UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ADRIANE MATIAS ROSA RELACIONAR TEORIA E PRÁTICA NA MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JUSSARA-GO 2008 Adriane Matias Rosa RELACIONAR TEORIA E PRÁTICA NA MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Trabalho apresentado para fins de conclusão do Curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, sob a orientação da professora Ms. Stela Mares Corrêa. JUSSARA-GO 2008 3 4 Aos meus pais Valdivino e Lazara meu irmão Marques Suel por sempre confiar e acreditar em minha capacidade, Eulália Morais pelo apoio e compreensão, Adivaldo Alves de Souza meu professor de matemática do ensino fundamental. Stela Mares minha orientadora, total incentivo e dedicação, meus colegas pela amizade e união e aos meus caros mestres que passaram por esta unidade, entre eles: Álvaro Moreira, Janaina Mota, Fernanda Sarmento, Fabiana Santos, Eurídice de Almeida. E aos que ainda estão presente, meu eterno obrigado. 5 AGRADECIMENTOS A Deus em primeiro lugar, meus amados pais Valdivino e Lazara pelo apoio e incentivo incondicional,a Coordenadora do Curso de Matemática Rejane Alves pela dedicação e incentivo nos momentos difícies,ao professor Ricardo Jreige pela disponibilidade em estar sempre colaborando para minha formação, professora Neuziene Gouveia e todos os meus professores que contribuíram de maneira especial para concretização dessa jornada e, principalmente, minha orientadora Stela Mares, meu porto seguro nos momentos de dificuldades. 6 O novo papel do professor será o de gerenciar, de facilitar o processo de aprendizagem e, naturalmente, de interagir com o aluno na produção e crítica de novos conhecimentos e isso é essencialmente o que justifica a pesquisa. Ubiratan D’Ambrosio 7 RESUMO Na matemática, relacionar teoria e prática é um dos caminhos para se obter ensino de qualidade, para que os alunos consigam visualizar e entender na prática sua aplicabilidade. Para isso é necessária uma formação adequada aos professores, conscientizando-os da sua importância no processo ensino-aprendizagem e capacitando-os com o intuito de formá-lo bons educadores, para que obtenham êxito trabalhando com sabedoria no processo de educar. O trabalho em que há a relação de teoria e prática é mencionado por vários autores. Tornará realidade no momento que as entidades escolares oferecerem capacitação adequada aos professores. Pois assim os professores terão conhecimento suficiente para melhorar o ensino, mostrando aos alunos que várias situações cotidianas, podem ser trabalhados e expostos como instrumento matemáticos, dando aos alunos a oportunidade de aplicar no seu dia adia o que lhes foi apresentado em sala de aula e aperfeiçoando cada vez mais seu conhecimento na área da matemática.. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO 1 FORMAÇÃO DE PROFESSORES 1.1Formar e capacitar professores 11 1.2 O bom professor 14 1.3 Formação continuada 15 CAPÍTULO 2 TEORIA E PRÁTICA 2.1 Teoria e Prática no ensino da matemática 18 2.2 Aplicações da matemática no cotidiano 22 2.3 Sugestões e experiências para relacionar a teoria com a prática no ensino da matemática 26 CAPÍTULO 3 QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES DE MATEMATICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 3.1 Professor de matemática 34 3.2 Apoio e formação 36 3.3 Teoria e a Prática na matemática 37 CONCLUSÃO 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45 ANEXOS 47 9 INTRODUÇÃO Com intuito de auxiliar na melhoria e na qualidade do ensino-aprendizagem, abordarei fundamentado em alguns autores, a eficácia ao relacionar teoria e prática no ensino de matemática, pois atualmente muito se tem discutido sobre o que é significativo para o aluno. Desta maneira, relacionar a teoria com o cotidiano dos alunos (prática) de forma que a matemática seja inserida no seu dia a dia facilitará com que os mesmos vejam a matemática como um caminho para melhor compreender o mundo. Para tornar o ensino algo estimulante e atrativo, o professor deverá refletir sobre sua própria sua pratica pedagógica, transformando-se em um professor-pesquisador, pois, é através da pesquisa que ele conseguirá unir a teoria e a prática no ensino da matemática trazendo para dentro da sala de aula a Matemática Realista, isto é, aquela inserida no dia a dia dos alunos. Este trabalho monográfico está organizado em três capítulos para melhor compreensão e assimilação do tema, cujo foco principal é a relação teoria e prática no ensino da matemática. O capitulo 1 “Formação de Professores”, baseado em alguns autores, dentre eles: Ubiratan D’Ambrosio, Plínio Cavalcanti Moreira, Paulo Freire, Maria Isabel cunha, Francisco Imbernón, Içami Tiba, descreve o professor como o responsável pelo sucesso ou fracasso de seus alunos. É por esse motivo que devem receber formação específica para ser um bom professor de matemática e um profissional prático-reflexivo, procurando sempre assimilar e adaptar o conteúdo com a realidade local, relacionando teoria com a prática, algo 10 fundamental no ensino aprendizagem.. Capítulo 2 “Teoria e Prática”, relacionar a teoria com a prática é um dos métodos utilizado com fundamental importância na busca de um ensino de qualidade; O professor perceberá maior aprendizado dos seus alunos no momento que transformar a teoria em prática, ou seja, algo complexo e abstrato em concreto, mostrando que praticamente quase tudo ao nosso redor pode e deve ser explorado como instrumento matemático. Estarei incrementado este capítulo expondo experiências de professores de matemática que conseguiram relacionar em suas aulas a teoria com a realidade vivida de seus alunos, obtendo com esse método excelentes resultados. Capítulo 3 “Questionário com Professores de Matemática do Ensino Fundamental e Médio”, com finalidade de analisar, baseado nos capítulos anteriores, como está sendo a prática pedagógica em sala de aula, se recebem apoio e formação suficiente para ministrar um bom ensino. Dando maior ênfase a relação teoria e prática no ensino da matemática, expondo suas opiniões sobre esse assunto e se estão relacionando a teoria com o cotidiano dos alunos, quais foram às dificuldades encontradas ou se ainda tem dificuldades em fazer essa ligação teoria e prática no decorrer de suas aulas de matemática. Portanto, este trabalho monográfico tem como propósito, mostrar aos professores de matemática a importância e a necessidade de relacionar teoria e prática em suas aulas, explicitando alguns benefícios que esse método trará para o ensino-aprendizagem, como maior assimilação e compreensão da teoria, para então aplicá-la e utilizá-la na prática, também despertando o interesse e a participação dos alunos pelas aulas de matemática. 11 CAPÍTULO 1 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES Neste capítulo, baseado em alguns autores abordarei o professor como o responsável pelo sucesso ou fracasso de seus alunos. É por esse motivo que devem receber formação específica para ser um bom professor de matemática e um profissional prático-reflexivo, procurando sempre assimilar e adaptar o conteúdo com a realidade local, relacionando teoria com a prática. 1.1 Formar e Capacitar Professores O professor é responsável pelo sucesso de seus alunos, por isso a educação deve proporcionar a eles uma formação adequada, deixando de ser transmissores de conhecimentos e tornando-se facilitadores, despertando e incentivando os alunos a participarem de forma entusiasmada das aulas. Para tornar-se um bom professor, ter sua habilidade profissional reconhecida e valorizada, Cunha (1989) relata que é fundamental gostar de ensinar, ter domínio do conteúdo, gosto pelo estudo (pesquisa) e conhecimento pedagógico específico, buscando sempre se aperfeiçoar e adaptar as mudanças e inovações do ensino. O professor deve procurar com apoio da Secretaria da Educação uma formação contínua, possibilitando seu desempenho e afinidade com sua disciplina. Para D’Ambrosio, O conceito de formação do professor exige um repensar. É muito importante que se entenda que é impossível pensar no professor como já formado. Quando as autoridades pensam em melhorar a formação do professor, seria muito importante um pensar novo em direção à educação permanente. Na verdade, a idéia que sendo aceita como a mais adequada é uma formação universitária básica de dois anos, seguida de retornos periódicos à universidade durante toda a vida profissional. (D’AMBROSIO, 1996, p.97) 12 Ubiratan (1996) deixa explícito sua preocupação e descontentamento quanto à falta de formação continuada dos atuais professores de matemática, visando que a melhoria na qualidade do ensino, só acontecerá a partir do momento que a educação perceber essa necessidade, pois segundo D’Ambrosio “A formação de professores de matemática é, portanto um dos grandes desafios pra o futuro”. (D’AMBROSIO, 1996, P.87). O professor e o aluno devem se interagir de forma que ambos possam crescer socialmente e intelectualmente no processo. O professor deve estar sempre em contato com outros profissionais de sua área, trocando e adquirindo novas experiências. O autor Imbernón, também mostra como deverá ser a formação do professor: A formação do professor se fundamentará em estabelecer estratégias de pensamento, de percepção, de estímulos; estará centrada na tomada de decisões para processar, sistematizar e comunicar a informação. Desse modo, assume importância a reflexão sobre a prática em contexto determinado, estabelecendo um novo conceito de investigação, em que a pesquisa qualitativa se sobrepõe à quantitativa. Finalmente insiste-se no estudo da vida em sala de aula, no trabalho colaborativo como desenvolvimento da instituição educativa e na socialização do professor. (IMBERNÓN, 2001, p. 39) Como já foi dito, além de uma formação, também é necessário capacitar os professores que já atuam em sala de aula para que tenham êxito em sua prática docente. Porém, será importante nessa formação saber a maneira como o professor elabora e planeja suas aulas, se está utilizando métodos pedagógicos diversificados para expor o conteúdo, relacionando teoria com a prática, ou seja, com a realidade e cultura de seus alunos. È o que afirma Imbernón, Um fato importante na capacitação profissional é a atitude do professor ao planejar sua tarefa docente não apenas como técnico infalível, mas como facilitador de aprendizagem, um prático reflexivo, capaz de provocar a cooperação e