Cardiopatias Congênitas Crescimento e desenvolvimento Gravidade da lesão cardíaca Cianose Prematuridade Fatores genéticos Baixa ingestão Hemodinâmicos Taquipnéia Malformações extracardíacas Fadiga Crescimento pré e pós-natal Hipóxia crônica Desnutrição Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 “ O crescimento na criança portadora de cardiopatia congênita é frequentemente comprometido devido às alterações hemodinâmicas” A recuperação do crescimento é muito influenciada pela correção cirúrgica da anomalia Journal of Pediatric Nursing 2001; 16(5):308-19 Desnutrição e cardiopatias congênitas Peso normal no momento do nascimento Frequente instalação da desnutrição, comprometendo crescimento e desenvolvimento Cardiopatias congênitas acianóticas: maior déficit no peso Cardiopatias congênitas cianóticas: maior déficit na estatura, resultante da diminuição do peso Prog Pediatr Cardiol 2000; 11(3):195-202 I Diretrizes Nutricionais em Cardiologia, 2001 Mecanismos de desnutrição Anormalidades hemodinâmicas e hipóxia CC acianóticas: peso CC cianóticas: peso e altura freqüência cardíaca, vasoconstrição e contractilidade cardíaca tecido miocárdico consumo de oxigênio Arq Bras Cardiol 1995; 65(5):403-7 Arch Pediatr Adolesc Med 1995; 149:1098-1102 Mecanismos de desnutrição Hipermetabolismo funções cardíacas e respiratórias criança normal: 5 a 10% TMB criança com CC: 25 a 30% TMB proporção de tecidos metabolicamente ativos; sistema nervoso simpático; temperatura corporal basal e maior função da tireóide; episódios infecciosos frequentes Forchielli et al 1994, Emmanouildes et al 1995 Mecanismos de desnutrição Reduzida ingestão energética dispnéia, taquipnéia e fadiga hepatomegalia, ascite dificuldades para sugar, engolir e respirar saciedade precoce distúrbios gastroesofágicos regurgitação, tosse, pneumonias, recusa alimentar, ganho de peso edema e hipóxia no intestino dismotilidade e má absorção Forchielli et al 1994, Oba 2000 Mecanismos de desnutrição Reduzida ingestão energética Podem apresentar consumo alimentar adequado com relação ao peso atual, porém aquém das necessidades de acordo com peso e altura para idade e para a recuperação do crescimento Nutr Rev 1994; 52(10):348-53 Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Objetivos da Terapia Nutricional Reposição das reservas corporal e tecidual Restabelecimento da homeostase Recuperação do crescimento e desenvolvimento Nutr Rev 1994; 52(10):348-53 Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Avaliação do estado nutricional Anamnese doenças atuais e associadas ingestão de medicamentos e/ou suplementos realização de cirurgias aspectos psicossociais aspectos sócio-econômicos Emmanouildes et al. Heart disease in infants, children and adolescents; 1995 Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Avaliação do estado nutricional Avaliação do consumo alimentar hábitos alimentares carências nutricionais intolerâncias alimentares síndromes de má absorção ingestão alimentar Emmanouildes et al. Heart disease in infants, children and adolescents; 1995 Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Avaliação do estado nutricional Exame físico criança apática, com fraqueza e cansaço pele fina, cabelos e unhas quebradiços e presença de edema deficiência protéica tônus e na força musculares recente perda de peso lesões nos lábios e sangramentos nas gengivas deficiências de vitaminas e minerais DESNUTRIÇÃO Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Avaliação do estado nutricional Exame antropométrico Peso Altura Exames bioquímicos pré-albumina: desnutrição protéica aguda albumina: desnutrição protéica crônica transferrina: deficiência de ferro proteína transportadora de retinol: carência de zinco e vitamina A Emmanouildes et al. Heart disease in infants, children and adolescents; 1995 Oba. Cardiologia em pediatria: temas fundamentais; 2000 Recomendações dietoterápicas 1) Introduzir alimentos de maneira lenta e gradual Ritmo lento, com pausas durante a oferta Volume dependerá da gravidade da patologia, de acordo com a tolerância da criança Fracionamento das refeições Introdução de alimentos sólidos entre 4 e 6 meses de idade Forchielli et al 1994, Oba 2000 Recomendações dietoterápicas 2) Aumentar consumo energético Crianças menores de 1 ano Leite materno (0,67kcal/mL) + módulos de carboidratos e/ou lipídios Fórmulas infantis especiais: reduzir volume de água aumentar oferta de carboidratos (até 5%) aumentar oferta de lipídios (até 2%) Forchielli et al 1994, Oba 2000 Recomendações dietoterápicas 2) Aumentar consumo energético Crianças maiores de 1 ano Oral: Alimentos enriquecidos com polímeros de glicose, xarope de milho, óleos vegetais e margarina Enteral: Aumentar concentração da fórmula, acrescentar módulos de suplementação, utilizar fórmulas infantis industrializadas especializadas (1,0 a 1,5kcal/ml) monitorar cuidadosamente, a fim de evitar intolerâncias metabólicas e gastrointestinais Forchielli et al 1994, Oba 2000 Recomendações dietoterápicas 3) Evitar consumo de grandes quantidades de líquidos Respeitar volume diário permitido Considerar todas formas de alimentos líquidos Dar preferência à água, leite e frutas Evitar alimentos doces e salgados Recomendações dietoterápicas 4) Restringir consumo de sódio Oral: reduzir o acréscimo de sal às preparações e evitar alimentos ricos em sódio Enteral: fórmulas com reduzido teor de sódio para crianças graves Forchielli et al 1994, Oba 2000 Tratamento dietético Planejamento Lanche Lanche Almoço Café da Manhã Jantar