ANO VII
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N º 2 7 O u t . N o v. D e z . 2 0 1 1
Após 12 anos, escolas
dão continuidade ao
Fura-Bolo
3
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11
Entrevista
Adriana Rocha, educadora da Escola
Municipal Vovô Isaac, de Ilhéus (BA),
conta sua experiência e os resultados
conquistados por meio do Fura-Bolo.
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13
Novidades em 2012
Programa “de grão em grão” ganha
novos materiais de apoio e Encontro
de Formação Continuada, em 2012.
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16
Laboratório natural
Professores e alunos mostram
atividades desenvolvidas
nas hortas escolares.
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Após a implantação e manutenção do Programa FuraBolo desde 1999, em 24 municípios, a Fundação Cargill
assume novos desafios e entrega a continuidade do
programa aos educadores e alunos. A partir de 2012, a
Fundação Cargill mudará o foco de atuação e iniciará
um novo trabalho em apoio à qualidade da alimentação nas comunidades onde está presente.
Durante 12 anos, o Fura-Bolo fez parte da rotina de 185
escolas municipais, beneficiando 20 mil educadores e
600 mil alunos. Graças à Coleção Fura-Bolo, produzida
especialmente para o programa, as escolas tiveram
acesso a produções de diferentes gêneros literários
Palavra do voluntário
Marco Macia, diretor da Fundação Cargill,
destaca a importância do trabalho dos
voluntários para o novo desafio
da instituição.
de autoria de renomados escritores nacionais. E, por
meio da ação de voluntários, a Fundação Cargill criou
todas as condições para que agora a comunidade escolar caminhe seguindo os princípios e atividades do
programa como referencial para o desenvolvimento de
novas ações dentro e fora da sala de aula.
Continua na página 6
Editorial
Novo ano, novos desafios
A
o encerrarmos mais um ano de ações voltadas ao apoio do desenvolvimento das comunidades nas quais a Fundação Cargill está presente,
temos a satisfação de relatar importantes resultados alcançados pelo
Programa Fura-Bolo, graças ao empenho e dedicação de educadores e voluntários.
Com o Fura-Bolo, conquistamos significativas transformações na área da educação, a
partir dos livros da Coleção Fura-Bolo. O que certamente possibilitará a continuidade,
por parte de professores e alunos, desse trabalho que transformou a realidade da sala
de aula de escolas municipais de 24 municípios, durante seus 12 anos de realização.
Ainda nesta edição do Jornal Fundação Cargill, reforçamos nosso compromisso de
mantermos nossa atuação nas comunidades, agora com o foco em alimentação.
Um desafio necessário diante das carências desse setor, que refletem diretamente na
produção, na distribuição e no consumo de alimentos.
A partir do Programa “de grão em grão”, ampliaremos nossa presença por meio de
projetos próprios, parcerias e apoio a terceiros, sempre com a ajuda indispensável de
nossos voluntários, que serão responsáveis pela indicação e acompanhamento de
ações a serem desenvolvidas nas comunidades onde vivem e, por isso, os mais indicados para apontar as necessidades das diferentes localidades na área de alimentação:
produção no campo, nutrição, combate ao desperdício e inclusão social por meio da
educação profissional .
Em 2012, o “de grão em grão”, a base dos novos projetos, começará com importantes
reforços para seu aprimoramento. Passaremos a contar com novos materiais de apoio
a educadores e alunos e o Encontro de Formação Continuada totalmente reformulado.
Um novo momento que contará com a parceria do SESI, instituição de referência
nacional no que diz respeito à nutrição.
Portanto, chegamos ao final de 2011 duplamente orgulhosos. Além de comemorarmos o sucesso de uma ação reconhecidamente vencedora, iniciamos um novo desafio que beneficiará crianças, jovens e adultos por meio da disseminação de atividades
capazes de gerar uma cultura de valorização da alimentação como item essencial para
a melhoria da qualidade de vida.
Aproveito para agradecer a todos que nos ajudaram a chegar até aqui e convoco-os
a participar ativamente de nosso inovador desafio, que certamente trará um feliz ano
novo a todos nós.
Desejo um Natal maravilhoso a todos vocês e suas famílias.
Muito obrigada e um ótimo 2012!
Valéria Militelli
Presidente da Fundação Cargill
O Jornal Fundação Cargill é uma publicação trimestral
dirigida a educadores e voluntários participantes
dos programas sociais da Fundação Cargill e
instituições do Terceiro Setor. Caixa Postal 28704-0
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A Fundação Cargill é mantida pela Cargill Agrícola S.A.
Design - Fotos: Fundação Cargill. que
foi reconhecida como empresa amiga da criança.
