ANO VI
6
N º 2 2 J U L . A G O . S E T. 2 0 1 0
3
pág.
pág.
Foto: Stock.XCHNG
O que é bullying?
4
Entrevista
Em comemoração ao Dia do Escritor,
o Jornal Fundação Cargill entrevista
a escritora Regina Carvalho.
pág.
10
Educação e web
Como aproveitar os recursos da
internet para ensinar e aprender.
pág.
12
Giro pelas cidades
Confira algumas das atividades
que mobilizam as localidades onde
os Programas Fura-Bolo e “de grão
em grão” fazem a diferença
na qualidade de ensino.
pág.
Palavra do Voluntário
Empenho e criatividade em eventos
de distribuição dos livros da Coleção
Fura-Bolo e “de grão em grão”.
O bullying é um tipo de agressão intencional que humilha
suas vítimas, que na maioria das vezes sofrem caladas.
E quem são os principais alvos, os discriminados? Os
diferentes da turma: os gordinhos, magros, tímidos, os
mais frágeis. São crianças e jovens que estão expostos
a sofrer as possíveis consequências do bullying, que vão
desde repetência e evasão escolar até depressão e, em
casos extremos, suicídio e homicídio.
O bullying está presente no dia a dia de estudantes e
educadores. Sua prática é responsável pelo sofrimento
de crianças e jovens. Mas o que é bullying? De origem
inglesa, a palavra significa um dos maiores problemas
enfrentados pelas escolas: atitudes de violência
psicológica e/ou física, que muitas vezes iniciam com
a brincadeira de colocar apelido e pode evoluir para
agressões mais sérias.
1
Continua na página 6
Editorial
Reforço ao voluntariado
N
esta minha primeira
mensagem como Presidente da Fundação
Cargill, gostaria de destacar o
entusiasmo com que recebi o
desafio e a oportunidade de reiterar
o meu compromisso com esta
instituição e com o Terceiro Setor.
É com satisfação que me disponho a ser mais uma
voluntária entre aqueles que há anos dedicam-se
aos Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”,
ajudando a dar continuidade ao trabalho da
Fundação, que tem beneficiado mais de 40 mil
alunos todos os anos.
Comecei no trabalho voluntário ainda na infância
e ampliei minha atuação por meio do apoio a
projetos voltados a crianças e jovens e como
diretora da Fundação Cargill, por um período
de quatro anos. Agora, poderei colocar minha
experiência de vida a serviço da Fundação Cargill.
Espero que minha vivência acadêmica, profissional
e de trabalho voluntário auxilie no processo de
crescimento contínuo da Fundação Cargill.
Nosso futuro certamente aponta para o fortalecimento da atuação de nossos voluntários e
reforço da integração do trabalho da Fundação
Cargill às unidades da Cargill. Além do constante
aprimoramento dos programas que são referência
em 137 escolas de quinze municípios, pretendemos
estender nossa presença para programas voltados a
jovens, oferecendo formação educacional e cultural.
A diversidade da gastronomia do Brasil é reconhecida
mundialmente. Faz parte da riqueza cultural do País.
Confira algumas delícias tipicamente brasileiras.
Furrundum
É um doce típico do Mato Grosso do Sul. Ele
pode ser feito com mamão ou cridra. Em algumas
regiões do estado também é conhecido
como furrundu.
Jatobá
É o fruto de uma das maiores árvores
da região Centro-Oeste. Com sua polpa branca
e farinhenta são feitos bolos, pães e biscoitos.
Maniçoba
É conhecida como feijoada amazônica, de influência indígena. O
principal ingrediente é a maniva, que é a folha de mandioca moída
e cozida por vários dias. Em geral, no quarto dia são acrescentados
toucinho, carne-seca, linguiça e pedaços de carne de porco.
Peixes de rio
Os peixes dos rios amazônicos (tucunaré, pirarucu, tambaqui,
entre outros) enriquecem a culinária da região norte do Brasil.
Eles podem ser grelhados, assados ou cozidos. O pirarucu
é o maior peixe do Brasil e um dos maiores do mundo.
Chega a pesar 200 quilos e a medir
3 metros de comprimento.
Saiba como preparar Furrundum
e Rosquinhas de Jatobá na seção
dica de receita (página 8)
Envie sua sugestão
O Jornal Fundação Cargill está aberto para a
participação de todos os leitores. Envie sugestões,
experiências e trabalhos relacionados aos
Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”
para o e-mail [email protected],
ou encaminhe para o coordenador de voluntários
da Fundação Cargill da sua cidade. Participe!
