UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
UNIDADE – SINOP AEROPORTO
Prof.: Especialista
Vanessa Bergo Hidalgo Dolce
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
 A constipação intestinal é uma das queixas mais freqüentes da
população.
 É definida como evacuação dolorosa e insatisfatória, muitas vezes
sem depender da freqüência, pois esta pode ser variável entre os
indivíduos de acordo com a idade, dieta e outros fatores.
 Não se define como uma doença, mas sim um sintoma que pode
ser decorrente de causas fisiológicas ou patológicas.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Principais causas:
 Anormalidades endócrinas
 Dieta pobre em fibras
 Sedentarismo
 Distúrbios psicológicos e neurológicos
 Idade
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Induzidas pelo uso de medicamentos como:
 Analgésicos Opióides
 Antiácidos (Hidróxido de Alumínio)
 Uso Abusivo de Laxantes
 ADTs
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
 Sinais e Sintomas:
Dificuldade de eliminação de fezes
Sensação de esvaziamento incompleto de reto após a defecação
Consistência endurecida das fezes
Dor ao evacuar
Desconforto abdominal
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Classificação:
 Constipação funcional que é decorrente de
fatores como maus hábitos de vida.
 Constipação
orgânica
por
anormalidades
anatômicas, endócrinas e neurológicas.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
MAIOR PREVALÊNCIA
 Ocorre mais freqüentemente na faixa etária acima dos 40 anos.
 Ocorre três vezes mais na mulher do que no homem.
 É também mais comum em famílias de baixa renda e baixo nível
educacional.
 Pacientes idosos também apresentam maior prevalência.
 O tratamento envolve medidas comportamentais e tratamento
farmacológico.
TRATAMENTO NÃO
FARMACOLÓGICO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Laxantes
 São substâncias que aumentam a motilidade
intestinal facilitando a eliminação das fezes,
melhorando a obstipação com base em seus
diferentes mecanismos de ação.
CLASSIFICAÇÃO DOS
LAXANTES
• Formadores do bolo fecal
• Agentes osmóticos
• Irritantes ou estimulantes
• Agentes lubrificantes
FORMADORES DO BOLO
FECAL
 As fibras é o melhor agente terapêutico e profilático para a
constipação.
 Mecanismo de Ação: A ação laxante das fibras ocorre através da
ligação à água na luz colônica, aumentando o volume fecal e
diminuindo sua consistência. Além disso as fibras favorecem o
crescimento bacteriano, aumentando ainda mais o volume fecal.
FORMADORES DO BOLO
FECAL
As principais fontes de fibras dietéticas, são, os grãos integrais, farelo, frutas
e vegetais.
 Grãos e cereais são ricos em fibras insolúveis, que aumentam a velocidade do
trânsito intestinal e o volume fecal.
 Nas frutas e nos vegetais há predominância de fibras solúveis que reduzem a
consistência das fezes, mas não tem efeito na velocidade do trânsito intestinal.
FORMADORES DO BOLO
FECAL
 Se o paciente não conseguir ingerir uma quantidade diária de 20-25 g de fibra, o
uso de suplementos comerciais é recomendado.
 Temos disponíveis no mercado agentes naturais e semi-sintéticos, dentro os
quais se destacam: Pysillium (alga enriquecida com um componente gelatinoso).
 Esse suplemento deve ser ingerido com uma quantidade de água razoável, em
torno de 250 ml ou mais.
 Em geral aumenta a velocidade do trânsito intestinal e da massa fecal além de
reduzir a consistência das fezes.
FORMADORES DO BOLO
FECAL
 Os efeitos são aparentes em menos de 24 horas e atingem seu
máximo após alguns dias de administrações repetidas.
 Os efeitos colaterais são mínimos.
 Diminui absorção de algumas drogas, como a nitrofurantoína e
Salicilatos.
 Apesar dos pontos positivos a adesão ao tratamento com
suplementação de fibras é prejudicada pelos efeitos como flatulência
e sabor desagradável.
LAXANTES OSMÓTICOS
 Mecanismo de Ação: São substâncias inabsorvíveis ou muito mal
absorvida no TGI. A presença destes laxantes na luz do cólon resulta
em um estímulo importante à secreção de água, acelerando o
trânsito intestinal e resultando na chegada de um grande volume
fecal no cólon, provocando defecação em poucas horas.
São classificados em dois grupos:
 Laxantes Salinos
 Carboidratos Não-Absorvíveis
LAXANTES OSMÓTICOS
LAXANTES SALINOS
 Os principais são Hidróxido de Magnésio, Citrato de Magnésio e Fosfato de
Sódio.
 Os laxantes salinos induzem defecação em até 8 horas após a administração
(doses laxativas).
 Doses Laxativas: Hidróxido de Magnésio (15-40 ml) Citrato de Magnésio (150300 ml) Fosfato de Sódio (20-30 ml).
 Doses catárticas induzem evacuações líquidas em menos de 3 horas, essas doses
são sempre mais eficazes quando administradas em jejum.
LAXANTES OSMÓTICOS
CARBOIDRATOS NÃO-ABSORVÍVEIS
Os principais são: Lactulose, Glicerina, Manitol, Sorbitol e Macrogol.
Lactulose
 É um dissacarídeo.
 Não é absorvido pelo TGI chegando ao cólon as bactérias presentes hidrolisa a
lactulose dando origem à frutose e galactose.
