UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
ADRIANE MATIAS ROSA
RELACIONAR TEORIA E PRÁTICA NA MATEMÁTICA DO ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
JUSSARA-GO
2008
Adriane Matias Rosa
RELACIONAR TEORIA E PRÁTICA NA MATEMÁTICA DO ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Trabalho apresentado para fins de conclusão do
Curso de Licenciatura Plena em Matemática da
Universidade Estadual de Goiás, Unidade
Universitária de Jussara, sob a orientação da
professora Ms. Stela Mares Corrêa.
JUSSARA-GO
2008
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Aos meus pais Valdivino e Lazara meu irmão Marques Suel por sempre confiar e acreditar em
minha capacidade, Eulália Morais pelo apoio e compreensão, Adivaldo Alves de Souza meu
professor de matemática do ensino fundamental. Stela Mares minha orientadora, total
incentivo e dedicação, meus colegas pela amizade e união e aos meus caros mestres que
passaram por esta unidade, entre eles: Álvaro Moreira, Janaina Mota, Fernanda Sarmento,
Fabiana Santos, Eurídice de Almeida. E aos que ainda estão presente, meu eterno obrigado.
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AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, meus amados pais Valdivino e Lazara pelo apoio e incentivo
incondicional,a Coordenadora do Curso de Matemática Rejane Alves pela dedicação e
incentivo nos momentos difícies,ao professor Ricardo Jreige pela disponibilidade em estar
sempre colaborando para minha formação, professora Neuziene Gouveia e todos os meus
professores que contribuíram
de
maneira especial para concretização dessa jornada e,
principalmente, minha orientadora Stela Mares, meu porto seguro nos momentos de
dificuldades.
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O novo papel do professor será o de gerenciar, de facilitar o processo de aprendizagem e,
naturalmente, de interagir com o aluno na produção e crítica de novos conhecimentos e isso
é essencialmente o que justifica a pesquisa.
Ubiratan D’Ambrosio
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RESUMO
Na matemática, relacionar teoria e prática é um dos caminhos para se obter ensino de
qualidade, para que os alunos consigam visualizar e entender na prática sua aplicabilidade.
Para isso é necessária uma formação adequada aos professores, conscientizando-os da sua
importância no processo ensino-aprendizagem e capacitando-os com o intuito de formá-lo
bons educadores, para que obtenham êxito trabalhando com sabedoria no processo de educar.
O trabalho em que há a relação de teoria e prática é mencionado por vários autores.
Tornará realidade no momento que as entidades escolares oferecerem capacitação adequada
aos professores. Pois assim os professores terão conhecimento suficiente para melhorar o
ensino, mostrando aos alunos que várias situações cotidianas, podem ser trabalhados e
expostos como instrumento matemáticos, dando aos alunos a oportunidade de aplicar no seu
dia adia o que lhes foi apresentado em sala de aula e aperfeiçoando cada vez mais seu
conhecimento na área da matemática..
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES
1.1Formar e capacitar professores
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1.2 O bom professor
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1.3 Formação continuada
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CAPÍTULO 2 TEORIA E PRÁTICA
2.1 Teoria e Prática no ensino da matemática
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2.2 Aplicações da matemática no cotidiano
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2.3 Sugestões e experiências para relacionar a teoria com a prática no ensino
da matemática
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CAPÍTULO 3 QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES DE MATEMATICA
DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
3.1 Professor de matemática
34
3.2 Apoio e formação
36
3.3 Teoria e a Prática na matemática
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
45
ANEXOS
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INTRODUÇÃO
Com intuito de auxiliar na melhoria e na qualidade do ensino-aprendizagem, abordarei
fundamentado em alguns autores, a eficácia ao relacionar teoria e prática no ensino de
matemática, pois atualmente muito se tem discutido sobre o que é significativo para o aluno.
Desta maneira, relacionar a teoria com o cotidiano dos alunos (prática) de forma que a
matemática seja inserida no seu dia a dia facilitará com que os mesmos vejam a matemática
como um caminho para melhor compreender o mundo.
Para tornar o ensino algo estimulante e atrativo, o professor deverá refletir sobre sua
própria sua pratica pedagógica, transformando-se em um professor-pesquisador, pois, é
através da pesquisa que ele conseguirá unir a teoria e a prática no ensino da matemática
trazendo para dentro da sala de aula a Matemática Realista, isto é, aquela inserida no dia a dia
dos alunos.
Este trabalho monográfico está organizado em três capítulos para melhor compreensão
e assimilação do tema, cujo foco principal é a relação teoria e prática no ensino da
matemática.
O capitulo 1 “Formação de Professores”, baseado em alguns autores, dentre eles:
Ubiratan D’Ambrosio, Plínio Cavalcanti Moreira, Paulo Freire, Maria Isabel cunha, Francisco
Imbernón, Içami Tiba, descreve o professor como o responsável pelo sucesso ou fracasso de
seus alunos. É por esse motivo que devem receber formação específica para ser um bom
professor de matemática e um profissional prático-reflexivo, procurando sempre assimilar e
adaptar o conteúdo com a realidade local, relacionando teoria com a prática, algo
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fundamental no ensino aprendizagem..
Capítulo 2 “Teoria e Prática”, relacionar a teoria com a prática é um dos métodos
utilizado com fundamental importância na busca de um ensino de qualidade; O professor
perceberá maior aprendizado dos seus alunos no momento que transformar a teoria em
prática, ou seja, algo complexo e abstrato em concreto, mostrando que praticamente quase
tudo ao nosso redor pode e deve ser explorado como instrumento matemático. Estarei
incrementado este capítulo expondo experiências de professores de matemática que
conseguiram relacionar em suas aulas a teoria com a realidade vivida de seus alunos, obtendo
com esse método excelentes resultados.
Capítulo 3 “Questionário com Professores de Matemática do Ensino Fundamental e
Médio”, com finalidade de analisar, baseado nos capítulos anteriores, como está sendo a
prática pedagógica em sala de aula, se recebem apoio e formação suficiente para ministrar um
bom ensino. Dando maior ênfase a relação teoria e prática no ensino da matemática, expondo
suas opiniões sobre esse assunto e se estão relacionando a teoria com o cotidiano dos alunos,
quais foram às dificuldades encontradas ou se ainda tem dificuldades em fazer essa ligação
teoria e prática no decorrer de suas aulas de matemática.
Portanto, este trabalho monográfico tem como propósito, mostrar aos professores de
matemática a importância e a necessidade de relacionar teoria e prática em suas aulas,
explicitando alguns benefícios que esse método trará para o ensino-aprendizagem, como
maior assimilação e compreensão da teoria, para então aplicá-la e utilizá-la na prática,
também despertando o interesse e a participação dos alunos pelas aulas de matemática.
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CAPÍTULO 1 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Neste capítulo, baseado em alguns autores abordarei o professor como o responsável
pelo sucesso ou fracasso de seus alunos. É por esse motivo que devem receber formação
específica para ser um bom professor de matemática e um profissional prático-reflexivo,
procurando sempre assimilar e adaptar o conteúdo com a realidade local, relacionando teoria
com a prática.
1.1 Formar e Capacitar Professores
O professor é responsável pelo sucesso de seus alunos, por isso a educação deve
proporcionar a eles uma formação adequada, deixando de ser transmissores de conhecimentos
e tornando-se facilitadores, despertando e incentivando os alunos a participarem de forma
entusiasmada das aulas. Para tornar-se um bom professor, ter sua habilidade profissional
reconhecida e valorizada, Cunha (1989) relata que é fundamental gostar de ensinar, ter
domínio do conteúdo, gosto pelo estudo (pesquisa) e conhecimento pedagógico específico,
buscando sempre se aperfeiçoar e adaptar as mudanças e inovações do ensino. O professor
deve procurar com apoio da Secretaria da Educação uma formação contínua, possibilitando
seu desempenho e afinidade com sua disciplina. Para D’Ambrosio,
O conceito de formação do professor exige um repensar. É muito importante
que se entenda que é impossível pensar no professor como já formado.
Quando as autoridades pensam em melhorar a formação do professor, seria
muito importante um pensar novo em direção à educação permanente. Na
verdade, a idéia que sendo aceita como a mais adequada é uma formação
universitária básica de dois anos, seguida de retornos periódicos à
universidade durante toda a vida profissional. (D’AMBROSIO, 1996, p.97)
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Ubiratan (1996) deixa explícito sua preocupação e descontentamento quanto à falta de
formação continuada dos atuais professores de matemática, visando que a melhoria na
qualidade do ensino, só acontecerá a partir do momento que a educação perceber essa
necessidade, pois segundo D’Ambrosio “A formação de professores de matemática é,
portanto um dos grandes desafios pra o futuro”. (D’AMBROSIO, 1996, P.87). O professor e o
aluno devem se interagir de forma que ambos possam crescer socialmente e intelectualmente
no processo. O professor deve estar sempre em contato com outros profissionais de sua área,
trocando e adquirindo novas experiências. O autor Imbernón, também mostra como deverá ser
a formação do professor:
A formação do professor se fundamentará em estabelecer estratégias de
pensamento, de percepção, de estímulos; estará centrada na tomada de
decisões para processar, sistematizar e comunicar a informação. Desse
modo, assume importância a reflexão sobre a prática em contexto
determinado, estabelecendo um novo conceito de investigação, em que a
pesquisa qualitativa se sobrepõe à quantitativa. Finalmente insiste-se no
estudo da vida em sala de aula, no trabalho colaborativo como
desenvolvimento da instituição educativa e na socialização do professor.
(IMBERNÓN, 2001, p. 39)
Como já foi dito, além de uma formação, também é necessário capacitar os
professores que já atuam em sala de aula para que tenham êxito em sua prática docente.
Porém, será importante nessa formação saber a maneira como o professor elabora e planeja
suas aulas, se está utilizando métodos pedagógicos diversificados para expor o conteúdo,
relacionando teoria com a prática, ou seja, com a realidade e cultura de seus alunos. È o que
afirma Imbernón,
Um fato importante na capacitação profissional é a atitude do professor ao
planejar sua tarefa docente não apenas como técnico infalível, mas como
facilitador de aprendizagem, um prático reflexivo, capaz de provocar a
cooperação e participação.
