediência à ficha de instrução no que respeita aos assuntos ligados ao
tempo abonado e aos salários a serem atribuídos.
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A este mesmo grupo de agentes de preparação pertence o encarregado da disciplina ou das relações
humanas, como se chama em alguns lugares. Tem por objetivo estabelecer contato com o pessoal do
corpo funcional: admissão, seleção, demissão e disciplina dentro do estabelecimento.
A finalidade de planejamento é, portanto, caracterizar qualquer trabalho que deve ser feito como
deve ser feito, onde deverá ele ser executado e, finalmente, quando deverá ser feito.
As instruções não são, todas elas, transmitidas como ordens aos operários, mas como ensinamentos,
cada encarregado só tratando dos assuntos referentes aos seus órgãos de preparação.
Da mesma forma, vamos encontrar no campo da execução uma divisão do trabalho: a substituição
do contramestre antigo, que teria de ser um homem quase excepcional, por quatro contramestres
funcionais, ou quatro outros encarregados de serviços.
O “gang boss” ou encarregado da preparação tem a atribuição de preparar internamente todo o
trabalho, até ao instante em que a peça é colocada na máquina, e cuidar que o operário tenha à sua
disposição tudo o que precise para trabalhar. Esse encarregado deve tecnicamente capaz, de modo a
poder instruir, com conhecimento de causa, sobre a melhor forma de dar início ao trabalho.
Vem, depois, o que Taylor chama de “speed boss”, encarregado da velocidade e do ritmo.
Nos trabalhos industriais a velocidade tem grande importância porque representa economia de fator
relevantíssimo: o tempo. É necessário haver um órgão ligado diretamente à execução, que tenha por
atribuição fiscalizar o andamento dos trabalhos. E esse encarregado da velocidade e do ritmo deve
zelar para que as ferramentas adequadas sejam empregadas, as máquinas estejam em condições de dar
o máximo rendimento, o trabalho seja convenientemente conduzido, obtendo-se, por esta forma, a
melhor velocidade para o mesmo.
Deve ter capacidade técnica bastante elevada, de modo a poder, a todo momento, ensinar ao
operário como realizar o trabalho e entender as instruções que lhe forem distribuídas.
O encarregado de inspeção, chamado “inspector”,
como o nome indica, é responsável pela
qualidade e acabamento do produto.
Finalmente, o encarregado da conservação, “repairs boss”, terá a atribuição de fiscalizar a limpeza
das máquinas, para que estejam em perfeito estado e em condições de trabalhar logo que solicitadas,
verificar seu estado de conservação, de modo que não haja prejuízo ou demora quando o trabalho
chegar às mãos do operador.
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5 – Conclusão:
Após um grande período de desenvolvimento, onde a sociedade tem passado
constantemente por enormes transformações e cada vez mais procurando intensificar estas
mudanças com o objetivo de melhorar as condições do homem ao espaço vivido. A
Administração, desde Taylor e Fayol tem se tornado cada vez mais dinâmica.
Definir a divisão do trabalho e a relação do homem com o mesmo, fez com que
permitisse identificar o espaço de transformação, gerenciá-lo continuamente, avaliando os
efeitos positivos e negativos permeando a previsibilidade.
Hoje, além dos princípios abordados anteriormente, evoluiu-se grandes metodologias
que buscam aumentar a eficiência global da organização, entre elas, apresentadas no curso de
Engenharia de Produção, a Teoria das Restrições, que permite levantar a melhor forma de
produção através da contabilidade de ganhos, abordando e identificando as restrições ou
chamados “gargalos” de processo.
Uma metodologia eficiente e em grande uso também é o MRP (Planejamento dos
recursos de manufatura), que visa o gerenciando os recursos do meio de produção. Outra que
aborda uma organização dos meios de produção e redução contínua dos desperdícios, os quais
são entendidos que não devem ser pagos pelos clientes, é o STP (Sistema Toyota de
produção).
Todas estas sistemáticas utilizadas, não considerando a melhor ou a pior, complementa
a busca contínua do equilíbrio e da eficiência dos meios de produção, desde Taylorismo,
Fayolismo até a novas sistemáticas que estão sendo aplicadas com resultados tangíveis.
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