TRATAMENTO BASEADO NO ESTADO DE CONTROLE: CRITÉRIOS PARA INÍCIO, MANUTENÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE Marina Andrade Lima Coordenadora da unidade de asma de difícil controle IDT/HUCFF Universidade Federal d Rio de Janeiro CONFLITOS DE INTERESSES Aulas para Novartis, Pfizer, Boeringher, GlaxoSmithkline, Aché Pesquisas para Novartis, Pfizer, Boeringher,GlaxoSmithkline, AstraZeneca, Actelion, Myogen, NycoPharma, Asthmatx, Broncus, Wyeth Critérios para o início do tratamento de asma de difícil controle • AAF, fem, 28 anos, branca, bióloga, natural do Rio de Janeiro. • Veio encaminhada para aplicação de omalizumabe, indicado por outro médico. • Usava salmeterol/fluticasona 50/250 mcg bid mas estava sem medicação há 20 dias. • VEF1 = 68% pós-BD= 98% • TC6’= 423m 1- quando indicamos a anti-IgE? • A) pacientes asmáticos em uso há 1 mês de BDLD + CI dose equivalente a 800 mcg de budesonida que persistem não-controlados • B) pacientes asmáticos em uso há pelo menos 6 meses de BDLD + CI dose superior a 1200mcg de budesonida ou equivalente que persistem não controlados • C) pacientes asmáticos em uso de corticóide oral contínuo independente da dose de CI • D) pacientes asmáticos em uso de BDLD + CI em qualquer dose associados a um antileucotrieno ou teofilina não controlados 2 – qual o fator preditor de resposta ao tratamento com a anti-IgE? • A) IgE total • B) gravidade da asma avaliada por questionários de qualidade de vida e controle da doença • C ) VEF1 • D) nenhum dos anteriores Critérios para o início do tratamento de asma de difícil controle Asma Intermitente Etapa 1 Escolha: SABA se necessário Asma Persistente: Medicação diária Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Escolha: baixa dose de CI Escolha: baixa dose de CI+LABA ou média dose de CI Escolha: média dose de CI+LABA Alternativas: Cromolin, antileucotrieno, nedocromil ou teofilina Alternativas Baixa dose de CI + antileucotrie no, teofilina ou zileuton Etapa 5 Alternativas média dose de CI + antileucotrieno, teofilina ou zileuton Etapa 6 Escolha: alta dose de CI+LABA Escolha: CI+LABA+corticóide oral E E Considerar omalizumabe em pacientes com história de alergia Considerar omalizumabe em pacientes com história de alergia Em todas as etapas: educação do paciente, controle ambiental e tratamento de co-morbidades Etapas 2-4: considerar imunoterapia específica para pacientes com história de alergia NAEPP – EPR 3, 2007 6 Critérios para o início do tratamento de asma de difícil controle • Consenso latinoamericano de asma de difícil controle 2008 (in press): – Pacientes etapa 4 que não controlam com medicação adequada, aderentes, sem comorbidades não-controladas – Dose alta de CI > 1000mcg beclometasona Critérios para manutenção do tratamento de asma de difícil controle • Dermatite atópica severa em uso de corticóide tópico + hidratante + pimecrolimus • Conjuntivite + rinite + sinusite alérgicas • Nega tabagismo • Endometriose • Trabalha em biotério e possui cão em casa • Gastrite tratada anteriormente com pantoprazol Critérios para manutenção do tratamento de asma de difícil controle • Prick teste positivo para ácaros, fungos do ar, barata, Aspergilus • IgE= 222UI/mL • TCAR= remanescente tímico / sinais de broncoespasmo difuso associados a áreas de aprisionamento aéreo • TCSF= pequeno espessamento mucoso seios maxilares + frontal esquerdo + velamento parcial células etmoidais Critérios para manutenção do tratamento de asma de difícil controle • • • • • Nega asma quase fatal Despertar noturno diário Uso diário de medicação de resgate 04 cursos de CO nos últimos 12 meses 03 idas a PS mas nenhuma internação nos últimos 12 meses • Diversas internações anteriores Critérios para manutenção do tratamento de asma de difícil controle • Apresentou crise de broncoespasmo no dia da primeira aplicação do omalizumabe e usou CO por 48 horas • Trocamos a medicação para formoterol + budesonida 12/800 mcg bid • Retorna após duas aplicações de omalizumabe com VEF1=94% • Dois meses de uso: sem uso de CO, sem idas a OS, despertar noturno 2x/sem, uso BDLD 3-4x por semana 3 - qual parâmetro utilizamos no acompanhamento dos pacientes em uso de omalizumabe? • A) AQLQ e ACT • B) VEF1 • C) Uso de corticóide oral e medicação de resgate • D) todos os acima Critérios para monitorização do tratamento de asma de difícil controle • Usou omalizumabe por 5 meses ininterruptos • Sem sintomas noturnos, sem internações, idas a PS ou uso de corticóide oral • BDCD 1x/semana • Iniciou redução da dose do corticóide inalatório 4 – por quanto tempo devemos utilizar o omalizumabe antes de avaliar sua eficácia? • • • • A) 4 meses B) 3 meses C) 2 meses D) 1 mês Critérios para monitorização do tratamento de asma de difícil controle • • • • • Início do tratamento VEF1 = 73% ACT = 7 AQLQ = 1,8 BORG = 7 • • • • • 16 semanas tratamento VEF1 = 68% ACT = 16 AQLQ = 2,9 BORG = 2 5 – quanto tempo devemos manter o tratamento com omalizumabe? • • • • A) 4 meses B) 6 meses C) indefinidamente D) 1 ano Critérios para monitorização do tratamento de asma de difícil controle • J Allergy Clin Immunol 2008; 121:506-11 – Testes cutâneos e níveis de IgE livre durante redução e cessação da terapia com omalizumabe (Corren) • Eur Respir Rev 2007; 16 (104):78-84 – Como avaliar a resposta do paciente à anti-IgE (Holgate) • Respir Med 2007; 101:1483-92 – Predizendo e avaliando a resposta ao omalizumabe em pacientes com asma alérgica severa (Bousquet)