Por isso, na formação do profissional da educação é importante centrar a
atenção em como os professores elaboram a informação pedagógica de que
dispõem e dados que observam nas situações da docência, e em como
elaboração ou processamento de informação se projeta sobre os planos de
ação da docência e em seu desenvolvimento prático. A formação do
professor se fundamentará em estabelecer estratégias de pensamento, de
percepção, de estímulos; estará centrada na tomada de decisão para
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processar, sistematizar e comunicar a informação. (IMBERNÓN, 2001, p.
38).
Assim, será possível tornar os professores, profissionais prático-reflexivos, repletos de
habilidades e conhecimentos, onde cada um saiba o que deve fazer para melhorar sua
metodologia, como deve fazer e especialmente para quem fazer, procurando assim assimilar e
adaptar o conteúdo com a realidade. Relacionar a teoria com a prática, segundo Ubiratan é um
dos meios disponíveis para se ter um ensino de qualidade. Para isso é necessário uma
formação específica para os professores de matemática, possibilitando que eles exponham
suas dificuldades e juntos com outros professores, buscarem novas maneiras e métodos de
ensinar matemática. Ter uma freqüente interação com a sociedade onde está situada a
instituição escolar, conhecer suas crenças, culturas, realidade social de seus alunos, é
fundamental para no decorrer de suas aulas conseguirem relacionar o conteúdo com realidade
vivida por seus alunos, despertando o interesse e o entusiasmo pela aula. Procurar maneiras
diferentes e criativas de expor um determinado assunto, favorecendo o diálogo e o
questionamento entre professor-aluno e aluno-aluno, visualizando através de perguntas
criativas os conhecimentos dos alunos é muito importante no processo ensino-aprendizagem.
Como afirma Libâneo:
A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos
anteriores estão efetivamente disponíveis e prontos para o conhecimento
novo. Aqui o empenho do professor está em estimular o raciocínio dos
alunos instiga-los a emitir opiniões sobre o que aprenderam fazê-los ligar os
conteúdos a coisas ou eventos do cotidiano. (LIBÂNEO, 1994, p.182).
Com isso, propicia-se ao aluno a oportunidade e a necessidade de buscar por si
próprio seus interesses, adquirindo sua experiência e formulando suas opiniões próprias,
mostrando uma contínua relação entre teoria e prática e facilitando o aprendizado. Assim o
professor terá condições de remodelar situações vividas e de maneiras explícitas usarem o
concreto para obter novos contextos, ou melhor, através do que o aluno já sabe explorar novas
experiências.
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1.2 O Bom Professor
Cunha (1989) nos mostra, com base em um questionário realizado com alunos de 2º
e 3º grau, que o bom professor não é aquele do tipo “bonzinho”, mas aquele que transmite o
gosto e prazer em ensinar matemática, responde as dúvidas, possui senso de humor e se
destaca como professor amigo, compreensivo, preocupado com eles tanto na sala de aula
como na vida em sociedade. A pesquisa revela revelam também as influências marcantes de
seus professores em sua atuação como professor, sendo positivas, despertaram interesses de
seguir o exemplo é o caso do professor amigo, dedicado, capaz de despertar o gosto e a paixão
de seus alunos pela matemática, e as negativas, aqueles professores que se achavam os donos
do mundo, sabem tudo, mas serviram como exemplos, a não serem seguidos.
É preciso convencer e conscientizar os professores, de forma geral, da suma
importância da formação continuada, pois é grande sua influência na aprendizagem e na
formação dos alunos. A partir do momento que estes assumem uma sala de aula, servem de
exemplos a serem seguidos, aumentando as responsabilidades com sua profissão.
Cunha (1989) constatou com base numa pesquisa com professores, que 70% dos
participantes atribuem sua prática docente à influência dos ex-professores, pessoas muito
lúcidas, cativantes e marcantes de forma positiva na vida profissional dos seus alunos. Foram
muito mais que professores, “foram mestres”.
Tiba (1998) nos mostra essa à diferença entre professor e mestre,
Professor é função consagrada em sala de aula de ser a fonte das informações e o
responsável pelo estabelecimento da ordem na classe.
Mestre é quem exerce essa função sem se valer da sua posição de autoridade.
Professores têm alunos; mestres, discípulos, que procuram quase imitá-los.
O professor é aquele que exerce sua função como um computador. O mestre é um
computador que tem alma.
Enquanto o professor acha que já sabe tudo o que é necessário, o mestre se considera
sempre um aprendiz.
O professor não se deixa questionar, não aceita sugestões e nem sempre acata
reclamações.
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O mestre é um caminho para o discípulo chegar à sabedoria. O verdadeiro mestre se
orgulha de ter sido um degrau na vida do apendiz que o superou e venceu na vida, de
ter colaborado para seu sucesso. (TIBA, 1998, p.62).
Tiba (1998) afirma ainda que o aluno formado por um mestre adquire conhecimentos
da disciplina e sente prazer de saber e de ensinar. Por isso os professores devem se preparar
para ser mestre, tendo a certeza que fará a diferença no ensino e na vida de seus alunos, e
encontrarão seu nome gravado na vida de seus alunos.
1.3 Formação Continuada
A revista Nova Escola (2008, nº210, p.43-45) mostra o êxito para o ensino com a
educação ou formação continuada dos professores, onde a troca de saberes favorece a
aprendizagem. Já abordamos a relevância e a importância da interação entre os professores,
onde todos se unem para transmitir e receber experiências um dos outros, procurando sanar as
dificuldades. Com a evolução da tecnologia, a educação também se aderiu à modernidade, os
professores atualmente se interagem e se ajudam pelo computador, através da internet com a
troca de e-mails. Já existem blogs, individuais para divulgar idéias e experiências
pedagógicas, intercâmbio com mais de 400 educadores cadastrados e sites voltados para
educação. É no dia-a-dia que as instituições educativas definem seus métodos e aplica de
maneira compreensível o conteúdo, como relatou Amanda Polato à revista nova escola (2007,
nº208, p.60-62), quando o professor estuda e se dedica em sua formação,com certeza os
alunos agradecem.
Vale ressaltar que essa formação não acontece uma só vez, como já afirma
D’Ambrosio (1986) ela deverá ser continuada, é o que destacou Fávero:
““... A formação do educador não se concretiza de uma só É um processo.
Não se produz apenas no interior de um grupo, nem se faz através de um
curso. É o resultado de condições históricas. Faz parte necessária e intrínseca
de uma realidade concreta determinada. Realidade esta que não pode ser
tomada como alguma coisa pronta, acabada ou que se repete
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indefinidamente. É uma realidade que se faz no cotidiano. É um processo,
como tal, precisa ser pensado. ((D`AMBROSIO, 1986, apud FÁVERO,
1981, P.19).
O ministro da Educação Fernando Haddad em uma entrevista a revista Nova Escola
(2008, nº216, p.32-36), afirma que dar aula não é simples e as universidades não estão dando
ênfase às práticas de sala de aula e ressalta a necessidade das mesmas se comprometerem na
formação dos professores independente se ser pública, federal ou municipal. Relata também a
grande importância do curso de Pedagogia adaptar em seu currículo a formação de
professores, preparando-os para a arte e o anseio de ensinar, pois se os alunos nas séries
iniciais forem bem preparados e ensinados não teriam tantas dificuldades no ensino médio e
superior.
Devido o curso de Pedagogia não está preparado para formar professor a Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior, organismo ligado ao Mec),
lançou no dia 15 de Outubro de 2008, o Sistema Nacional de Formação do Magistério, pois só
conseguirá em nosso país um ensino de qualidade se tivermos bons professores e procurar a
interação entre as entidades de ensino municipais e estaduais por meio de uma formação
continuada.
Atualmente um dos maiores desafios da educação é formar professores que consigam
relacionar a teoria com a prática. Thais Gurgel em sua reportagem a revista Nova Escola,
compara a formação de professores como um jogo de dominó, em que o jogo inicia com a
formação inicial, responsável pelo sucesso escolar do aluno, envolvendo, didáticas, teoria,
prática, escola e dando seqüência com a formação continuada.
Em tese, a formação continuada tem a função de proporcionar ao professor a
atualização com as mais recentes pesquisas sobre as didáticas das diversas
áreas, alem de reflexão sobre a prática. Isso pode se dar no trabalho
pedagógico realizado na própria escola e por meio de programas oferecidos
pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e
municipais de Educação. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, nº216, p..54).
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Como o próprio nome diz, tem que ser um trabalho contínuo com objetivo de levar aos
professores as atualizações recentes de ensino, pois estes precisam ter acesso às didáticas
atuais para então ter possibilidade de adaptá-las e inserí-las nos cotidiano. Algo de grande
importância é procurar aplicar essa formação de acordo com cada área disciplinar, ou seja,
organizar ambientes diferentes de formação, sendo separadas por disciplina, onde os
professores terão a oportunidade de expor suas dificuldades e juntos através de troca de
experiências criarem novas estratégias de ensino.
A Revista Nova Escola (2008, nº216, p.57) expõe o que será necessário fazer para se
ter boa formação continuada. De início será preciso conhecer a realidade local, para então
saber qual dos métodos será o mais viável, com formadores experientes que valoriza o
contexto profissional, como já havia relatado permitir que os professores de cada disciplina
tenham o mesmo dia disponível para se reunirem, prevendo estudo continuo para todos de
forma efetiva e possibilitando a formação novos programas externos, podendo com a
formação recebida ajudar a formar outros professores, tendo como foco o conhecimento
didático, sabendo sempre o “que” e o “como” ensinar.
A formação continuada é, no entanto, um dos caminhos mais eficazes no processo
aprendizagem, pois prepara o professor para a prática em sala de aula e ajuda-os a relacionar a
teoria com a prática.
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CAPÍTULO 2 - TEORIA E PRÁTICA
O professor perceberá maior aprendizado dos seus alunos no momento que
transformar a teoria em prática, ou seja, algo complexo e abstrato em concreto, mostrando que
praticamente quase tudo ao nosso redor pode e deve ser explorado como instrumento
matemático.