participação. Por isso, na formação do profissional da educação é importante centrar a atenção em como os professores elaboram a informação pedagógica de que dispõem e dados que observam nas situações da docência, e em como elaboração ou processamento de informação se projeta sobre os planos de ação da docência e em seu desenvolvimento prático. A formação do professor se fundamentará em estabelecer estratégias de pensamento, de percepção, de estímulos; estará centrada na tomada de decisão para 13 processar, sistematizar e comunicar a informação. (IMBERNÓN, 2001, p. 38). Assim, será possível tornar os professores, profissionais prático-reflexivos, repletos de habilidades e conhecimentos, onde cada um saiba o que deve fazer para melhorar sua metodologia, como deve fazer e especialmente para quem fazer, procurando assim assimilar e adaptar o conteúdo com a realidade. Relacionar a teoria com a prática, segundo Ubiratan é um dos meios disponíveis para se ter um ensino de qualidade. Para isso é necessário uma formação específica para os professores de matemática, possibilitando que eles exponham suas dificuldades e juntos com outros professores, buscarem novas maneiras e métodos de ensinar matemática. Ter uma freqüente interação com a sociedade onde está situada a instituição escolar, conhecer suas crenças, culturas, realidade social de seus alunos, é fundamental para no decorrer de suas aulas conseguirem relacionar o conteúdo com realidade vivida por seus alunos, despertando o interesse e o entusiasmo pela aula. Procurar maneiras diferentes e criativas de expor um determinado assunto, favorecendo o diálogo e o questionamento entre professor-aluno e aluno-aluno, visualizando através de perguntas criativas os conhecimentos dos alunos é muito importante no processo ensino-aprendizagem. Como afirma Libâneo: A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão efetivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está em estimular o raciocínio dos alunos instiga-los a emitir opiniões sobre o que aprenderam fazê-los ligar os conteúdos a coisas ou eventos do cotidiano. (LIBÂNEO, 1994, p.182). Com isso, propicia-se ao aluno a oportunidade e a necessidade de buscar por si próprio seus interesses, adquirindo sua experiência e formulando suas opiniões próprias, mostrando uma contínua relação entre teoria e prática e facilitando o aprendizado. Assim o professor terá condições de remodelar situações vividas e de maneiras explícitas usarem o concreto para obter novos contextos, ou melhor, através do que o aluno já sabe explorar novas experiências. 14 1.2 O Bom Professor Cunha (1989) nos mostra, com base em um questionário realizado com alunos de 2º e 3º grau, que o bom professor não é aquele do tipo “bonzinho”, mas aquele que transmite o gosto e prazer em ensinar matemática, responde as dúvidas, possui senso de humor e se destaca como professor amigo, compreensivo, preocupado com eles tanto na sala de aula como na vida em sociedade. A pesquisa revela revelam também as influências marcantes de seus professores em sua atuação como professor, sendo positivas, despertaram interesses de seguir o exemplo é o caso do professor amigo, dedicado, capaz de despertar o gosto e a paixão de seus alunos pela matemática, e as negativas, aqueles professores que se achavam os donos do mundo, sabem tudo, mas serviram como exemplos, a não serem seguidos. É preciso convencer e conscientizar os professores, de forma geral, da suma importância da formação continuada, pois é grande sua influência na aprendizagem e na formação dos alunos. A partir do momento que estes assumem uma sala de aula, servem de exemplos a serem seguidos, aumentando as responsabilidades com sua profissão. Cunha (1989) constatou com base numa pesquisa com professores, que 70% dos participantes atribuem sua prática docente à influência dos ex-professores, pessoas muito lúcidas, cativantes e marcantes de forma positiva na vida profissional dos seus alunos. Foram muito mais que professores, “foram mestres”. Tiba (1998) nos mostra essa à diferença entre professor e mestre, Professor é função consagrada em sala de aula de ser a fonte das informações e o responsável pelo estabelecimento da ordem na classe. Mestre é quem exerce essa função sem se valer da sua posição de autoridade. Professores têm alunos; mestres, discípulos, que procuram quase imitá-los. O professor é aquele que exerce sua função como um computador. O mestre é um computador que tem alma. Enquanto o professor acha que já sabe tudo o que é necessário, o mestre se considera sempre um aprendiz. O professor não se deixa questionar, não aceita sugestões e nem sempre acata reclamações. 15 O mestre é um caminho para o discípulo chegar à sabedoria. O verdadeiro mestre se orgulha de ter sido um degrau na vida do apendiz que o superou e venceu na vida, de ter colaborado para seu sucesso. (TIBA, 1998, p.62). Tiba (1998) afirma ainda que o aluno formado por um mestre adquire conhecimentos da disciplina e sente prazer de saber e de ensinar. Por isso os professores devem se preparar para ser mestre, tendo a certeza que fará a diferença no ensino e na vida de seus alunos, e encontrarão seu nome gravado na vida de seus alunos. 1.3 Formação Continuada A revista Nova Escola (2008, nº210, p.43-45) mostra o êxito para o ensino com a educação ou formação continuada dos professores, onde a troca de saberes favorece a aprendizagem. Já abordamos a relevância e a importância da interação entre os professores, onde todos se unem para transmitir e receber experiências um dos outros, procurando sanar as dificuldades. Com a evolução da tecnologia, a educação também se aderiu à modernidade, os professores atualmente se interagem e se ajudam pelo computador, através da internet com a troca de e-mails. Já existem blogs, individuais para divulgar idéias e experiências pedagógicas, intercâmbio com mais de 400 educadores cadastrados e sites voltados para educação. É no dia-a-dia que as instituições educativas definem seus métodos e aplica de maneira compreensível o conteúdo, como relatou Amanda Polato à revista nova escola (2007, nº208, p.60-62), quando o professor estuda e se dedica em sua formação,com certeza os alunos agradecem. Vale ressaltar que essa formação não acontece uma só vez, como já afirma D’Ambrosio (1986) ela deverá ser continuada, é o que destacou Fávero: ““... A formação do educador não se concretiza de uma só É um processo. Não se produz apenas no interior de um grupo, nem se faz através de um curso. É o resultado de condições históricas. Faz parte necessária e intrínseca de uma realidade concreta determinada. Realidade esta que não pode ser tomada como alguma coisa pronta, acabada ou que se repete 16 indefinidamente. É uma realidade que se faz no cotidiano. É um processo, como tal, precisa ser pensado. ((D`AMBROSIO, 1986, apud FÁVERO, 1981, P.19). O ministro da Educação Fernando Haddad em uma entrevista a revista Nova Escola (2008, nº216, p.32-36), afirma que dar aula não é simples e as universidades não estão dando ênfase às práticas de sala de aula e ressalta a necessidade das mesmas se comprometerem na formação dos professores independente se ser pública, federal ou municipal. Relata também a grande importância do curso de Pedagogia adaptar em seu currículo a formação de professores, preparando-os para a arte e o anseio de ensinar, pois se os alunos nas séries iniciais forem bem preparados e ensinados não teriam tantas dificuldades no ensino médio e superior. Devido o curso de Pedagogia não está preparado para formar professor a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior, organismo ligado ao Mec), lançou no dia 15 de Outubro de 2008, o Sistema Nacional de Formação do Magistério, pois só conseguirá em nosso país um ensino de qualidade se tivermos bons professores e procurar a interação entre as entidades de ensino municipais e estaduais por meio de uma formação continuada. Atualmente um dos maiores desafios da educação é formar professores que consigam relacionar a teoria com a prática. Thais Gurgel em sua reportagem a revista Nova Escola, compara a formação de professores como um jogo de dominó, em que o jogo inicia com a formação inicial, responsável pelo sucesso escolar do aluno, envolvendo, didáticas, teoria, prática, escola e dando seqüência com a formação continuada. Em tese, a formação continuada tem a função de proporcionar ao professor a atualização com as mais recentes pesquisas sobre as didáticas das diversas áreas, alem de reflexão sobre a prática. Isso pode se dar no trabalho pedagógico realizado na própria escola e por meio de programas oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais de Educação. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, nº216, p..54). 17 Como o próprio nome diz, tem que ser um trabalho contínuo com objetivo de levar aos professores as atualizações recentes de ensino, pois estes precisam ter acesso às didáticas atuais para então ter possibilidade de adaptá-las e inserí-las nos cotidiano. Algo de grande importância é procurar aplicar essa formação de acordo com cada área disciplinar, ou seja, organizar ambientes diferentes de formação, sendo separadas por disciplina, onde os professores terão a oportunidade de expor suas dificuldades e juntos através de troca de experiências criarem novas estratégias de ensino. A Revista Nova Escola (2008, nº216, p.57) expõe o que será necessário fazer para se ter boa formação continuada. De início será preciso conhecer a realidade local, para então saber qual dos métodos será o mais viável, com formadores experientes que valoriza o contexto profissional, como já havia relatado permitir que os professores de cada disciplina tenham o mesmo dia disponível para se reunirem, prevendo estudo continuo para todos de forma efetiva e possibilitando a formação novos programas externos, podendo com a formação recebida ajudar a formar outros professores, tendo como foco o conhecimento didático, sabendo sempre o “que” e o “como” ensinar. A formação continuada é, no entanto, um dos caminhos mais eficazes no processo aprendizagem, pois prepara o professor para a prática em sala de aula e ajuda-os a relacionar a teoria com a prática. 18 CAPÍTULO 2 - TEORIA E PRÁTICA O professor perceberá maior aprendizado dos seus alunos no momento que transformar a teoria em prática, ou seja, algo complexo e abstrato em concreto, mostrando que praticamente quase tudo ao nosso redor pode e deve ser explorado como instrumento matemático. 