Serviço Social Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social Fundamentos Histórico, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social profª Ma. Enilda Maria Lemos Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social • Tele aula 1 – Tema 1: O movimento de reconceituação do Serviço Social • Teleaula 2 – Tema 2: A perspectiva modernizadora do Serviço Social • Teleaula 3 – Tema 3: A perspectiva da reatualização do conservadorismo e a perspectiva da intenção de ruptura Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social • Teleaula 4 – Tema 4: A questão social • Tele aula 5 – Tema 5: Considerações acerca do neoliberalismo • Teleaula 6 – Tema 6: O movimento ambientalista • Teleaula 7 – Tema 7: A assistência social e o Serviço Social Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social Tema 1: O Movimento de Reconceituação do Serviço Social Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social Conteúdo • Alguns fatores que mostram a dependência latino-americana no pós II Guerra Mundial • O intercâmbio do Serviço Social com o Serviço Social norte-americano no movimento de reconceituação • O movimento de reconceituação do Serviço Social latinoamericano • O movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil Objetivos • Reconhecer a influência norteamericana no Serviço Social latinoamericano • Compreender o movimento histórico da reconceituação do Serviço Social latino-americano • Destacar os fatores que dificultaram o processo de reconceituação brasileiro Alguns fatores da dependência latino-americana no pós II Guerra Mundial Década de 1940 - Aliança dos Estados Unidos com a América Latina fornecimento de matéria prima e mercado para os norte-americanos, (Faleiros, 1983, p. 21). http://www.ufsm.br/cepef/cambara.html Acessado em 31 de janeiro de 2008. De 1960 a 1980, a América Latina foi marcada pelo “[...] processo de mobilização popular-reforma e autoritarismo político [...]” (FALEIROS, 2006, p. 141). “[...] as classes dominantes [...] respondiam seja com projeto de reformas seja com a repressão, articulando uns e outros em função das ameaças reais ou percebidas” (FALEIROS, 2006, p. 142). João Goulart e outros tentaram “[...] a via de aglutinação de massas em torno de mudanças parciais” (FALEIROS, 2006, p. 142). Quando as mobilizações constituíam uma força capaz de levar adiante a luta contra a dominação, elas eram reprimidas. Como acontece a dominação imperialista? www.wpfind.com/sujeira/tags Acesso em 04 de fev. 2008. “O traço específico do imperialismo total consiste no fato de que ele organiza a dominação externa a partir de dentro e em todos os níveis da ordem social, [...]” (FERNANDES, 1981, p. 18 apud IAMAMOTO, 2004, p. 77, nota de rodapé n. 3). “Nessa dinâmica, as políticas internas se entrosam com as relações externas de dependência/dominação dos Estados Unidos.” (FALEIROS, 2006, p. 142). Intercâmbio com os Estados Unidos Com a “[...] política da Boa Vizinhança do presidente Roosevelt [...] há uma aproximação muito intensa com os Estados Unidos” (YASBEK, 1980, p. 49). 29/01: 1943 - Política da boa vizinhança http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php Acessado em 4 de fevereiro de 2008. Intercâmbio do Serviço Social latinoamericano com o Serviço Social norteamericano Esse intercâmbio começou no Congresso de Atlantic City (1941), como diz Yasbek (1988, p. 49). Os programas de DC (governo e comunidade local), implantados pela ONU e pela OEA realizaram intercâmbio. Com o intercâmbio, o S. Social latinoamericano passou a se orientar pela teoria funcionalista. O funcionalismo Por que o Serviço Social se apóia no funcionalismo? http://abcnutri.blogspot.com/2007_10_01_archive.html Acessado em 31 de janeiro de 2008.$ O funcionalismo não questiona as estruturas sociais internas que fazem parte das estratégias de dominação do capital internacional. O S. S. funcionalista, discutia o “[...] aperfeiçoamento do instrumental técnico-operativo expresso pela sofisticação de modelos de diagnóstico e planejamento, na busca de uma eficiência [...]” (IAMAMOTO, 2006, p. 215). O movimento de reconceituação do Serviço Social na América Latina Fatos da década de 1960 • os movimentos libertários internacionais, • os questionamentos da dependência norteamericana, • a revolução cubana. É nesse contexto que as instituições burguesas são colocadas em xeque. O “[...] Serviço Social passa a questionar seu papel na sociedade, seu atrelamento às classes dominantes, sua teoria e sua prática corretora de “disfunções” sociais” (AMMANN 1984, p. 146, p. 147). Os assistentes sociais que eram contra o imperialismo norte-americano e o S. Social tradicional, organizaram