Manejo da asma de difícil controle ROBERTO STIRBULOV F.C.M. da Santa Casa de São Paulo Comissão de Asma – SBPT [email protected] Asma de Difícil Controle IV Diretrizes Brasileiras para o manejo da asma 2006 GINA Atualização 2006 I Consenso LA de ADC -2006 Custo da asma de difícil controle Drogas 42 11 Pronto-Socorro 5 Consultas grave leve 14 19 42 Internação 65 Custo total 2 20 80 0 Smith DH. AJRCCM 1997; 156: 787- 93 20 40 60 80 100 Asma de Difícil Controle - Definição Asma com controle insuficiente, apesar da implementação de uma estratégia terapêutica adequada e ajustada. GRAVIDADE VERSUS CONTROLE Controlada Leve Não Controlada CONTROLE Adequação do Manejo GRAVIDADE Grave Propriedade da Doença Asma de Difícil Controle ATS/ERS/SBPT 1 critério maior: Corticóide oral contínuo ou 50% dos dias do ano Necessidade de alta dose de corticóide inalatório e 2 menores: Necessidade 2a ou 3a droga – a.leu., xantina, LABA Necessidade diária de 2 de curta ação Obstrução persistente (vef1< 80%, variação PFE > 20%) 1 crise/ano com ida a pronto-socorro 3 cursos de corticóide oral/ano Piora com redução da dose de corticóide 25% Crise quase fatal no passado Critérios para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle discordâncias entre os consensos: latinoamericano: >1200 mcg budesonida ATS/ERS e SBPT: >1600 mcg budesonida Níveis de Controle da Asma Características Sintomas diurnos Controlada Parcialm controlada (Todos os abaixo) (Qquer presente em determinada semana) Ausentes (2 ou menos / semana) Mais que duas vezes / semana Limitação nas atividades Ausentes Qualquer Despertar e sintomas noturnos Ausentes Qualquer Necessidade de “Rx de alívio” Ausente (2 ou menos / semana) Mais que duas vezes / semana Função pulmonar (VEF1 ou PFE) Normal < 80% previsto ou MVPessoal em qualquer dia Exacerbação Ausentes Uma ou mais / ano Não controlada 3 ou mais característica s da asma parcialmente controlada presente em qualquer semana 1 em qquer sem Estratégias para a obtenção do controle da asma Determinação e ação sobre os fatores descontroladores Adequação terapêutica Asma de difícil controle Fatores Relacionados Uso adequado dos dispositivos inalatórios Uso de medicamentos que influenciam no controle da asma Asma de Difícil Controle Fatores Relacionados Doenças naso-sinusais Refluxo gastroesofágico Disfunção Cordas Vocais Aspergilose Asma de Difícil Controle Fatores Relacionados Fatores ambientais Distúrbios Emocionais Relação Médico / Paciente Asma de Difícil Controle Envolvimento das Pequenas Vias Simões,SM et al- Clin & Exp Allergy- 2005 Estratégias para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle 1. 2. 3. Confirmar a limitação ao fluxo aéreo Considerar o diagnóstico diferencial Assegurar o tratamento apropriado e o seu cumprimento adequado Estratégia para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle Confirmar a limitação ao fluxo aéreo: espirometria, pletismografia Estratégia para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle Diagnóstico Diferencial DPOC Bronquiolites Disfunção de Cordas Vocais TEP Distúrbios VAS Distúrbios emocionais Estratégia para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle Assegurar o tratamento apropriado e o seu cumprimento adequado corticóides inalatórios em altas doses ou orais + LABA ESTADO DE CONTROLE CONDUTA Controlado Manter o paciente na mais baixa etapa de controle Parcialmente controlado Considerar aumentar a etapa de controle Não controlado Aumentar a etapa até a obtenção do controle Exacerbação Condutas apropriadas para a ocorrência DIRETRIZES BRASILEIRAS PARA O MANEJO DA ASMA-2006 Adaptado da revisão do GINA 2006 ETAPAS DE TRAMENTO ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5 EDUCAÇÃO EM ASMA CONTROLE AMBIENTAL Beta 2 de curta duração S/N Beta 2 de curta duração S/N Beta 2 de curta duração S/N Beta 2 de curta duração S/N Beta 2 de curta duração S/N Selecione uma das opções abaixo Selecione uma das opções abaixo Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 3 Adicionar 1 ou mais em relação à etapa 4 Moderada ou alta dose de CI + LABA Corticoide Oral dose baixa CI baixa dose + LABA Opção Preferencial CI Baixa dose Crianças < 6 dose moderada de CI CI dose moderada Outras Opções Inibidores de Leucotrieno Inibidores de Leucotrienos CI baixa dose + Anti-leucotrieno CI dose baixa + Teofilinas Diretrizes Brasileiras para o manejo da asma- 2006 Adaptado da revisão do GINA 2006 Anti-IgE Teofilinas ADC – impacto da corticoterapia oral osteoporose hipertensão arterial diabetes supressão do eixo hipotálamo-pituitário-adrenal catarata e glaucoma obesidade atrofia cutânea fraqueza muscular Global Initiative for Asthma (2006) Asma de Difícil Controle Estratégia Terapêuticas Alternativas Macrolídeos- 250 mg /dia Azatioprina- 50 mg/dia Ciclosporina – 5mg/kg/dia Metotrexate- 15-30 mg/semana Sais de Ouro- 3 mg 12/12 hs IGEV- 400mg ev cada 3 sem. EVIDÊNCIA B Anti-IgE - indicações Asma de difícil controle > 12 anos de idade História clínica sugestiva de componente alérgico ou teste cutâneo (prick test) positivo ou reatividade in vitro a um aeroalérgeno perene Cujos sintomas estejam inadequadamente controlados (mesmo com doses otimizadas de corticosteróides inalados) IgE sérica entre 30 e 700 UI/mL ADC - Conclusões Doença grave e potencialmente fatal Diagnóstico deve ser preciso Atuar nos fatores predisponentes Tratamento Adequado