2.1 Teoria e Prática no Ensino da Matemática
Relacionar teoria com o a realidade dos alunos é um dos métodos proposto por vários
autores, visando com isso, o interesse e a participação de todos os alunos pela aula. Candau
(1988) conceitua teoria com o sentido de observar, refletir, contemplar e a prática tem sentido
de agir. Relacionar teoria e prática é um dos problemas mais solicitados nas formações de
professores, onde o vínculo entre teoria e prática como sendo o fundamento do conhecimento.
Veja o que diz D’Ambrosio,
O valor da teoria se revela no momento em que ela é transformada em
prática. No caso da educação, as teorias se justificam na medida em
que seu efeito se faça sentir na condução do dia-a-dia na sala de aula.
De outra maneira, a teoria não passará de tal, pois não poderá ser
legitimada na prática educativa. (D`AMBROSIO, 1986, p. 43).
A matemática, segundo D’Ambrosio (1986) é comparada com o falar, pois ela é uma
linguagem precisa e possibilita o homen se comunicar. Será possível ver mais adiante, a
matemática praticamente inserida em nossa vida e como somos dependentes dela. No
processo de unir a realidade à ação a escola tem seu papel fundamental. No estado atual, tá
muito pobre de conhecimento, afirmam que a matemática é universal, sendo a de rico e a
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pobre igual, esquecendo que a realidade é totalmente diferente. Mas para melhorar e facilitar
o ensino, é necessário à aplicação da matemática diferenciada, onde se trabalha o conteúdo de
acordo com a realidade e cultura dos alunos.
D’Ambrosio o criador da etnomatemática segundo Lívia Perozim a revista Carta na
escola (2007/2008, nº22, p.08) , mostra sua indignação quanto à falta da incrementarão da
etnomatemática no ensino da matemática, mostrando que a matemática não é simplesmente
aquela utilizada para medir, explicar e quantificar o universo, mas procurar valorizar o
conhecimento que o aluno já possua e tem no seu dia a dia e sua origem cultural.
Em uma entrevista a Revista Carta na Escola (2007/2008, nº22, p.08) o autor conta
que na década de 1960, durante o período militar e morava nos Estados Unidos e foi dar aula
de doutorado na África e foi conhecendo a cultura dos africanos. Percebeu que aquela
matemática ensinada não tinha nada em comum com a realidade cultural daquele povo e a
cada cidade por onde ele passava via uma matemática que não era aquela européia, ensinada
na academia e nas escolas.
Quando viajou pela América Latina, teve certeza que a
matemática aplicada, não é a única. Por exemplo, em uma comunidade indígena quase tudo
tem método matemático, como também aquelas pessoas que nunca tiveram a oportunidade de
estudar, fazem cálculo matemático invejável na contagem de suas terras, separação de
alimentos e outros. Ressaltando que a matemática pura, ensinada nas escolas surgiu da região
do Mediterrâneo pelos egípcios, babilônios, judeus, gregos. É importante, devida ser
dominada pelo homem, usadas nos concursos e vestibulares e como já expôs anteriormente,
não é única, existe a etnomatemática que possibilita ao aluno o conhecimento de sua cultura e
tradição, aprendendo algo útil, real e aproveitável em seu cotidiano, incentivando os aprender
matemática.
D’Ambrosio na entrevista considera um dos grandes erros cometido pela a educação é
achar que todos os alunos tenham de saber um mínimo preestabelecido dos conteúdos
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matemáticos, pois, o que é importante para um pode não ser para o outro. O ensino de
matemática é mais quantitativo (aritmética e álgebra), enquanto deveria ser mais qualitativo,
onde o aluno aprende a calcular, mas não sabe utilizar o resultado. Veja a resposta do autor à
repórter quando pergunta se decorar a tabuada não faz parte da aprendizagem, ”Não. Use a
máquina. Você lembra o número de telefone da sua mãe, não lembra? É um número útil, que
você utiliza sempre. Com a tabuada é a mesma coisa. Se ela tiver utilidade, será lembrada”.
(CARTA NA ESCOLA, 2007/2008, nº22, p.09).
Afirma ainda que a introdução da calculadora em sala de aula será a etnomatemática
da sociedade moderna e que etnomatemática não é só cultura com as dos índios e outros, mas
é o cotidiano e de maneira mais explícita a etnomatemática não é nada mais que relacionar a
teoria com a prática.
O real valor da teoria se identifica no momento que é transformada em prática,
podendo ser vista e utilizada de forma contributiva. Na educação as teorias recebem seu real
prestígio, quando o aluno consegue transpor-la para seu cotidiano. Cunha (1989) nos revela
que, “Saber teorias é importante, mas é preciso saber aplicá-las a nossa realidade e ainda criar
coisas novas de acordo com nossos interesses e recursos.” (CUNHA, 1989, p.128). Caso isso
não aconteça, será simplesmente teoria. D’Ambrosio (1996) mostra ainda, a pesquisa como
elo entre a teoria e a prática. O professor só alcançará sucesso em sua profissão se decidir e
tornar um professor pesquisador:
Sendo a pesquisa o elo entre teoria e prática, parte-se para a prática, e,
portanto se fará pesquisa, fundamentando-se em uma teoria que,
naturalmente, inclui princípios metodológicos que contemplam uma prática.
Mas um principio básico das teorias são resultados das práticas. Portanto, a
prática resultante da pesquisa modificará ou aprimorará a teoria de partida. E
assim modificada ou aprimorada essa teoria criará necessidade e dará
condições de mais pesquisa, com maiores detalhes e profundidade. O que
influenciará a teoria e a prática. Nenhuma teoria é final, assim como
nenhuma prática é definitiva, e não há teoria e prática desvinculadas. A
aceitação desses pressupostos conduz à dinâmica que caracteriza a geração e
a organização do conhecimento:...teoria-prática-teoria-prática-teoria...
(D’AMBROSIO, 1996, P.81)
21
Os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) do ensino fundamental destacam que
desde os primórdios as relações entre as teorias matemáticas obtiveram efetivos resultados de
conhecimentos. O conhecimento terá sua utilidade se for inserido e aplicado em situações
novas e trabalhando sua generalização. Com isso, expor as necessidades do dia a dia é um dos
métodos eficazes para os alunos desenvolverem suas capacidades e aplicarem a teoria na
prática, sendo o professor o responsável em estimular os alunos a buscarem uma nova forma
de aprendizagem. Um dos caminhos é trazer a história da matemática para a sala de aula,
A História da Matemática pode oferecer uma importante contribuição ao
processo de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar
a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao
estabelecer comparações entre condições entre os conceitos e processos
matemáticos do passado e do presente, o professor cria condições para que o
aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse
conhecimento. (PCN’s, 1998, p.42).
Com isso o aluno conhecerá algumas culturas antigas e compreenderá que o avanço
tecnológico e a modernidade atual são resultados das gerações passadas, onde apesar da
evolução, alguns povos preferem e utilizam as práticas antigas de calcular, como o ábaco.
Tiba (1998) também afirma que o conhecimento exposto só transformará em
aprendizado quando é utilizado na prática, transformando - o em sabedoria, pois o verdadeiro
saber está presente e incluído no cotidiano, pois terá facilidade e discernimento para
solucionar seus problemas. E conta ainda que um garoto de 11 anos entrou na sessão de
psicoterapia individual revoltado, xingando a professora e dizendo detestar Matemática.
Detestava também ficar procurando “x” de uma equação e não sabia porque aprender aquilo
se não usaria em sua vida.O Doutor concordou com ele e sugeriu mudar de assunto,
perguntando quando foi a última vez que tinha indo em Ubatuba. O garoto respondeu e em
seguida ele, de novo, perguntou o tempo que gastaram para chegar lá, saindo de São Paulo e o
garoto lhe interrogou: “Em que velocidade”? Então lhe mostrou que havia acabado de aplicar
aquela equação chata. Cabe ao professor aplicar teoria na prática mostrando que se o aluno
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não consegue aplicar a teoria no seu dia a dia ele desinteressa pela matéria. E Cunha (1989)
mostra um dos motivos de desinteresse dos alunos pode ser a separação entre a teoria e a
prática, “Na parte de ensino acho que o grande mal é a separação entre a teoria e a prática.”.
(CUNHA, 1989, p. 99).
Portanto, os professores de matemática do Ensino Fundamental e Médio terão de se
dedicar e preparar suas aulas voltadas para realidade local, pois D’Ambrosio deixa bem
explícito que não há teoria e pratica desligada e cabe a eles fazer essa ligação, pois teoria e
prática têm que caminhar juntas uma complementando a outra. E quando eles conseguir tornar
a matemática algo indispensável e essencial na vida de seus alunos, perceberá o quanto a
sociedade ganhará com isso. Eles irão conscientizar a comunidade do grande valor que a
matemática deverá ocupar em suas vidas e principalmente o quanto é útil e necessária.
2.2 Aplicações da Matemática no Cotidiano
D’Ambrosio (1996) afirma que praticamente quase tudo no nosso cotidiano pode ser
tratado e explorado como instrumento matemático. È o também que está relatando os PCN’s:
“A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o
conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua
interação constante com o contexto natural, social e cultural”. (PCN’s, 1998, p.24). A
matemática é uma ciência viva, presente não só no cotidiano, como também nas universidades
e centros de pesquisas, onde se percebe o seu real valor na produção de novos conhecimentos
e muita usada na solução de problemas científicos e tecnológicos. Com isso o professor de
matemática do Ensino Fundamental e Médio também poderá incrementar suas aulas levando
para sala objetos e coisas que a matemática está explícita, como por exemplo, uma
embalagem de salgadinho. (ver anexo, figura. 1).
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Podemos identificar a matemática, como mostra a figura 1 no peso líquido, validade do
produto, na tabela nutricional, CNPJ da fábrica, código de barra. Também pode-se expor
chocolates, balas, outras marcas de salgadinhos para que os alunos percebam que
independentemente de marca ou produtos, sua bela embalagem possui, a própria matemática.
Como é bom comprar um eletrodoméstico, mas antes disso, para não tomar prejuízos,
algumas pessoas costumam fazer pesquisa de preços. (Figura. 1. 1).
