Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal Hospital Regional da Asa Sul ATENDIMENTO DO PACIENTE COM SIBILÂNCIA NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL (Monografia) RESIDENTE: EDUARDO ALBERTO DE MORAIS ORIENTADORA: MÁRCIA CRISTINA SALAZAR www.paulomargotto.com.br INTRODUÇÃO: Tratamento: Controlar sintomas Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo Permitir atividades normais – trabalho, escola, lazer Manter função pulmonar normal ou a melhor possível Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações Reduzir a necessidade do uso BD para alívio Minimizar efeitos adversos da medicação Prevenir a morte Revista AMRIGS, Porto Alegre, 46 (3,4): 155, jul.-dez. 2002 Algoritmo de tratamento da crise de asma da criança no pronto-socorro Revista AMRIGS, Porto Alegre, 46 (3,4): 151 – 172, jul – dez. 2002 OBJETIVOS: Avaliar a abordagem da criança com sibilância na emergência do HRAS Comparar dados deste estudo com os números obtidos em julho/2003 MATERIAL E MÉTODOS: Guias de Atendimento de Emergência (GAE) 01/07/2007 a 31/07/2007 Asma, bronquite, sibilância ou broncoespasmo Sexo, idade, procedência, avaliação da asma de risco, avaliação da gravidade da crise, manejo da crise, procedimentos realizados, internações e encaminhamentos ao serviço de Alergia e Imunologia MATERIAL E MÉTODOS: A avaliação da asma de risco, da gravidade da crise e o manejo da crise foram definidos com base na abordagem da crise de asma infantil do Segundo Consenso Brasileiro de Asma, instituído desde 1998 e com base na IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma de 2006. MATERIAL E MÉTODOS: Avaliação da Asma de Risco: Três ou mais visitas à emergência ou duas ou mais hospitalizações por asma nos últimos 12 meses Uso frequente ou recente de corticosteróide Crise grave prévea (IOT) Uso de broncodilatador de curta duração Problemas psicossociais Comorbidades Asma lábil (resposta com BD > 30% VEF1 previsto) Má percepção do grau de obstução Revista AMRIGS, Porto Alegre, 46 (3,4): 161, jul.-dez. 2002 MATERIAL E MÉTODOS: AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DA CRISE: Revista AMRIGS, Porto Alegre, 46 (3,4): 151 – 172, jul – dez. 2002 RESULTADOS: Gráfico 1: Diagnósticos (n=464) 134 29% 166 35% BE ASMA BRONQUITE 54 12% SIBILÂNCIA 110 24% RESULTADOS: Gráfico 2: Sexo (n=464) 176 38% Masculino Feminino 288 62% RESULTADOS: Gráfico 3: Faixa etária (n=464) Escolares Pré-Escolares Lactentes 14% 66 44% 202 42% 196 0 50 100 150 Número de pacientes 200 250 RESULTADOS: Gráfico 4: Procedência (n=464) Outros 22 GO 84 358 DF 0 50 100 150 200 250 número de pacientes 300 350 400 RESULTADOS: Gráfico 5: Avaliação da Asma de Risco (n=464) má percepção do grau de obstrução 0% 0 asma lábil 0% 0 crise grave 0% 0 problemas psicossociais 0% 0 0,4% 2 comorbidades 2% 3 ou mais visitas ou hospitalizações 10 3,75% corticóide 17 14,65% uso de spray ou nebulizador 0 10 68 20 30 40 50 60 número de pacientes (n=464) 70 80 RESULTADOS: Gráfico 6: Avaliação da Gravidade da Asma (n=464) Gasometria arterial 0% 0% PFE 0% 0 Saturação de O2 6% 26 uso de musculatura acessória 14% Frequência respiratória 15% dispnéia 30% Estado de consciência Ausculta respiratória 66 68 140 52% 240 94% 0 438 50 100 150 200 250 300 Número de pacientes 350 400 450 500 RESULTADOS: Gráfico 7: Uso de nebulização com fenoterol (n=464) 54 12% 66 14% 186 40% Não feita 1 ciclo 2 ciclos 3 ciclos 158 34% RESULTADOS: Gráfico 8: Uso de Corticosteróides (n=464) 2 1% 8 3% Oral IM IV 250 96% RESULTADOS: Número de Pacientes Gráfico 9: Exames complementares (n=464) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 88 52 19% Radiografia de Tórax 11% Hemograma 0 0% Gasometria