Mercado de capitais e as necessidades de investimentos Investimentos A empresa em fase de crescimento necessita de recursos financeiros para financiar seus projetos de expansão. Mesmo que o retorno oferecido pelo projeto seja superior ao custo de um empréstimo, o risco do negócio recomenda um balanceamento entre financiamento do projeto com recursos próprios e de terceiros. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Lucros Retidos Internas Giro dos Crédito maior que o giro dos débitos Planejamento tributário Desmobilização PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Recursos de terceiros Externas (debêntures, commercial paper, empréstimos bancários, créditos com subsídios e fornecedores) Recursos próprios (Ações emitidas) PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Desde sua criação uma pequena empresa passa por diferentes processos de financiamentos até chegar a bolsa de valores. Muito embora algumas empresas já podem ter constituição de Sociedade Anônima desde sua atividade inicial. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Cronologia de financiamento de uma empresa Títulos de Rendimento Empréstimos CP Capital Perdas Capital Empréstimos LP Empréstimos LP Empréstimos CP Empréstimos CP Capital Dividendos Capital PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Receita Líquida de Vendas (-) Custo da Mercadoria Vendida (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais Vendas, Gerais e Administrativas, Administradores e outras Honorários (=) Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro Financiamento de investimentos Podemos comparar o lucro operacional da empresa com um bolo a ser dividido entre três agentes econômicos famintos: o governo, proprietários e os credores. Quando a empresa não produz o bolo (lucro operacional) o governo não pode tributar, os proprietários não recebem, mas os credores têm que ser pagos. De onde virão os recursos para honrar os compromissos dos credores? PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Vantagens da utilização de ações • Não acarretam encargos fixos para a empresa; • Não têm prazo de resgate; • Abastecem uma garantia contra perdas para os credores da empresa; • Proporcionam ao investidor melhor barreira contra a inflação, porque representam a propriedade da empresa, que geralmente tem sua valorização. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Desvantagens da utilização de ações • Venda de novas ações ordinárias estende o direito de voto ou controle aos novos compradores; • Dão aos novos proprietários os direitos de participação nos lucros; • Tipicamente devem ser vendidas expectativa de alto retorno básico; sobre a • Os dividendos não são dedutíveis como despesas para o IR, não apresentando benefício tributário. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos Não existe regra para determinar o equilíbrio ou balanceamento entre nível de capital de terceiros e de capital próprio empregado. Portanto, a decisão de buscar capital próprio por meio de emissão de novas ações para serem adquiridas pelo público em geral envolve diversos fatores, entre eles: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Financiamento de investimentos • Captação de investimentos; recursos para realização • Reestruturação financeira (ativos e passivos); • Engenharia jurídica (reestruturação societária); • Profissionalização da gestão; • Melhoria na imagem institucional. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. de Crescimento e desenvolvimento econômico Todas as economias necessitam de crescimento e desenvolvimento para proporcionar aos seus agentes um melhor nível de vida. Para que haja expansão é preciso que as empresas façam investimentos para acumulação de capital produtivo e aumento da produtividade. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico Existem três caminhos para associar poupança e investimento, conforme: • Autofinanciamento, em que as empresas geram internamente seus próprios recursos; • Governo, quando financia atividades usando a arrecadação de tributos ou a imposição de mecanismos compulsórios de poupança; • Financiamento financeiros. por meio de mercados PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico O mercado de capitais e especificamente o mercado primário de ações constituem possibilidades importantes para a realização de investimentos com riscos diluídos e representam uma das maiores fontes de desenvolvimento econômico. Assim o mercado de capitais é fundamental para o crescimento econômico uma vez que: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico • Aumenta as alternativas de financiamento para as empresas; • Reduz o custo global de financiamentos; • Diversifica e distribui risco entre aplicadores; • Democratiza o acesso ao capital. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico O Plano Diretor de Mercado de Capitais é o resultado do trabalho de consolidação de um grande número de sugestões propostas e iniciativas originadas nas entidades participantes do projeto IBMEC II, complementadas pelos participantes no XVII Congresso Abamec 2002. Segundo o Plano Diretor de Mercado de Capitais a missão do mercado de capitais é: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico • Oferecer as condições financeiras necessárias para retomar e sustentar o crescimento econômico, gerar empregos e democratizar oportunidades e capital; • Mobilizar recursos de poupança oferecendo alternativas de investimento seguras e rentáveis, para servir também de base aos planos de previdência complementar; PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico • Direcionar esses recursos para financiar os investimentos mais produtivos e socialmente desejáveis, inclusive infraestrutura, habitação e empresas emergentes em condições competitivas com o mercado internacional. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico Considerando que o mercado de capitais é a principal fonte de capital próprio para as empresas a sua efetividade torna-se vital para o oferecimento desta opção dentro da economia. Assim, para que ele seja efetivo ele precisa de dois elementos: investidores dispostos a investir e empresas dispostas a abrir o capital. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico São considerados especuladores no mercado de capitais todos aqueles que buscam alavancagem dos ganhos; que buscam ganhar com as mudanças de preços das ações; que buscam o curto prazo bem como o risco para obter o ganho proporcional. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico São considerados investidores no mercado de capitais todos aqueles que buscam a manutenção dos ganhos; que buscam ganhar através da propriedade de ações (bônus, dividendos, juros sobre capital); que buscam o longo prazo bem como são avessos ao risco. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico Analisando o contexto no qual os investidores brasileiros estão inseridos, pode-se observar que: o A volatilidade do mercado brasileiro traz insegurança aos seus participantes e consequentemente, a busca pela realização rápida de ganhos e em proporções maiores para compensar o risco assumido; PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico o O imediatismo dos investidores transforma-os em especuladores, esquecendo-se do ganho através dos dividendos e buscando-o pela diferença entre preços de compra e venda das ações. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico No caso das empresas brasileiras, pode-se observar que: o A cultura dos empresários dificulta a transparência das informações e o tratamento adequado aos acionistas minoritários; PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Crescimento e desenvolvimento econômico o Poucas empresas com capital aberto negociadas em bolsa representam uma base inadequada para um mercado dinâmico. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Estrutura do mercado de capitais O mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, representa um sistema de distribuição de valores com o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Participantes Podem ser vistos em grupos: o das entidades normatizadoras além dos órgãos operadores do sistema. Assim temos no primeiro grupo a Comissão de Valores Mobiliários – CVM e no segundo grupo as Bolsas de Mercadorias e Futuros, Bolsa de Valores e outros participantes do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários (Sociedades Corretoras e agentes autônomos de Investimentos). PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Participantes Os investidores aplicam seus recursos com a expectativa de ganho durante sua utilização. Como já vimos, esse ganho está relacionado com a quantidade de risco assumido no mercado de capitais. Os investidores podem ser classificados em dois grupos: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Participantes • Particulares ou individuais que são pessoas físicas ou jurídicas que participam diretamente do mercado, seja comprando ou vendendo ações, por si próprios, assumindo sozinho o risco; • Institucionais que são as pessoas jurídicas que movimentam recursos vultosos no mercado financeiro de forma geral. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Participantes Os investidores institucionais são pessoas jurídicas que movimentam vultosos recursos no mercado financeiro em geral, inclusive no mercado de capitais. São considerados os mais importantes investidores do mercado de capitais. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Participantes Podem ser agrupados em: entidades de previdência capitalização, clubes de externos de investimentos investimento. sociedades seguradoras, privada, sociedades de investimentos, fundos e fundos mútuos de PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Fundos mútuos de investimento São como um condomínios que investe em um portfólio diversificado. São entidades financeiras que, pela emissão de títulos de investimentos próprio concentram capitais de inúmeros indivíduos para aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Fundos mútuos de investimento Os fundos mútuos de investimentos apresentam investimentos mais favoráveis para seus participantes caso eles tivessem investimentos no mercado por conta própria. Além disto, contam a gestão dos seus recursos por um profissional especializado. Assim, o investidor adquire uma cota deste fundo mútuo. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Fundos mútuos de investimento O fundo aberto emite ilimitadamente cotas, aceita investidores em geral e não tem limite de capital. Os recursos captados são investidos em novos ativos. O fundo fechado é lançado com número fixo de cotas, após a venda dessa quantidade de cotas, o fundo estará fechado para novos investidores. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Curto Prazo Subclasses Curto Prazo Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Referenciados Subclasses Referenciados DI Referenciados outros Fundos mútuos de investimento Classes Fundos de Renda Fixa Subclasses Renda Fixa Renda Fixa Crédito Renda Fixa Multi-índices Renda Fixa Alavancados Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Cambiais Subclasses Indexado ao Dólar Indexado ao Euro Cambial Dólar sem Alavancagem Cambial Dólar com Alavancagem Cambial Outros com e sem Alavancagem Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Multimercados Subclasses Sem alavancagem sem renda variável Sem alavancagem com renda variável Com alavancagem sem renda variável Com alavancagem com renda variável Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Balanceados Subclasses Balanceados Fundos mútuos de investimento Classes Fundos de Capital Protegido Subclasses Capital Protegido Fundos mútuos de investimento Classes Fundos Dívida Externa Subclasses Dívida Externa Fundos mútuos de investimento Classes Fundos de Ações Subclasses Ações Ibovespa Ações IBX Ações Setoriais Ações Outros O que são ações? São títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que às emitiu. Quem tem ações, portanto, pode-se considerar sócio da empresa emissora. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direitos das ações Basicamente o acionista tem apenas uma obrigação: desde que tenha subscrito ações de um aumento de capital ele é obrigado a integralizar sua parte no capital. No Brasil, a Lei 6.404/76 confere uma série de direitos que nem o estatuto social nem a assembleia geral lhe podem tirar. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direito de participar nos lucros As reservas são a parte do lucro que se mantém na sociedade com objetivo de aumentar a capacidade econômica da mesma e permitem financiar com recursos próprios os investimentos produtivos que se tenham previsto. O dividendo é a parte do lucro que a companhia distribui entre seus acionistas. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direito a informações A lei assegura o acesso a todas as informações que dizem respeito à empresa e que possam afetar os seus interesses como sócios. A empresa é obrigada a divulgar balanços, balancetes e diversos outros demonstrativos contábeis, acompanhados de notas explicativas do relatório da diretoria, do parecer dos auditores independentes e do conselho fiscal. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direito a informações A empresa deve informar, também, todas as decisões tomadas em assembleia geral ou ordinária e qualquer fato relevante que possa afetar o preço futuro de suas ações no mercado. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direito de preferência na subscrição de novas ações Os acionistas tem preferência de compra de novas ações emitidas por ela: é o chamado direito de subscrição de forma que o acionista poderá adquirir uma parcela proporcional as ações anteriormente possuídas. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Direito a voto Os acionistas ordinários tem direito ao voto nas assembleias gerais da empresa. Eles tem apenas uma restrição: só podem votar diretamente aqueles que reúnam o número mínimo de ações que se determine, por outro lado, aqueles com um menor número podem unir para cobrir esse mínimo e votar conjuntamente. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Tipos de Ações • Ações Ordinárias • Ações Preferenciais • Ações de Fruição PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Ações Ordinárias A principal característica deste tipo de ação é que a mesma dá direito de voto. Numa empresa do tipo sociedade anônima é por meio do voto que o acionista tem o direito legal de controle da organização. As características dos direitos gerais de um acionista ordinário são relativamente uniformes em muitos aspectos e estão estabelecidas em lei. As mais importantes são: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Ações Ordinárias • Adotar e corrigir o estatuto da companhia; • Autorizar a fusão com outra empresa; • Alterar a quantidade de ações ordinárias; • Autorizar a venda do ativo fixo ou imobilizado; • Autorizar a emissão de ações preferenciais, debêntures e outros tipos de títulos. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Ações Preferenciais Apresentam como característica fundamental a prioridade sobre as ações ordinárias no recebimento dos dividendos e de receber, no caso de dissolução da sociedade a sua parte. Podem existir diversas classes de ações preferenciais (classe A, classe B, ...) PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Ações de Fruição São atribuídas aos sócios cujas ações ordinárias ou preferenciais foram totalmente amortizadas pelas reservas patrimoniais. A amortização é a antecipação ao acionista do valor que ele provavelmente receberia, na hipótese de liquidação da empresa. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Valor de uma Ação Neste caso fazemos referência ao preço. Também no mercado isto é conhecido como cotação. Mas em algumas ocasiões ouve-se falar em valor nominal e, em outras valor contábil ou de liquidação. Portanto, conforme as circunstâncias as ações apresentam valores monetários diferentes. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Valor de uma Ação O valor nominal é o valor de face de uma ação, quer dizer, aquele estabelecido pelo estatuto da companhia e que vem impresso na ação. O valor nominal corresponde ao capital dividido pelo número de ações emitidas, independente de espécie. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Valor de uma Ação O valor patrimonial ou valor global do patrimônio líquido do exercício considerado dividido pelo número de ações emitidas. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Valor de uma Ação O valor de mercado é valor pago pelo investidores no mercado. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Valor de uma Ação O valor de liquidação é valor avaliado em caso de encerramento das atividades da companhia. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Ganhos com Ação • Dividendos; • Direito de preferência na aquisição de ações; • Bonificações (resultam do aumento de capital por incorporação de reservas e lucros suspensos); • Juros sobre capital próprio (reservas de lucro retido); • Desdobramento; • Valorização das ações. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. O acesso das empresas à bolsa O acesso de recursos do mercado de capitais pode-se dar através de ofertas privadas ou públicas de ações. As ofertas privadas podem ser feitas através de private placement ou private equity conforme: PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. O acesso das empresas à bolsa Private Placement Privado Private Equity Público IPO PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. O acesso das empresas à bolsa Private Placement número restrito de investidores – venda de participação minoritária – uso dos recursos para financiamentos ou implementação do plano de negócio Private Equity único investidor ou grupo extremamente restrito – venda de participação minoritária ou do controle – monetização dos acionistas através de oferta secundária PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. O acesso das empresas à bolsa Conforme sua estrutura o mercado acionário pode ser dividido em mercado primário e secundário. A diferença básica é que enquanto o primeiro caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa o segundo apresenta mera transação entre compradores e vendedores de ações. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Vantagens e Desvantagens do IPO Vantagens Volume de captação; Entrada no mercado de capitais; Liquidez para o acionistas. Desvantagem Diluição do capital; Comprometimento com o mercado. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Vantagens e Desvantagens do Private Equity Vantagens Volume de captação; Contribuição para gestão. Desvantagem Diluição do capital; Custos de captação; Governança corporativa; Prazo de saída. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Abertura de Capital A abertura de capital desencadeia a aceleração da profissionalização da empresa, atingindo os dirigentes e todo o quadro de pessoal. Em princípio o processo é consequencia da regulamentação das companhias abertas que exigem o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Momento para Abertura de Capital • Condições favoráveis de mercado; • Desempenho da empresa; • Uso do recurso tomado; • Demonstrações contábeis estiverem disponíveis. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Razões para Abertura de Capital • Investimentos ou reestruturação de passivos; • Forma de pagar aquisições; • Liquidez patrimonial para os sócios originais; • Referencial de administração; avaliação do negócio • Relacionamento com os funcionários; • Imagem institucional. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. e Etapas para emissão das Ações • Análise preliminar sobre abertura; • Mandato para o intermediário; • Protocolo na CVM e na Bovespa; • Aviso ao Mercado; • Pricing; • Anúncio do início do processo de distribuição; • Anúncio de encerramento da distribuição. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Contratação do intermediário financeiro Para colocar as ações no mercado a empresa contrata os serviços de instituições especializadas como banco de investimentos para a realização da operações de underwrintg. Essa operação é um contrato firmado com a sociedade anônima e a instituição financeira líder do lançamento de ações. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009. Contrato de Underwrinting Contrato Firme O risco de subscrição é do intermediário. Residual O risco de subscrição é compartilhado. Melhor Esforço O risco de subscrição é da empresa. PINHEIRO, J. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2009.