Para obter sucesso na compra, escolhe a mercadoria de preço acessível e melhor forma de
pagamentos. Através da Figura. 1.1, é visível a matemática fazendo parte desta realização, por
meio das formas de pagamento, onde o preço é dividido em varias parcelas ou desconto no
preço à vista, no potencial de cada produto. Isso também acontece em lojas, supermercados,
mercearias, postos de abastecimentos e muitos outros pontos comerciais.
Através de todos esses exemplos citados, percebemos o quanto a matemática é algo
benéfico e indispensável em nosso dia a dia. Imagina como seria um estabelecimento
comercial sem a existência da matemática. Como iríamos calcular os preços das mercadorias,
dar desconto, voltar troco e efetuar o valor total da compra, se todos não aprendessem e nem
gostasse da matemática? Às vezes é necessário que o professor dialogue com seus alunos
mostrando de maneira atrativa e carinhosa como aprender matemática. Será útil e valioso para
seu dia a dia e no seu futuro, pois como relata Cunha (1989), os alunos gostam e consideram
bom professor aquele que é amigo, prestativo e saiba de maneira clara expor o conteúdo e
demonstra sua afinidade e gosto pela disciplina ensinada.
Revistas e Jornais são exemplos bem práticos de aplicação de matemática, pois
entram em nossas casas, para nos atualizar com o que aconteceu e acontece no mundo,
É o caso da crise nos EUA, onde, no dia 8 de Outubro de 2008 a moeda Americana subiu
5,09% e atingiu maior taxa desde 2006, (Figura. 1. 2) notícias sobre o assunto, observa –se
que utilizaram a matemática para maior compreensão dos leitores, desde o título até a
24
conclusão da matéria. Nota-se a matemática também em reportagens, pesquisas e
levantamentos de dados (Figura. 1.2) onde utilizam os gráficos e tabelas para melhor ilustrar
pesquisa ou comparar dados.
Revistas de moda trazem e revelam que a matemática, como disse D’Ambrosio pode
ser vista e percebida em quase todas as coisas como, por exemplo, na criação do manequim
utilizam-se os moldes para saber qual o tamanho da roupa a ser confeccionada, utilizam
tabelas com todos os dados necessários para costurar a peça como, largura da cintura, dos
ombros, dos quadris, tamanho da barra e outros itens. Os preços das peças estão explícitos nas
páginas das revistas, comprovando sua real importância e eficácia ate no mundo da moda,
(Figura. 1.3).
Se formos observar realmente, praticamente tudo que nos rodeia envolve
matemática, como já citamos nas figuras, é algo fundamental em nossas vidas. E pode ser
encontrada com freqüência em qualquer lugar como em uma loja que vende brinquedos. Se
repararmos todos trazem em suas embalagem expressões matemáticas como preço, idade
aconselhável para manusear tal brinquedo, instruções de uso e embalagem bem colorida com
números bem focalizados. É que aparece em quebra – cabeças, por ser algo que desperta a
atenção das crianças. E ao mesmo tempo desenvolve a prática do raciocínio, ajudando a na
memorização.
Na Figura. 1.4(em anexo) se comprova a existência da matemática em brinquedos, E
no jogo de dardos (Figura1. 4 ) a matemática não faz parte só da embalagem, é um jogo
matemático, que vencerá o jogador que tiver feito mais pontos. Atualmente, assistir filme em
dvd está sendo um dos hobbs favoritos das crianças, adolescentes e jovens. Devido ao grande
índice de assistidores dessa modalidade de diversão, é possível verificar que até nos títulos de
filmes a matemática está inserida, não só no título como também no filme em geral.(
Figura.1.5).
25
Esses foram alguns de tantos exemplos existentes no nosso cotidiano, que como
afirmou D’Ambrosio pode ser visto e trabalhando como instrumento matemático. E devemos
através de aplica coes concretas, mostrar para os alunos a real serventia e a enorme
dependência que temos em si da matemática em nosso dia a dia.
Vimos através das figuras (em anexos) como o nosso cotidiano está repleto de
aplicações matemáticas. E na educação não é diferente, vemos a matemática aplicada em
várias disciplinas, tornando real a interdisciplinaridade proposto pelas entidades educacionais.
Na disciplina de Geografia (Figura. 1.6) a matemática tem forte contribuição, pois ajudam na
interpretação e visualização dos mapas, índices da população, os tipos de clima e vegetação
existente em cada região do nosso país e vários outros aspectos sociais e naturais, procurando
assim, trabalhar a interação entre as disciplinas, facilitando a compreensão dos alunos e
melhorando a qualidade do ensino.
A Figura. 1.6 mostra realmente, a matemática atuando na disciplina de Geografia,
onde exibe o Brasil em números.
Podemos identificar a presença constante da matemática em várias outras disciplinas,
como em História, para proporcionar ao aluno exatidão dos fatos, ou seja, em que período e
ano aconteceram tal fato. Por exemplo, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em Biologia,
mais na parte de genética e Língua Portuguesa, matemática aparece mais em Literatura,
indicando o século e ano que as obras literárias foram criadas e os estilos de época, (Figura.
1.7). Também é utilizada nas séries iniciais para formar palavras, em que cada número
representa uma sílaba e através da soma dos números forma-se uma palavra. É, através da
matemática, possível saber o número de sílaba de uma palavra e então classificá-la de em
monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba, favorecendo, na disciplina de Língua
Portuguesa, o entendimento do conceito de separar e classificar as silaba das palavras.
26
D’Ambrosio relata como é fundamental para o ensino da matemática, essa adaptação com as
situações reais.
Parece de fundamental importância e que representa o verdadeiro espírito da
Matemática é a capacidade de modelar situação real, codificá-las
adequadamente, de maneira a permitir a utilização das técnicas e resultados
conhecidos em um outro contexto, novo. Isto é, a transferência de aprendizado
resultante de certa situação para uma situação nova é um ponto crucial do que se
poderia chamar aprendizado da Matemática, e talvez o objetivo maior do seu
ensino. (D`AMBROSIO, 1986, p. 44).
Portanto, com base nas figuras (em anexo), é possível visualizar e perceber que
vivemos no meio da matemática, que ela faz parte de nosso cotidiano e que somos seus
dependentes. Esses foram alguns exemplos, da aplicação da matemática no nosso dia a dia
mostrando como esta acontecendo à interdisciplinaridade entre a matemática e as outras
disciplinas e possibilitando assim, uma ampla oportunidade de despertar nos alunos o gosto e
o desejo de aprender matemática. Com isso, os alunos passaram a ter interesse pelas aulas de
matemática, devido saber onde poderão utilizar tal aprendizado.
2.3 Sugestões e Experiências para relacionar a teoria com a prática no ensino da
matemática
Atualmente se nota nos jornais, revistas e televisão a preocupação com o ensino no
Brasil, visando como melhoria preparar e qualificar profissionais, como já mencionamos no
primeiro capítulo, para então conseguirem em suas aulas de matemática relacionar teoria com
a prática. Para dar ânimo aos professores, explorarei algumas experiências retiradas da revista
Nova Escola, de professores de matemática, que conseguiram superar esse obstáculo e
obtiveram excelentes resultados.
É o caso da professora Edilaine Nogueira de Guarulhos-SP (NOVA ESCOLA, 2008,
nº212, p.74)., ao ensinar para alunos do 4º ano do Colégio de Porthenon figuras planas e
não-planas expondo exemplos de cada uma delas, inclusive exemplos concretos como caixa
27
de bombom e para melhor diferenciar as figuras os próprios alunos confeccionam caixas de
papel, com isso percebem na realidade sua serventia da e ao mesmo tempo possibilitando aos
alunos estabelecer a relação entre o bi e tridimensional, fazendo-os identificar as
características de figuras geométricas e a nomenclatura própria da matemática como
quadrados, retângulos, trapézios. Vendo o entusiasmo dos alunos, dividiu a turma em grupos
e pediu que analisassem as próprias figuras e classificassem as figuras de acordo com haviam
ensinado e exposto anteriormente. A professora afirma como foi gratificante ver os alunos
empenhados e interessados pelo conteúdo, pois sabiam onde poderiam aplicar e encontrar as
figuras planas e não-planas, ( anexo, Figura.1.8).
Beatriz Vichesi e Adriana Toledo (NOVA ESCOLA, 2008, nº215, p.66) mostram
uma nova maneira de trabalhar o campo aditivo, com as turmas de 1º e 2º anos, através de
brechó que significa loja de objetos velhos e usados, onde serão expostos dinheiro,
brinquedos e outros objetos que estimulem a atenção e desejo dos alunos. Os alunos atuam
como vendedores e compradores e com isso estão praticando a soma e subtração e os
professores têm a oportunidade de observar e detectar as dificuldades e estratégias usadas
pelos os alunos. E assim, de forma extrovertidas reforçam e ampliam a noção de adição e
subtração, mostrando que a matemática está conectada no cotidiano e pode ser percebida até
nas pequenas coisas. (anexo Figura. 1.9).
Derorah Trevisan (NOVA ESCOLA, 2008, nº209, p. 59), também relata a revista
Nova Escola, como estimular e facilitar os alunos de 6º e 7º anos a aprender tabuada por meio
de jogos e brincadeiras. Aprendem com essa tática a memorizar a tabuada e entender e
compreender melhor a multiplicação. Para obter excelentes resultados nas aplicações de
jogos, os professores deverão expor de maneira bem eficaz as regras dos jogos antes mesmos
de iniciá-los. Antonio José Lopes Bigode, afirma: ”O jogo funciona como dispara dor de
processos cognitivos e é sempre uma motivação, já que os jovens adoram competir”. (NOVA
28
ESCOLA, 2008, nº209, p. 60, apud Bigode, 2008, p.60). Lembrando que atividades extras
como o jogo, devem ser inseridas e aplicadas sequencialmente como introdução ou
fechamento do conteúdo. O jogo também é uma forma de relacionar a teoria com a prática,
em que o aluno com a noção adquirida sob a multiplicação, nesse exemplo, conseguirá
aplicar, na prática, quer dizer, jogar e ter bom rendimento no jogo. (anexo Figura. 2).