Opinião de quem faz
Durante 12 anos a Fundação Cargill auxiliou educadores de
24 municípios do País a formar leitores nas salas de aula,
por meio do Programa Fura-Bolo. Esse relacionamento criou a base para que as escolas continuem a aplicar e a aprimorar os princípios e as atividades do programa, independente da participação direta da Fundação Cargill. Conheça
a opinião de algumas das pessoas que ajudaram a construir
o Fura-Bolo e certamente darão continuidade a partir de
2012, quando a Fundação Cargill voltará seu foco de atuação para a alimentação (ver página 11).
“Desde 2005, a Secretaria Municipal de Educação de Ponta
Grossa (PR) viabiliza a parceria com a Fundação Cargill para
o Programa Fura-Bolo ser desenvolvido em seis escolas. São
princípios da política da secretaria formar leitores críticos e incentivar a produção de textos em todos os projetos de enriquecimento curricular. O programa contribuiu para que mais
de seis mil crianças se envolvessem com a literatura, desenvolvendo o gosto pela leitura, especialmente sobre o folclore
brasileiro, o que conferiu ao município o 1º lugar no Prêmio
Nacional, entre 46 mil crianças, instituído para a comemoração
dos 10 anos do Fura-Bolo.”
Zélia Maria Lopes Marochi - Secretária Municipal de Educação
de Ponta Grossa (PR)
“Nossos voluntários, com carinho e comprometimento, conseguiram mostrar a importância e a qualidade do Programa Fura-Bolo.
Conquistamos o prazer e o interesse das crianças pela leitura.”
Debora de Paula - Coordenadora de Voluntários de Patrocínio
Paulista e Restinga (SP)
“O Programa Fura-Bolo fez parte do meu crescimento. Desde o
2º ano que conheço e aprecio os livros da Coleção Fura-Bolo. São
diversos tipos de textos riquíssimos com belas ilustrações. Além
de trava-línguas, adivinhas, parlendas, brincadeiras e folclore, os
livros do 5º ano trazem muitas coisas do folclore das regiões do
Brasil. Tenho em minha estante todos os livros que ganhei do
Programa Fura-Bolo, desde o segundo ano. Eles têm muito valor,
já que todos lá em casa podem ler. Vou guardar os livros para
meu irmãozinho de quatro anos ler e aprender também, como
eu aprendi.”
Gustavo de Freitas Andrade, 10 anos – aluno do 5º ano da
Escola Municipal Profª Thereza Caramante Chesine,
Mairinque (SP)
“Os livros da Coleção Fura-Bolo enriquecem nosso trabalho
pedagógico. Hoje eles fazem parte do acervo de nossa biblioteca e continuarão a ser usados por alunos e educadores. A
Fundação Cargill plantou uma semente que deu e continuará
dando frutos.”
Adenilce Oliveira Souza, diretora da Escola Municipal Professora Josiany França, Uberlândia (MG)
Foto: Divulgação
Nosso entrevistado
Com a palavra,
o educador
O Programa Fura-Bolo faz parte da rotina das escolas municipais de
Ilhéus, na Bahia, há mais de dez anos. A educadora Adriana Rocha atua e
acompanha o programa desde 2003, como professora e hoje coordenadora
pedagógica da Escola Municipal Vovô Isaac. Nesta entrevista, Adriana conta
sua experiência e avalia os resultados obtidos com o Fura-Bolo.
Jornal Fundação Cargill - Na sua opinião, quais os
principais benefícios do Programa Fura-Bolo?
Adriana Rocha – O programa veio adicionar valores e ludicidade à educação da rede municipal de Ilhéus, incentivando ações que apóiam as escolas na democratização
do acesso ao mundo da literatura infanto – juvenil. Com
o material oferecido, é possível efetivar momentos de leitura de forma interdisciplinar e dinâmica, além de desenvolver a competência leitora, que auxiliará na formação
plena dos educandos.
JFC - Quais os principais resultados do programa?
AR - Contribuir para a criação do hábito da leitura, por
meio dos textos e atividades realizadas em sala de aula.
O que auxilia na ampliação do vocabulário dos alunos,
na melhoria do rendimento escolar. Com a ampliação
da expressão verbal e escrita, os alunos participam mais
das aulas que são mais dinâmicas e divertidas. Também
abre novas oportunidades para a formação continuada
dos professores, porque os estimula a buscar propostas
inovadoras no processo de ensino-aprendizagem.
JFC - Como o Fura-Bolo interferiu na dinâmica da
escola Vovô Issac?
AR - Interferiu positivamente porque a proposta é contribuir para a formação de crianças e jovens que saibam
pensar e dialogar com o mundo, propiciando o encontro
verdadeiro e vivo com a cultura popular. Sabe-se que os
professores são os principais agentes na promoção dessa prática, e a escola o principal espaço para efetivação
desse processo.
