Contratos por desempenho nas rodovias A Experiencia Brasileira Eric Lancelot Transport Engineer, The World Bank Brasilia, 8-9 de Junho de 2010 Sumario Contexto da introducao do CREMA no Brazil • O Setor rodoviário no Brasil • Evolução dos contratos de manutenção das estradas • Introdução do modelo CREMA Estudo Comparativa • Hipóteses • Analise Comparativa • Conclusões Lições Aprendidas • Orientação Estratégica • Opções Operacionais Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 2 Contexto da introducao O Sistema Rodoviario Brasileiro Malhas rodoviárias: 1.600.000 km (13% pavimentada) Federal Transferida* Estado Municipal Pavimentadas 48.901 11.450 123.610 26.770 Não pavimentadas 10.555 3.050 119.655 1.288.941 210.731 1.422.201 Contexto histórico no final dos 1990: • • • • Um pavimentos ao fim da vida útil Uma decada de dificuldades económicas Uma Industria da construcao voltada a grande obras Uma administrações rodoviárias lenta em adaptar-se Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 3 Contexto da introducao A manutenção rodoviaria De uma manutencao por forca tarefa... • Pouca flexivel • Sem equipamentos adequados • Com pouca motivacao do quadro ... a uma manutencao contratada por insumos... • Baixo comprometimento dos governos • Dificuldade de planejamento, execucao e pagamentos • Empresas pouca comprometidas ... ate uma manutencao por desempenho • Minimizar os efeitos de contingimentos orçamentários • Aumentar o compromisso do Governo • Responsabilizar o sector privado • Reduzir a carga administrativa Ums “pilotos” 5.160km malha federal, 2.550km RS Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 4 Contexto da introducao Os principios Promover a racionalização e gerar economias de escala Padronizacao dos Projetos Maiores extensões (de 100 km a 600 km) Maior duração (5 anos) Padronizacao das licitaçoes Responsabilizar as empreiteiras • Reabilitação e manutenção no mesmo contrato • Pagamentos vinculados ao desempenho • Desenho elaborado pelas empreiteiras Credibilisar o sector • Racionalizacao dos procedimentos • Limitar os Riscos de disputas • Systematizacao do monitoramento Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 5 Contexto da introducao O CREMA Fim 2008: Mais de 150 contratos por desempenho executados e quase 30.000km sob contratos por desempenho Gerenciamento: • Menor preço global • Pagamentos mensais medidos por desempenho • Multas em casos de nao cumprimento Caracteristicas tecnicas e operacionais • Recuperacao inicial • Manutencao • Reabilitacao • Melhoria Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 6 Federal 5.160 km finalizados +20,000 km CREMA 1 em andamento +15,000 km CREMA 2 a contratar +30,000 km previsto Bahia 1.000 km em andamento +1,000 km previsto Goias 20,000 km finalizados Minas Gerais 4.900km em andamento +7,000 km previsto Rio Grande do Sul 2.550 km finalizados Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 7 Analise comparativa Hipoteses Contratos tradicionais vs Contratos CREMA • Mesma natureza de problema • Mesma capacidade de gerenciamento pelas administrações • Mesma capacidade das Empreiteiras Limites da comparação • Dados médios • Amostragem limitada • Dados quantitativos no momento da pesquisa • Sem comparação dos custos do ciclo de vida completo Amostragem do estudo • 15 contratos CREMA, 74 contratos de reabilitação e 13 contratos de manutenção tradicionais Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 8 Analise comparativa Custos CREMA Custo / km Contratos tradicionais Variedade Desconto Aditivo 21% 16.50% 7.10% 17% Custos unitarios Reabilitacao obras Manutenacao CREMA 25 a 35% inferior Custos unitarios Ciclo de 5 anos finais CREMA 19% inferior Reabilitacao Custos finais CREMA 34% inferior 2.7 anos sem manutencao em media Manutencao 187,338 Reabilitacao 41,947 229,285 Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 Manutencao 256,604 25,948 282,552 9 Analise comparativa Condicoes CREMA (4110 km) Condicoes gerais Homogeneidade Condicoes gerais Intensidade da solucao