Parabenizo a presidência anterior pelo excelente
trabalho realizado, agradeço à diretoria da
Fundação Cargill pela oportunidade de poder
contribuir e solicito o apoio de educadores e
voluntários, cujos compromisso e envolvimento
são os reais responsáveis por nosso sucesso.
O Jornal Fundação Cargill é uma publicação trimestral
dirigida a educadores e voluntários participantes
dos programas sociais da Fundação Cargill e
instituições do Terceiro Setor. Caixa Postal 28704-0
CEP 04948-990 – São Paulo – SP – Tel: (11) 5099-3257 – Fax (11) 5099-3258
www.cargill.com.br – Comitê Editorial: Denise Cantarelli, Aline Machado, Denyse
Barreto e Kátia Karam Gonzalez – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação
Editorial e Jornalista Responsável: Ana Caiasso (MTb 27583) – Conteúdo Editorial:
Plural Publicações Corporativas – Design, Editoração
Eletrônica e Produção Gráfica: Oz Design
Fotos: Fundação Cargill.
Obrigada a todos.
Valéria Militelli
Presidente da Fundação Cargill
2
Foto: Divulgação
Nosso entrevistado
Homenagem à
arte de escrever
Em 25 de julho foi comemorado o Dia do Escritor. Para
homenagear esses artistas que levam conhecimento e fantasia a
adultos, jovens e crianças, o Jornal Fundação Cargill entrevistou a
escritora Regina Carvalho. Com formação em Ciências Sociais e
Pedagogia, a escritora atuou como educadora na rede de ensino
de São Paulo e hoje dedica-se apenas à escrita e integra o grupo
de escritores da Coleção Fura-Bolo.
JFC - Qual sua participação na Coleção Fura-Bolo?
Jornal Fundação Cargill - Quando e como a senhora
escolheu ser escritora?
RC - Participei com as histórias A mulher de chapéu
e a lagartixa de óculos, Toninho Toin e A gulosa. A
primeira conta com ilustrações no lugar de alguns
recursos verbais. Na segunda, fiz uma brincadeira
com o provérbio Para bom entendedor, meia palavra
basta. E a última é versão de um conto folclórico.
Foi muito prazeroso participar da Coleção Fura-Bolo.
Diverti-me inventando as histórias e escrevendo uma
versão do conto tradicional. Meu desejo é o de que
professores e alunos descubram, como eu descobri, o
quanto é agradável ler e escrever e o quanto esses atos
preenchem a nossa alma.
Regina Carvalho - Ser escritora não foi bem uma
escolha. Aconteceu naturalmente. Sempre gostei
de ler e inventar histórias, que escrevia por pura
diversão. Um dia resolvi mandar uma delas para um
concurso e acabei ganhando o primeiro prêmio.
Esse fato me animou a mostrar minhas histórias para
algumas amigas e elas me incentivaram a enviá-las
para as editoras.
JFC - Na sua opinião, qual o principal papel social
do trabalho do escritor?
RC - Com certeza é o de contribuir para a formação de
leitores com competência leitora suficiente para, de fato,
interagir em sociedade.
JFC – Para o professor, qual a melhor forma de incentivar as crianças a escrever?
RC - O ofício de professor é de encantamento.
Se o professor souber seduzir, os alunos serão
seduzidos. A sedução vale também para o incentivo à
formação de leitores e escritores. Para isso, o professor
precisa, antes de tudo, vivenciar experiências de
leitura e escrita e se deixar seduzir por elas. Só assim,
com envolvimento e conhecimento da arte de
ensinar, conseguirá ajudar as crianças a se desenvolver.
Outro ponto importante é lembrar que um texto
não nasce num passe de mágica. É preciso ensinar o
aluno a escrever. E isso não se faz dando-se um tema,
um tempo e recolhendo os textos para correção.
Não! Uma aula de escrita é dinâmica, constante,
planejada e dá direito a opiniões e revisões até que
o autor esteja seguro de que a produção conseguirá
transmitir com clareza suas ideias aos leitores, entre
eles, o professor.
JFC - Escrever depende fundamentalmente do talento?
