DIDATIKA Vestibulares Nome: ______________________________________________ Sala: _________ Nota: _________ No esquema da figura, suponha que o sistema formado pelas polias e o bloco D estejam inicialmente em repouso. O eixo de um motor ligado à polia A inicia um movimento uniformemente acelerado de tal forma que após 20 s a frequência de rotação da polia A atinge 600 rpm. As polias A e B giram em contato sem que haja escorregamento entre elas. As polias B e C são solidárias e o bloco D está preso a um fio vertical que vai enrolando-se na polia C. polia B polia A polia C r ω 4r vD D A polia A tem raio RA = 10,0 cm, a polia C tem raio r = 5,0 cm e a polia B tem raio 4 r. Determine: a) A frequência de rotação da polia C no instante t = 20 s. (1 ponto) b) A aceleração angular da polia A, B e C, supostas constantes, em rad/s2. (1 ponto) c) A velocidade escalar (ou linear) de subida do bloco D, em t = 20 s. (1 ponto) d) Quantas rotações a polia C executou durante os 20 s? (1 ponto) e) Se a massa do bloco D vale 1 kg, determine a intensidade da força de tração no fio. (1 ponto) RESOLUÇÃO ESPERADA a) As polias A e B possuem a mesma velocidade linear. O raio de A vale 10cm e o raio de B vale 20cm. Desta forma, enquanto a polia B executa 1 volta, a polia A executa 2 voltas. Assim, a frequência de A é o dobro da frequência de B. Então, fB = fA/2= 600rpm/2 = 300rpm. Ou ainda: (justificativa matemática) VA = VB 2πRA . fA = 2πRB . fB RA . fA = RB . fB 10.600 = 20 . fB fB = 300 rpm Notamos ainda que as polias B e C giram solidárias a um eixo comum, assim fC = fB = 300 rpm DIDATIKA Vestibulares b) Como a aceleração angular é constante, então o movimento das polias é um movimento circular uniformemente acelerado. Abaixo, segue um resumo teórico das equações deste movimento. Uma grandeza linear é igual a sua grandeza linear correspondente multiplicada pelo raio R, ou seja: s = ϕ (s é o espaço linear ou escalar, dado em metros e ϕ é o espaço angular em rad) R v = R ω (v é a velocidade linear ou escalar, dado em m/s e ω é a velocidade angular em rad/s) a = R α (a é a aceleração linear ou escalar, dado em m/s2 e ω é a velocidade angular em rad/s2) Desta forma, temos: v = v0 + a . t (forma linear da função horária da velocidade) Dividindo ambos os termos pelo raio R, temos: v v0 a = + .t R R R ω = ω0 + α . t (forma angular da função horária da velocidade) Temos ainda: s = s0 + v 0 . t + a . t2 (forma linear da função horária dos espaços) 2 Dividindo ambos os termos pelo raio R, temos: a .t 2 s s0 v 0 .t + = + R 2 R R R ϕ = ϕ0 + ω0 .t + α.t 2 (forma angular da função horária dos espaços) 2 A equação de Torricelli, tem sua forma angular expressa assim: ω2 = ω0 2 + 2 . α . ∆ϕ Em t = 20 s, a frequência da polia A vale 600 rpm = 10 Hz. Nesse instante, a velocidade angular da polia A vale: ω = 2 . π . f = 2 . π . 10 = 20π rad s ω = ω0 + α . t 20π = 0 + αA . 20 Como a velocidade angular de B é metade da velocidade angular de A, podemos dizer que a aceleração angular de B é também metade da aceleração angular de A, ou seja: ωB = 2 . π . fB = 2 . π . 5 = 10π ωB = ω0 + α . t 10π = 0 + αB . 20 π rad αB = 2 2 s rad s DIDATIKA Vestibulares A aceleração angular de B e C tem a mesma intensidade, visto que elas giram solidárias a um eixo comum: π rad αB = αC = 2 2 s c) Como a corda não escorrega sobre a polia C, então a velocidade de subida da corda e do corpo D é igual a velocidade linear da polia C. Como as polias B e C giram solidárias a um mesmo eixo de rotação, então ωB = ωC = 10π vC = ωC . R ⇒ vC = 10π . 5cm = 50π rad s cm s d) Usando a equação da velocidade média na forma angular podemos determinar o número de rotações da polia C durante os 20s de movimento. Assim temos: ∆ϕ ω0 + ω = 2 ∆t ∆ϕ 0 + 10π = 20 2 ∆ϕ = 100π rad Lembrando que 1 volta corresponde a 2 π rad, concluímos que a polia C executou 50 voltas durante 20s. e) A aceleração linear da polia C é igual à aceleração linear do corpo D, pois são ligados pela mesma corda. Assim, temos: αC = π rad 2 s2 Lembrando que: a=α.R aC = m π . 5 x 10 − 2 m == 2,5 x 10 − 2 2 2 s A intensidade da tração na corda é dada por: FR = m . a T–P=m.a T – 10 = 1 x 2,5 x 10–2 T = 10,025 N