JFC - E em relação à receptividade dos alunos?
AR - A receptividade dos alunos superou as expectativas
da equipe pedagógica. Os educandos desenvolvem sentimentos como cuidado afetivo, carinho, zelo, curiosidade,
desenvolvimento da imaginação, capacidade de ouvir o
outro e de se expressar. Um cheiro de livro novo no ar!
Pois a cada ano letivo, a equipe sugere a entrega do livro
do programa com abordagem lúdica diferenciada. No
primeiro momento, é tempo de folhear, de observar as
lindas ilustrações, de mostrar aos colegas, de dar risadas
juntos. E assim perceber que as histórias da Coleção Fura-
Bolo estão presentes em nossa cultura há muito tempo e
o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados. Além disso, a leitura aproxima a criança do universo
letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita..
JFC - Como o Fura-Bolo auxiliou no seu trabalho em
sala de aula?
AR - O programa auxiliou no incentivo à leitura e à escrita. Na produção, contextualização e interpretação,
trazendo uma riqueza incalculável e diversificada que
contribui e muito na formação da competência leitora.
Por compreender que a leitura é um momento dinâmico
e prazeroso, a cada dia acredito mais na possibilidade de
um Brasil leitor. O resultado dos projetos de leitura me
leva a acreditar que é possível realizar esse sonho.
JFC - Qual sua avaliação em relação ao trabalho dos
voluntários?
AR - Os voluntários participam como multiplicadores
em cada escola. São verdadeiros parceiros que acompanham e dialogam com a unidade escolar, para que o
programa permaneça rico de significado e pleno de sentido. Um trabalho que contribui socialmente e solidariamente para o desenvolvimento dos cidadãos
JFC - Como os professores podem dar continuidade
aos princípios de incentivo à leitura e à cultura
popular que são a base do Programa Fura-Bolo?
AR - Atualmente, como coordenadora pedagógica, busco junto com a equipe gestora propor a implementação
do Projeto na Trilha da Leitura, um “carrinho de leitura”
que percorre cada sala de aula com livros, como uma
atividade permanente na rotina do educando, além de
outras ações culturais de fomento à leitura. Acredito que
o trabalho desenvolvido com os livros da Coleção FuraBolo consolidou na escola o encantamento pela literatura
infantil, o que é significativo no incentivo à formação de
leitores e escritores. Para isso, o professor precisa, antes de
tudo, vivenciar experiências de leitura e escrita e se deixar
seduzir por elas. Só assim, com envolvimento e conhecimento da arte de ensinar, conseguirá ajudar as crianças a
se desenvolverem.
Fura-Bolo, referência em
educação de qualidade
D
urante 12 anos, o Programa Fura-Bolo contribuiu diretamente para a qualidade do Ensino Fundamental da
rede municipal de oitos estados brasileiros. Lançado
pela Fundação Cargill em 1999, o programa atuou, por meio da
literatura infantil, no incentivo à leitura e no resgate da cultura
popular, em parceria com Prefeituras e Secretarias Municipais de
Educação. Iniciado nos municípios de Mairinque (SP) e Ilhéus
(BA), o Fura-Bolo chegou em 2011 com a participação de 24 municípios, beneficiando 20 mil educadores e 600 mil alunos.
Neste momento, no qual a Fundação Cargill parte para novos
desafios e deixa o legado do programa para os milhares de alunos de escolas municipais participantes, o Jornal Fundação Car-
gill, em agradecimento a todos os envolvidos, traz um balanço
dos principais momentos do Fura-Bolo.
Com a distribuição de livros da Coleção Fura-Bolo, produzida
especialmente para o programa, alunos e educadores tiveram
acesso a produções de diferentes gêneros literários de autoria de
renomados escritores nacionais. Por meio do apoio das equipes
de voluntários, as escolas realizaram atividades inovadoras e mobilizaram as comunidades envolvidas, enquanto os Encontros de
Formação Continuada ofereceram treinamentos anuais para 20
mil educadores. E como forma de comunicar e integrar todos os
participantes, a Fundação Cargill lançou, em 2000, o Jornal FuraBolo, que, após diferentes fases de aprimoramento, chegou ao
atual Jornal Fundação Cargill.
Fura-Bolo em números
Coleção Fura-Bolo
Em 12 anos, o Programa Fura-Bolo chegou a 24 cidades.
Em 1999, nascia o Programa Fura-Bolo e com ele a Coleção
Fura-Bolo. Esse primeiro módulo era composto por oito
livros de autoria de Ricardo Azevedo, distribuídos a todos os alunos do Ensino Fundamental das escolas participantes. A partir de 2006, os alunos passaram a receber o Módulo II da Coleção Fura-Bolo composta de três
volumes escritos por diferentes escritores e ilustrados
por profissionais reconhecidos no mercado editorial.
