Cistos Não Odontogênicos
Cistos Não Odontogênicos
São formados a partir de inclusões epiteliais nas
linhas de fusão dos processos embrionários que
dão origem ao processo maxilomandibular. Eles
incluem cistos nasopalatinos ou do canal incisivo,
cisto da papila incisiva, cisto globulomaxilar, cisto
palatal mediano, cisto alveolar mediano, cisto
mandibular mediano e cisto nasoalveolar.
Cistos Não Odontogênicos
Cistos de desenvolvimento
• Cisto nasolabial (Cisto nasoalveolar)
• Cisto do ducto nasopalatino (Cisto do canal incisivo)
• Cisto dermoide
• Cisto da fenda branquial
• Cisto linfoepitelial bucal
Cisto inflamatório
• Cisto do ducto tireoglosso
(Cisto do trato tireoglosso)
Cistos Não Odontogênicos
Cisto nasolabial (Cisto nasoalveolar)
• Lesão rara, localizada no lábio superior, lateral a
linha média.
• Há 2 teorias para a sua patogênese: 1- remanescentes epiteliais aprisionados ao longo da linha de
fusão dos processos maxilar/nasal mediano/nasal
lateral e 2- deposição ectópica do epitélio do
ducto nasolacrimal (mesmo aspecto histológico).
Cistos Não Odontogênicos
Cisto nasolabial (Cisto nasoalveolar)
• Mais frequente em adultos, 4a e 5a décadas de
vida.
• Predileção pelo sexo feminino, 3:1.
• Cerca de 10 % dos casos são bilaterais.
Cistos Não Odontogênicos
Cisto nasolabial (Cisto nasoalveolar)
Clinicamente:
• Aumento de volume do lábio superior lateral à
linha média levando a elevação da asa do nariz.
• Dor quando infectado secundariamente.
• Pode romper para a cavidade bucal ou nasal.
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Cisto nasolabial (Cisto nasoalveolar)
Tratamento:
• Cirúrgico com remoção total da lesão através da
cavidade bucal.
• Abordagem alternativa pela cavidade nasal.
Cistos Não Odontogênicos
Cisto globulomaxilar
• Originalmente considerava-se originário do
epitélio aprisionado durante a fusão da porção
globular do processo nasal mediano com o processo
maxilar.
• Cistos na região globulomaxilar deve ser
considerado primeiro de origem odontogênica.
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Cisto do ducto nasopalatino
incisivo)
(Cisto do canal
• É o cisto mais comum da cavidade bucal, ocorrendo
em cerca de 1% da população.
• Acredita-se que se origine de remanescentes do
ducto nasopalatino, estrutura embrionária que liga a
cavidade nasal e bucal na região do canal incisivo.
• Patogênese ainda desconhecida.
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino
(Cisto do canal incisivo)
• Pode se desenvolver em qualquer idade, porém é
mais comum na 4a e 6a década de vida e
raramente é observado na 1a década de vida.
• Prevalência pelo sexo masculino.
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Cisto do ducto nasopalatino
(Cisto do canal incisivo)
Clinicamente:
• Sintomatologia mais comum são tumefação da
região anterior do palato, drenagem e dor
• Atentar para sintomatologia intermitente
• Muitas lesões são assintomáticas
• Lesões maiores produzem expansão flutuante
• Pode se desenvolver nos tecidos moles da papila
incisiva _ cisto da papila incisiva
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino (Cisto do canal incisivo)
Clinicamente
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino
(Cisto do canal incisivo)
Radiograficamente:
• Lesão radiolúcida bem circunscrita, localizada
próximo ou na linha média da região anterior da
maxila, entre os ápices dos incisivos centrais, forma
redonda ou oval e margem esclerótica
• Algumas lesões tem formato de pera invertida,
outras formato de coração
•  de 6 mm a 6 cm, > tem  médio 1,5 a 1,7 cm,
atentar para forame incisivo normal com 6 mm
• A reabsorção radicular é rara
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino (Cisto do canal incisivo)
Radiograficamente
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino
(Cisto do canal incisivo)
Tratamento:
• Enucleção cirúrgica
• Exame histológico da peça para afastar outras
lesões semelhantes
• Melhor acesso cirúrgico é fazer um retalho
palatino rebatido após incisão ao longo da margem
gengival língual dos dentes anteriores
• Recidiva rara
• Há relatos escassos de transformção maligna
Cistos Não Odontogênicos
Cisto palatino (palatal) mediano
• Em tese se desenvolve do epitélio retido ao longo
da linha de fusão embrionária dos processos
palatinos laterais da maxila
• É difícil diferenciá-lo do cisto do ducto naso
palatino, tanto quando localizado anterior ou
posteriormente
• Lesão rara
Cistos Não Odontogênicos
Cisto palatino (palatal) mediano
Clinica e radiografimente
• Aumento de volume no palato
• Imagem radiolúcida na linha média com evidência
clínica
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Cisto mandibular mediano
• Lesão controversa de existência questionável
• A mandíbula de desenvolve por uma proliferação
mesenquimal bilobulada única com um istmo central na linha
média. Como não ocorre fusão de processos limitada por
epitélio não há retensão deste
• Parece ser de origem odontogênica _ cisto odontogênico
glandular, cistos periapicais, ceratocistos odontogênicos ou cistos
periodontais laterais.
