Pensadores da Sociologia
O
que é SOCIOLOGIA?
Sociologia: “Autoconsciência crítica da
realidade social”. Ciência que estuda os
fenômenos sociais.
 - A Sociologia procura emancipar o
entendimento humano sobre a sociedade
desvencilhando-se do senso comum.
Possui discursos e métodos científicos
próprios.
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Segundo Otavio Ianni: “ A sociologia nasce e
desenvolve-se com o Mundo Moderno. Reflete suas
principais épocas e transformações. (...) A Sociologia
não nasce no nada. Surge em um dado momento da
história do mundo moderno. Mais precisamente, em
meados do séc. XIX, quando ele já está em franco
desenvolvimento, realizando-se. (...) Os personagens
mais característicos estão ganhando seus perfis e
movimentos: grupos, classes, movimentos sociais e
partidos políticos; burgueses, operários, camponeses,
intelectuais, artistas e políticos; mercado, mercadoria,
capital, tecnologia, força de trabalho, lucro,
acumulação de capital e mais-valia; sociedade, estado
e nação; divisão internacional do trabalho e
colonialismo; revolução e contra-revolução. (...) É
possível dizer que a Sociologia é uma espécie de fruto
muito peculiar desse Mundo. No que ela tem de
original e criativa, bem como de insólita e estranha, em
todas as suas principais características como forma de
pensamento”
Podemos dizer então que a Sociologia é
“filha” da Modernidade, conseqüência
das profundas transformações na Europa
do século XIX com as chamadas
Revoluções Burguesas.
 Modernidade: conjunto de experiências
históricas ambíguas e conflituosas que
marcaram a sociedade européia em
meados do século XIX até a atualidade.
Um período de profundas transformações
sociais, econômicas e políticas.
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2 aspectos importantes para a
sociedade moderna:
1) Desenvolvimento da sociedade
burguesa e consolidação de sua
hegemonia e valores. Criação do Estado
Burguês. Com isso surge uma nova
configuração social e o sistema feudal
entre em colapso.
 2) Consolidação do capitalismo como
modo de produção e declínio do
feudalismo
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Revoluções Burguesas
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A critério didático podemos
dividir o período das
revoluções burguesas em
três aspectos: econômico,
cultural-científico e
político.
1) Econômico
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Corresponde ao longo processo de superação
da economia agrária feudal (assentada sobre a
servidão) que desencadeou a chamada
Revolução Industrial.
Com o desenvolvimento do mercantilismo e a
acumulação primitiva de capitais o modo de
produção feudal entra em colapso observa-se a
expropriação dos terrenos da propriedade
feudal e destruição da agricultura familiar,
transformando-se em propriedade privada
moderna.
Como conseqüências a Revolução Industrial
trouxe:
 O fim do produtor independente
 Êxodo rural e explosão demográfica urbana
 Processo de proletarização
 Miséria (doenças, prostituição, suicídios,
alcoolismo, violências, etc.)
 Primeiras manifestações operárias.
 Criava-se uma sociedade altamente
competitiva e individualista
2) Cultural-Científico
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Correspondente ao chamado Iluminismo
(França) fruto de um longo processo de
separação das concepções teológicas da
Igreja Católica (autoridade política da época).
Com as transformações do renascimento
comercial e urbano surgem intensas
transformações culturais e na forma de
conhecer do homem (marco inicial com a
Renascença)
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Instala-se um movimento anti-clerical opondo-se
diametralmente ao teocentrismo.
O antropocentrismo inaugura um novo tipo de
pensamento voltado para o homem como chave
explicativa do mundo.
O conhecimento deixa de ser objeto de
revelação divina para ser interpretado pela
razão (Ciência) - Revolução Científica.
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O racionalismo baseava-se no uso
exclusivo da razão e no empirismo. O
Iluminismo buscava transformar não só as
formas de conhecimento, mas a própria
sociedade, implantando os valores do
Liberalismo político e econômico
Conseqüências do IIumismo
 Derrocada
do Teocentrismo como
forma explicativa do mundo.
 Consolidação do Liberalismo.
 Notório desenvolvimento das
Ciências Naturais e Humanas.
3) Política
correspondente a Revolução Francesa
que com os ideais iluministas (liberdade,
igualdade e fraternidade) questionaram a
monarquia absolutista.
 Foi um movimento que contou com forte
apoio popular, mas de forte caráter
burguês.
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Suas conseqüências principais
foram:
Queda do Estado monárquico e origem do
Estado Moderno Burguês (executivo,
legislativo e judiciário – Montesquieu).
 Criação do Estado Laico e fim do
predomínio político da autoridade da
Igreja Católica.
 Burguesia toma o Estado e assume papel
hegemônico.
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O conjunto desses processos históricos trouxe
não somente progressos como também uma
infinidade de problemas sociais que
conturbaram a Europa do século XIX.
Esse “turbilhão social” faz com que surjam
intelectuais preocupados e dispostos à uma
“ordem social” oriunda dessas revoluções.
Neste contexto é que surge a Sociologia.
Pensadores como Tocqueville, Montesquieu, Le
Play, Saint-Simon, Augusto Comte, Marx, entre
outros, vão sistematizar e refletir sobre a
realidade social da época.
Positivismo
Corrente científico-filosófica que foi
umas das precursoras da Sociologia.
Seus precursores foram Saint-Simon e
Augusto Comte (discípulo de SaintSimon, que inclusive criou o termo
“Sociologia”).
 Era baseada principalmente na
afirmação das ciências experimentais.
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Teoria dos 3 estágios
1º Teológico: é a infância da humanidade em
que o homem explica os fenômenos naturais
através de causas sobrenaturais. (religiões
monoteístas e politeístas)
2º Metafísico: explicações racionais, buscam o
porque das coisas e substituem os deuses por
entidades abstratas e termos metafísicos.
(Filosofia)
3º Positivo (Científico): etapa definitiva, não se
busca o porque das coisas, mas sim o como. O
conhecimento se baseia nas observações e nas
experiências. Busca-se o conhecimento das leis
da natureza para conseguir seu domínio
técnico.
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Comte ainda avaliou que a sociedade
possuía dois movimentos principais:
dinâmico e estático.
 Movimento dinâmico: é o responsável pela
evolução social que imprime sobre as
sociedades as transformações para
estágios superiores e mais complexos.
(progresso).
 Movimento estático: é o responsável pela
organização e equilíbrio do organismo que
ajustaria a sociedade ao seu melhor
funcionamento harmônico. (ordem)
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