RC - Não do talento nato, mas sim do conquistado,
especialmente pelo conhecimento dos recursos que
a língua oferece à comunicação. Escrever exige, em
primeiro lugar, que se tenha algo a dizer. Depois é preciso
dedicação ao texto, com tantas revisões quantas forem
necessárias para que ele fique no ponto de o leitor dar
nova vida a ele.
JFC - Como é escrever para crianças? Exige uma
formação diferenciada?
RC - O importante é o escritor saber que a criança é capaz
de interagir intelectualmente com a história contada,
sem necessidade de infantilizações que empobrecem o
texto e desmerecem o leitor.
3
Tecnologia
Ensinar e aprender
A
em conexão com
a internet
internet está mudando a maneira de ensinar
e de aprender. As novas tecnologias facilitam
a pesquisa, a comunicação, o intercâmbio de
informações. Então, as novidades digitais favorecem a
construção de conhecimento? Depende de como e para
que esses recursos são utilizados. “O conhecimento depende
de análises, sínteses e conexões de informações. A facilidade
de navegar pela internet não garante a aquisição de
conhecimento, que significa a apropriação de algo que faz
sentido e mobiliza o indivíduo para uma nova percepção”.
A avaliação é do professor José Manuel Moran, doutor
em Ciências da Comunicação pela Universidade de
São Paulo (USP) e diretor do Centro de Ensino
a Distância da Universidade AnhangueraUniderp, em Campo Grande (MT).
Foto: Stock.XCHNG
Segundo o professor, existe uma
contradição: por um lado, crianças
e jovens têm uma habilidade
tecnológica invejável para
acessar os recursos da
web; por outro, a
4
Foto: Stock.XCHNG
tudo que o ser humano faz de bom e de ruim. “Ela tem
tudo de mais interessante, resolve um monte de problemas,
tem mil vantagens de comodidade de acesso. Mas, ao
mesmo tempo, contém aberrações originadas por pessoas
inescrupulosas. Há acesso à informação para a qual a criança
não está preparada, na área da sexualidade, pornografia e
violência. A solução não está simplesmente em bloquear
ou não falar sobre o assunto. O caminho é orientar, acompanhar. A criança, quando percebe que os pais e professores
confiam nela e se preocupam, mostra quais sites costuma
visitar, ou logo aponta alguma situação anormal. A internet
é um meio rico de possibilidades e de problemas. E a escola
é um espaço privilegiado de aprendizagem para saber fazer
essas escolhas”, conclui.
Educação digital
maioria se satisfaz com as primeiras respostas que aparecem
nos sites de busca. Ou seja, o aluno quer rapidez, acomoda-se
na facilidade da informação e imagina dominar um assunto,
simplesmente porque leu poucas linhas no Google. “Estamos
mimados, jovens e adultos, pelas comodidades tecnológicas.
Confundimos quantidade com qualidade, rapidez com
aprofundamento, informação com conhecimento. Não
podemos nos contentar em ‘borboletear’ na internet, em
busca de informação”, afirma Moran.
O bom uso e a segurança na internet, quando os
usuários são crianças, dependem de orientação e
acompanhamento de pais e professores. Confira
algumas dicas baseadas na cartilha editada pelo
movimento Criança Mais Segura na Internet.
• Explique a seus alunos a importância de não
trocar informações pessoais com estranhos.
Então, como melhor aproveitar as novas tecnologias para
alcançar um ensino de melhor qualidade? Além da prática de
uma educação responsável em relação às inovações geradas
pela web, segundo o educador, a escola deve incentivar o
trabalho com atividades colaborativas, pesquisas, projetos.
“A tecnologia também pode ser utilizada para produzir
conteúdos interessantes e deixar para o professor o papel
de organização das atividades, de discussão, orientação e
apresentação dos resultados”.
•
Procure saber se eles participam de alguma
comunidade de relacionamento e quem são os
amigos virtuais.
•
Oriente-os a não abrir a webcam para estranhos
e para mantê-la sempre desligada quando não
estiver usando.
•
Ensine seus alunos a não resolver seus problemas
de forma agressiva. É importante evitar que eles
participem de cyberbullying, prática utilizada para
humilhar e agredir colegas e professores via internet
ou celular.
Foto: Stock.XCHNG
Quanto à questão de acesso a conteúdos impróprios, o
professor Moran lembra que a internet é uma projeção de
• Converse com seus alunos sobre copiar e alterar
conteúdos disponíveis na internet. Incentive a
elaboração de trabalhos escolares utilizando e
citando diferentes fontes da internet, sem jamais
copiar os textos disponíveis.