Dando continuidade às experiências e dicas para se trabalhar a matemática no
cotidiano dos alunos, Thais Gurgel na Revista Nova Escola (2008, nº213, p. 75), vem mais
uma vez nos auxiliar como trabalhar grandezas e medidas com alunos do 1º ao 5º ano,
mostrando quais são elas e principalmente onde são usadas no nosso dia a dia, diferenciando
assim o peso, volume, área, comprimento, etc. Explorando em sala de aula alguns
instrumentos como a régua, fita métrica, recipientes dosadores e lá coloca os alunos para
realizarem algumas tarefas que ajudem a entender melhor a serventia dos mesmos como,
medir suas alturas, tamanho das mochilas, do quadro negro, utilizar água ou suco para ajudar
a ter noção do que vem a ser volume. Ela afirma que:
Medir é comparar grandezas da mesma natureza. No ensino desses
conteúdos há três objetivos principais. O primeiro é fazer com que as
crianças saibam o que será mensurado: o peso de objeto, a capacidade de um
recipiente, o comprimento de um espaço ou o tempo. O passo seguinte é
escolher o instrumento adequado a cada situação para, por ultimo, decidir
que unidade expressa o resultado. Para atingir essas metas, o processo de
aprendizagem fica mais completo quando o trabalho é iniciado com a
valorização e o uso de métodos não-usuais - na verdade, já utilizados pelas
crianças em situações cotidianas. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p.76).
Como foi relatado é importante iniciar com medidas e grandezas que os alunos já
conhecem para então, usar o método correto e mais eficiente. Por exemplo, desde a Educação
Infantil, os alunos conhecem o calendário e o relógio, sabem como é dividido e que se
organizam em minutos, horas, dias, meses etc. A cada ano, deve ir aprofundando nas medidas
e grandezas. Ensinar no 4ºano e 5ºano a fazerem as convenções necessárias, onde mil grama
equivalem a 1 quilograma e também explorarem os números racionais. Veja a tabela de
algumas conversões básicas utilizadas em nosso cotidiano,
29
TABELAS DE CONVERSÃO
Milímetro (mm)
Centímetro (cm)
Metro (m)
Quilômetro (km)
1 000
100
1
0,001
10 000
1 000
10
0,01
100 000
10 000
100
0,1
1000 000
100 000
1000
1
Para transformar
Em
Multiplicar por
Metros
Pés
3,281
Metros
Polegadas
39,37
Pés
Metros
0,3048
Pés
Polegadas
12
Polegadas
Metros
0,0254
Polegadas
Pés
0,0833
Veja também algumas derivadas do Sistema Internacional de Medidas (SI).
Grandezas
Unidade
Símbolo
área
Metro quadrado
m²
volume
Metro cúbico
m³
velocidade
Metro por segundo
m/s
aceleração
Metro
quadrado
por
segundo
ao
m/s²
30
Para melhor compreensão dos alunos, sobre medidas e grandezas, o professor poderá,
numa breve introdução, contar quem inventou tal medida e por que inventou. É o caso da
balança, que surgiu no Egito para determinar o peso dos metais preciosos. Quando o homem
deixou de ser nômade e adquiriu suas terras houve a necessidade de medir o tamanho delas
para fazer construções, com isso apareceu no Egito às primeiras grandezas, sendo elas com
base no tamanho de pés, palmos, polegadas e outras que foram adotados por gregos e
romanos. Mostrando as novas adaptações e revelando que o sentido e significado continuam o
mesmo daqueles primitivos.
A professora Gorete Rocha da Escola Estadual Victor Civita em Guarulhos SP, utiliza
o calendário para trabalhar com a turma da 1º serie, a contagem do tempo como o dia, meses e
anos. Depois de apresentar e expor calendário a turma a professora relatou (NOVA ESCOLA,
2008, nº213, p. 80) que o mesmo será utilizado para saber o dia do aniversario dos colegas,
compromissos da turma e entrega de tarefas e outras atividades. Fazendo-os entender o
calendário como forma de tabela. Na sala da professora Gorete o calendário é um objeto tão
necessário como o quadro-negro, carteiras, lápis e o caderno, onde todo o dia ela inicia a aula
com o calendário para os alunos saberem e aprenderem qual é o dia da semana e do mês. Ela
procura sempre aplicar atividades que envolva o uso do calendário e com isso os alunos
passam perceber sua utilidade, (anexo, Figura. 2.1).
A professora Vânia Harner de Almeida, do interior do Mato Grosso em uma
reportagem à revista Nova Escola junho de 2008, relatou o sucesso em seu projeto didático ao
relacionar conteúdos matemáticos à produção de leite, atividade típica na região. Os alunos
puderam colocar a teoria que aprenderam em sala de aula, em prática, ou seja, entenderam a
aplicabilidade de alguns conteúdos matemáticos, como operações básicas, estatística,
construção de gráficos, encontrar a média aritmética e a moda No ensino da matemática os
alunos anseiam em saber onde irá utilizar tal conteúdo, sua importância e outras indagações.
31
Para eliminar essas dúvidas, o professor terá que se transformar em um pesquisador e se
conscientizar sobre seu papel no ensino. Segundo Antonio José Lopes Bigode: “O papel do
professor é trazer para sala o que chamamos Matemática Realista, que tenha significado e
proximidade com os alunos”. (NOVA ESCOLA, 2008, nº213, p. 70, apud BIGODE, 2007).
(anexo, Figura.2.2)..
Vimos como é importante para o ensino-aprendizagem relacionar a teoria com a
prática, já que a mesma esteja presente e incluída no nosso cotidiano, como foi relatado
anteriormente e mostrado nas figuras em anexo. Relacionar a teoria com a prática é algo
fundamental na busca de melhorias na qualidade do ensino. É o que mostraram as
experiências de professores do Ensino Fundamental, onde obtiveram êxito em aplicar a teoria
na prática. Os professores do Ensino Fundamental conseguiram e estão conseguindo
relacionar o conteúdo com a realidade dos alunos, trazendo o concreto para a sala de aula,
mostrando sua serventia e resultados positivos na aprendizagem. Como deu certo no Ensino
Fundamental relacionar a teoria com a prática, por que não estender esse método também no
Ensino Médio?
Para alcançar mais esse degrau na educação, um dos meios é o professor de
matemática do Ensino Médio tornar-se um professor-pesquisador, pois segundo D’Ambrosio
(1996) a pesquisa é o elo entre a teoria e a prática, será através da pesquisa que eles irão se
preparar e superar as dificuldades existentes no ato de ensinar. Um dos auxílios disponíveis
são as fitas de vídeo do Multicurso de Matemática, em que indica como podemos relacionar e
aplicar alguns conteúdos na prática, ou seja, a realidade do aluno. Também existem várias
aplicações da matemática do Ensino Médio no dia a dia, como por exemplo, a Matemática
Financeira que trabalha com porcentagem e juros, e são um dos conteúdos mais utilizado no
cotidiano, pois está presente nos comércios, empresas e principalmente nos bancos. Estatística
para compreensão e visualização das reportagens dos jornais e revistas dentre vários outros
32
meios que está presente de forma contributiva. Progressão Aritmética e Geométrica são
utilizadas para saber a linha de produção de uma fábrica, o saneamento básico de uma região
e várias outras utilidades. As potencias também é usada pelos astrônomos para medir a
distância entre as estrelas e o jogo de xadrez usado para facilitar o entendimento das
coordenadas de um gráfico, conhecidas mais como “x” e “y”; A equação da reta “ax +by + c
= 0” é usada para garantir a comunicação da televisão e música através de satélite; sistema de
equação ax + b= o, pode ser utilizado no cotidiano e ajuda a entender as promoções e verificar
se realmente compensa ou se é propaganda enganosa. A torre de rádio é um exemplo de
aplicação da equação da circunferência; a equação da elipse serve no entendimento da
astronomia e o sol ocupa o foco de todas as elipses; a trigonometria é utilizada para medir
distância e hoje em dia está sendo útil na eletrônica, na medição de terrenos e prédios, nas
navegações, embarcações de avião, na agricultura e ate na astronomia.
No entanto, percebe-se que no Ensino Médio também e possível relacionar a teoria
com a prática basta os professores se conscientizarem de seu valioso papel na vida escolar de
seus alunos, e como diz Freire, “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
possibilidades para sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.47). Sua
tarefa como docente não é simplesmente transferir o que está nos livros didáticos, deixando os
alunos às vezes confusos e com dúvidas, mas possibilitar o questionamento e a compreensão
com exemplos práticos e concretos e apartir de então, deixar que os alunos com seus méritos e
habilidades chegarem a sua própria generalização e concretizem seus aprendizados.
Portanto a matemática do Ensino Fundamental e Médio, está completamente sendo
utilizada pelo homem no seu dia a dia para obter mais comodidade e sucesso na vida pessoal e
profissional. Cabe aos professores trazer essas adaptações fantásticas para a sala de aula, com
meio de estimular os alunos a aprenderem algo que será muito útil em sua vida. O professor
poderá através do conhecimento já adquirido trabalhar a teoria voltada para a prática, quer
33
dizer, expor a teoria por ser cobrada nos vestibulares e como são usadas nas áreas que seus
alunos escolheram para ser sua profissão futura. Lembrando sempre que saber relacionar
teoria com a prática é um dos itens necessários para ser considerado como mestre por seus
alunos.
34
CAPÍTULO 3 QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Neste capítulo analisarei baseado nos capítulos anteriores à prática pedagógica em sala
de aula, através de um questionário realizado com professores de matemática do ensino
fundamental e médio.
Os seis professores foram escolhidos de forma aleatória, sendo um dos professores da
cidade de Jussara-Go o qual chamaremos de (professor A) este é professor do ensino
fundamental e médio, de escola pública e privada. Dois professores da cidade de MatrinchãGo ( professor B e professor C), ambos são professores do ensino médio de escola pública e
três professores são da cidade de Montes Claros de Goiás,sendo o (professor D), professor do
ensino fundamental de escola privada,(professor E) é professor do ensino fundamental de
escola pública e o (professor F) de escola pública e privada , é professor do ensino
fundamental e médio.
