Farmacovigilância e
Medicamentos Antineoplásicos
Rio de Janeiro, 20 de setembro, de 2007
Carolina Souza Penido
GFARM/NUVIG/ ANVISA
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
O propósito da Farmacovigilância
Farmacovigilância
“Ciência e atividades relativas à detecção, avaliação,
compreensão e prevenção de efeitos adversos ou
quaisquer outros possíveis problemas relacionados a
medicamentos.”
(OMS, 2002)
Fonte: The IMPORTANCE of PHARMACOVIGILANCE - Safety Monitoring of medicinal
products, WHO 2002
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Principais Objetivos da Farmacovigilância:
Identificar as PRM
Principalmente Reações Adversas
não descritas e graves
Quantificar riscos:
incidência, gravidade →
avaliação do impacto
Maior conhecimento do perfil de segurança
dos medicamentos em comercialização
Ações reguladoras em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Reação Adversa a Medicamento
“É qualquer resposta a um fármaco que
seja prejudicial, não intencional, e que
ocorra nas doses normalmente utilizadas
em seres humanos para profilaxia,
diagnóstico e tratamento de doenças, ou
para a modificação de uma função
fisiológica.”
(OMS, 1972)
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Reação Adversa Grave
Qualquer reação adversa que resulte em:
– Morte;
– Ameaça à vida1
– Hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização já
existente;
– Deficiência/incapacidade persistente ou significante;
– Anomalia congênita/defeito no nascimento;
– Efeito clinicamente importante2, incluindo os efeitos por
uso não preconizado na bula ou abuso.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
1) Paciente apresenta um risco de morte no momento da ocorrência
da reação, não se referindo a uma reação que poderia ter causado
a morte, se ocorresse com maior intensidade.
2) Reação perigosa ou necessite de intervenção para prevenir os
outros desfechos descritos nesta definição.
www.anvisa.gov.br
Reações adversas a medicamentos
de especial interesse
Agranulocitose
Alveolite
Anafilaxia
Anemia aplástica
Cegueira
Fibrilação atrial
Fibrose pulmonar
Focomelia
Hipertermia maligna
Insuficiência hepática
Lupus Eritematoso Sistêmico
Miocardite
Necrólise epidérmica tóxica
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
Necrose hepática
Nefrite interstiticial
Rabdomiólise
Síndrome de Reye
Síndrome Maligna
Neuroléptica
Síndrome óculomucocutânea
Síndrome de StevensJohnson
Torsade de pointes (um tipo
de arritmia fatal)
www.anvisa.gov.br
Síndrome Stevens Johnson
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Síndrome Stevens Johnson
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Reação Adversa Inesperada
É uma reação adversa não descrita na
bula ou, ainda que descrita, possua
natureza, gravidade, freqüência ou
desfecho diferente das características
do medicamento.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Avaliação Benefício/ Risco
• Evitar a exposição de pacientes a riscos
desnecessários
• Diminuir a hospitalização
• Diminuir a probabilidade de ser necessário
instituir tratamento do evento adverso
• Diminuir o custo
• Melhorar a atenção sanitária
• Contribuir para melhorar a credibilidade do
sistema
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Relação Benefício/ Risco dos Medicamentos
RISCO
(segurança)
Pior equilíbrio entre
B/R
Excelente equilíbrio
B/R
BENEFÍCIO
(efetividade)
Fonte: Benefit-Risk Balance for Market drugs: Evaluating Safety Signals. CIOMS IV, 1998
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Ações Reguladoras em Farmacovigilância
• Limitar ou adicionar indicações
• Adicionar contra-indicações
• Ajustar doses recomendadas
• Modificação da informação sobre o
medicamento, inclusive textos de bula
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Ações Reguladoras em Farmacovigilância
• Modificar o status do medicamento: venda
livre ↔ venda sob prescrição médica ↔ com
retenção de receita
• Retirada do mercado
• Publicar Alertas
• Promover uso racional de medicamentos (ex:
informes)
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Acesso à página internet – Gerência de Farmacovigilância
Em 4 passos
1
4
2
3
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Boletim OMS em Português
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Exemplo de divulgação de ações
sanitárias em Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Publicações da OMS em Português sobre
Farmacovigilância
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Campanha sobre Uso Racional de
Medicamentos para veiculação em rádios
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Desafios da Farmacovigilância
Medicamentos
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Gestão de Segurança de Medicamentos
Identificar
Notificação
Informar
Agir
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
Monitorar
Investigar
Avaliar
Fonte: Pharmacovigilance. Mann, R. and Andrews E., 2002.
www.anvisa.gov.br
Fontes de Informação
• Notificações Voluntárias
– Profissionais de Saúde (junho 2000)
– Usuários/pacientes (abril 2002)
• Notificação Estimulada/ Busca Ativa
– Rede de Hospitais Sentinela (junho 2001)
– Programa Farmácias Notificadoras (janeiro 2005)
• Notificação Compulsória
– Indústria Farmacêutica
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
ANVISA
GFARM
Formulário de Notificação
de Suspeita de Reação
Adversa a Medicamento
Vias de Notificação:
- NOTIVISA
- Correio
- Fax
- Telefone
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Por que as RAM não são Notificadas?
• Ingenuidade (“se o medicamento foi registrado na
Anvisa e está sendo comercializados ele é
absolutamente seguro”)
• Medo de ser “punido” pelo paciente, indústria
farmacêutica ou Vigilância Sanitária
• Culpa por ter sido responsável pela prescrição,
preparo ou dispensação do medicamento que
causou uma RAM
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Por que as RAM não são Notificadas?