2.1 Teoria e Prática no Ensino da Matemática Relacionar teoria com o a realidade dos alunos é um dos métodos proposto por vários autores, visando com isso, o interesse e a participação de todos os alunos pela aula. Candau (1988) conceitua teoria com o sentido de observar, refletir, contemplar e a prática tem sentido de agir. Relacionar teoria e prática é um dos problemas mais solicitados nas formações de professores, onde o vínculo entre teoria e prática como sendo o fundamento do conhecimento. Veja o que diz D’Ambrosio, O valor da teoria se revela no momento em que ela é transformada em prática. No caso da educação, as teorias se justificam na medida em que seu efeito se faça sentir na condução do dia-a-dia na sala de aula. De outra maneira, a teoria não passará de tal, pois não poderá ser legitimada na prática educativa. (D`AMBROSIO, 1986, p. 43). A matemática, segundo D’Ambrosio (1986) é comparada com o falar, pois ela é uma linguagem precisa e possibilita o homen se comunicar. Será possível ver mais adiante, a matemática praticamente inserida em nossa vida e como somos dependentes dela. No processo de unir a realidade à ação a escola tem seu papel fundamental. No estado atual, tá muito pobre de conhecimento, afirmam que a matemática é universal, sendo a de rico e a 19 pobre igual, esquecendo que a realidade é totalmente diferente. Mas para melhorar e facilitar o ensino, é necessário à aplicação da matemática diferenciada, onde se trabalha o conteúdo de acordo com a realidade e cultura dos alunos. D’Ambrosio o criador da etnomatemática segundo Lívia Perozim a revista Carta na escola (2007/2008, nº22, p.08) , mostra sua indignação quanto à falta da incrementarão da etnomatemática no ensino da matemática, mostrando que a matemática não é simplesmente aquela utilizada para medir, explicar e quantificar o universo, mas procurar valorizar o conhecimento que o aluno já possua e tem no seu dia a dia e sua origem cultural. Em uma entrevista a Revista Carta na Escola (2007/2008, nº22, p.08) o autor conta que na década de 1960, durante o período militar e morava nos Estados Unidos e foi dar aula de doutorado na África e foi conhecendo a cultura dos africanos. Percebeu que aquela matemática ensinada não tinha nada em comum com a realidade cultural daquele povo e a cada cidade por onde ele passava via uma matemática que não era aquela européia, ensinada na academia e nas escolas. Quando viajou pela América Latina, teve certeza que a matemática aplicada, não é a única. Por exemplo, em uma comunidade indígena quase tudo tem método matemático, como também aquelas pessoas que nunca tiveram a oportunidade de estudar, fazem cálculo matemático invejável na contagem de suas terras, separação de alimentos e outros. Ressaltando que a matemática pura, ensinada nas escolas surgiu da região do Mediterrâneo pelos egípcios, babilônios, judeus, gregos. É importante, devida ser dominada pelo homem, usadas nos concursos e vestibulares e como já expôs anteriormente, não é única, existe a etnomatemática que possibilita ao aluno o conhecimento de sua cultura e tradição, aprendendo algo útil, real e aproveitável em seu cotidiano, incentivando os aprender matemática. D’Ambrosio na entrevista considera um dos grandes erros cometido pela a educação é achar que todos os alunos tenham de saber um mínimo preestabelecido dos conteúdos 20 matemáticos, pois, o que é importante para um pode não ser para o outro. O ensino de matemática é mais quantitativo (aritmética e álgebra), enquanto deveria ser mais qualitativo, onde o aluno aprende a calcular, mas não sabe utilizar o resultado. Veja a resposta do autor à repórter quando pergunta se decorar a tabuada não faz parte da aprendizagem, ”Não. Use a máquina. Você lembra o número de telefone da sua mãe, não lembra? É um número útil, que você utiliza sempre. Com a tabuada é a mesma coisa. Se ela tiver utilidade, será lembrada”. (CARTA NA ESCOLA, 2007/2008, nº22, p.09). Afirma ainda que a introdução da calculadora em sala de aula será a etnomatemática da sociedade moderna e que etnomatemática não é só cultura com as dos índios e outros, mas é o cotidiano e de maneira mais explícita a etnomatemática não é nada mais que relacionar a teoria com a prática. O real valor da teoria se identifica no momento que é transformada em prática, podendo ser vista e utilizada de forma contributiva. Na educação as teorias recebem seu real prestígio, quando o aluno consegue transpor-la para seu cotidiano. Cunha (1989) nos revela que, “Saber teorias é importante, mas é preciso saber aplicá-las a nossa realidade e ainda criar coisas novas de acordo com nossos interesses e recursos.” (CUNHA, 1989, p.128). Caso isso não aconteça, será simplesmente teoria. D’Ambrosio (1996) mostra ainda, a pesquisa como elo entre a teoria e a prática. O professor só alcançará sucesso em sua profissão se decidir e tornar um professor pesquisador: Sendo a pesquisa o elo entre teoria e prática, parte-se para a prática, e, portanto se fará pesquisa, fundamentando-se em uma teoria que, naturalmente, inclui princípios metodológicos que contemplam uma prática. Mas um principio básico das teorias são resultados das práticas. Portanto, a prática resultante da pesquisa modificará ou aprimorará a teoria de partida. E assim modificada ou aprimorada essa teoria criará necessidade e dará condições de mais pesquisa, com maiores detalhes e profundidade. O que influenciará a teoria e a prática. Nenhuma teoria é final, assim como nenhuma prática é definitiva, e não há teoria e prática desvinculadas. A aceitação desses pressupostos conduz à dinâmica que caracteriza a geração e a organização do conhecimento:...teoria-prática-teoria-prática-teoria... (D’AMBROSIO, 1996, P.81) 21 Os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) do ensino fundamental destacam que desde os primórdios as relações entre as teorias matemáticas obtiveram efetivos resultados de conhecimentos. O conhecimento terá sua utilidade se for inserido e aplicado em situações novas e trabalhando sua generalização. Com isso, expor as necessidades do dia a dia é um dos métodos eficazes para os alunos desenvolverem suas capacidades e aplicarem a teoria na prática, sendo o professor o responsável em estimular os alunos a buscarem uma nova forma de aprendizagem. Um dos caminhos é trazer a história da matemática para a sala de aula, A História da Matemática pode oferecer uma importante contribuição ao processo de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre condições entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento. (PCN’s, 1998, p.42). Com isso o aluno conhecerá algumas culturas antigas e compreenderá que o avanço tecnológico e a modernidade atual são resultados das gerações passadas, onde apesar da evolução, alguns povos preferem e utilizam as práticas antigas de calcular, como o ábaco. Tiba (1998) também afirma que o conhecimento exposto só transformará em aprendizado quando é utilizado na prática, transformando - o em sabedoria, pois o verdadeiro saber está presente e incluído no cotidiano, pois terá facilidade e discernimento para solucionar seus problemas. E conta ainda que um garoto de 11 anos entrou na sessão de psicoterapia individual revoltado, xingando a professora e dizendo detestar Matemática. Detestava também ficar procurando “x” de uma equação e não sabia porque aprender aquilo se não usaria em sua vida.O Doutor concordou com ele e sugeriu mudar de assunto, perguntando quando foi a última vez que tinha indo em Ubatuba. O garoto respondeu e em seguida ele, de novo, perguntou o tempo que gastaram para chegar lá, saindo de São Paulo e o garoto lhe interrogou: “Em que velocidade”? Então lhe mostrou que havia acabado de aplicar aquela equação chata. Cabe ao professor aplicar teoria na prática mostrando que se o aluno 22 não consegue aplicar a teoria no seu dia a dia ele desinteressa pela matéria. E Cunha (1989) mostra um dos motivos de desinteresse dos alunos pode ser a separação entre a teoria e a prática, “Na parte de ensino acho que o grande mal é a separação entre a teoria e a prática.”. (CUNHA, 1989, p. 99). Portanto, os professores de matemática do Ensino Fundamental e Médio terão de se dedicar e preparar suas aulas voltadas para realidade local, pois D’Ambrosio deixa bem explícito que não há teoria e pratica desligada e cabe a eles fazer essa ligação, pois teoria e prática têm que caminhar juntas uma complementando a outra. E quando eles conseguir tornar a matemática algo indispensável e essencial na vida de seus alunos, perceberá o quanto a sociedade ganhará com isso. Eles irão conscientizar a comunidade do grande valor que a matemática deverá ocupar em suas vidas e principalmente o quanto é útil e necessária. 2.2 Aplicações da Matemática no Cotidiano D’Ambrosio (1996) afirma que praticamente quase tudo no nosso cotidiano pode ser tratado e explorado como instrumento matemático. È o também que está relatando os PCN’s: “A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural”. (PCN’s, 1998, p.24). A matemática é uma ciência viva, presente não só no cotidiano, como também nas universidades e centros de pesquisas, onde se percebe o seu real valor na produção de novos conhecimentos e muita usada na solução de problemas científicos e tecnológicos. Com isso o professor de matemática do Ensino Fundamental e Médio também poderá incrementar suas aulas levando para sala objetos e coisas que a matemática está explícita, como por exemplo, uma embalagem de salgadinho. (ver anexo, figura. 1). 23 Podemos identificar a matemática, como mostra a figura 1 no peso líquido, validade do produto, na tabela nutricional, CNPJ da fábrica, código de barra. Também pode-se expor chocolates, balas, outras marcas de salgadinhos para que os alunos percebam que independentemente de marca ou produtos, sua bela embalagem possui, a própria matemática. Como é bom comprar um eletrodoméstico, mas antes disso, para não tomar prejuízos, algumas pessoas costumam fazer pesquisa de preços. (Figura. 1. 1). Para obter sucesso na compra, escolhe a mercadoria de preço acessível e melhor forma de pagamentos. Através da Figura. 