Os novos livros ampliaram o acesso a diferentes gêneros literários: contos, poemas, histórias em quadrinhos
e adivinhas.
1999
2011
-2 municípios
9 escolas
13 mil alunos
380 professores
40 voluntários
-15 municípios
139 escolas
42 mil alunos
1.800 professores
300 voluntários
Em 2009, a Coleção Fura-Bolo ganhou mais um título: O
Brasil de todos nós: o livro de folclore da Cargill. Em 140
páginas, a obra reúne histórias do folclore brasileiro divididas por cada região do País. São curiosidades, contos,
poemas, trovas populares, adivinhas, músicas, histórias
em quadrinhos e receitas que retratam a cultura popular.
Aconteceu nas escolas
A
partir do conteúdo dos livros da Coleção Fura-Bolo e de cadernos de atividades que acompanham os volumes,
educadores e alunos desenvolveram atividades inovadoras. Confira alguns exemplos de municípios participantes
do Programa Fura-Bolo:
Paranaguá – PR
Escola Municipal Iracema dos Santos
Provérbios ilustrados
Publicação reúne produção de desenhos e colagens que ilustram diferentes provérbios:
cutucar a onça com vara curta, bater o nariz na porta, vender seu peixe, entre outros.
Mairinque – SP
Escola Municipal Professor Horácio Ribeiro
Lenda da Cobra Norato
Histórias ilustradas, reunidas em livro, inovaram a lenda, texto que faz parte da Coleção Fura-Bolo.
Patrocínio Paulista e Restinga – SP
Educação e diversão
Escolas municipais incentivaram a realização de gincanas, brincadeiras
e confecção de brinquedos a partir de gêneros literários e temas da
Coleção Fura-Bolo.
Balsas – MA
Escola Municipal Rio Coco
Incentivo à leitura
Entre as atividades, educadores encenaram para os alunos a peça de teatro
Fundação Cargill e montaram uma Biblioteca Móvel.
Ilhéus – BA
Escola Municipal Vovô Isaac
Histórias populares
Educadores e alunos realizaram o Dia de Contação de Histórias, dando
vida aos personagens dos livros da Coleção Fura-Bolo.
Sinop – MT
Escola Municipal Rodrigo Damasceno
Folclore ilustrado
Coletânea de parlendas e trava-línguas produzidas e ilustradas pelos alunos.
Porto Ferreira – SP
Escola Municipal Professora Ruth Barroso Teixeira
Folclore em sala de aula
Após leituras diárias de textos sobre o folclore brasileiro, os alunos realizaram pesquisa sobre adivinhações para participarem de um campeonato. Para registrar o trabalho, foram produzidas dobraduras de personagens folclóricos e cartazes com colagens dos textos.
Três Lagoas – MS
Escola Municipal Olyntho Mancine
Parlendas e receitas
A partir do texto A Gulosa, da Coleção Fura-Bolo, os alunos montaram painel
ilustrativo com parlendas e receitas de bolos.
Lucas do Rio Verde – MT
Escola Municipal Caminho para o Futuro
Ditados populares
Os textos dos livros da Coleção Fura-Bolo, devido ao interesse demonstrado
pelos alunos, provocaram inovações das atividades em sala de aula relacionadas à cultura popular. As crianças foram incentivas a pesquisar e ilustrar
ditados variados como Água mole em pedra dura, tanto bate que até fura.
Uberlândia – MG
Escola Municipal Milton Porto
Blog educativo
Os alunos receberam um estímulo inovador para participar do Fura-Bolo. Um
blog reuniu todas as informações sobre o programa e ainda trouxe jogos,
brincadeiras e trabalhos produzidos pelos estudantes.
Itumbiara – GO
Escola Municipal Professor Alaor Dias Machado
Apoio na literatura
Alunos do 5º. ano do Ensino Fundamental contaram com o apoio da Coleção Fura-Bolo para
superar dificuldades de aprendizado. Atraídos pela leitura do livro O Brasil de Todos Nós,
conquistaram importante avanço no desenvolvimento da escrita.
Ponta Grossa – PR
Escola Municipal Deodoro Alves Quintiliano
Cultura popular
As crianças conheceram personagens do folclore de forma divertida e
inovadora. Textos sobre o Saci-Pererê, Lobisomen, entre outros, foram
transformados em atraentes histórias em quadrinhos.