Critério utilizada com objetivo de verificar se realmente está acontecendo na prática, o
que foram abordado e exposto anteriormente. (Questionários em anexos, p. 57-63)
3.1Professor de Matemática
Com base nas fundamentações teóricas dos capítulos anteriores, o professor é o grande
responsável pela aprendizagem e desenvolvimento escolar de seus alunos. Para isso é
necessária formação adequada e muita determinação para exercer bem a função de professor
de matemática. Cunha (1989) mostrou através de pesquisa e questionários, como os alunos
35
caracterizaram e escolheram os bons professores, entre vários aspectos destacou que: ”A
forma como o professor se relaciona com sua própria área de conhecimento é fundamental,
assim como sua percepção de ciência e de produção do conhecimento” (CUNHA, 1989, p.71).
Com base nesses pressupostos, realizei um questionário (anexo) com professores de
matemática do Ensino Fundamental e Médio, com intuito de verificar como estão suas
práticas pedagógicas dentro da sala de aula e se estão conseguindo relacionar a teoria com a
prática. Começando por uma questão importante, o motivo que os levaram a serem
professores de matemática, veja algumas respostas:
Vou resumir a história. Vamos dizer que foi o “destino”, pois minha paixão, antes de
conhecer a Matemática, era Biologia; então, por não haver este curso próximo da
minha casa, decidi ingressar no curso de Matemática, na esperança de surgir,
rapidamente, o curso que eu queria para me transferir para ele. Porém, deparei-me
com o fantástico mundo das exatas, do concreto, sem erros; a Matemática foi para
mim como uma luva personalizada, até parece que eu já sabia Matemática antes de
fazer o curso; tudo era muito fácil e fascinante, cada desafio, cada problemas, cada
vitória, cada solução encontrada. Posso dizer que Deus colocou a Matemática na
minha frente e ela se tornou minha nova paixão. Hoje, eu transpiro Matemática,
acredito que se abrirem minha cabeça encontrarão números dentro dela. Concluindo,
o que me levou a ser professor de Matemática foi o amor de Deus na minha vida.
(PROFESSOR A, 2008, p. 57)
Veja o que respondeu o professor F quanto ao motivo que o levou a ser professor de
matemática:
Por gostar da área das exatas e por ver a necessidade em contribuir para o
aprendizado dos alunos de maneira efetiva na disciplina de matemática,
relacionando teoria e prática nas aulas e consequentemente a relação entre elas.
(PROFESSOR F, 2008, p. 63)
O professor E também relatou o que o influenciou a ser professor de matemática: “Por
gostar da matéria decide prestar vestibular para matemática. Logo após me formar fui
chamada para trabalhar e atuar em sala de aula. E o mercado de serviço é bom”.
(PROFESSOR E, 2008, p. 62)
D’Ambrosio (1996) afirma que ensinar é um ato de amor, onde o professor transmite o
que sabe não em troca do salário, mas pelo simples fato de contribuir na aquisição de
conhecimento de seus alunos, ensinando algo que jamais alguém poderá tirá-los que é o
conhecimento.
Para ser um bom professor é necessário ter afinidade com a disciplina,
36
domínio do conteúdo, procurar sempre se atualizar e gostar do que ensino no caso à
matemática. É o mesmo que Carvalho afirma:
É importante que nós, professores, nos atualizemos para que tenhamos
condições de interpretar a nossa prática, fazer opções corretas sobre quais as
atividades dar e porque, criando situações positivas para o momento que se
apresenta. (CARVALHO, 1993, p. 42).
Como professor, será importante gostar de crianças e adolescentes, procurar interagir
no mundo deles e gostar da profissão que exerce, pois ninguém consegue cativar alguém a
gostar de algo se ele mesmo não gosta. Os alunos percebem quando um professor domina ou
não o disciplina. Será um bom professor aquele que domina o conteúdo e gosta realmente do
que faz, nesse caso, ensinar.
3.2Apoio e Formação
D’Ambrosio (1996) ensiste em afirmar que os professores de matemática só terão
êxito e sucesso na vida profissional se receberem apoio e formação por parte das
coordenações e direções das entidades e instituições escolares, consolidando a ânsia de um
ensino de qualidade e melhorias no processo educacional.
No questionário citado, alguns professores afirmaram que receberam apoio e formação
e outros que não receberam nenhum tipo de apoio, veja:
Apoio é o que mais tenho, por “todos” que estão próximos de mim, “todos’ os
colegas professores, minhas coordenadoras e meus (minhas) diretores (as); Talvez
queira saber por que coloquei todos entre aspas”? Simplesmente, porque existem
algumas pouquíssimas pessoas que não aceitam meu sucesso na Educação (inveja),
mas isso faz parte de toda profissão e o que eles acham não me interessa. Quanto à
formação, posso dizer que sempre estou fazendo cursos para aprender mais um
pouco, além de sempre estar lendo algum livro relacionado à minha formação de
professor. (PROFESSOR A, 2008, p. 57)
Veja o que respondeu o professor F, quanto ao recebimento de apoio e formação em
sua profissão de educador: “Não necessariamente, pois busquei depois da graduação uma
especialização de ensino de matemática que aprofunda um pouco mais no ensino e suas
37
metodologias, mas não foi um apoio recebido das escolas que trabalho”. (PROFESSOR F,
2008, p. 63)
O professor B afirma: “Sim, atualmente o governo estadual passou a investir na
qualificação dos professores e foi com este programa que mim formei em matemática”.
(PROFESSOR B, 2008, p. 59)
Percebe-se com a resposta de alguns professores, que o desejo dos autores relatado no
primeiro capítulos já pode ser visto e percebidos na prática como é o caso da formação e
capacitação dos professores, mostrando com isso, que as mudanças e adaptações precisas na
educação já estão sendo utilizadas e aplicadas dentro das salas de aulas. Tiba confirma a
importância das entidades escolares capacitarem seus professores:
As escolas de ponta estão investindo muitíssimo no novo paradigma que é
capacitar o professor a exercer o papel de orientador: ajudar o aluno a
buscar, compreender, assimilar e integrar a informação para transformá-la
em conhecimento. Daí favorecem o exercício do conhecimento pela prática,
de modo que o aluno adquira sabedoria sobre o assunto.Acredite: a aquisição
da sabedoria é possível. (TIBA, 1998, p.25).
Portanto, para ser um bom professor e conseguir relacionar a teoria com o cotidiano do
aluno, será preciso muita determinação e disponibilidade por parte do professor e mas do que
isso, é fundamental o apoio da direção e coordenação da entidade como também oferecer
continuamente formação apropriada para cada área, crescendo juntos no processo
educacional.
3. 3Teoria e Prática na Matemática
Relacionar teoria com a prática é um dos métodos proposto por vários autores já
citados nos capítulos anteriores, como meio de obter melhorias na educação e despertar o
interesse e a participação dos alunos durante e perante as aulas de matemática. D’ Ambrosio
nos destaca a denominação da prática de ensino da matemática onde,
38
A prática de ensino em geral é uma ação pedagógica que visa o
aprimoramento, mediante uma multiplicidade de enfoques, da ação
educativa exercida no sistema educacional de maneira mais direta e
característica, qual seja a forma por excelência dessa ação, isto é, o trabalho
na sala de aula. (D’AMBROSIO, 1986, P.37).
Uma maneira de analisarmos a ação pedagógica será buscar o aprimoramento e
aperfeiçoamento adequado do trabalho na sala de aula, relacionando a teoria com a prática, ou
seja, da teoria para a ação, que D’Ambrosio conceitua ação como, “o mecanismo próprio de
nossa espécie para modificar a realidade no seu sentido mais amplo, seja realidade social e
material, na qual estamos inequivocamente inseridos,” (D’ AMBROSIO, 1986.p.38). A ação
é a modificação do real. Com esse propósito utilizei uma citação de D’Ambrosio para que os
professores que respondessem o questionário pudessem analisar sua própria ação pedagógica.
A citação era a seguinte: “O grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai
servir para o amanhã”. (D’ AMBROSIO, 1996, P. 80). Interroguei – os se, como professor de
matemática, têm buscado esta prática nas suas aulas. Eis algumas respostas:
Começando com a resposta do professor B: “Sim. Introduzindo matérias com juros,
porcentagens, cálculo de volume, massa, gráficos de variações de preços e outros”.
(PROFESSOR B, 2008, p. 59)
O professor A afirma:
A teoria e a prática devem estar interligadas e, esta relação, muitas vezes não é o
objetivo do professor de matemática, talvez por falta de conhecimento, ou por
preguiça de procurar uma utilidade significativa para os alunos. Sempre tento
relacionar a teoria com a prática, mas devido ao pouco estudo dos alunos, nem
sempre conseguem entender. Procuro contar alguma história relacionada ao
conteúdo, a sua origem, para que entendam o contexto em que tal conteúdo foi
utilizado, mas para alguns alunos parece tão distante; porém, não desisto de ensinar,
pois existem muitos alunos que se esforçam para entender. Tendo ensinar um
conteúdo e dar significado real para os alunos, porém a prática fora da sala de aula,
por motivos particulares da escola, é inviável; logo, a prática é toda feita em sala de
aula. Existem alguns conteúdos que os alunos se interessam mais, por exemplo,
matemática financeira, é um conteúdo que o aluno aprende e que, futuramente, vai
utilizar, e nesses conteúdos dou mais ênfase. (PROFRSSOR A, 2008, p.57-58)
A resposta do professor D foi: “Sim apesar de não ser fácil, porque, ainda existem
vários obstáculos, como por exemplos usar ou não a calculadora, em sala de aula, e ela é algo
39
que deveríamos colocar em prática hoje por que irar servir para o amanhã, desde que fique
claro que deve usá-la de forma adequada”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61)
E para melhor compreensão desse assunto, veja o que respondeu o professor C: “Acho
que tenho tentado inovar minhas aulas e sou otimista quanto a essa forma de contextualização,
pois só dessa maneira que nossos alunos poderão sentir o significado da matemática no
cotidiano”. (PROFESSOR C, 2008, p. 60)
Os Professores de matemática, como constatam suas respostas, já estão se adaptando
ao método proposto no segundo capítulo relacionando a teoria com a prática dos alunos.
Todos acham benéfico essa relação, pois somente dessa maneira, conseguirão êxito e sucesso
na aprendizagem, favorecendo a expansão do conhecimento, transparecendo o conhecimento
e percebendo a importância da teoria para o uso de mecanismo no funcionamento da prática,
na realidade de cada aluno, tendo como concreto que uma coisa depende da outra, quer dizer,
a teoria depende da prática e a prática da teoria e juntas proporcionam um ensino de
qualidade.