1.1, é visível a matemática fazendo parte desta realização, por meio das formas de pagamento, onde o preço é dividido em varias parcelas ou desconto no preço à vista, no potencial de cada produto. Isso também acontece em lojas, supermercados, mercearias, postos de abastecimentos e muitos outros pontos comerciais. Através de todos esses exemplos citados, percebemos o quanto a matemática é algo benéfico e indispensável em nosso dia a dia. Imagina como seria um estabelecimento comercial sem a existência da matemática. Como iríamos calcular os preços das mercadorias, dar desconto, voltar troco e efetuar o valor total da compra, se todos não aprendessem e nem gostasse da matemática? Às vezes é necessário que o professor dialogue com seus alunos mostrando de maneira atrativa e carinhosa como aprender matemática. Será útil e valioso para seu dia a dia e no seu futuro, pois como relata Cunha (1989), os alunos gostam e consideram bom professor aquele que é amigo, prestativo e saiba de maneira clara expor o conteúdo e demonstra sua afinidade e gosto pela disciplina ensinada. Revistas e Jornais são exemplos bem práticos de aplicação de matemática, pois entram em nossas casas, para nos atualizar com o que aconteceu e acontece no mundo, É o caso da crise nos EUA, onde, no dia 8 de Outubro de 2008 a moeda Americana subiu 5,09% e atingiu maior taxa desde 2006, (Figura. 1. 2) notícias sobre o assunto, observa –se que utilizaram a matemática para maior compreensão dos leitores, desde o título até a 24 conclusão da matéria. Nota-se a matemática também em reportagens, pesquisas e levantamentos de dados (Figura. 1.2) onde utilizam os gráficos e tabelas para melhor ilustrar pesquisa ou comparar dados. Revistas de moda trazem e revelam que a matemática, como disse D’Ambrosio pode ser vista e percebida em quase todas as coisas como, por exemplo, na criação do manequim utilizam-se os moldes para saber qual o tamanho da roupa a ser confeccionada, utilizam tabelas com todos os dados necessários para costurar a peça como, largura da cintura, dos ombros, dos quadris, tamanho da barra e outros itens. Os preços das peças estão explícitos nas páginas das revistas, comprovando sua real importância e eficácia ate no mundo da moda, (Figura. 1.3). Se formos observar realmente, praticamente tudo que nos rodeia envolve matemática, como já citamos nas figuras, é algo fundamental em nossas vidas. E pode ser encontrada com freqüência em qualquer lugar como em uma loja que vende brinquedos. Se repararmos todos trazem em suas embalagem expressões matemáticas como preço, idade aconselhável para manusear tal brinquedo, instruções de uso e embalagem bem colorida com números bem focalizados. É que aparece em quebra – cabeças, por ser algo que desperta a atenção das crianças. E ao mesmo tempo desenvolve a prática do raciocínio, ajudando a na memorização. Na Figura. 1.4(em anexo) se comprova a existência da matemática em brinquedos, E no jogo de dardos (Figura1. 4 ) a matemática não faz parte só da embalagem, é um jogo matemático, que vencerá o jogador que tiver feito mais pontos. Atualmente, assistir filme em dvd está sendo um dos hobbs favoritos das crianças, adolescentes e jovens. Devido ao grande índice de assistidores dessa modalidade de diversão, é possível verificar que até nos títulos de filmes a matemática está inserida, não só no título como também no filme em geral.( Figura.1.5). 25 Esses foram alguns de tantos exemplos existentes no nosso cotidiano, que como afirmou D’Ambrosio pode ser visto e trabalhando como instrumento matemático. E devemos através de aplica coes concretas, mostrar para os alunos a real serventia e a enorme dependência que temos em si da matemática em nosso dia a dia. Vimos através das figuras (em anexos) como o nosso cotidiano está repleto de aplicações matemáticas. E na educação não é diferente, vemos a matemática aplicada em várias disciplinas, tornando real a interdisciplinaridade proposto pelas entidades educacionais. Na disciplina de Geografia (Figura. 1.6) a matemática tem forte contribuição, pois ajudam na interpretação e visualização dos mapas, índices da população, os tipos de clima e vegetação existente em cada região do nosso país e vários outros aspectos sociais e naturais, procurando assim, trabalhar a interação entre as disciplinas, facilitando a compreensão dos alunos e melhorando a qualidade do ensino. A Figura. 1.6 mostra realmente, a matemática atuando na disciplina de Geografia, onde exibe o Brasil em números. Podemos identificar a presença constante da matemática em várias outras disciplinas, como em História, para proporcionar ao aluno exatidão dos fatos, ou seja, em que período e ano aconteceram tal fato. Por exemplo, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em Biologia, mais na parte de genética e Língua Portuguesa, matemática aparece mais em Literatura, indicando o século e ano que as obras literárias foram criadas e os estilos de época, (Figura. 1.7). Também é utilizada nas séries iniciais para formar palavras, em que cada número representa uma sílaba e através da soma dos números forma-se uma palavra. É, através da matemática, possível saber o número de sílaba de uma palavra e então classificá-la de em monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba, favorecendo, na disciplina de Língua Portuguesa, o entendimento do conceito de separar e classificar as silaba das palavras. 26 D’Ambrosio relata como é fundamental para o ensino da matemática, essa adaptação com as situações reais. Parece de fundamental importância e que representa o verdadeiro espírito da Matemática é a capacidade de modelar situação real, codificá-las adequadamente, de maneira a permitir a utilização das técnicas e resultados conhecidos em um outro contexto, novo. Isto é, a transferência de aprendizado resultante de certa situação para uma situação nova é um ponto crucial do que se poderia chamar aprendizado da Matemática, e talvez o objetivo maior do seu ensino. (D`AMBROSIO, 1986, p. 44). Portanto, com base nas figuras (em anexo), é possível visualizar e perceber que vivemos no meio da matemática, que ela faz parte de nosso cotidiano e que somos seus dependentes. Esses foram alguns exemplos, da aplicação da matemática no nosso dia a dia mostrando como esta acontecendo à interdisciplinaridade entre a matemática e as outras disciplinas e possibilitando assim, uma ampla oportunidade de despertar nos alunos o gosto e o desejo de aprender matemática. Com isso, os alunos passaram a ter interesse pelas aulas de matemática, devido saber onde poderão utilizar tal aprendizado. 2.3 Sugestões e Experiências para relacionar a teoria com a prática no ensino da matemática Atualmente se nota nos jornais, revistas e televisão a preocupação com o ensino no Brasil, visando como melhoria preparar e qualificar profissionais, como já mencionamos no primeiro capítulo, para então conseguirem em suas aulas de matemática relacionar teoria com a prática. Para dar ânimo aos professores, explorarei algumas experiências retiradas da revista Nova Escola, de professores de matemática, que conseguiram superar esse obstáculo e obtiveram excelentes resultados. É o caso da professora Edilaine Nogueira de Guarulhos-SP (NOVA ESCOLA, 2008, nº212, p.74)., ao ensinar para alunos do 4º ano do Colégio de Porthenon figuras planas e não-planas expondo exemplos de cada uma delas, inclusive exemplos concretos como caixa 27 de bombom e para melhor diferenciar as figuras os próprios alunos confeccionam caixas de papel, com isso percebem na realidade sua serventia da e ao mesmo tempo possibilitando aos alunos estabelecer a relação entre o bi e tridimensional, fazendo-os identificar as características de figuras geométricas e a nomenclatura própria da matemática como quadrados, retângulos, trapézios. Vendo o entusiasmo dos alunos, dividiu a turma em grupos e pediu que analisassem as próprias figuras e classificassem as figuras de acordo com haviam ensinado e exposto anteriormente. A professora afirma como foi gratificante ver os alunos empenhados e interessados pelo conteúdo, pois sabiam onde poderiam aplicar e encontrar as figuras planas e não-planas, ( anexo, Figura.1.8). Beatriz Vichesi e Adriana Toledo (NOVA ESCOLA, 2008, nº215, p.66) mostram uma nova maneira de trabalhar o campo aditivo, com as turmas de 1º e 2º anos, através de brechó que significa loja de objetos velhos e usados, onde serão expostos dinheiro, brinquedos e outros objetos que estimulem a atenção e desejo dos alunos. Os alunos atuam como vendedores e compradores e com isso estão praticando a soma e subtração e os professores têm a oportunidade de observar e detectar as dificuldades e estratégias usadas pelos os alunos. E assim, de forma extrovertidas reforçam e ampliam a noção de adição e subtração, mostrando que a matemática está conectada no cotidiano e pode ser percebida até nas pequenas coisas. (anexo Figura. 1.9). Derorah Trevisan (NOVA ESCOLA, 2008, nº209, p. 59), também relata a revista Nova Escola, como estimular e facilitar os alunos de 6º e 7º anos a aprender tabuada por meio de jogos e brincadeiras. Aprendem com essa tática a memorizar a tabuada e entender e compreender melhor a multiplicação. Para obter excelentes resultados nas aplicações de jogos, os professores deverão expor de maneira bem eficaz as regras dos jogos antes mesmos de iniciá-los. Antonio José Lopes Bigode, afirma: ”O jogo funciona como dispara dor de processos cognitivos e é sempre uma motivação, já que os jovens adoram competir”. (NOVA 28 ESCOLA, 2008, nº209, p. 60, apud Bigode, 2008, p.60). Lembrando que atividades extras como o jogo, devem ser inseridas e aplicadas sequencialmente como introdução ou fechamento do conteúdo. O jogo também é uma forma de relacionar a teoria com a prática, em que o aluno com a noção adquirida sob a multiplicação, nesse exemplo, conseguirá aplicar, na prática, quer dizer, jogar e ter bom rendimento no jogo. (anexo Figura. 2). Dando continuidade às experiências e dicas para se trabalhar a matemática no cotidiano dos alunos, Thais Gurgel na Revista Nova Escola (2008, nº213, p. 75), vem mais uma vez nos auxiliar como trabalhar grandezas e medidas com alunos do 1º ao 5º ano, mostrando quais são elas e principalmente onde são usadas no nosso dia a dia, diferenciando assim o peso, volume, área, comprimento, etc. Explorando em sala de aula alguns instrumentos como a régua, fita métrica, recipientes dosadores e lá coloca os alunos para realizarem algumas tarefas que ajudem a entender melhor a serventia dos mesmos como, medir suas alturas, tamanho das mochilas, do quadro negro, utilizar água ou suco para ajudar a ter noção do que vem a ser volume. Ela afirma que: Medir é comparar grandezas da mesma natureza. No ensino desses conteúdos há três objetivos principais. O primeiro é fazer com que as crianças saibam o que será mensurado: o peso de objeto, a capacidade de um recipiente, o comprimento de um espaço ou o tempo. O passo seguinte é escolher o instrumento adequado a cada situação para, por ultimo, decidir que unidade expressa o resultado. Para atingir essas metas, o processo de aprendizagem fica mais completo quando o trabalho é iniciado com a valorização e o uso de métodos não-usuais - na verdade, já utilizados pelas crianças em situações cotidianas. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2008, p.76). Como foi relatado é importante iniciar com medidas e grandezas que os alunos já conhecem para então, usar o método correto e mais eficiente. Por exemplo, desde a Educação Infantil, os alunos conhecem o calendário e o relógio, sabem como é dividido e que se organizam em minutos, horas, dias, meses etc. A cada ano, deve ir aprofundando nas medidas e grandezas. Ensinar no 4ºano e 5ºano a fazerem as convenções necessárias, onde mil grama equivalem a 1 quilograma e também explorarem os números racionais. Veja a tabela de algumas conversões básicas utilizadas em nosso cotidiano, 29 TABELAS DE CONVERSÃO Milímetro (mm) Centímetro (cm) Metro (m) Quilômetro (km) 1 000 100 1 0,001 10 000 1 000 10 0,01 100 000 10 000 100 0,1 1000 000 100 000 1000 1 Para transformar Em Multiplicar por Metros Pés 3,281 Metros Polegadas 39,37 Pés Metros 0,3048 Pés Polegadas 12 Polegadas Metros 0,0254 Polegadas Pés 0,0833 Veja também algumas derivadas do Sistema Internacional de Medidas (SI). Grandezas Unidade Símbolo área Metro quadrado m² volume Metro cúbico m³ velocidade Metro por segundo m/s aceleração Metro quadrado por segundo ao m/s² 30 Para melhor compreensão dos alunos, sobre medidas e grandezas, o professor poderá, numa breve introdução, contar quem inventou tal medida e por que inventou. É o caso da balança, que surgiu no Egito para determinar o peso dos metais preciosos. Quando o homem deixou de ser nômade e adquiriu suas terras houve a necessidade de medir o tamanho delas para fazer construções, com isso apareceu no Egito às primeiras grandezas, sendo elas com base no tamanho de pés, palmos, polegadas e outras que foram adotados por gregos e romanos. Mostrando as novas adaptações e revelando que o sentido e significado continuam o mesmo daqueles primitivos. A professora Gorete Rocha da Escola Estadual Victor Civita em Guarulhos SP, utiliza o calendário para trabalhar com a turma da 1º serie, a contagem do tempo como o dia, meses e anos. Depois de apresentar e expor calendário a turma a professora relatou (NOVA ESCOLA, 2008, nº213, p. 80) que o mesmo será utilizado para saber o dia do aniversario dos colegas, compromissos da turma e entrega de tarefas e outras atividades. Fazendo-os entender o calendário como forma de tabela. Na sala da professora Gorete o calendário é um objeto tão necessário como o quadro-negro, carteiras, lápis e o caderno, onde todo o dia ela inicia a aula com o calendário para os alunos saberem e aprenderem qual é o dia da semana e do mês. Ela procura sempre aplicar atividades que envolva o uso do calendário e com isso os alunos passam perceber sua utilidade, (anexo, Figura. 2.1). A professora Vânia Harner de Almeida, do interior do Mato Grosso em uma reportagem à revista Nova Escola junho de 2008, relatou o sucesso em seu projeto didático ao relacionar conteúdos matemáticos à produção de leite, atividade típica na região. Os alunos puderam colocar a teoria que aprenderam em sala de aula, em prática, ou seja, entenderam a aplicabilidade de alguns conteúdos matemáticos, como operações básicas, estatística, construção de gráficos, encontrar a média aritmética e a moda No ensino da matemática os alunos anseiam em saber onde irá utilizar tal conteúdo, sua importância e outras indagações. 31 Para eliminar essas dúvidas, o professor terá que se transformar em um pesquisador e se conscientizar sobre seu papel no ensino. Segundo Antonio José Lopes Bigode: “O papel do professor é trazer para sala o que chamamos Matemática Realista, que tenha significado e proximidade com os alunos”. (NOVA ESCOLA, 2008, nº213, p. 70, apud BIGODE, 2007). (anexo, Figura.2.2).. Vimos como é importante para o ensino-aprendizagem relacionar a teoria com a prática, já que a mesma esteja presente e incluída no nosso cotidiano, como foi relatado anteriormente e mostrado nas figuras em anexo. Relacionar a teoria com a prática é algo fundamental na busca de melhorias na qualidade do ensino. É o que mostraram as experiências de professores do Ensino Fundamental, onde obtiveram êxito em aplicar a teoria na prática. Os professores do Ensino Fundamental conseguiram e estão conseguindo relacionar o conteúdo com a realidade dos alunos, trazendo o concreto para a sala de aula, mostrando sua serventia e resultados positivos na aprendizagem. Como deu certo no Ensino Fundamental relacionar a teoria com a prática, por que não estender esse método também no Ensino Médio? Para alcançar mais esse degrau na educação, um dos meios é o professor de matemática do Ensino Médio tornar-se um professor-pesquisador, pois segundo D’Ambrosio (1996) a pesquisa é o elo entre a teoria e a prática, será através da pesquisa que eles irão se preparar e superar as dificuldades existentes no ato de ensinar. Um dos auxílios disponíveis são as fitas de vídeo do Multicurso de Matemática, em que indica como podemos relacionar e aplicar alguns conteúdos na prática, ou seja, a realidade do aluno. Também existem várias aplicações da matemática do Ensino Médio no dia a dia, como por exemplo, a Matemática Financeira que trabalha com porcentagem e juros, e são um dos conteúdos mais utilizado no cotidiano, pois está presente nos comércios, empresas e principalmente nos bancos. Estatística para compreensão e visualização das reportagens dos jornais e revistas dentre vários outros 32 meios que está presente de forma contributiva. Progressão Aritmética e Geométrica são utilizadas para saber a linha de produção de uma fábrica, o saneamento básico de uma região e várias outras utilidades. As potencias também é usada pelos astrônomos para medir a distância entre as estrelas e o jogo de xadrez usado para facilitar o entendimento das coordenadas de um gráfico, conhecidas mais como “x” e “y”; A equação da reta “ax +by + c = 0” é usada para garantir a comunicação da televisão e música através de satélite; sistema de equação ax + b= o, pode ser utilizado no cotidiano e ajuda a entender as promoções e verificar se realmente compensa ou se é propaganda enganosa. A torre de rádio é um exemplo de aplicação da equação da circunferência; a equação da elipse serve no entendimento da astronomia e o sol ocupa o foco de todas as elipses; a trigonometria é utilizada para medir distância e hoje em dia está sendo útil na eletrônica, na medição de terrenos e prédios, nas navegações, embarcações de avião, na agricultura e ate na astronomia. No entanto, percebe-se que no Ensino Médio também e possível relacionar a teoria com a prática basta os professores se conscientizarem de seu valioso papel na vida escolar de seus alunos, e como diz Freire, “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.47). Sua tarefa como docente não é simplesmente transferir o que está nos livros didáticos, deixando os alunos às vezes confusos e com dúvidas, mas possibilitar o questionamento e a compreensão com exemplos práticos e concretos e apartir de então, deixar que os alunos com seus méritos e habilidades chegarem a sua própria generalização e concretizem seus aprendizados. Portanto a matemática do Ensino Fundamental e Médio, está completamente sendo utilizada pelo homem no seu dia a dia para obter mais comodidade e sucesso na vida pessoal e profissional. Cabe aos professores trazer essas adaptações fantásticas para a sala de aula, com meio de estimular os alunos a aprenderem algo que será muito útil em sua vida. O professor poderá através do conhecimento já adquirido trabalhar a teoria voltada para a prática, quer 33 dizer, expor a teoria por ser cobrada nos vestibulares e como são usadas nas áreas que seus alunos escolheram para ser sua profissão futura. Lembrando sempre que saber relacionar teoria com a prática é um dos itens necessários para ser considerado como mestre por seus alunos. 34 CAPÍTULO 3 QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Neste capítulo analisarei baseado nos capítulos anteriores à prática pedagógica em sala de aula, através de um questionário realizado com professores de matemática do ensino fundamental e médio. Os seis professores foram escolhidos de forma aleatória, sendo um dos professores da cidade de Jussara-Go o qual chamaremos de (professor A) este é professor do ensino fundamental e médio, de escola pública e privada. Dois professores da cidade de MatrinchãGo ( professor B e professor C), ambos são professores do ensino médio de escola pública e três professores são da cidade de Montes Claros de Goiás,sendo o (professor D), professor do ensino fundamental de escola privada,(professor E) é professor do ensino fundamental de escola pública e o (professor F) de escola pública e privada , é professor do ensino fundamental e médio. Critério utilizada com objetivo de verificar se realmente está acontecendo na prática, o que foram abordado e exposto anteriormente. (Questionários em anexos, p. 57-63) 3.1Professor de Matemática Com base nas fundamentações teóricas dos capítulos anteriores, o professor é o grande responsável pela aprendizagem e desenvolvimento escolar de seus alunos. Para isso é necessária formação adequada e muita determinação para exercer bem a função de professor de matemática. Cunha (1989) mostrou através de pesquisa e questionários, como os alunos 35 caracterizaram e escolheram os bons professores, entre vários aspectos destacou que: ”A forma como o professor se relaciona com sua própria área de conhecimento é fundamental, assim como sua percepção de ciência e de produção do conhecimento” (CUNHA, 1989, p.71). Com base nesses pressupostos, realizei um questionário (anexo) com professores de matemática do Ensino Fundamental e Médio, com intuito de verificar como estão suas práticas pedagógicas dentro da sala de aula e se estão conseguindo relacionar a teoria com a prática. Começando por uma questão importante, o motivo que os levaram a serem professores de matemática, veja algumas respostas: Vou resumir a história. Vamos dizer que foi o “destino”, pois minha