Momento de Inércia de uma Superfície Numa viga em flexão pura, as forças internas em qualquer secção da viga são forças distribuídas cujas intensidades variam linearmente com a distância y entre o elemento 'A e um eixo baricêntrico: 'F k y 'A A resultante de todas as forças elementares 'F é: ³ k y dA R k ³ y dA k S x O momento de cada força elementar em relação a x é: 'M x y 'F k y 2 'A A soma dos momentos de todas as forças elementares é: ³k y M 2 dA k ³ y 2 dA k I x Uma comporta circular está submersa em água. Representando por y a profundidade de um elemento elementar de área 'A, e por J o peso específico da água, a pressão no elemento elementar é: p J y A intensidade da força exercida em 'A é: p 'A J y ' A 'F A resultante de todas as forças elementares 'F é: R ³ J y dA J ³ y dA J S x O momento de cada força elementar em relação a x é: 'M x y 'F J y 2 'A A soma dos momentos de todas as forças elementares é: M ³J y 2 dA J ³ y 2 dA J I x ESTIG - Estática - Outubro 2006 Mário Nuno Valente 1 Cálculo do Momento de Inércia de uma Superfície por Integração Define-se momento de segunda ordem, ou momento de inércia de uma superfície de área A em relação ao eixo x e em relação ao eixo y como: 2 y ³ dA Ix Iy 2 x ³ dA Aplicando a definição a um rectângulo dividido em faixas elementares paralelas ao eixo x, obtém-se: dA b dy Ix 2 y ³ dA I x h Ix 2 y ³ b dy § h 3 03 · b¨ ¸ © 3 3¹ 2 b ³ y dy I x 0 Ix bh3 3 Teorema dos Eixos Paralelos Considere-se o momento de inércia I de uma superfície de área A relativamente a um eixo AA’: I 2 y ³ dA Trace-se um eixo BB’ paralelo a AA’ passando pelo centróide C da superfície, a este eixo chama-se eixo baricêntrico. Representando por y’ a distância do elemento dA a BB’, escreve-se: 2 y ³ dA I AA ' 2 ³ y ' d 2 2 dA ³ y ' dA 2d ³ y ' dA d ³ dA y y ' d ³ y ' 2 y ' d d dA 2 2 I BB ' A d 2 (Momento de inércia de uma superfície em relação a um eixo genérico) = (Momento de inércia em relação a um eixo baricêntrico paralelo) + (Área) x (distância entre os dois eixos)2 ESTIG - Estática - Outubro 2006 Mário Nuno Valente 2 Raio de Giração Considere-se uma superfície de área A que tem um momento de inércia Ix relativamente ao eixo x. Imagine-se que se concentra esta superfície numa faixa estreita paralela ao eixo x. Se se pretender que a superfície assim concentrada tenha o mesmo momento de inércia em relação a x, a faixa deverá ser colocada a uma distância ix, tal que: Ix ix2 A À distância ix chama-se raio de giração. ix ESTIG - Estática - Outubro 2006 Mário Nuno Valente Ix A 3 Exemplo de Tabelas de Inércia ESTIG - Estática - Outubro 2006 Mário Nuno Valente 4