Voluntários,
lado a lado com
a escola
E
Balsas (MA)
m 12 anos de Programa Fura-Bolo, os voluntários atuaram como incentivadores dos princípios e atividades
propostas pela Fundação Cargill, reforçando e multiplicando os benefícios gerados a educadores e alunos das
escolas municipais participantes. Sempre ao lado das escolas,
os voluntários fizeram a diferença com propostas e execução
de atividades inovadoras, promoveram eventos criativos e
participaram ativamente da vida escolar.
Como reconhecimento à dedicação e à seriedade dos
voluntários, a Fundação Cargill criou, em 2007, o Programa de Reconhecimento dos Voluntários, que anualmente homenageia um voluntário de cada localidade,
indicado pelos próprios colegas.
Ilhéus (BA)
Para homenagear e agradecer aos atuais grupos de
voluntários, que a partir de 2012 continuarão atuantes no Programa “de grão em grão” e em outros
projetos norteados pelo novo foco da Fundação
Cargill (veja nas páginas 14 e 16), o Jornal Fundação
Cargill traz uma galeria de fotos das equipes.
Itumbiara (GO)
Lucas do Rio Verde (MT)
Mairinque (SP)
Paranaguá (PR)
São Miguel do Iguaçu (PR)
Patrocínio Paulista (SP) e Restinga (SP)
Sinop (MT)
Ponta Grossa (PR)
Três Lagoas (MS)
Porto Ferreira (SP)
Uberlândia (MG)
Canal de Comunicação
P
ara estreitar o relacionamento com todos os participantes do Programa Fura-Bolo - educadores,
poder público e voluntários -, em 2002, a Fundação Cargill lançou o Jornal Fura-Bolo. Ao longo dos anos,
a publicação ganhou novos conteúdos para abordar
as demais ações da instituição, o que fez surgir o Jornal
Fundação Cargill, que a partir de 2012 estará voltado
ao novo foco estratégico da Fundação Cargill: ação na
alimentação saudável, segura, sustentável e acessível,
atuando em toda cadeia produtiva, do campo à mesa
do consumidor.
2002
Lançamento do Jornal
Fura-Bolo. Em 2004, a
publicação recebe os
prêmios regional e
nacional da Associação
Brasileira de Comunicação Empresarial
(Aberje), na categoria
de Melhor Boletim
Externo.
2005
Com a ampliação das ações
da Fundação Cargill, o
Jornal Fura-Bolo se transforma em Jornal Fundação
Cargill com destaque especial para os programas,
entre eles o Fura-Bolo
2008
Jornal Fundação Cargill
ganha novo layout e
amplia o conteúdo em
suas 12 páginas.
O caminho da leitura continua
A
Coleção Fura-Bolo e o incentivo à leitura fazem
parte da rotina das escolas que participaram
do Programa Fura-Bolo. Os educadores certamente darão continuidade ao trabalho desenvolvido
durante 12 anos e o Jornal Fundação Cargill mais uma
vez dá a sua colaboração, publicando sugestões de Kátia
Karam Gonzalez, consultora pedagógica do programa.
Confira as dicas:
Segundo Claudimeiri Nara C. Kollross, professora da
Universidade Federal do Paraná, “deve-se perceber a
literatura não apenas como um diálogo entre a criança e o adulto, mas também, uma ponte entre dois
mundos, o real e o imaginário, no qual a criança vai
descobrindo e vivenciando emoções que nem sempre podem ser vividas na realidade.
As histórias alimentam o imaginário infantil, ajudando a criança a entender a vida e a melhor vivê-la”.
Assim, o educador, como mediador de leitura, deve
sempre estar atento às possibilidades de criar, organizar e propor desafios interessantes, instigantes, dando
espaço às vozes dos aprendizes, ao trabalhar textos
de variados gêneros: contos, poemas, lendas, crônicas, romances, histórias em quadrinhos etc.
Lembro da importância de trabalhar antecipadamente
a capa do livro, explorando as imagens e os textos verbais, relacionando-os entre si, fazendo uma pequena
explanação sobre o autor e o ilustrador. Enfim, fazendo com que os alunos elaborem hipóteses, façam
deduções e inferências sobre o texto a ser lido.
Após a apresentação das narrativas, estimular os educandos a desenvolver atividades que enriqueçam o
texto. Exemplos de como explorar uma fábula: dramatização do texto; estímulo para que cada aluno
conte um trecho da fábula; ilustração da história; procurar dar outra moral à história, por meio de provérbios populares; fazer a reescrita da história; elaborar
palavras cruzadas ou caça-palavras com os vocábulos
mais difíceis do texto; confeccionar os personagens
com sucata, massa de modelar ou argila.
Que tal transformar literatura em notícia?