paixão, antes de conhecer a Matemática, era Biologia; então, por não haver este curso próximo da minha casa, decidi ingressar no curso de Matemática, na esperança de surgir, rapidamente, o curso que eu queria para me transferir para ele. Porém, deparei-me com o fantástico mundo das exatas, do concreto, sem erros; a Matemática foi para mim como uma luva personalizada, até parece que eu já sabia Matemática antes de fazer o curso; tudo era muito fácil e fascinante, cada desafio, cada problemas, cada vitória, cada solução encontrada. Posso dizer que Deus colocou a Matemática na minha frente e ela se tornou minha nova paixão. Hoje, eu transpiro Matemática, acredito que se abrirem minha cabeça encontrarão números dentro dela. Concluindo, o que me levou a ser professor de Matemática foi o amor de Deus na minha vida. (PROFESSOR A, 2008, p. 57) Veja o que respondeu o professor F quanto ao motivo que o levou a ser professor de matemática: Por gostar da área das exatas e por ver a necessidade em contribuir para o aprendizado dos alunos de maneira efetiva na disciplina de matemática, relacionando teoria e prática nas aulas e consequentemente a relação entre elas. (PROFESSOR F, 2008, p. 63) O professor E também relatou o que o influenciou a ser professor de matemática: “Por gostar da matéria decide prestar vestibular para matemática. Logo após me formar fui chamada para trabalhar e atuar em sala de aula. E o mercado de serviço é bom”. (PROFESSOR E, 2008, p. 62) D’Ambrosio (1996) afirma que ensinar é um ato de amor, onde o professor transmite o que sabe não em troca do salário, mas pelo simples fato de contribuir na aquisição de conhecimento de seus alunos, ensinando algo que jamais alguém poderá tirá-los que é o conhecimento. Para ser um bom professor é necessário ter afinidade com a disciplina, 36 domínio do conteúdo, procurar sempre se atualizar e gostar do que ensino no caso à matemática. É o mesmo que Carvalho afirma: É importante que nós, professores, nos atualizemos para que tenhamos condições de interpretar a nossa prática, fazer opções corretas sobre quais as atividades dar e porque, criando situações positivas para o momento que se apresenta. (CARVALHO, 1993, p. 42). Como professor, será importante gostar de crianças e adolescentes, procurar interagir no mundo deles e gostar da profissão que exerce, pois ninguém consegue cativar alguém a gostar de algo se ele mesmo não gosta. Os alunos percebem quando um professor domina ou não o disciplina. Será um bom professor aquele que domina o conteúdo e gosta realmente do que faz, nesse caso, ensinar. 3.2Apoio e Formação D’Ambrosio (1996) ensiste em afirmar que os professores de matemática só terão êxito e sucesso na vida profissional se receberem apoio e formação por parte das coordenações e direções das entidades e instituições escolares, consolidando a ânsia de um ensino de qualidade e melhorias no processo educacional. No questionário citado, alguns professores afirmaram que receberam apoio e formação e outros que não receberam nenhum tipo de apoio, veja: Apoio é o que mais tenho, por “todos” que estão próximos de mim, “todos’ os colegas professores, minhas coordenadoras e meus (minhas) diretores (as); Talvez queira saber por que coloquei todos entre aspas”? Simplesmente, porque existem algumas pouquíssimas pessoas que não aceitam meu sucesso na Educação (inveja), mas isso faz parte de toda profissão e o que eles acham não me interessa. Quanto à formação, posso dizer que sempre estou fazendo cursos para aprender mais um pouco, além de sempre estar lendo algum livro relacionado à minha formação de professor. (PROFESSOR A, 2008, p. 57) Veja o que respondeu o professor F, quanto ao recebimento de apoio e formação em sua profissão de educador: “Não necessariamente, pois busquei depois da graduação uma especialização de ensino de matemática que aprofunda um pouco mais no ensino e suas 37 metodologias, mas não foi um apoio recebido das escolas que trabalho”. (PROFESSOR F, 2008, p. 63) O professor B afirma: “Sim, atualmente o governo estadual passou a investir na qualificação dos professores e foi com este programa que mim formei em matemática”. (PROFESSOR B, 2008, p. 59) Percebe-se com a resposta de alguns professores, que o desejo dos autores relatado no primeiro capítulos já pode ser visto e percebidos na prática como é o caso da formação e capacitação dos professores, mostrando com isso, que as mudanças e adaptações precisas na educação já estão sendo utilizadas e aplicadas dentro das salas de aulas. Tiba confirma a importância das entidades escolares capacitarem seus professores: As escolas de ponta estão investindo muitíssimo no novo paradigma que é capacitar o professor a exercer o papel de orientador: ajudar o aluno a buscar, compreender, assimilar e integrar a informação para transformá-la em conhecimento. Daí favorecem o exercício do conhecimento pela prática, de modo que o aluno adquira sabedoria sobre o assunto.Acredite: a aquisição da sabedoria é possível. (TIBA, 1998, p.25). Portanto, para ser um bom professor e conseguir relacionar a teoria com o cotidiano do aluno, será preciso muita determinação e disponibilidade por parte do professor e mas do que isso, é fundamental o apoio da direção e coordenação da entidade como também oferecer continuamente formação apropriada para cada área, crescendo juntos no processo educacional. 3. 3Teoria e Prática na Matemática Relacionar teoria com a prática é um dos métodos proposto por vários autores já citados nos capítulos anteriores, como meio de obter melhorias na educação e despertar o interesse e a participação dos alunos durante e perante as aulas de matemática. D’ Ambrosio nos destaca a denominação da prática de ensino da matemática onde, 38 A prática de ensino em geral é uma ação pedagógica que visa o aprimoramento, mediante uma multiplicidade de enfoques, da ação educativa exercida no sistema educacional de maneira mais direta e característica, qual seja a forma por excelência dessa ação, isto é, o trabalho na sala de aula. (D’AMBROSIO, 1986, P.37). Uma maneira de analisarmos a ação pedagógica será buscar o aprimoramento e aperfeiçoamento adequado do trabalho na sala de aula, relacionando a teoria com a prática, ou seja, da teoria para a ação, que D’Ambrosio conceitua ação como, “o mecanismo próprio de nossa espécie para modificar a realidade no seu sentido mais amplo, seja realidade social e material, na qual estamos inequivocamente inseridos,” (D’ AMBROSIO, 1986.p.38). A ação é a modificação do real. Com esse propósito utilizei uma citação de D’Ambrosio para que os professores que respondessem o questionário pudessem analisar sua própria ação pedagógica. A citação era a seguinte: “O grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanhã”. (D’ AMBROSIO, 1996, P. 80). Interroguei – os se, como professor de matemática, têm buscado esta prática nas suas aulas. Eis algumas respostas: Começando com a resposta do professor B: “Sim. Introduzindo matérias com juros, porcentagens, cálculo de volume, massa, gráficos de variações de preços e outros”. (PROFESSOR B, 2008, p. 59) O professor A afirma: A teoria e a prática devem estar interligadas e, esta relação, muitas vezes não é o objetivo do professor de matemática, talvez por falta de conhecimento, ou por preguiça de procurar uma utilidade significativa para os alunos. Sempre tento relacionar a teoria com a prática, mas devido ao pouco estudo dos alunos, nem sempre conseguem entender. Procuro contar alguma história relacionada ao conteúdo, a sua origem, para que entendam o contexto em que tal conteúdo foi utilizado, mas para alguns alunos parece tão distante; porém, não desisto de ensinar, pois existem muitos alunos que se esforçam para entender. Tendo ensinar um conteúdo e dar significado real para os alunos, porém a prática fora da sala de aula, por motivos particulares da escola, é inviável; logo, a prática é toda feita em sala de aula. Existem alguns conteúdos que os alunos se interessam mais, por exemplo, matemática financeira, é um conteúdo que o aluno aprende e que, futuramente, vai utilizar, e nesses conteúdos dou mais ênfase. (PROFRSSOR A, 2008, p.57-58) A resposta do professor D foi: “Sim apesar de não ser fácil, porque, ainda existem vários obstáculos, como por exemplos usar ou não a calculadora, em sala de aula, e ela é algo 39 que deveríamos colocar em prática hoje por que irar servir para o amanhã, desde que fique claro que deve usá-la de forma adequada”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61) E para melhor compreensão desse assunto, veja o que respondeu o professor C: “Acho que tenho tentado inovar minhas aulas e sou otimista quanto a essa forma de contextualização, pois só dessa maneira que nossos alunos poderão sentir o significado da matemática no cotidiano”. (PROFESSOR C, 2008, p. 60) Os Professores de matemática, como constatam suas respostas, já estão se adaptando ao método proposto no segundo capítulo relacionando a teoria com a prática dos alunos. Todos acham benéfico essa relação, pois somente dessa maneira, conseguirão êxito e sucesso na aprendizagem, favorecendo a expansão do conhecimento, transparecendo o conhecimento e percebendo a importância da teoria para o uso de mecanismo no funcionamento da prática, na realidade de cada aluno, tendo como concreto que uma coisa depende da outra, quer dizer, a teoria depende da prática e a prática da teoria e juntas proporcionam um ensino de qualidade. Dando continuidade a exposição do questionário, eis a pergunta: Você acha benéfico relacionar teoria e prática?Por quê? Veja a resposta do professor A: Concordo plenamente, pois se aprendemos algo que podemos colocar em prática teremos uma real aprendizagem, e esta aprendizagem é prazerosa para o aluno, e acaba por beneficiá-lo em algum momento de sua vida; por exemplo, a matemática financeira pode ensiná-lo a escolher uma opção mais favorável na compra de algum objeto, portanto, vai beneficiá-lo. (PROFESSOR A, 2008, p. 58) O professor D respondeu: “Sim porque a pratica, nunca estará perfeita assim como a sociedade vai mudando, a tecnologia muda; devemos estar sempre buscando na teoria novos métodos, e tentar colocá-los em pratica, e assim sucessivas vezes”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61) 40 Os professores percebem a importância em relacionar a teoria com a prática, é o que relatou o professor F: “Essa relação entre teoria e prática é muito importante para o conhecimento do