• Interesse de reunir e publicar uma série de casos
• Desconhecimento sobre como notificar ou quem
procurar na Vigilância Sanitária
• Incerteza da suspeita de RAM não se confirmar
• Apatia : falta de interesse, tempo, não acesso ao
formulário ou internet
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Finalidades do Acúmulo de Informações - GFARM
Banco de dados Nacional
+
Banco de dados Internacionais
Vigilância / Cluster / Sinal
Benefício/Risco ( + )
Benefício/Risco ( - )
Manutenção do status
regulatório
Bulas/Comunicação/
Regulamentação
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Notificações recebidas pela GFARM/ANVISA
de 1999 a 2007*
12810 notificações *Até julho de 2007
Quantidade
4000
3507
2878
3000
1956
2086
2000
1124
955
1000
34
76
194
0
DQ
RAM
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007*
4
0
16
293
981
420
676
647
133
30
76
178
662
975
1666
2831
2231
991
Ano
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Perfil das Notificações de Suspeita
de Reação Adversa de
Medicamentos Antineoplásicos
Dados do Centro Nacional
de Monitorização de
Medicamentos/ Gerência de
FarmacovigilânciaANVISA
(1999 a 2007)
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Marco Legal
• Resolução RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004:
Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento
dos Serviços de Terapia Antineoplásica.
3.6. A notificação de reação adversa deve ser encaminhada ao
médico assistente, ao responsável pela EMTA e ao órgão
sanitário competente, conforme item 9.1 do Anexo I.
3.9. Deve haver no prontuário o registro dos eventos adversos
à administração, da ocorrência de extravasamentos e da
evolução de enfermagem dos pacientes submetidos à TA.
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
8
6,4
6,6
6,7
6,2
2003
2004
2005
2006
5,6
4,1
4,2
2000
2001
4
0
2002
% internações por Neoplasias
Linear (% internações por Neoplasias)
**Julho/2006
Distribuição percentual das internações hospitalares no SUS por neoplasias*. Brasil,
2000 a 2006
Fonte: Sistema de Informação Hospitalar – SIH – DATASUS/MS
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
* Excluidos as internações por partos e causas desconhecidas
www.anvisa.gov.br
Porcentagem de Notificações de
Medicamentos Antineoplásicos no CNMM
no Período de 1999 a julho de 2007
Antineoplásicos
3%
97%
Outros
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Classificação das Notificações de
Medicamentos Antineoplásicos por
Tipo de Evento
DQ
15%
RAM
85%
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de Medicamentos
Antineoplásicos por Gravidade
Óbito
4%
Grave
31%
Não Grave
65%
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de Medicamentos
Antineoplásicos Segundo a Faixa Etária dos
Pacientes
23,4
NI
10,3
65-+
45-64
20,6
15-44
28,8
0-14
16,9
0,0
5,0
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de
Medicamentos Antineoplásicos Segundo o
Sexo dos Pacientes
NI
16%
Masculino
29%
Feminino
55%
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de
Medicamentos Antineoplásicos por
Categoria do Notificador
60,0
52,5
50,0
40,0
30,0
20,0
16,9
10,8
10,1
9,8
Enfermeiro
Usuário
Outros
10,0
0,0
Farmacêutico
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
Médico
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de
Medicamentos Antineoplásicos por Tipo de
Notificador
60,0
56,2
50,0
40,0
33,3
30,0
20,0
9,4
10,0
1,2
0,0
Hospital
Sentinela
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
Voluntário
Indústria
NI
www.anvisa.gov.br
Distribuição das Notificações de Reação
Adversa por Região Geográfica
NI
1,6
NORTE
1,6
CENTRO OESTE
2,1
NORDESTE
9,1
SUL
31,6
SUDESTE
53,9
0,0
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
www.anvisa.gov.br
Sistema de Monitorização de Medicamentos
OMS
UMC/WHO - Uppsala, Suécia
Programas
Federais
Saúde Pública
Centros
Colaboradores
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
CNMM
GFARM/GGMED/ANVISA
Centros Estaduais de
Farmacovigilância
CEFAR
Profissionais
De Saúde
Indústrias
Farmacêuticas
Centros
Notificadores
www.anvisa.gov.br
Necessidade Emergente em
Farmacovigilância - INTEGRAÇÃO -
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
ASSOCIAÇÕES DE
CLASSE E
UNIVERSIDADES
NA ÁREA DA SAÚDE
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Próximos passos . . .
• Criação de novos Centros Estaduais de FV
• Integração dos dados estaduais de
notificações
• Monitorização de medicamentos em
programas de saúde pública (ex. alto custo)
• Aumento de notificação de reações graves
por profissionais de saúde
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
“Prover medicamentos, produtos para
a saúde e serviços, ajudando as
pessoas e a sociedade a fazer o seu
melhor uso.”
( OMS, 1996)
Fonte: Good Pharmacy Practice (GPP) in Community and Hospital
Pharmacy Settings, WHO, 1996
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Contatos
Carolina Souza Penido
Farmacêutica
Gerência de Farmacovigilância /ANVISA
SEPN 515 BL.B 2º ANDAR, sala 6 Ed. Ômega
Brasília – DF CEP - 70770 - 502
[email protected]
www.anvisa.gov.br
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br
Download

Baixe o arquivo PPT aqui.