Dando continuidade a exposição do questionário, eis a pergunta: Você acha benéfico
relacionar teoria e prática?Por quê?
Veja a resposta do professor A:
Concordo plenamente, pois se aprendemos algo que podemos colocar em prática
teremos uma real aprendizagem, e esta aprendizagem é prazerosa para o aluno, e
acaba por beneficiá-lo em algum momento de sua vida; por exemplo, a matemática
financeira pode ensiná-lo a escolher uma opção mais favorável na compra de algum
objeto, portanto, vai beneficiá-lo. (PROFESSOR A, 2008, p. 58)
O professor D respondeu: “Sim porque a pratica, nunca estará perfeita assim como a
sociedade vai mudando, a tecnologia muda; devemos estar sempre buscando na teoria novos
métodos, e tentar colocá-los em pratica, e assim sucessivas vezes”. (PROFESSOR D, 2008, p.
61)
40
Os professores percebem a importância em relacionar a teoria com a prática, é o que
relatou o professor F: “Essa relação entre teoria e prática é muito importante para o
conhecimento do aluno, para desmistificar a matemática de maneira a fazer com que o aluno
perceba a importância da teoria para o uso de mecanismo no funcionamento da prática no
cotidiano de cada um”. (PROFESSOR F, 2008, p. 63)
E apartir do momento que se aprende algo e coloca na prática, obtém se real
aprendizagem e isso é prazeroso para o aluno e juntos proporcionam um ensino de qualidade.
Tiba reafirma essa idéia,
O professor lucrará muito quando conseguir fazer o mesmo: unir a matéria à
vida prática. E os alunos também! Muitos jovens têm conhecimentos, mas
não são sábios porque não os exercitam. Talento apenas não é suficiente,
como não bastam os conhecimentos interiorizados. São como pérolas dentro
de ostras. É preciso saber comunica-los, colocá-los em prática para o
usufruto das pessoas. (TIBA, 1998, p.105).
Tiba mostra a eficácia de unir o conteúdo escolar com a vida prática do aluno, não
bastando ter apenas conhecimento, é preciso aplicá-lo na prática para transformá-lo em
aprendizado. Como foram relatados os professores consideram benéfico relacionar a teoria
com a prática. Mas será que estão conseguindo essa relação em suas salas de aula?
Vejamos algumas respostas:
“Sim, por que estou sempre buscando, e refletindo sobre minhas aulas, para ver
qual a melhor forma de ensinar, e assim tentando colocar em pratica novamente”.
(PROFESSOR D, 2008, p. 61)
“Nem sempre isso é possível, pois em alguns conteúdos não existe uma relação
concreta para apresentar”. (PROFESSOR F, 2008, p. 63)
“Sim, ministrando aulas que faz com que os alunos vivenciam em seu dia a dia”.
(PROFESSOR B, 2008, p. 59)
“Nem sempre, por falta até mesmo de material, mas sempre busco estar fazendo esta
relação entre teoria e prática”. (PROFESSOR E, 2008, p. 62)
41
A mudança tanta almejada no ensino da matemática já pode ser notado na prática, os
professores estão dando ênfase e valor a essa necessidade, tentando fazer a conexão entre a
teoria e a prática e os alunos usufrutuando de um ensino de qualidade e efetivo no seu dia a
dia.
E uma das maiores dificuldades encontradas pelos professores de matemática no processo
educativo, é relacionar a teoria com a prática, ou seja, com a realidade vivida pelos seus
alunos. Os professores que contribuíram para realização deste trabalho, respondendo ao
questionário, explicitaram quais foram às dificuldades encontradas ao tentar relacionar a
teoria com a prática de seus alunos. Vejam quais foram elas:
“Sim, perceber que para melhorá-las, era preciso pesquisar, ou seja, ter uma teoria,
para ajudar a mudar minha pratica”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61)
O professor A respondeu:
A maior dificuldade não é relacionar teoria e prática, isso é fácil. A maior
dificuldade que encontro está na falta de tempo, pois para o professor ganhar um
pouco mais ele deve lecionar o dia todo, não sobrando tempo para o mais
importante, a pesquisa, sem ela não há como relacionar teoria e prática. Pois, é na
pesquisa que encontramos a utilidade dos conteúdos que ensinamos. (PROFESSOR
A, 2008, p, 58)
“Muita, mas hoje em dia isso tem sido mais fácil, uma vez que contamos com mais
apoio tecnológico (jogos, laboratórios, textos e etc.)”. (PROFESSOR C, 2008, p. 60)
Veja a resposta do professor F:
Sim, é necessário que o sistema educacional mude em alguns aspectos e um deles é
o ensino dos conteúdos de maneiras diferentes na graduação e isso não acontece nas
faculdades. Quando entrei na faculdade criei expectativas quanto à metodologia de
conteúdos que até então não conseguia fazer a relação teoria e prática, nas minhas
expectativas não foram correspondidas, pois não é trabalhado assim, infelizmente.
(PROFESSOR F, 2008, p. 63)
No entanto, pode se perceber com base nos questionários analisados, que as inovações
e adaptações almejadas pelos autores, já deixaram de ser simplesmente teorias e estão sendo
aos poucos transformadas em algo concreto. Os professores com apoio dos seus superiores
estão conseguindo relacionar o conteúdo com a prática e estão visualizando no real como os
42
alunos participam mais das aulas que envolvem sua realidade, podendo obter assim uma
verdadeira aprendizagem. Pois a teoria só tornará útil apartir do momento que será notada e
utilizada na realidade.
43
CONCLUSÃO
A finalidade desde trabalho monográfico é suscitar nos professores de matemática o
desejo de inovação nas práticas pedagógicas, conscientizando de sua suma importância na
vida escolar de seus alunos, e que relacionar a teoria com a prática está sendo atualmente uma
das solicitações precisas e mais exigidas pelas escolas.
Devido alguns professores demonstrarem ter dificuldade em relacionar a teoria com a
prática ou vice-versa, nas aulas de matemática, senti a necessidade de elaborar um trabalho
voltado para essas exigências que identificassem a importâncias de assimilar a teoria, embora
sendo algo às vezes abstrato, com a prática, ou seja, com o concreto, real.
Para aprofundar meus conhecimentos, busquei apoio nas fundamentações teóricas,
identificando como um dos maiores empecilhos enfrentados pelos professores em relacionar
teoria e prática à falta de formação específica, isso porque os cursos ressaltam a importância e
a necessidade no ensino em fazer essa relação, mas esquecem de ensiná-los o mais
importante, que é como deve fazer essa ligação, ou como aplicar na pratica todos os
conhecimentos e habilidades expostos e trabalhados durante o curso. Então, fica a cargo das
escolas proporcionarem aos seus professores já formados uma formação continuada, para
assim ter a oportunidade de oferecer aos alunos um ensino de qualidade.
Também despertar e incentivá-los ao hábito da pesquisa, pois será através da pesquisa
que conseguiram relacionar a teoria com a prática. A pesquisa é a ligação entre a teoriaprática e mostrando no cotidiano a matemática inserida e utilizada praticamente em tudo. E
como contribuem na interdisciplinaridade das escolas, pois se formos observar claramente, a
matemática está presente e sendo usada em várias disciplinas como meio de facilitar o ensino,
44
como por exemplo, em Geografia para maior interpretação e visualização dos gráficos e
tabelas, em Biologia é mais utilizada na parte da genética e assim pode ser vista em várias
outras disciplinas.
Relacionar a teoria com o cotidiano dos alunos é praticamente dar a eles a chance de
um maior aprendizado, pois só interessamos e aprendemos aquilo que tem utilidade e
serventia em nosso dia a dia, e com os alunos do Ensino Fundamental e Médio de matemática
acontece o mesmo, eles anseiam em saber onde iram aplicar tal conteúdo exposto e se não
encontram resposta e nem fundamentos concreto da utilidade da matéria explicita,
desinteressam pela disciplina.
O questionário com professores de matemática do ensino fundamental e médio, revela
que as inovações e adaptações ressaltadas pelos autores já estam sendo algo concreto. A
maioria dos professores estão recebendo formação adequada e superando suas dificuldades
em relacionar a teoria com a prática.Assim os alunos participam
mais das aulas, pois
aprendem a aplicabilidade da teoria e obtendo com isso conhecimento e aprendizagem.
Portanto, relacionar a teoria com a prática na matemática do Ensino Fundamento e
Médio, será algo de grande valia, dando ao aluno a oportunidade de visualizar a matemática
como algo indispensável em sua vida, pois perceberá na realidade que praticamente quase
tudo pode ser considerado e trabalhado como instrumento matemático. E vale destacar que
trabalhar e conciliar nas aulas de matemática teoria e prática, ou prática e teoria é a chave para
uma verdadeira aprendizagem.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma Nova Didática. Editoras Vozes. Petrópolis - RJ, 1988.
CARVALHO, Maria de Lourdes. Construtivismo Fundamentos e Práticas. Editora: Lisa S.A.
São Paulo – SP, 1993.
CASSI, Patrícia. Troca de saberes. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº210, p.43-45, Março,
2008.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1989.
D’ AMBROSIO, Ubiratan. Educação matemática: Da teoria à prática. Campinas, SP:
Papirus, 1996.
—. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática.
São Paulo: Sammus; Campinas: Ed. Universidade Estadual de Campinas, 1986.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
GURGEL, Thais. Grandezas e Medidas. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 7579, Junho/Julho.
—. A origem do sucesso (e do fracasso escolar). Nova escola, São Paulo, ano XXIII, nº216,
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IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para mudanças e a
incerteza. São Paulo: Cortez, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo – SP, 1994.
MARANGON, Cristiane. Espaço para se aperfeiçoar. Nova Escola, São Paulo, ano XXII, nº207,
p. 70-74, Novembro, 2007.
MOREIRA, Plínio Cavalcanti. A formação matemática do professor: licenciatura e
prática docente escolar. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
MOÇO, Anderson. Contas do cotidiano. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 68-71,
Junho/Julho, 2008.