aluno, para desmistificar a matemática de maneira a fazer com que o aluno perceba a importância da teoria para o uso de mecanismo no funcionamento da prática no cotidiano de cada um”. (PROFESSOR F, 2008, p. 63) E apartir do momento que se aprende algo e coloca na prática, obtém se real aprendizagem e isso é prazeroso para o aluno e juntos proporcionam um ensino de qualidade. Tiba reafirma essa idéia, O professor lucrará muito quando conseguir fazer o mesmo: unir a matéria à vida prática. E os alunos também! Muitos jovens têm conhecimentos, mas não são sábios porque não os exercitam. Talento apenas não é suficiente, como não bastam os conhecimentos interiorizados. São como pérolas dentro de ostras. É preciso saber comunica-los, colocá-los em prática para o usufruto das pessoas. (TIBA, 1998, p.105). Tiba mostra a eficácia de unir o conteúdo escolar com a vida prática do aluno, não bastando ter apenas conhecimento, é preciso aplicá-lo na prática para transformá-lo em aprendizado. Como foram relatados os professores consideram benéfico relacionar a teoria com a prática. Mas será que estão conseguindo essa relação em suas salas de aula? Vejamos algumas respostas: “Sim, por que estou sempre buscando, e refletindo sobre minhas aulas, para ver qual a melhor forma de ensinar, e assim tentando colocar em pratica novamente”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61) “Nem sempre isso é possível, pois em alguns conteúdos não existe uma relação concreta para apresentar”. (PROFESSOR F, 2008, p. 63) “Sim, ministrando aulas que faz com que os alunos vivenciam em seu dia a dia”. (PROFESSOR B, 2008, p. 59) “Nem sempre, por falta até mesmo de material, mas sempre busco estar fazendo esta relação entre teoria e prática”. (PROFESSOR E, 2008, p. 62) 41 A mudança tanta almejada no ensino da matemática já pode ser notado na prática, os professores estão dando ênfase e valor a essa necessidade, tentando fazer a conexão entre a teoria e a prática e os alunos usufrutuando de um ensino de qualidade e efetivo no seu dia a dia. E uma das maiores dificuldades encontradas pelos professores de matemática no processo educativo, é relacionar a teoria com a prática, ou seja, com a realidade vivida pelos seus alunos. Os professores que contribuíram para realização deste trabalho, respondendo ao questionário, explicitaram quais foram às dificuldades encontradas ao tentar relacionar a teoria com a prática de seus alunos. Vejam quais foram elas: “Sim, perceber que para melhorá-las, era preciso pesquisar, ou seja, ter uma teoria, para ajudar a mudar minha pratica”. (PROFESSOR D, 2008, p. 61) O professor A respondeu: A maior dificuldade não é relacionar teoria e prática, isso é fácil. A maior dificuldade que encontro está na falta de tempo, pois para o professor ganhar um pouco mais ele deve lecionar o dia todo, não sobrando tempo para o mais importante, a pesquisa, sem ela não há como relacionar teoria e prática. Pois, é na pesquisa que encontramos a utilidade dos conteúdos que ensinamos. (PROFESSOR A, 2008, p, 58) “Muita, mas hoje em dia isso tem sido mais fácil, uma vez que contamos com mais apoio tecnológico (jogos, laboratórios, textos e etc.)”. (PROFESSOR C, 2008, p. 60) Veja a resposta do professor F: Sim, é necessário que o sistema educacional mude em alguns aspectos e um deles é o ensino dos conteúdos de maneiras diferentes na graduação e isso não acontece nas faculdades. Quando entrei na faculdade criei expectativas quanto à metodologia de conteúdos que até então não conseguia fazer a relação teoria e prática, nas minhas expectativas não foram correspondidas, pois não é trabalhado assim, infelizmente. (PROFESSOR F, 2008, p. 63) No entanto, pode se perceber com base nos questionários analisados, que as inovações e adaptações almejadas pelos autores, já deixaram de ser simplesmente teorias e estão sendo aos poucos transformadas em algo concreto. Os professores com apoio dos seus superiores estão conseguindo relacionar o conteúdo com a prática e estão visualizando no real como os 42 alunos participam mais das aulas que envolvem sua realidade, podendo obter assim uma verdadeira aprendizagem. Pois a teoria só tornará útil apartir do momento que será notada e utilizada na realidade. 43 CONCLUSÃO A finalidade desde trabalho monográfico é suscitar nos professores de matemática o desejo de inovação nas práticas pedagógicas, conscientizando de sua suma importância na vida escolar de seus alunos, e que relacionar a teoria com a prática está sendo atualmente uma das solicitações precisas e mais exigidas pelas escolas. Devido alguns professores demonstrarem ter dificuldade em relacionar a teoria com a prática ou vice-versa, nas aulas de matemática, senti a necessidade de elaborar um trabalho voltado para essas exigências que identificassem a importâncias de assimilar a teoria, embora sendo algo às vezes abstrato, com a prática, ou seja, com o concreto, real. Para aprofundar meus conhecimentos, busquei apoio nas fundamentações teóricas, identificando como um dos maiores empecilhos enfrentados pelos professores em relacionar teoria e prática à falta de formação específica, isso porque os cursos ressaltam a importância e a necessidade no ensino em fazer essa relação, mas esquecem de ensiná-los o mais importante, que é como deve fazer essa ligação, ou como aplicar na pratica todos os conhecimentos e habilidades expostos e trabalhados durante o curso. Então, fica a cargo das escolas proporcionarem aos seus professores já formados uma formação continuada, para assim ter a oportunidade de oferecer aos alunos um ensino de qualidade. Também despertar e incentivá-los ao hábito da pesquisa, pois será através da pesquisa que conseguiram relacionar a teoria com a prática. A pesquisa é a ligação entre a teoriaprática e mostrando no cotidiano a matemática inserida e utilizada praticamente em tudo. E como contribuem na interdisciplinaridade das escolas, pois se formos observar claramente, a matemática está presente e sendo usada em várias disciplinas como meio de facilitar o ensino, 44 como por exemplo, em Geografia para maior interpretação e visualização dos gráficos e tabelas, em Biologia é mais utilizada na parte da genética e assim pode ser vista em várias outras disciplinas. Relacionar a teoria com o cotidiano dos alunos é praticamente dar a eles a chance de um maior aprendizado, pois só interessamos e aprendemos aquilo que tem utilidade e serventia em nosso dia a dia, e com os alunos do Ensino Fundamental e Médio de matemática acontece o mesmo, eles anseiam em saber onde iram aplicar tal conteúdo exposto e se não encontram resposta e nem fundamentos concreto da utilidade da matéria explicita, desinteressam pela disciplina. O questionário com professores de matemática do ensino fundamental e médio, revela que as inovações e adaptações ressaltadas pelos autores já estam sendo algo concreto. A maioria dos professores estão recebendo formação adequada e superando suas dificuldades em relacionar a teoria com a prática.Assim os alunos participam mais das aulas, pois aprendem a aplicabilidade da teoria e obtendo com isso conhecimento e aprendizagem. Portanto, relacionar a teoria com a prática na matemática do Ensino Fundamento e Médio, será algo de grande valia, dando ao aluno a oportunidade de visualizar a matemática como algo indispensável em sua vida, pois perceberá na realidade que praticamente quase tudo pode ser considerado e trabalhado como instrumento matemático. E vale destacar que trabalhar e conciliar nas aulas de matemática teoria e prática, ou prática e teoria é a chave para uma verdadeira aprendizagem. 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma Nova Didática. Editoras Vozes. Petrópolis - RJ, 1988. CARVALHO, Maria de Lourdes. Construtivismo Fundamentos e Práticas. Editora: Lisa S.A. São Paulo – SP, 1993. CASSI, Patrícia. Troca de saberes. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº210, p.43-45, Março, 2008. CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1989. D’ AMBROSIO, Ubiratan. Educação matemática: Da teoria à prática. Campinas, SP: Papirus, 1996. —. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Sammus; Campinas: Ed. Universidade Estadual de Campinas, 1986. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GURGEL, Thais. Grandezas e Medidas. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 7579, Junho/Julho. —. A origem do sucesso (e do fracasso escolar). Nova escola, São Paulo, ano XXIII, nº216, p. 48- 61, Outubro, 2008. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para mudanças e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2001. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo – SP, 1994. MARANGON, Cristiane. Espaço para se aperfeiçoar. Nova Escola, São Paulo, ano XXII, nº207, p. 70-74, Novembro, 2007. MOREIRA, Plínio Cavalcanti. A formação matemática do professor: licenciatura e prática docente escolar. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. MOÇO, Anderson. Contas do cotidiano. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 68-71, Junho/Julho, 2008. 46 PAULINA, Iracy. Planas e não-planas. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº212, p. 74-80, Maio, 2008. —. Um dia após o outro. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº213, p. 80-81, Junho/Julho, 2008. PCN´s. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília – DF, 1998. PELLEGRINI, Denise e GROSSI, Gabriel. A formação docente é prioridade para o ministério. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº216, p.32- 36, Outubro, 2008. PEROZINI, Lívia. Acerto de contas. Carta na Escola, São Paulo, nº22, p. 8- 10, Dezembro / Janeiro, 2007/2008. POLATO, Amanda. O professor estuda, o aluno agradece. Nova Escola, ano XXII, nº208, p. 60- 62, Dezembro, 2007. TREVISAN, Deborah. A tabuada na cabeça. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº209, p. 5961, Janeiro/Fevereiro, 2008. TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo: Editora Gente, 1998. VICHESSI, Beatriz. Vamos às compras. Nova Escola, São Paulo, ano XXIII, nº215, p. 66-68, Setembro, 2008. 47 ANEXO 48 Figura. 1 Figura. 1.1 49 Figura. 1.2 Figura. 1.3 50 Figura. 1.4 Figura. 1.5 51 Figura. 1.6 Figura. 1.7 52 Figura. 1.8 53 Figura. 1.9 54 Figura. 2. 55 Figura. 2.1 56 Figura. 