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Cisto dermoide
• Lesão incomum
• Revestida por epitélio semelhante a epiderme
• Presença de anexos cutâneos
• Forma cística benigna de teratoma (composto pelos três
folhetos germinativos por isso, complexos e podem ser
benignos ou malignos )
• São mais simples na estrutura que os teratomas complexos
ou cistos teratoides
• Quando não há anexos cutâneos chama-se Cisto Epidermóide
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Cisto dermoide
Clinicamente
• Ocorrem mais na linha média do soalho bucal,
ocasionalmente paramediano e outros locais
• Quando localizado acima do músculo gêniohioide a lesão
pode deslocar a língua com dificuldades na alimentação,
fonação e até na respiração
• Quando localizado abaixo do músculo gêniohioide pode dar
aparência de queixo duplo
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-48722010000300016&script=sci_arttext
Cistos Não Odontogênicos
Cisto dermoide
Clinicamente
• Podem variar de poucos mms a 12 cm de 
• Mais frequentes em crianças e adultos jovens
• 15% são de origem congênita
• Normalmente assintomáticos
• Massa birrachoide ou pastosa (retem pressão digital)
• Pode ocorrer infecção secundária, com drenagem para a
boca ou pele
• Avaliar a extensão com RM, TC ou radiografia com
contraste
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Cisto dermoide
Tratamento
•Remoção cirúrgica
• Quando localizados acima do músculo gêniohioide podem
ser removidos pela boca
• Quando loc abaixo desse músculo pode necessitar acesso
extrabucal
• Recidiva rara
• Malignização incomum
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto tireoglosso
• Glândula tireoide começa no final da 3a semana embionária
a partir de células endodérmicas do soalho ventral da língua,
entre tubérculo impar e a cópula da língua – posteriormente
ao forame cego. No trajeto para a sua posição final – forma
o ducto ou trato epitelial que acompanha a maturação do
osso hióide, passando na frente e por baixo deste.
Normalmente, o epitélio do ducto sofre atrofia e o ducto é
obliterado. Remanescentes deste podem dar origem a esse
cisto ao longo do seu trajeto.
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Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto tireoglosso
Clinicamente
• Pode ocorrer desde o farame cego até a chafradura supra
esternal
• 60% a 80% abaixo do osso hióide
• Ocorre mais nas duas primeiras décadas de vida
• Se ligado ao osso hióide ou a língua, pode se mover
verticalmente durante a deglutição ou protusão da língua
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto tireoglosso
Clinicamente
• Móvel, flutuante e indolor, exceto se infectado 2a//
• Se na base da língua – obstrução laríngea
• Menor tem 3 cm e o maior 10 cm
• Cerca de 1/3 dos casos há fístula p/ à pele ou à mucosa
bucal por infecção ou sequela cirúrgica
Cistos Não Odontogênicos
Cisto do ducto tireoglosso
Tratamento
• Cirúrgico – técnica de Sistrunk
• Taxa de recidiva menor que 10%, pode ser maior em
cirurgias menos agressiva
• 1% casos de carcinomas (adenocarcinoma tireoideos
papilares) com prognóstico bom
Cistos Não Odontogênicos
Cisto da fenda branquial
(cisto linfoepitelial cervical)
• Região lateral do pescoço
• Etiologia incerta
• Origem: 1- remanescentes das fendas branquiais –
2o arco branquial (região do aparato dos arcos
embrionários) e 2- degeneração cística do epitélio
das glândula aparótica aprisionado nos linfonodos
cervicais superiores (vida embrionária)
Cistos Não Odontogênicos
Cisto da fenda branquial
(cisto linfoepitelial cervical)
Clinicamente
• Região lateral superior do pescoço, ao longo da
margem anterior do músculo esternocleitomastoideo
• Adultos jovens (20 – 40 anos)
• Massa mole, flutuante, de 1 – 10 cm 
Cistos Não Odontogênicos
Cisto da fenda branquial
(cisto linfoepitelial cervical)
Clinicamente
• Pode sentir dor por infecção secundária
• Pode apresentar canais ou fístulas para a pele –
drenar muco
• 2/3 do lado esquerdo e 1/3 do lado direito
• Raramente bilaterais
• Há aumento no número de cistos linfoepiteliais na
parótida em pacientes HIV+
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Cisto da fenda branquial
Tratamento
(cisto linfoepitelial cervical)
• Cirúrgico
• Quase nunca recidiva
Obs.: está indicada biópsia por agulha fina para exclusão de
malignidades
Cistos Não Odontogênicos
Cisto linfoepitelial bucal
• Lesão rara da boca que se desenvolve dentro do tecido
linfoide bucal
• Microscopicamente semelhante ao cisto da fenda branquial,
porém menor
• Tecido linfoide no anel de Waldeyer e agregados linfóides
_ soalho bucal, superfície ventral da língua e palato duro.
Tem estreita relação com a mucosa de revestimento
• … formam bolsas cegas ou criptas amigdalianas que podem
se preencher com ceratina
• Epitélio da mucosa de revestimento ou do epitélio de
glândula salivar
• Ductos escretores de glândulas sublingual ou salivares
menores
Cistos Não Odontogênicos
Cisto linfoepitelial bucal
Clinicamente
• Massa submucosa pequena, geralmente menor que 1 cm,
firme ou mole a palpação, mucosa de revestimento macia e
não úlcerada, cor branca ou amarelada, muitas vezes contem
em seu interior ceratina de aspecto caseosa ou cremosa,
assintomático
Cistos Não Odontogênicos
Cisto linfoepitelial bucal
Clinicamente
• Podem se desenvolver em qualquer idade, porém mais
frequente em adultos jovens
• Pelo menos metade dos casos se localiza no soalho bucal
• Superfície ventral e margem lateral da lingua são outras
localizações comuns. Também na amigdala palatina ou no
palato mole. Que são áreas de tecido linfóide oral normal ou
acessório.
Cistos Não Odontogênicos
Cisto linfoepitelial bucal
Tratamento
• Cirúrgico
• Recidiva rara
• Normalmente não há necessidade de biópsia porque o
diagnóstico pode ser clínico.
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