Lembre que a notícia é um texto objetivo, direto, mais
racional, se o compararmos ao texto literário, que
é mais subjetivo, emocional, rico em interpretações. Veja textos produzidos na Escola Estadual
Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa (PR)
no site www.anj.org.br/jornaleeducacao/biblioteca.
E mãos à obra!
Kátia Karam Gonzalez, consultora pedagógica do
Programa Fura-Bolo
Nova etapa do
de grão em grão”
“
E
m 2012, o Programa “de grão em grão” da Fundação Cargill
iniciará mais uma etapa. Alunos e educadores receberão
novos materiais e orientações de apoio para o desenvolvimento do programa, elaborados pela Editora Horizonte. A empresa, responsável pela edição da Revista Horizonte Geográfico,
atuará por meio de sua Divisão Educacional, que desenvolve e
implanta projetos sociais viabilizados pelos programas de responsabilidade social de empresas públicas e privadas de todo o País.
Em formato de revista, o Caderno do Professor tratará
de conceitos sobre hábitos alimentares, produção e circulação de alimentos, composição nutritiva dos alimentos, consumo consciente, entre outros temas relacionados ao “de grão em grão”. A publicação também trará
sugestões de ações pedagógicas adequadas para cada
ano do Ensino Fundamental. E o Caderno do Aluno será
composto por atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano pelos estudantes.
O Encontro de Formação Continuada 2012 também ganhará um novo formato, para reforçar e ampliar os objetivos e as práticas do programa. E será coordenado por um
consultor pedagógico, com o acompanhamento da equipe
da Fundação Cargill.
A programação voltada às merendeiras será realizada em
parceria com o SESI (Serviço Social da Indústria), que fornecerá material didático e ministrará o treinamento em encontros com nutricionistas da instituição, com duração de
quatro horas.
Horta: laboratório natural para alunos do Ensino Fundamental
Nesse novo formato, os voluntários da Fundação Cargill
terão participação ativa e direta junto às escolas. As equipes
serão responsáveis pela organização do evento, pelo acompanhamento da alimentação escolar e das atividades das
merendeiras, aplicação de pesquisa junto às merendeiras,
avaliação do treinamento e do primeiro ano do programa,
em conjunto com o SESI, cujos resultados servirão de base
para novas ações.
Desde 2004, o Programa “de grão em grão” sistematiza a implantação de hortas em todas as escolas participantes, para
que os alunos possam aprender na prática, em sala de aula,
conceitos sobre agricultura familiar e alimentação segura.
O programa beneficia crianças, professores e merendeiras
de escolas municipais e produziu mais de 500 toneladas de
legumes e verduras em sete anos.
cantinho da leitura
dica de receita
ensando no Programa “de grão em grão”, indico o
livro O grande rabanete, criado pela renomada autora
Tatiana Belinky, da Editora Moderna. Como constatamos na maioria de suas obras, a
escritora nos brinda com uma história
divertida, prazerosa, mas que ao mesmo
tempo nos estimula a reflexão, unindo a
literatura-prazer à leitura crítica interpretativa. Segundo a apresentação de Tatiana, a obra é baseada em uma história que
seu avô lhe contava. Narra o esforço de
um senhor idoso para colher o rabanete
que plantara. Como o rabanete cresceu muito, ele teve dificuldades para arrancá-lo do solo. Teve que chamar sua esposa, a
vovó. Mas os dois não conseguiram nada, então veio a neta
para ajudá-los, mas nem assim conseguiram. Então ela chamou
seu cão, que tinha um grande porte, mas... É uma história cumulativa, em que as ações vão se repetindo até que... As alegres
ilustrações são de Claudius que, em um estilo de traços simples,
caracteriza os personagens com excelente qualidade, mostrando cuidado estético. É uma obra que também possibilita uma
análise sobre a importância do trabalho coletivo, da união em
busca de um objetivo comum. Tenho certeza de que seus alunos irão adorar a história!
Suco relaxante
P
O que você precisa
• 2 folhas de melissa
folhas de alface (utilizar
• a4 parte
da folha próxima ao talo)
• 1 maracujá
• 4 rodelas de abacaxi bem maduro
• 2 colheres de sopa de mel
• 4 copos de água
Modo de preparo
Bater o maracujá com a água, a melissa, o alface e peneirar.
Retornar o suco ao liquidificador e bater com o abacaxi e o
mel. Servir gelado.