2.2 57 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: A QUESTIONÁRIO 1- O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Vou resumir a história. Vamos dizer que foi o “destino”, pois minha paixão, antes de conhecer a Matemática, era Biologia; então, por não haver este curso próximo da minha casa, decidi ingressar no curso de Matemática, na esperança de surgir, rapidamente, o curso que eu queria para me transferir para ele. Porém, deparei-me com o fantástico mundo das exatas, do concreto, sem erros; a Matemática foi, para mim como uma luva personalizada, até parece que eu já sabia Matemática antes de fazer o curso; tudo era muito fácil e fascinante, cada desafio, cada problemas, cada vitória, cada solução encontrada. Posso dizer que Deus colocou a Matemática na minha frente e ela se tornou minha nova paixão. Hoje, eu transpiro Matemática, acredito que se abrirem minha cabeça encontrarão números dentro dela. Concluindo, o que me levou a ser professor de Matemática foi o amor de Deus na minha vida. 2- Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Apoio é o que mais tenho, por “todos” que estão próximos de mim, “todos’ os colegas professores, minhas coordenadoras e meus (minhas) diretores (as); Talvez queira saber por que coloquei “todos” entre aspas? Simplesmente, porque existem algumas pouquíssimas pessoas que não aceitam meu sucesso na Educação (inveja), mas isso faz parte de toda profissão e o que eles acham não me interessa. Quanto a formação, posso dizer que sempre estou fazendo cursos para aprender mais um pouco, além de sempre estar lendo algum livro relacionado a minha formação de professor. 3- Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. A teoria e a prática devem estar interligadas e, esta relação, muitas vezes não é o objetivo do professor de matemática, talvez por falta de conhecimento, ou por preguiça de procurar uma utilidade significativa para os alunos. Sempre tento relacionar a teoria com a prática, mas devido ao pouco estudo dos alunos, nem sempre conseguem entender. Procuro contar alguma história relacionada ao conteúdo, a sua origem, para que entendam o contexto em que tal conteúdo foi utilizado, mas para alguns alunos parece tão distante; porém, não desisto de ensinar, pois existem muitos alunos que se esforçam para entender. Tendo ensinar um conteúdo e dar significado real para os alunos, porém a prática fora da sala de aula, por motivos particulares da escola, é inviável; logo, a prática é toda feita em sala de aula. Existem alguns conteúdos que os alunos se interessam mais, por exemplo, 58 matemática financeira, é um conteúdo que o aluno aprende e que, futuramente, vai utilizar, e nesses conteúdos dou mais ênfase. 4- Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Concordo plenamente, pois se aprendemos algo que podemos colocar em prática teremos uma real aprendizagem, e esta aprendizagem é prazerosa para o aluno, e acaba por beneficiá-lo em algum momento de sua vida; por exemplo, a matemática financeira pode ensiná-lo a escolher uma opção mais favorável na compra de algum objeto, portanto, vai beneficiá-lo. 5- Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Como já havia dito, nas turmas que leciono a prática ocorre dentro da sala de aula, numa dinâmica, em alguma atividade, na construção de algum equipamento etc. 6- Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? A maior dificuldade não é relacionar tória e prática, isso é fácil. A maior dificuldade que encontro está na falta de tempo, pois para o professor ganhar um pouco mais ele deve lecionar o dia todo, não sobrando tempo para o mais importante, a pesquisa, sem ela não há como relacionar teoria e prática. Pois, é na pesquisa que encontramos a utilidade dos conteúdos que ensinamos. 59 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: B QUESTIONÁRIO 1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Por que desde criança eu gostava de matemática, e sempre tive facilidade em fazer calculo. 2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Sim, atualmente o Governo Estadual, passou a investir na qualificação dos professores e foi com este programa que mim formei em matemática. 3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. Sim, introduzindo matérias como juros, porcentagens, cálculos de volume, massa, gráficos de variações de preços e outros. 4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Sim, porque tudo que você estuda em matemática deve ser relacionado com a prática, pois somente assim você conseguira êxito na aprendizagem do aluno. 5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Sim, ministrando aulas que faça com que os alunos vivenciam há seu dia a dia. 6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? Não. 60 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: C QUESTIONÁRIO 1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Acredito que é pelo fato da matemática ser uma das melhores disciplinas de se estudar. 2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Acredito que ainda falta muito algo para se atingir nossos objetivos, mas percebo que ao longo dos anos o ensino dessa disciplina vem mudando para melhor. 3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. Acho que tenho tentado inovar minhas aulas e sou otimista quanto a essa forma de contextualização, pois só dessa maneira que nossos alunos poderão sentir o significado da matemática no cotidiano. 4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Claro que deve haver a relação teoria/prática, pois é fundamental para dar significado ao aprendizado. 5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Na maioria dos conteúdos é possível fazer a contextualização. 6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? Muita, mas hoje em dia isso tem sido mais fácil, uma vez que contamos com mais apoio tecnológico (jogos, textos, etc.). 61 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: D QUESTIONÁRIO 1- O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Primeiramente por que era a matéria em que mais tinha facilidade, e que gostava também, mesmo com tantas dificuldades que existem na educação; e muito bom podermos transmitir conhecimento, podemos ensinar algo para alguém. 2-Como professor (a) tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Apoio não, mas formação adequada sim. 3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. Sim apesar de não ser fácil, porque, ainda existem vários obstáculos, como por exemplos usar ou não a calculadora, em sala de aula, e ela é algo que deveríamos colocar em prática hoje por que irar servir para o amanhã, desde que fique claro que devemos usá-la de forma adequada 4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Sim porque a pratica, nunca estará, perfeita assim como a sociedade vai mudando, a tecnologia muda; devemos estar sempre buscando na teoria novos métodos, e tentar colocálos em pratica, e assim sucessivas vezes 5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Sim, por que estou sempre buscando, e refletindo sobre minhas aulas, para ver qual a melhor forma de ensinar, e assim tentando colocar em pratica novamente 6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? Sim, perceber que para melhorá-las, era preciso pesquisar, ou seja, ter uma teoria, para ajudar a mudar minha prática. 62 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: E QUESTIONÁRIO 1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Por gostar da matéria, decide prestar vestibular para matemática. Logo após me formar fui chamada para trabalhar e atuar em sala de aula. E o mercado de serviço é bom. 2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Não muito, pois os apoios e materiais são muito fracos. Precisa melhora muito 3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. Sim, por ter conhecimento de Ubiratan, tenho buscado estar passando para os alunos sempre uma aula renovada. 4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Sim, pois uma depende muita da outra. 5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Nem sempre, por falta até mesmo de material. Mas sempre busco estar fazendo esta relação entre teoria e prática. 6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? Sim, na prática os alunos têm que estar sempre com materiais concretos para associar bem como funciona a teoria na prática. 63 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA DISCIPLINA: MONOGRAFIA DISCENTE: ADRIANE MATIAS ROSA ORIENTADORA: STELA MARES CORRÊA PROFESSOR: F QUESTIONÁRIO 1-O que levou você a ser um professor (a) de matemática? Por gostar da área das exatas e por ver a necessidade em contribuir para o aprendizado dos alunos de maneira efetiva na disciplina de matemática, relacionando teoria e prática nas aulas e consequentemente a relação entre elas. 2-Como professor (a), tem recebido apoio e formação adequada para exercer bem sua profissão? Não necessariamente, pois busquei depois da graduação uma especialização de ensino de matemática que aprofunda um pouco mais no ensino e suas metodologias, mas não foi um apoio recebido das escolas que trabalho. 3-Para Ubiratan, “o grande desafio para a educação é pôr em prática hoje o que vai servir para o amanha“. Você como professor (a) de matemática, tem buscado esta prática nas suas aulas? Explique. Nem sempre é possível esse trabalho relacionando teoria e prática, devido aos conteúdos. Procuro estar sempre mostrando aos alunos a relação entre a prática e a teoria e a necessidade do aprendizado afetivo para uso em determinadas áreas do conhecimento no futuro. 4-Você acha benéfico relacionar teoria e prática? Por quê? Essa relação entre teoria e prática é muito importante para o conhecimento do aluno, para desmistificar a matemática de maneira a fazer com que o aluno perceba a importância da teoria para o uso de mecanismos no funcionamento da prática no cotidiano de cada um. 5-Em sua posição de educador, no ensino da matemática, você consegue relacionar “teoria e prática” no decorrer de suas aulas? Justifique sua resposta. Nem sempre isso é possível, pois alguns conteúdos não existem uma relação concreta para apresentar. 6-Você encontrou dificuldade em relacionar teoria e prática em suas aulas?Quais? Sim, é necessário que o sistema educacional mude em alguns aspectos e um deles é o ensino dos conteúdos de maneiras diferentes na graduação e isso não acontece nas faculdades. Quando entrei na faculdade criei expectativas quanto a metodologias de conteúdos que até então não conseguia fazer essa relação teoria e prática, nas minhas expectativas não foram correspondidas pois não é trabalhado assim, infelizmente. 64