•
Converse sobre a importância de dedicarem-se a
outras atividades e não ficarem horas na frente do
computador.
•
Oriente seus alunos a abrir apenas os e-mails
confiáveis e a não abrir qualquer arquivo ou
programa recebido.
Saiba mais: www.criancamaissegura.com.br
5
Foto: Stock.XCHNG
Brincadeira
que machuca
A
agressão emocional e física, o bullying, está se
alastrando nas escolas brasileiras. Os alunos
mais frágeis ou vistos como diferentes do
grupo estão cada vez mais sofrendo com a violência
da humilhação pública e, consequentemente, com a
exclusão. Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), Brasília (DF) é a capital do
bullying. No Distrito Federal, 35,6% dos estudantes
entrevistados disseram ser vítimas constantes de
agressões variadas (veja boxe).
6
Bullying é uma situação que se
caracteriza por agressividade
verbal ou física de maneira
repetitiva, praticada por um
ou mais alunos contra um ou mais
colegas. O termo inglês refere-se
aos verbos ameaçar e intimidar.
O papel das escolas
Foto: Stock.XCHNG
Muitas escolas, segundo a psicóloga Silvana, que mantém
contato direto com educadores como palestrante, ainda
negam a existência do bullying. Isso porque geralmente
confundem brincadeiras comuns entre colegas no
ambiente escolar com atitudes de agressão. “Precisamos
ficar atentos para o fato de haver uma linha tênue entre
a comum dificuldade do jovem em conquistar um lugar
no grupo e as consequências nocivas das agressões”, avalia.
Humilhação exclui e fere crianças
Essa situação preocupa especialistas que lidam com
as origens e consequências do bullying em suas rotinas
profissionais. Para Silvana Martani, psicóloga da Clínica
de Endocrinologia do Hospital Beneficência Portuguesa,
em São Paulo, esse mal precisa ser combatido pela família
e pela escola.
Prevenir ainda é o melhor remédio. Primeiro a escola
precisa admitir que é um local passível de bullying,
informar professores e alunos e deixar claro que as
agressões não serão admitidas. O papel dos professores
também é fundamental. “O professor deve assumir uma
postura assertiva. Ele é um formador de opinião e o adulto
da relação em sala de aula. Devido à sua presença, a sala
de aula deveria ser um local protegido. Portanto, as regras
devem ser claras, para que não seja permitida a prática de
bullying”, conclui Silvana.
“Acredito que o aumento da violência entre os jovens
resulta da atual relação familiar. A maioria dos menores
infratores vêm de famílias que não conseguem entender
as exigências que implica a opção de ter um filho. Muitos
pais têm dificuldade para atender às necessidades afetivas
e intelectuais das crianças e dos jovens. Hoje eles estão
mais atenciosos. Mas a preocupação é em satisfazer as
expectativas de consumo dos filhos”, opina Silvana.
Capitais do bullying
Dados obtidos em estudo realizado
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Classificação
por número de vítimas:
A avaliação, entre outros dados, está baseada em pesquisa
coordenada pela psicóloga, durante a elaboração do livro
Manual Teen (veja boxe). O levantamento, realizado
com três mil jovens de escolas da cidade de São Paulo,
mostra, por exemplo, que a maioria está insatisfeita com
a atuação dos pais. Eles reclamam que os pais não estão
atentos à escolaridade dos filhos.
Brasília (DF); Vitória (ES); Porto Alegre (RS); João
Pessoa (PB), São Paulo (SP), Campo Grande (MT);
Goiânia (GO); Teresina (PI) e Rio Branco (AC).
Saiba mais nos livros
O livro Manual Teen, editado pela WAK Editora
e organizado pela psicóloga Silvana Martani,
foi escrito com o objetivo de orientar os
jovens a lidarem melhor com os
questionamentos, conflitos, medos
e inseguranças comuns neste
período de suas vidas. O livro
traça um panorama completo
dos problemas vivenciados pelos
púberes e adolescentes.
A partir de uma extensa pesquisa
realizada com três mil jovens, o
livro reúne experiências de vários
profissionais junto a este público
(médicos, psiquiatras, psicólogos,
pedagogos, nutricionistas,
advogados e engenheiros).