 Esses carboidratos são fermentados pelas bactérias colônicas dando origem ao
ácido lático e acético que aumentam a secreção e a motilidade intestinal.
 A dose recomendada é de 15 ml por dia em dose única ou dividida.
 Pode ocorrer tolerância e efeitos indesejáveis como flatulência e cólicas.
LAXANTES OSMÓTICOS
CARBOIDRATOS NÃO-ABSORVÍVEIS
Glicerina
 É utilizada por via retal, como supositório ou em solução (enema).
 Promove evacuação em menos de 1 hora.
 Amolece e lubrifica as fezes, sendo frequentemente utilizada para a preparação
de exames e como parte do preparo pré-operatório.
A dose recomendada é variável.
 É importante administrar o enema pelo menos 4 horas antes do exame e repetir
a administração até que a água do retorno seja límpida.
LAXANTES OSMÓTICOS
CARBOIDRATOS NÃO-ABSORVÍVEIS
Sorbitol e Manitol
 Também não são absorvidos pelo TGI.
 Podem ser administrados através da via oral e retal.
 São frequentemente utilizados no tratamento de envenenamento
que incluem o uso de substâncias que apresentam a constipação
como efeito colateral.
 Também podem ser utilizados para pré-exames.
LAXANTES OSMÓTICOS
CARBOIDRATOS NÃO-ABSORVÍVEIS
Macrogol
 São inabsorvíveis e possuem intensa capacidade em reter água.
 Provocam menos desidratação, por isso cada vez estão sendo mais
empregados.
IRRITANTES OU ESTIMULANTES
 Estimula diretamente o plexo mioentérico aumentando a
motilidade intestinal.
Podem ser classificados de dois tipos:
 Derivados do Difenilmetano
 Derivados das Antraquinonas
IRRITANTES OU ESTIMULANTES
Derivados do Difenilmetano – Bisacodil
 Aumentam síntese de PGs e a permeabilidade da mucosa, favorecendo a
secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal.
 Causam evacuação pelo menos 6 horas após a administração oral.
 Mais utilizada por automedicação do que por tratamento médico.
 Causam cólicas abdominais e se utilizados de maneira crônica podem
determinar inflamações e destruição da musculatura do plexo mioentérico,
piorando a constipação.
 A condição regride após a parada da utilização do laxante.
IRRITANTES OU ESTIMULANTES
Derivados das Antraquinonas – Sene e Cáscara
 São pró-drogas e chegam intactas no intestino grosso.
 Onde são digeridas pelas bactérias presentes, sendo reduzidas e liberando suas
formas ativas, que acabam sendo razoavelmente bem absorvidas.
 Causam evacuação pelo menos 6 horas após a administração oral.
 Mais utilizada por automedicação do que por tratamento médico.
 Uso crônico não recomendado.
AGENTES LUBRIFICANTES
 O principal do grupo – Óleo Mineral.
 Não é digerido e nem absorvido no TGI.
 O óleo mineral aumenta a secreção de água para a luz intestinal e penetra nas
fezes, amolecendo-as e lubrificando-as.
 A dose de 15-30 ml/dia costuma apresentar bons resultados.
 Principal efeito colateral: Diminui a absorção das vitaminas lipossolúveis.
BENEFÍCIOS NA UTILIZAÇÃO DOS
LAXANTES
*São utilizados antes dos procedimentos cirúrgicos e exames radiológicos.
*Pacientes pós – cirúrgicos.
*Pacientes constipados com doenças neurológicas, alterações hormonais ou em
tratamento com fármacos que induzem a constipação.
*Pacientes com hemorróidas.
*Pacientes constipados com problemas cardíacos.
POSSÍVEIS PATOLOGIAS E DESVANTAGENS
NA UTILIZAÇÃO DOS LAXANTES À USO
CRÔNICO
* Diarréia com perda eletrolítica.
* Cólica abdominal.
* Tolerância, fazendo com que cada vez os usuários
passam a administrarem doses cada vez maiores.
ANTIDIARREICOS
 Define-se diarréia por três ou mais evacuações de fezes com
consistência diminuída, que representa um desequilíbrio entre os
processos de absorção e secreção intestinais.
Estágios da Diarréia:
 Aguda – Até 14 dias.
 Persistente – Mais de 14 dias.
 Crônica – Mais de três episódios em 3 meses.
 Alguns medicamentos podem ser empregados.
SOLUÇÕES DE HIDRATAÇÃO
ORAL
 O tratamento da maioria dos casos de diarréia é administrar
soluções de hidratação oral.
 Deve-se manter a alimentação do paciente.
 As soluções de hidratação oral mantém a absorção de líquido e
eletrólitos, mesmo que a secreção intestinal esteja aumentada.
LOPERAMIDA
 Têm sido empregada quando não se trata de diarréia com presença
de infecção.
 Mecanismo de Ação: Antimotilidade através da interação com
receptores µ, diminuindo a secreção intestinal.
 Em geral é bem tolerada, podendo causar em alguns indivíduos,
dor abdominal, tonturas, boca seca, náuseas e vômitos.
OUTROS MEDICAMENTOS QUE
PODEM SER EMPREGADOS
 Derivados dos Opióides (Codeína).
 Hidróxido de Alumínio.
 Atapulgita (reduz a a absorção da quantidade de água nas
fezes).
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Trato gastrintestinal