SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL E REPRODUÇÃO DAS
DESIGUALDADES: O PAPEL DO TERRITÓRIO NA CONFIGURAÇÃO
DAS OPORTUNIDADES EDUCATIVAS.
Observatório Educação e Cidade
André da Silva Rangel – Mestre em Planejamento Urbano IPPUR/ UFRJ
André Ricardo Salata – Mestrando em Sociologia IFCS / UFRJ
Carolina Zuccarelli – Mestranda em Planejamento Urbano IPPUR/UFRJ
Gabriel da Silva Vidal Cid - Mestrando em Planejamento Urbano
IPPUR/UFRJ
Observatório das Metrópoles
 1°
Geração de Estudos: influência da origem
sócioeconômica
 2° Geração de Estudos: Escola Eficaz e
Efeito-Escola: a escola “faz diferença”
 3° Geração de Estudos: Vizinhança e Bairro
capazes de gerar desigualdades => fatores
relacionados à organização social do território e
suas consequências sobre as oportunidades
educacionais
Observatório das Metrópoles
Problemas relacionados a atual crise do estado
de bem-estar social
 Transformações do mercado de trabalho; instabilidade,
subemprego e desemprego
 Fragilização da família enquanto instituição de
salvaguarda de jovens e crianças; espaço de socialização
e distribuição de recursos precarizados.
 Segmentação e Segregação residencial = isolamento dos
grupos vulnerabilizados e precarização dos serviços em
espaços que seriam estigmatizados.
Observatório das Metrópoles
Dupla experiência
Democracia
Segmentação social
Ausência de barreiras
Nichos de consumo
Observatório das Metrópoles
IDEB 2007 4ª Série RJ
IDEB 2007 8ª Série RJ
- Como as regiões metropolitanas concentram parcelas maiores de riqueza,
renda e poder político, espera-se que os municípios localizados nestas
regiões obtenham os melhores resultados educacionais.
-Porém, os mapas anteriores nos mostram que os municípios da região
metropolitana do estado do Rio de Janeiro tendem a apresentar resultados
no IDEB 2007 (tanto para quarta como para oitava séries) menores do que os
municípios não pertencentes à região metropolitana, com exceção da
capital.
- Os municípios da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro
obtiveram resultados no IDEB 2007 bastante inferiores aos da cidade do Rio
de Janeiro.
- Fatores ligados ao território poderiam explicar parte destas diferenças?
-Os slides anteriores nos mostram que os municípios periféricos da região
metropolitana do estado do Rio de janeiro tendem a possuir uma maior
concentração de profissionais de baixo status e de adultos com menor
escolaridade.
- Estes municípios são justamente aqueles que tendem a ter os menores
IDEBs no estado do Rio de Janeiro.
- A cidade do Rio de Janeiro, que apresenta a melhor média de IDEB da
região metropolitana, é justamente aquela com a maior concentração de
profissionais de alto status e de adultos com maior escolaridade.
- Percebemos portanto uma correlação espacial entre a concentração de
profissionais de baixo status e de adultos com baixa escolaridade com as
médias de IDEBs por municípios.
- Mas mesmo dentro do município do Rio de Janeiro estas diferenças podem
ser encontradas:
MÉDIA IDEB 2007 RJ – ÁREAS DE PONDERAÇÃO
-Podemos ver que, dentro da cidade do Rio de Janeiro, nos setores onde
encontramos as piores médias de IDEB, também tendemos a encontrar uma
maior proporção de empregados de baixo status.
- Em contrapartida, nos setores onde encontramos as melhores médias de
IDEB, também tendemos a encontrar uma maior proporção de empregados
de alto status.
- Reparem que nas áreas de favelas também tendemos a encontrar IDEBs
mais baixos.
- Mais uma vez temos uma correlação entre a localização das médias de
IDEBs e a classificação das AEDs segundo o status profissional dos
moradores.
- Vejamos agora uma análise preliminar do caso de São João de Meriti:
-Também em São João de Meriti, encontramos dentro do município áreas
segregadas.
- Mas, infelizmente, não possuímos ainda informações georeferenciadas a
respeito dos IDEBs em São João de Meriti.
- Será que nas áreas mais abastadas do município os IDEBs tendem a ser
mais altos? E nas áreas menos abastadas os mesmos tendem a ser mais
baixos?
CONCLUSÕES
- Os dados expostos revelam que podemos observar padrões de segregação
tanto em nível macro (Estado do RJ e Região Metropolitana do RJ), quanto em
nível micro (Municípios do Rio de Janeiro).
-Nesses dois níveis encontramos áreas com menor e maior concentração de
profissionais de baixo e alto status, e adultos com maiores ou menores níveis
de escolaridade.
- De uma forma geral, os locais com melhores indicadores de nível sócioeconômico tendem a obter maiores médias de IDEB.
- Já os locais com piores indicadores de nível sócio-econômico tendem a obter
menores médias no IDEB.
- Apesar de concentrarem as maiores parcelas de riqueza, renda e poder
político, os municípios metropolitanos distribuem estes fatores de forma muito
desigual, formando áreas de concentração de pobreza que prejudicam a
capacidade dos indivíduos aproveitarem as oportunidades educacionais.
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Mestrando em Planejamento Urbano IPPUR/UFRJ