o movimento de reconceituação latinoamericano. O movimento de reconceituação • optou pelos subalternos, • discutiu a dominação externa, • começou a pensar num Serviço Social que olhasse para a América Latina. • orientou as produções teóricas para as questões do continente. Diz Faleiros (1983, p. 133) que o movimento acena com a possibilidade de se tentar compreender as relações entre Serviço Social e sociedade. A “[...] ruptura com o Serviço Social tradicional se inscreve na dinâmica de rompimento das amarras imperialistas, de lutas pela libertação nacional e de transformações da estrutura capitalista excludente, concentradora, exploradora (FALEIROS, 2006, p. 143). • A luta para romper com o Serviço Social tradicional faz parte da luta pela transformação do capitalismo, O movimento de reconceituação é “[...] parte integrante do processo internacional de erosão do Serviço Social tradicional [...]” (NETTO, 2006, p. 146). Alguns pontos da reflexão de Marilda Villela Iamamoto •compreender a influência norteamericana no S. Social a partir da dependência latinoamericana; • questionar a teoria e a prática do S. Social tradicional; • construir um projeto profissional para a América Latina; • fazer a opção pelos subalternos; • discutir a formação profissional. marco decisivo no desenvolvimento do processo de revisão crítica do Serviço Social no continente” (IAMAMOTO, É considerado 2006, p. 205). “[...] um Qual foi o marco inicial da reconceituação do Serviço Social na América Latina? Netto (2006): vários analistas consideram o I Seminário Regional Latino-Americano de Serviço Social, realizado em Porto Alegre, em maio de 1965, como o marco desse processo. O I Seminário “[...] é o marco inaugural de um movimento de intensa revisão crítica do Serviço Social [...]”, o movimento de reconceituação do Serviço Social latinoamericano. (MARTINELLI, p. 16, textos&contextos). O movimento de reconceituação: ▪ lutou contra as práticas tradicionais e por criar um Serviço Social latinoamericano; ▪ lutou para que as produções teóricas não se prendessem ao modelo norteamericano. O desfecho do movimento de reconceituação O grupo pretendia criar uma unidade profissional latinoamericana “[...] sem a tutela imperialista [...]” (NETTO, 2006, p. 150). Essa união foi desfeita pelas: . ditaduras burguesas . posições distintas entre os a. sociais . posições distintas entre os a. sociais “um pólo investia num aggiornamento do Serviço Social e outro tencionava uma ruptura com o passado profissional [...]” (NETTO, 2006, p. 147). Para Faleiros (1983, p. 133), o movimento de reconceituação acena com a possibilidade de tentar compreender as relações da sociedade e seus vínculos com a profissão. blogtecnologias.wordpress.com/redes-sociais/ Acesso em 04 de fev. 2008. Tendências manifestadas no movimento: . de conciliação e de reformas . de transformação da ordem vigente . outras para “[...] modernizar e minimizar a dominação” (FALEIROS, 2006, p. 143). O movimento de reconceituação conseguiu colocar na pauta dos encontros profissionais assuntos de interesses latino-americanos, em lugar do debate pan-americanista dos encontros patrocinados pelos Estados Unidos. • DVD 8 • Regime militar: Costa e Silva a Médici • Tempo: 9: 55 a 19: 38 • Ministério da Educação. Secretaria de Educação à Distância. TVescola. DVDescola 8. História: Regime militar. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil O Serviço Social fez “[...] uma mudança no discurso, nos métodos de ação e nos rumos da prática profissional [...] adequando o Serviço Social à ideologia dos governantes” (IAMAMOTO, 2006, p. 215). Segundo Iamamoto (2006, p. 215), no Brasil o debate da reconceituação só criou força quando a ditadura entrou em crise] e a sociedade civil emergiu novamente. Na crise da ditadura, os cursos de pósgraduação expandiram o diálogo do Serviço Social com as ciências afins, entretanto, as elaborações teóricas não se apoiaram nas fontes clássicas. A ditadura militar brasileira dificultou o processamento das idéias da reconceituação, mas elas não foram extintas, “[...] no entanto, suas expressões são isoladas [...]”, como foi a experiência do “Método BH”. (IAMAMOTO, 2006, p. 214). O movimento de reconceituação foi considerado “[....] um marco decisivo no desenvolvimento do processo de revisão crítica do Serviço Social no continente” (IAMAMOTO, 2006, p. 205). Informação complementar O Serviço Social “tradicional” é “[...] a prática empirista reiterativa e burocratizada que os agentes realizavam e realizam efetivamente na América Latina” (NETTO, J. P. “La critica conservadora..., 1981, p. 44 apud IAMAMOTO, 2004, p. 206, nota de rodapé n. 250)”.