Suco de manga
com acerola
O que você precisa
• 1 manga média
• 1 xícara de acerola
• 3 copos de água gelada
• Folhas de hortelã
Que tal aliar o Programa “de grão em
grão” às atividades pedagógicas que
abordam a alfabetização? Para isso,
apresento o livro Salada de letras, da
escritora Rosângela Maria De Moro,
com sugestivas e engraçadas ilustrações
de Fábio Sgroi, da Editora Salesiana. A
obra inicia a narrativa com um diálogo
entre Camila e sua mãe, que todos os
dias fica entristecida e preocupada, pois
Camila não quer comer nada além de doces. Até que ela
tem uma boa ideia, aproveita o fato de que a filha já sabe
ler e lhe faz uma proposta que é aceita: ela pode comer o
que quiser, desde que siga a ordem alfabética. Assim, no
primeiro dia, só pode comer o que inicia com a letra A,
como amora, alface, arroz, abacaxi etc. Nos dias seguintes,
alimentos com a letra B, depois C e assim sucessivamente.
Com essa brincadeira, Camila passa a gostar dos alimentos
que antes sequer queria ouvir falar e até ajuda a mãe no
preparo das refeições, indo à horta buscar as hortaliças e
preparando uma pizza. De uma maneira lúdica, a autora
aborda a importância da alimentação saudável, variada e
as ilustrações enriquecem a obra. Vale a pena ler esse livro
para seus alunos!
Suco de camomila
e pêra
Kátia Karam Gonzalez, consultora pedagógica do
Programa Fura-Bolo
Fonte: Fundação Cargill – Manual da horta à mesa – Receitas para
as quatro estações
Modo de preparo
Bater no liquidificador a acerola com a hortelã e a água. Passar
o suco por uma peneira e devolvê-lo ao liquidificador. Colocar
as mangas e bater novamente. Servir gelado.
O que você precisa
2 copos de 250ml de chá
• (pronto)
de camomila gelado
• 1 pêra madura sem semente
• 1 colher de sobremesa de mel ou açúcar
Modo de preparo
Bater os ingredientes no liquidificador. Servir gelado.
Aula de ciências na
horta escolar
P
rofessores da Escola Municipal
Menino Jesus, de Sinop (MT),
inovaram as aulas de ciências. De
maneira lúdica, as crianças do 3º ano do
Ensino Fundamental tiveram uma aula
prática sobre o desenvolvimento das plantas, ao observarem o cultivo de hortaliças
e temperos da horta escolar implantada
pelo Programa “de grão em grão”. Depois da
visita à horta, um laboratório a céu aberto,
elas registraram em textos e ilustrações o
que viram e aprenderam.
sala do
professor
Receitas
A
da mamãe
professora Patrícia Ravagnani Despato, da Escola
Municipal Joaquim Marques de Souza, de Três Lagoas
(MS), desenvolveu o projeto Receita da mamãe
que os alunos mais gostam com o objetivo de incentivar o
hábito da alimentação saudável entre alunos e familiares.
A professora criou um caderno de receita e propôs às crianças que levassem para casa para que as mães registrassem
as receitas que os filhos mais gostavam. Depois de passar
de casa em casa, o caderno reuniu a Receita do João Vitor,
a Receita do Vinícius, a Receita da Ana Flávia etc. Em sala
de aula, todas foram avaliadas para saber se eram saudáveis
ou se algum ingrediente poderia ser substituído. “Depois
fizemos todos os pratos sugeridos. As crianças amaram a
atividade”, conta Patrícia.
Obesidade e
desperdício de alimentos
A
partir de 2012, a Fundação Cargill terá seu foco
de ação na alimentação saudável, segura, sustentável e acessível. Reposicionamento que atende
à necessidade de apoiar projetos voltados à toda cadeia
produtiva, do campo à mesa do consumidor, conforme
demonstram dados relativos à alimentação do brasileiro.
com alto teor de açúcar e gordura, enquanto o
consumo de feijão, rico em fibra e ferro, tão comum
na culinária brasileira, está caindo. Em 2009, o feijão
fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos cinco ou
mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%,
o que representa uma queda de 8,4% em três anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, as frutas e
hortaliças fazem parte da alimentação de 30,4% dos
brasileiros e apenas 18,9% consomem cinco porções
diárias - o equivalente as 400 gramas recomendadas
pela Organização Mundial da Saúde. E o ministério
ainda alerta para o aumento no consumo de alimentos
Pesquisa divulgada pelo Instituto Alana aponta que
bebês de 6 meses de idade estão se alimentando de
bolacha e macarrão instantâneo. E crianças de até
12 anos consomem achocolatado vitaminado para
suprir a ausência de frutas, verduras e legumes na
dieta diária. Esses são alguns dados reafirmados por
estudos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) que revelam que mais de 33% das crianças,
entre 5 e 9 anos, estão com excesso de peso.
Aliado à questão da qualidade da alimentação, está
o desperdício de alimentos registrado no Brasil.
Segundo o Instituto Akatu, o País, quarto produtor
mundial de alimentos, produz 25,7% a mais do que
necessita para alimentar a sua população, mas grande
parte é desperdiçada.