Em Bullying - mentes perigosas nas escolas, editado
pela Fontanar, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva
analisa os tipos de violência entre crianças e jovens.
O livro faz uma investigação do problema, trazendo
informações necessárias aos pais, professores, alunos
e profissionais de diversas áreas para identificar
esse tipo de violência e suas consequências, como
também o que se pode fazer para combatê-la. “No
exercício diário da minha profissão, e após uma
criteriosa investigação do histórico de vida dos
pacientes, observo que não somente crianças e
adolescentes sofrem com essa prática indecorosa,
como também muitos adultos ainda experimentam
aflições intensas advindas de uma vida estudantil
traumática”, alerta Ana Beatriz.
7
cantinho da leitura
dica de receita
Q
Furrundum
ue tal contar aos alunos um conto de
fadas diferente? O livro Fadas, pizzas e
saladas, de Regina Carvalho, da Editora
Atual, apresenta uma modernização do conto de
fadas clássico. A personagem principal é Alice, uma
linda princesa, com longa trança enrolada no alto
da cabeça, cujas roupas são tecidas
por rosas, gerânios e dálias e que
vive em um bosque, com amigos
como a cobra Florisbela, excelente
contadora de histórias. Através do
coelho Mituim, Alice vai viver em
um castelo abandonado. A autora
oferece ao leitor uma obra interativa,
com dois finais para que ele escolha:
um tradicional, com a chegada de
um príncipe encantado, e outro
totalmente diferente, no qual surge
uma fada madrinha moderna, em
uma moto vermelha e que transforma
Alice em uma empresária, dona de uma pizzaria e até
de uma exportadora de pizzas. A obra realiza um
trabalho de intertextualidade, nos remetendo a outros
contos de forma divertida e prazerosa. A autora instiga
o leitor, oferecendo outra opção de continuidade, em
que aparece...Se quiser saber o resto da história, leia o
livro! Você não vai se arrepender.
O que você precisa
• 2 mamões verdes
• 3 xícaras de açúcar mascavo
•
(ou rapadura em pedacinhos)
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 copo de coco ralado
cravo e canela a gosto
Modo de preparo
•
•
Rale os mamões do lado grosso do ralador. Para
que o doce não fique amargo, deixe de molho por 2
horas e troque a água pelo menos três vezes. Escorra
e esprema bem. Coloque o mamão na panela. Junte
o açúcar mascavo, o gengibre, o cravo e a canela.
Cozinhe em fogo baixo até aparecer o fundo da
panela. Acrescente o coco, misture bem e apague o
fogo. Espere esfriar e ponha numa compoteira.
Para falar sobre folclore, lembrei de um importante
personagem da cultura popular. Assim, indico a obra
Pedro Malasartes em quadrinhos, de Stela Barbieri,
da Editora Moderna, com ilustrações de Fernando
Vilela. As histórias em quadrinhos unem duas
artes - a literatura e as artes plásticas. Por apresentar uma narrativa direta,
com linguagem simples
e divertida, com balões
variados e onomatopeias
(vocábulos cujas pronúncias
lembram o som de algo ou
de algum animal), a obra
agrada a todas as faixas
etárias. O livro apresenta
várias histórias, separadas
por regiões, com algumas
desconhecidas de grande
parte do público leitor. É
bom lembrar que Pedro Malasartes não é criação
brasileira, apesar de estar espalhada por todo o Brasil.
É um personagem universal, praticamente de todos
os países, em todas as épocas, conhecido por suas
artimanhas, sempre buscando tirar proveito próprio
da situação. Os alunos irão se divertir com essa obra!
Rosquinhas de Jatobá
O que você precisa
• 2 xícaras de farinha de trigo
• 2 xícaras de farinha de jatobá
• 1 xícara de açúcar
• 1 colher (sopa) de fermento em pó
• 4 ovos
• Leite
• Manteiga para untar
Modo de preparo
Junte todos os ingredientes. Acrescente o leite aos
poucos, enquanto amassa a mistura com as mãos.
Modele pequenos anéis e coloque-os em forma
untada com manteiga. Asse em fogo baixo até que
fiquem dourados. Depois de assadas, as rosquinhas
podem ser passadas no açúcar com canela ou no
coco ralado.
