GESTÃO DOCUMENTAL: o imperativo que se coloca na consolidação da memória institucional e na facilitação do acesso à informação na função pública Comunicação de Sua Excelência Armando Emílio Guebuza, Presidente da República de Moçambique, na abertura da Conferência Nacional sobre Gestão Documental. Maputo, 1 de Agosto de 2014 É com muita alegria e satisfação que acedemos ao convite para presidirmos esta Conferência Nacional sobre Gestão dos documentos e arquivos do Estado. Trata-se de um exercício que tem em vista em vista aprimorar as metodologias e práticas de preservação da memória institucional bem como da facilitação do acesso à informação da nossa função Pública, no contexto das reformas em curso visando tornar a nossa administração pública mais próxima e eficiente na satisfação das necessidades dos cidadãos, os seus primeiros e últimos beneficiários. Queremos, pois, saudar esta rica diversidade de participantes, em representação dos diversos níveis de servidores da nossa função pública e todas as províncias do nosso País. Cada um de vós é portador de uma rica experiência e, por isso, conhecedor do nosso sistema de administração pública na sua complexidade e delicadeza. Estão aqui para interagir e para partilhar experiências, tendo como fim último a identificação de soluções estruturantes para os desafios da reforma da nossa administração pública, como pilar importante da materialização da nossa Agenda Nacional de Luta Contra a Pobreza. Minhas Senhoras e Meus Senhores, Moçambique aprofunda e consolida a segunda fase do processo de reformas do seu sistema de administração pública, um processo dinâmico cujos resultados já nos permitiram dar um novo perfil à nossa função pública. Com efeito, a descentralização e desconcentração de poderes e recursos humanos, financeiros e materiais está a dinamizar o processo de tomada de decisão e o desembolso dos necessários recursos 1 para sustentar esse crescente empoderamento dos governos locais. O investimento na formação do capital humano nesta área, cujos resultados se traduzem, por exemplo, nas carreiras e funções dos nossos compatriotas que fazem parte deste seminário é a pedra angular que dinamiza os instrumentos e mecanismos da reforma e a necessária e complementar mudança de atitude e comportamento dos nossos servidores públicos. Ainda como resultado desse investimento no capital humano, registamos melhorias significativas nas condições de arquivo e manuseamento dos documentos com a construção ou reconstrução dos arquivos intermédios em quase todo o nosso belo Moçambique. Registamos ainda a melhoria na prática dos conhecimentos adquiridos nos vários programas de capacitação dos quais esta conferência faz parte. Notámos, com muito agrado, que hoje dispomos de um processo de tratamento da informação e gestão documental mais eficiente e com impacto na melhoria da capacidade e celeridade de resposta das instituições públicas às diversas preocupações dos cidadãos, assumindo-se como verdadeiros facilitadores públicos. Gostaríamos, nesta ocasião, de saudar os profissionais que no dia-a-dia manuseiam documentos e lidam com os nossos arquivos, os arquivos do Estado, pela forma como têm sabido desempenhar a sua função e assumido a grande responsabilidade de preservar os documentos, assegurando assim a memória colectiva da nossa Administração Pública. É desta forma que estão a contribuir para que a nossa história institucional seja preservada. É também desta forma que 2 asseguram que o nosso legado histórico e a vida e obra dos que passam pelas nossas instituições fique registada para as gerações vindouras. Esta Conferência Nacional sobre a Gestão Documental é, por isso, uma ocasião soberana para nos debruçarmos sobre a importância que temos dado à área dos arquivos e discorrer detalhadamente sobre o que temos feito para resgatar os arquivos para o lugar que devem ocupar nas nossas instituições. Vivemos numa sociedade de rápidas mudanças impostas pela revolução das tecnolpgias de informação e comunicação, colocando desafios prementes ao nosso sistema de arquivos do Estado relacionados com a necessidade de acompanharmos essas dinâmicas e as novas formas de ser e de estar que elas nos trazem, de forma cada vez mais criativa e num mundo cada vez mais digitalizado. Guardar e arquivar documentos é tão importante quanto o processo da sua produção e consulta, bem assim a sua implementação como parte da materialização dos planos e programas institucionais. Minhas Senhoras e Meus Senhores, Assistímos, no início desta cerimónia, ao lançamento de mais uma edição das Estatísticas dos Funcionários e Agentes do Estado, um instrumento que contribui para o nosso objectivo de construir uma administração pública cada vez mais eficiente e facilitadora da vida do cidadão, seu utente. Trata-se de um instrumento de suma importância para a gestão dos recursos humanos que preenchem o nosso sistema de administração pública, um elemento preponderante para que logremos imprimir a dinâmica e as mudanças necessárias para que a 3 função pública assuma o seu papel e lugar na luta contra a pobreza. Estão aqui reunidos dirigentes de vários sectores, aos vários níveis, do nosso sistema de administração pública que têm a honrosa e nobre missão de colocar-se na linha da frente de todas as fases e mecanismos do processo de reforma em curso, liderano esses processos. Queremos, neste contexto, saudar-vos pelas conquistas que celebramos e pelos resultados alcançados no contexto da implementação dos instrumentos da reforma. Essa dinâmica a que assistimos na nossa função pública tem em cada um de vós um impulsionador, um agente dedicado e abnegado que induz à mudança de atitude e comportamento que torna a nossa função pública cada vez melhor em termos de flexibilidade na facilitação da vida do cidadão e na resposta às suas petições, queixas e reclamações. Continuem com essa qualidade de liderança e a induzir mudanças de impacto na nossa administração pública. Isso passa pela sensibilização de todos e de cada funcionário e agente do Estado a respeitar e a tratar todo o fluxo de informação com que lida com respeito, zelo e responsabilidade e que seja capaz de sistematizá-la para que seja depois devidamente arquivada. Queremos uma função pública cada vez moderna e eficiente para se adequar aos desafios da globalização mas que se caracteriza por valores e princípios que a façam crescer e firmar-se como servidora e facilitadora da vida do Cidadão. A terminar queremos, por intermédio de todos e de cada um dos presentes, dizer MUITO OBRIGADO a todos os funcionários e agentes do Estado, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo, 4 pela sua entrega, dedicação e empenho na materialização da nossa agenda nacional de luta contra a pobreza. MUITO Obrigado pelo apoio incondicional que nos prestaram e que permitiu que lográssemos resultados de grande impacto e que estão a impulsionar as mudanças que testemunhámos em todos os sectores do nosso sistema de Administração Pública. Foram quase dez anos de uma interação e convívio intensos, quer através das nossas visitas em Presidência Aberta e Inclusiva, quer ainda através da coordenação sectorial e intersectorial. Com votos de frutíferos debates, temos a honra de declarar aberto o Seminário Nacional de Gestão Documental. Muito obrigado pela vossa atenção! 5