RESULTADOS: Percentual de pacientes Gráfico 10: Comparativo de Diagnósticos (n 2007=131; n 2003=130) 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 43% 36% 31% 29% 24% 2007 21% 2003 11% 5% BE ASMA BRONQUITE SIBILÂNCIA RESULTADOS: Gráfico 11: Comparação por sexo (n 2007=131; n 2003=130) Percentual de pacientes 70% 64% 60% 55% 50% 40% 45% 36% Masculino Feminino 30% 20% 10% 0% Ano 2007 Ano 2003 RESULTADOS: Gráfico 12: Comparativo de faixa-etária (n 2007=131; n 2003=130) Percentual de pacientes 60% 48% 50% 40% 30% 47% 38% 28% 25% 20% 14% 10% 0% Lactentes Pré-escolares Escolares Ano 2007 Ano 2003 0% 0,8% má percepção do grau de obstrução 0% asma lábil 0% 0% 0,8% co-morbidades 15% problemas psicossociais 19% uso de spray ou nebulizador 0% 3,8% 1,5% crise grave 5% corticóide 20% 3 ou mais visitas ou hospitalizações Percentual de pacientes RESULTADOS: Gráfico 13: Comparativo da Avaliação da Asma de Risco (p<0,01) 25% 20% 13% 10% Ano 2007 Ano 2003 4% 3% 0% 0% RESULTADOS: Percentual de pacientes Gráfico 14: Comparativo de Avaliação da Gravidade da Crise (p<0,01) 100% 90% 95% 94% 81% 80% 70% 60% 50% 40% 82% 54% Ano 2007 Ano 2003 31% 30% 30% 18% 20% 5,4% 10% 0% 0% 4% 0% 0% 0% Dispnéia Estado de consciência Frequência respiratória Ausculta respiratória PFE Saturação de O2 Gasometria arterial RESULTADOS: Gráfico 15: Comparação do uso de nebulização com fenoterol (p<0,01) Percentual de pacientes 60% 51% 50% 42% 41,50% 40% 30% Ano 2007 30% 20% 18% 13% 15% Ano 2003 18% 13% 13% 10% 0% Não feito 1 ciclo 2 ciclos 3 ciclos Brometo de Ipratrópio RESULTADOS: Gráfico 16: Comparação do Uso de Corticosteróides (p<0,01) 100% 93% Percentual de Pacientes 90% 80% 70% 60% 52% 50% Ano 2007 Ano 2003 40% 40% 30% 20% 6% 10% 8% 1% 0% Oral IM IV RESULTADOS: Gráfico 17: Solicitação de exames (p<0,01) Percentual de pacientes 25% 21% 20% 16% 15% Ano 2007 10% 10% Ano 2003 8% 5% 0% 0% 0% Radiografia de Tórax Hemograma Gasometria arterial RESULTADOS: Gráfico 18: Hospitalizações 5 5 4,5 4 3,5 3 Número de 2,5 pacientes 2 1,5 1 0,5 0 2 2 2 Menos que 24 horas Entre 24 e 48 horas Ano 2007 Ano 2003 DISCUSSÃO: Importância da Asma e seu impacto sobre serviços de saúde Alvarez et. al (2005) – avaliação de fatores de risco para redução dos casos fatais de asma Chatkin et. al (2000) – perfil das crianças asmáticas atendidas no sul do Brasil Rocha et. al (2004); Monteiro et. al (2003); Pinnock et. al (1999) – variabilidade de condutas no atendimento ao paciente com crise de asma DISCUSSÃO: Rocha et. al (2004); Martins MA (2004) – uniformização das medidas de atendimento A diferença no atendimento da criança com sibilância é consequência da falta de um protocolo a ser seguido por todos os médicos e a ausência de treinamento de toda equipe que está em contato com o paciente em crise de asma na emergência (Martins MA) DISCUSSÃO: Persistência de falhas na descrição das crises, identificação do paciente de risco e falta de uniformidade na terapêutica dos pacientes Pontos positivos: crescimento do diagnóstico de sibilância para as crianças em crise, além do uso de corticóides orais DISCUSSÃO: É necessário o estabelecimento de atividades no serviço em estudo, com a proposta de trazer a uniformização e a melhora do atendimento do paciente com sibilos Treinamentos, reciclagens e a instalação de um protocolo prático e que seja seguido por todos que estejam envolvidos com o atendimento Qualidade e padronização da avaliação e condução dos pacientes CONCLUSÃO: Persistem falhas em nosso serviço que devem ser corrigidas para melhor abordagem do paciente com sibilância Ação multidisciplinar Orientação que evita complicações da doença, recidivas das crises e recorrências à emergência Obrigado!