Kátia Karam Gonzalez, consultora pedagógica
do Programa Fura-Bolo
8
Compromisso
na prática
H
á dois anos, a professora Patrícia Ravagnani
Despato, da Escola Joaquim Marques de Souza,
de Três Lagoas (MS), participa ativamente do
Fura-Bolo e do “de grão em grão”. A educadora é uma grande
entusiasta dos programas da Fundação Cargill e faz questão
de compartilhar suas experiências.
Professora Patrícia: entusiasmo e participação
No Encontro de Formação Continuada 2010, Patrícia aproveitou
o momento de estímulo à troca de ideias para expor aos
educadores presentes uma das atividades que desenvolve
utilizando o conteúdo dos livros da Coleção Fura-Bolo. Ela
mostrou aos colegas como trabalha as diferentes disciplinas
de maneira lúdica, por meio do Jogo da Velha.
Para ela, essa é apenas uma das infinitas oportunidades
de ensino/aprendizagem oferecidas pelo Programa FuraBolo, do qual faz questão de incentivar o envolvimento
de todos educadores e alunos. “Educação é movimento.
O professor é um pesquisador constante de novos
conteúdos e metodologias de ensino. Graças aos programas
da Fundação Cargill, temos o apoio de um material de
qualidade, basta aplicarmos”, conclui.
“Em cada espaço do tabuleiro, há uma questão que o aluno deve
responder. Assim, ele apenas pode mudar de casa se a resposta
for correta. Ao jogar, o aluno desenvolve duas habilidades: a de
aprender o conceito e o raciocínio”, explica a professora.
sala do
professor
Criatividade
em sala de aula
Professora Mariel: incentivo ao prazer de aprender
A
criatividade faz parte do dia a dia do
planejamento de aulas da professora Mariel
Andrioli de Souza, da Escola Municipal
Educação do Campo Luiz Andreoli, de Paranguá (PR).
Para seus alunos aprenderem com prazer, a educadora
criou uma série de atividades atrativas. Confira algumas:
Capachos com tampinhas pet: a confecção de
capachos estimula a criatividade e a preservação do
meio ambiente.
Livros da vida: as crianças constroem no dia a dia
o Livro da vida, composto por relatos e desenhos.
Nesse caso, são trabalhadas autonomia, identidade
e socialização.
Pescando pensando: durante a brincadeira de pescaria, os alunos aprendem e são estimulados a refletir.
Ao pescar peixinhos e siris, numa caixa de areia, os
alunos “pescam” pequenos papéis contendo diferentes
pensamentos. A brincadeira estimula a leitura, a
reflexão sobre o texto e a troca de ideias.
Carrinho de mão com flores: organiza os livros
no espaço da sala dedicado à leitura, incentivando a
consulta das obras da Coleção Fura-Bolo, entre outras.
9
2
Folclore em versos
Entre os destaques das atividades relacionadas ao
folclore brasileiro realizadas na Escola Municipal
José Bernardino, em Balsas (MA) , está a poesia
Divino, composta pela professora Ângela Maria
Silva Cavalcanti. Confira alguns trechos:
•
Divino
Estamos comemorando hoje
Uma data muito importante
É o folclore brasileiro
Nossa região divulgando.
(...)
Os alunos desta escola
São todos bem educados
Eles estão se preparando
Para o mercado de trabalho.
(...)
Programas “de grão em grão” e Fura-Bolo
Vieram nos ajudar
Os alunos lendo esses livros
Varonis vão se tornar.
(...)
Vamos embora meu divino
Que já estamos atrasados
Saudamos todos com a bandeira
Para ficarem abençoados.
2
3, e 4
1
6
8
6
5 , 6, e 7
1
Dia de festa
•
Os voluntários de Sinop (MT) alegraram as
crianças da Escola Municipal Belo Ramo com a
apresentação do palhaço Pirulito, representado
pelo voluntário Nilton Assunção. Além de muita
diversão, a iniciativa motivou a escola também
apresentar seus talentos artísticos: as crianças
do 5º. ano criaram o rap O planeta pede socorro,
falando sobre os problemas causados pela
poluição. No final das atividades, todos ganharam
pirulitos oferecidos pelos próprios voluntários.
“Não há nada mais gratificante do que ver um
sorriso de uma criança e notar que com tão
pouco podemos mudar o mundo”, afirmou a
voluntária Evanilda de Vargas Adorna.