Dispercao e variabilidade da solucao IRI 3.03 IGGE 25.02 0.80 14.85 Contratos tradicionais (4250 km) IRI IGGE 3.09 49.19 1.28 44.43 Contratos tradicionais CREMA (4110 km) (945 km) IRI IGGE IRI IGGE 3.03 25.02 3.41 32.22 IS cst (Preco da solucao/Preco solucao tipica media) 1.27 1.91 IS sn (SN da solucao/SN solucao media tipica) 1.75 4.1 DI (gama de variacao de IS cst em cada lote) 2.42 1.09 VI (extensao media da solucao continua) 5.24 13.53 Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 10 Analise comparativa Conclusoes O CREMA gerou melhores resultados para os usuários a custos menores • Customizacao das intervenções, optimizando a natureza das obras de reabilitação e o cronograma de execução • De uma intervencoes curativas para manutencao preventivas. Medidas de acompanhamento • • • • Contratação de projeto e supervisão juntos; Relatórios de progresso físico e financeiro sistematicos; Consolidação gradual e modernização de sistemas de informação; Racionalização e padronização dos processos de preparacao de projetos e de execucao de obras. Aumento do compromisso dos governos na manutenção e reabilitação de estradas O CREMA 1ª etapa Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 11 Lições Aprendidas Orientacoes Estrategicas A customizacao do modelo de contrato por desempenho às especificidades locais é um processo fundamental para garantir a appropriacao do modelo. Um instrumento contratual não deveria ser considerado como a solução “milagro” para resolver todas as questões de gestão de contratos. O aumento da responsabilizacao das empreiteiras quanto ao desempenho foi alcançado para serviços de manutenção, mas permanece limitado para obras de reabilitação. A crescente responsabilização do setor privado e o foco nos resultados não significam uma redução da responsabilidade da administração. sobre PPP em rodovias Workshop sobre PPPWorkshop em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 - Brasilia, 8-9 de junho 2010 12 Lições Aprendidas Opcoes Operacionais Projetos simplificados demonstraram ser chave para a melhoria da eficiência da administração e execução de contratos Catalogo de soluções técnicas padrões Para ser confiável, o sistema de monitoramento precisa ser racional e fácil de uso Sistema de 99 indicadores foi reduzido a 16 para manutenção e 2 para reabilitação O sistema de sanções por não-conformidade com indicadores de desempenho precisa ser operacional Contratos CREMA devem concentrar-se exclusivamente na reabilitação e manutenção de estradas Não adequado para obras complexas Períodos mais longos de implementação aumentam a resiliência do desempenho do contrato para restrições orçamentais Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 13 Perspectivas Aplicação das lições aprendidas ate hoje para melhorar a eficiência Aumentar o período de execução de contratos para além de 5 anos (possivelmente 10 anos) - Condições • Melhorar o planejamento rodoviário com uma visão de • • • • • optimização da gestão do bem rodoviário Levantamentos complementares (estrutura) e regulares ao longo da vida do contrato Auditorias tecnicas Remuneracao para gerenciamento patrimonio rodoviario Fortalecimento da capacidade do pessoal, trabalho mais integrado nas agencias rodoviárias Papel das agencias rodoviárias no planejamento plurianual de investimentos no sector rodoviário. Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 14 Perspectivas Melhorar a eficiência e a organização do sector publico com uma gestão orientada para resultados • Planejamento/Desempenho/Monitoramento & Avaliacao Perfil do servidor publico gestor mais do que administrador: • Tecnicamente e administrativamente mais fortes e autónomas • Desenvolvam uma visão holística e estruturada para a gestão do património rodoviário Reformas em áreas como administração e organização, recursos humanos, planejamento, tecnologia da informação e aquisições Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 15 Obrigado Workshop sobre PPP em rodovias - Brasilia, 8-9 de junho 2010 16