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano vão para o lixo, de acordo com
levantamento realizado em 2006. De acordo com
o Instituto Akatu, aproximadamente 64% do que
se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia
produtiva. E no processamento e hábitos alimentares
o índice chega a 20%.
Assim, baseada em dados concretos, a Fundação
Cargill se propõe a apoiar ações capazes de auxiliar
na reversão desse cenário, por meio de projetos
próprios, de terceiros e parcerias, cuja ação dos
voluntários será fundamental (veja página 16).
Colaboração: Andrea Aleo, nutricionista
2
Mutirão verde
•
Os voluntários do Programa “de grão em grão” de
Sinop (MT) realizaram um mutirão para ensacar
adubo orgânico e levá-lo à Escola Municipal Menino
Jesus. No dia de plantio, educadores e alunos
se uniram aos voluntários e aprenderam todo o
processo da montagem de uma horta móvel.
2
4
1
3
3
Selo de qualidade
•
A unidade da Cargill de Paranaguá (PR)
recebeu a certificação do Selo Social de Paranaguá
2009/2010, em reconhecimento às ações da
empresa voltadas à comunidade, entre elas os
Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”.
1
Horta modelo
Educadores, alunos e representantes de órgãos
públicos, técnicos e voluntários da Fundação
Cargill participaram da inauguração de uma horta
modelo na Escola Municipal Eufrosina Pinto,
de Três Lagoas (MS) . Sonia Almeida, diretora
da escola, explicou aos alunos que o conteúdo
trabalhado em sala de aula será aplicado em
aulas práticas na horta. “Estamos aqui hoje para
inaugurar nossa horta e receber orientações
sobre como cuidar do local, o aprimoramento
só depende de vocês”, destacou. Ao ressaltar que
a horta era um exemplo de boas práticas para o
município, a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura,
ressaltou que “a horta faz parte do Programa “de
grão em grão”, que está conosco há mais de 6 anos
em parceria com a Fundação Cargill”.
•
4
Dia de plantio
•
Em Uberlândia (MG) , os voluntários se juntaram
aos educadores e alunos da Escola Municipal
Shopping Park para plantar mudas nos canteiros.
Todos participaram com muita dedicação. Os
alunos ficaram entusiasmados com a ideia de
também poderem montar hortas em suas casas.
Palavra do
Voluntário
Novo desafio,
nova cultura
A
Fundação Cargill construiu uma história de
sucesso, sem dúvida, graças aos nossos voluntários. Sem o trabalho comprometido daqueles
que dedicam tempo, talento e habilidade aos desafios
assumidos, certamente não teríamos chegado ao atual
estágio de amadurecimento. O que hoje nos permite
aprimorar e ampliar nossa participação no desenvolvimento das comunidades nas quais a Cargill está presente. Isso porque eles assumiram a responsabilidade do
trabalho voluntário, um exercício de cidadania que faz a
diferença na qualidade de vida das pessoas, exigindo apenas boa vontade e compromisso para garantir continuidade e qualidade.
Em 12 anos, os voluntários dos programas da Fundação
Cargill construíram um sólido caminho de conquistas
que possibilita às escolas municipais caminharem sozinhas, a partir de 2012, com os princípios e as práticas do
Programa Fura-Bolo, pois assumiremos uma nova missão,
a de promover alimentação saudável, segura, sustentável
e acessível, do campo ao consumidor. Juntamente com
o Programa “de grão em grão”, construiremos uma trajetória inovadora por meio de projetos próprios, de terceiros e parcerias.
das comunidades onde vivem, eles serão os principais responsáveis pelo diagnóstico e identificação de projetos que
realmente atendam às necessidades do público atendido.
Caberá ao voluntário avaliar e encaminhar propostas de
projetos e parcerias, além da participação e do acompanhamento direto das atividades.
Trata-se de uma proposta que visa à criação de uma cultura de sustentabilidade, de autodesenvolvimento, que
estimula as comunidades a se apropriarem dos projetos
que as beneficiam. Uma iniciativa que amplia o papel
da Fundação Cargill e, principalmente, a importância da
ação voluntária.
Portanto, os voluntários darão continuidade aos trabalhos
de promoção do desenvolvimento regional, agora focados em questões relacionadas à alimentação. E auxiliarão
a Fundação Cargill a reforçar o caráter sustentável de seus
projetos, promovendo uma cultura de autotransformação
das localidades nas quais atuamos.
Com esse novo desafio, o papel de agente transformador
dos voluntários se amplia. Como profundos conhecedores
Marco Macia – Diretor de Voluntários da
Fundação Cargill
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Edição nº27