46
PAULINA, Iracy. Planas e não-planas. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº212, p. 74-80,
Maio, 2008.
—. Um dia após o outro. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 80-81, Junho/Julho, 2008.
PCN´s. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Terceiro e Quarto Ciclos do
Ensino Fundamental. Brasília – DF, 1998.
PELLEGRINI, Denise e GROSSI, Gabriel. A formação docente é prioridade para o ministério.
Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº216, p.32- 36, Outubro, 2008.
PEROZINI, Lívia. Acerto de contas. Carta na Escola, São Paulo, nº22, p. 8- 10, Dezembro /
Janeiro, 2007/2008.
POLATO, Amanda. O professor estuda, o aluno agradece. Nova Escola, ano XXII, nº208, p.
60- 62, Dezembro, 2007.
TREVISAN, Deborah. A tabuada na cabeça. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº209, p. 5961, Janeiro/Fevereiro, 2008.
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: como superar os desafios do relacionamento
professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo: Editora Gente, 1998.
VICHESSI, Beatriz. Vamos às compras. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº215, p. 66-68,
Setembro, 2008.
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ANEXO
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Figura. 1
Figura. 1.1
49
Figura. 1.2
Figura. 1.3
50
Figura. 1.4
Figura. 1.5
51
Figura. 1.6
Figura. 1.7
52
Figura. 1.8
53
Figura. 1.9
54
Figura. 2.
55
Figura. 2.1
56
Figura. 2.2
57
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: A
QUESTIONÁRIO
1- O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Vou resumir a história. Vamos dizer que foi o “destino”, pois minha paixão, antes de conhecer a
Matemática, era Biologia; então, por não haver este curso próximo da minha casa, decidi ingressar no curso de
Matemática, na esperança de surgir, rapidamente, o curso que eu queria para me transferir para ele. Porém,
deparei-me com o fantástico mundo das exatas, do concreto, sem erros; a Matemática foi, para mim como uma
luva personalizada, até parece que eu já sabia Matemática antes de fazer o curso; tudo era muito fácil e
fascinante, cada desafio, cada problemas, cada vitória, cada solução encontrada. Posso dizer que Deus colocou a
Matemática na minha frente e ela se tornou minha nova paixão. Hoje, eu transpiro Matemática, acredito que se
abrirem minha cabeça encontrarão números dentro dela. Concluindo, o que me levou a ser professor de
Matemática foi o amor de Deus na minha vida.
2- Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Apoio é o que mais tenho, por “todos” que estão próximos de mim, “todos’ os colegas professores,
minhas coordenadoras e meus (minhas) diretores (as); Talvez queira saber por que coloquei “todos” entre aspas?
Simplesmente, porque existem algumas pouquíssimas pessoas que não aceitam meu sucesso na Educação
(inveja), mas isso faz parte de toda profissão e o que eles acham não me interessa. Quanto a formação, posso
dizer que sempre estou fazendo cursos para aprender mais um pouco, além de sempre estar lendo algum livro
relacionado a minha formação de professor.
3- Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir
para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas
aulas? Explique.
A teoria e a prática devem estar interligadas e, esta relação, muitas vezes não é o objetivo do professor
de matemática, talvez por falta de conhecimento, ou por preguiça de procurar uma utilidade significativa para os
alunos. Sempre tento relacionar a teoria com a prática, mas devido ao pouco estudo dos alunos, nem sempre
conseguem entender. Procuro contar alguma história relacionada ao conteúdo, a sua origem, para que entendam
o contexto em que tal conteúdo foi utilizado, mas para alguns alunos parece tão distante; porém, não desisto de
ensinar, pois existem muitos alunos que se esforçam para entender. Tendo ensinar um conteúdo e dar significado
real para os alunos, porém a prática fora da sala de aula, por motivos particulares da escola, é inviável; logo, a
prática é toda feita em sala de aula. Existem alguns conteúdos que os alunos se interessam mais, por exemplo,
58
matemática financeira, é um conteúdo que o aluno aprende e que, futuramente, vai utilizar, e nesses
conteúdos dou mais ênfase.
4- Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Concordo plenamente, pois se aprendemos algo que podemos colocar em prática
teremos uma real aprendizagem, e esta aprendizagem é prazerosa para o aluno, e acaba por
beneficiá-lo em algum momento de sua vida; por exemplo, a matemática financeira pode
ensiná-lo a escolher uma opção mais favorável na compra de algum objeto, portanto, vai
beneficiá-lo.
5- Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e
prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Como já havia dito, nas turmas que leciono a prática ocorre dentro da sala de aula,
numa dinâmica, em alguma atividade, na construção de algum equipamento etc.
6- Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
A maior dificuldade não é relacionar tória e prática, isso é fácil. A maior dificuldade
que encontro está na falta de tempo, pois para o professor ganhar um pouco mais ele deve
lecionar o dia todo, não sobrando tempo para o mais importante, a pesquisa, sem ela não há
como relacionar teoria e prática. Pois, é na pesquisa que encontramos a utilidade dos
conteúdos que ensinamos.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: B
QUESTIONÁRIO
1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Por que desde criança eu gostava de matemática, e sempre tive facilidade em fazer calculo.
2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Sim, atualmente o Governo Estadual, passou a investir na qualificação dos professores e foi
com este programa que mim formei em matemática.
3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir
para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas
aulas? Explique.
Sim, introduzindo matérias como juros, porcentagens, cálculos de volume, massa, gráficos de
variações de preços e outros.
4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Sim, porque tudo que você estuda em matemática deve ser relacionado com a prática, pois somente
assim você conseguira êxito na aprendizagem do aluno.
5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e
prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Sim, ministrando aulas que faça com que os alunos vivenciam há seu dia a dia.
6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
Não.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: C
QUESTIONÁRIO
1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Acredito que é pelo fato da matemática ser uma das melhores disciplinas de se estudar.
2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Acredito que ainda falta muito algo para se atingir nossos objetivos, mas percebo que ao longo dos
anos o ensino dessa disciplina vem mudando para melhor.
3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir
para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas
aulas? Explique.
Acho que tenho tentado inovar minhas aulas e sou otimista quanto a essa forma de contextualização,
pois só dessa maneira que nossos alunos poderão sentir o significado da matemática no cotidiano.
4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Claro que deve haver a relação teoria/prática, pois é fundamental para dar significado ao aprendizado.
5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e
prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Na maioria dos conteúdos é possível fazer a contextualização.
6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
Muita, mas hoje em dia isso tem sido mais fácil, uma vez que contamos com mais apoio tecnológico
(jogos, textos, etc.).
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: D
QUESTIONÁRIO
1- O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Primeiramente por que era a matéria em que mais tinha facilidade, e que gostava também,
mesmo com tantas dificuldades que existem na educação; e muito bom podermos
transmitir conhecimento, podemos ensinar algo para alguém.
2-Como professor (a) tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Apoio não, mas formação adequada sim.
3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir
para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas
aulas? Explique. Sim apesar de não ser fácil, porque, ainda existem vários obstáculos, como
por exemplos usar ou não a calculadora, em sala de aula, e ela é algo que deveríamos colocar
em prática hoje por que irar servir para o amanhã, desde que fique claro que devemos usá-la
de forma adequada
4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Sim porque a pratica, nunca estará, perfeita assim como a sociedade vai mudando, a
tecnologia muda; devemos estar sempre buscando na teoria novos métodos, e tentar colocálos em pratica, e assim sucessivas vezes
5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e
prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Sim, por que estou sempre buscando, e refletindo sobre minhas aulas, para ver qual a melhor forma de
ensinar, e assim tentando colocar em pratica novamente
6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
Sim, perceber que para melhorá-las, era preciso pesquisar, ou seja, ter uma teoria, para ajudar
a mudar minha prática.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: E
QUESTIONÁRIO
1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Por gostar da matéria, decide prestar vestibular para matemática. Logo após me formar fui chamada
para trabalhar e atuar em sala de aula. E o mercado de serviço é bom.
2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Não muito, pois os apoios e materiais são muito fracos. Precisa melhora muito
3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir
para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas
aulas? Explique.
Sim, por ter conhecimento de Ubiratan, tenho buscado estar passando para os alunos sempre uma aula
renovada.
4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Sim, pois uma depende muita da outra.
5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e
prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Nem sempre, por falta até mesmo de material. Mas sempre busco estar fazendo esta relação entre teoria e prática.
6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
Sim, na prática os alunos têm que estar sempre com materiais concretos para associar bem como
funciona a teoria na prática.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: MONOGRAFIA
DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA
ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA
PROFESSOR: F
QUESTIONÁRIO
1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática?
Por gostar da área das exatas e por ver a necessidade em contribuir para o aprendizado dos
alunos de maneira efetiva na disciplina de matemática, relacionando teoria e prática nas aulas e
consequentemente a relação entre elas.
2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua
profissão?
Não necessariamente, pois busquei depois da graduação uma especialização de ensino de
matemática que aprofunda um pouco mais no ensino e suas metodologias, mas não foi um apoio
recebido das escolas que trabalho.
3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai
servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta
prática nas suas aulas? Explique.
Nem sempre é possível esse trabalho relacionando teoria e prática, devido aos conteúdos.
Procuro estar sempre mostrando aos alunos a relação entre a prática e a teoria e a necessidade
do aprendizado afetivo para uso em determinadas áreas do conhecimento no futuro.
4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê?
Essa relação entre teoria e prática é muito importante para o conhecimento do aluno, para
desmistificar a matemática de maneira a fazer com que o aluno perceba a importância da teoria
para o uso de mecanismos no funcionamento da prática no cotidiano de cada um.
5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar
“teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta.
Nem sempre isso é possível, pois alguns conteúdos não existem uma relação concreta para
apresentar.
6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais?
Sim, é necessário que o sistema educacional mude em alguns aspectos e um deles é o ensino
dos conteúdos de maneiras diferentes na graduação e isso não acontece nas faculdades. Quando
entrei na faculdade criei expectativas quanto a metodologias de conteúdos que até então não
conseguia fazer essa relação teoria e prática, nas minhas expectativas não foram correspondidas
pois não é trabalhado assim, infelizmente.
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Relacionar teoria e prática na matemática do ensino