10
3
Personagens da horta
•
Em Ilhéus (BA) , as crianças da Escola
Municipal Vovô Isaac animaram a entrega de
livros da Coleção Fura-Bolo. Elas se fantasiaram de
Cenourita, Berinja e Tomatita. A ação mostra que
os professores estão levando para a sala de aula
temas tratados durante o Encontro de Formação
Continuada da Fundação Cargill. Isso porque esses
personagens foram “apresentados” aos educadores
em atividades promovidas no encontro.
4
7
Hortas criativas
•
O Programa “de grão em grão” fez os alunos da
Escola Nucleada de Sambaituba I , de Ilhéus (BA) ,
soltarem a imaginação e criarem hortas nas quais
são cultivados legumes e verduras diferentes. Em
redações ilustradas, eles contaram como seriam as
hortas onde são cultivados o tomaface (tomate +
alface), a berichu (berinjela + chuchu), a abonoura
(abóbora + cenoura), o tomabata (tomate +
batata), entre outras novidades.
Campanha do Agasalho
•
Em Ponta Grossa (PR) , os voluntários se destacaram
na campanha de arrecadação de agasalhos. Eles
promoveram a 1ª Gincana da Solidariedade. A campanha
bateu o recorde de arrecadação, realizada todos os anos,
com a doação de 869 peças. Parabéns a todos!
5
8
Trabalho de inclusão
•
Na Escola Municipal Professora Josiany França, de
Uberlândia (MG) , o Programa “de grão em grão”
está auxiliando no trabalho de inclusão das
crianças portadoras de deficiência física em projetos
desenvolvidos na escola. Por meio do cultivo da
horta escolar, há o estímulo do desenvolvimento
de observação,
percepção,
concentração,
motricidade e
destreza, também
auxiliando
na integração à
comunidade.
Folclore em quadrinhos
•
Na Escola Municipal Deodoro Alves Quintiliano,
de Ponta Grossa (PR) , as crianças conheceram
personagens do folclore de forma diferente. Para
apresentar o Saci, o Lobisomem, entre outros,
textos foram transformados em atraentes histórias
em quadrinhos: A criação do Saci e O Lobisomem – o
assustador da floresta.
6
1
Fundação Cargill em destaque
•
•
A Fundação Cargill foi destaque em eventos realizados
em três cidades: São Paulo (SP) , Ponta Grossa (PR)
e Três Lagoas (MS) . Em São Paulo, o Fura-Bolo e o “de
grão em grão” marcaram presença no estande da Cargill,
em evento promovido pela APAS – Associação Paulista
dos Supermercados (foto1). Em Ponta Grossa, devido
ao sucesso dos programas da Fundação Cargill, a Cargill
recebeu o Selo Social, concedido pela prefeitura da cidade.
Em Três Lagoas, o “de grão em grão” e o Fura-Bolo foram
apresentados em evento promovido pelo SESI (foto 2).
•
11
2
Palavra do
Voluntário
Livros e diversão
O
s eventos de entrega dos livros da Coleção Fura-Bolo e “de
grão em grão” estão, a cada ano, mais divertidos, atraentes e
motivadores para alunos e educadores. Os responsáveis pelo
sucesso são os voluntários da Fundação Cargill, que não economizam
empenho e criatividade.
Em Itumbiara (GO), a festa contou até com a
presença do homem-aranha
Nesta edição do Jornal Fundação Cargill registramos a ação dos
voluntários de 2010 em escolas de Itumbiara (GO), Sinop (MT),
Paranaguá (PR), Restinga (SP) e Patrocínio (SP).
Em Paranaguá (PR), inovação e capricho nos detalhes
atraíram as crianças
Na entrega dos livros para alunos de
Patrocínio (SP) e Restinga (SP) não faltou diversão
Muito colorido e alegria em Sinop (MT)
P
Melhor aluno
ara incentivar o estudo e a participação nas atividades desenvolvidas a
partir dos Programas Fura-Bolo e “de grão em grão” entre os alunos da
Escola Municipal José de Anchieta, os voluntários de Paranaguá (PR),
sob a coordenação de João Netto (foto), criaram o prêmio Aluno nota 10.
“Nosso objetivo é premiar o melhor aluno de cada série com uma medalha.
No final do ano letivo, vamos homenagear os melhores com a entrega de
um troféu e uma cesta básica. Os selecionados devem ter boas notas, bom
comportamento, assiduidade e 100% de envolvimento nos programas da
Fundação Cargill”, explica João.
12
Download

O que é bullying?