WORKSHOP
AVALIAÇÃO DO PEE
Auditório da ANEEL
Brasília, 17 de setembro de 2010
Elaboração de metodologia que permita mensurar,
verificar e avaliar os resultados decorrentes de ações de
Eficiência Energética dos Programas de Eficiência
Energética – PEE das concessionárias distribuidoras de
eletricidade
Elaboração de metodologia que permita mensurar,
verificar e avaliar os resultados decorrentes de ações de
Eficiência Energética dos Programas de Eficiência
Energética – PEE das concessionárias distribuidoras de
eletricidade
Prof. Jamil Haddad
Centro de Excelência em Eficiência
Energética – EXCEN
Gustavo Nogueira Salume
EFFICIENTIA
Brasília, 17 de setembro de 2010
Atividades 01, 02 e 03
• Elaboração de planejamento sistemático dos trabalhos a serem
realizados, com descrição e detalhamento das ações, bem
como os respectivos cronogramas de execução físicofinanceira.
• Levantamento do estado da arte das ações, trabalhos
publicados e relatórios disponibilizados, relacionados à
avaliação de impactos e resultados de programas e projetos de
eficiência energética.
• Realização de entrevistas e reuniões com os técnicos dos
agentes e instituições envolvidas com os PEE.
Atividades 04, 05 e 06
• Análise das metodologias existentes, identificando as eventuais
deficiências e proposição de critérios de consistência para a
avaliação dos resultados e dos dados dos Programas de Eficiência
Energética – PEE.
• Elaboração de modelos conceituais e estabelecimento de
indicadores para a avaliação de resultados dos Programas de
Eficiência Energética – PEE das empresas distribuidoras de
energia elétrica.
• Estruturação e implantação de uma base de dados para
armazenamento e gerenciamento de informações e apuração dos
indicadores relativos às metodologias e modelos propostos.
Atividades 07, 08, 09 e 10
• Desenvolvimento de metodologia para estimar os custos de execução das
avaliações e fiscalizações de campo, utilizando o modelo proposto, visando
definir-se a melhor relação custo/benefício desta atividade.
• Identificação de oportunidades e prioridades para possíveis ações, com
proposições para o aperfeiçoamento do marco legal ou a implementação de
regulamentações específicas.
• Realização de uma Consulta Pública via Internet, pelo período de 30 dias,
para o recebimento de comentários. A mesma será realizada através do site
do MME e da ANEEL.
• Realização de Workshop para apresentação e discussão dos resultados do
estudo realizado. O mesmo ocorrerá no auditório da ANEEL em
17/09/2010.
PROJETO MEDIVE
Análise de Pesquisa e das entrevistas realizadas
com agentes e instituições envolvidas com os
Programas de Eficiência Energética - PEE
Questionário
• Parte 01: Identificação da Empresa Distribuidora
de Energia Elétrica.
• Parte 02: Elaboração e Gestão do PEE.
• Parte 03: Execução do PEE.
• Parte 04: Fiscalização do PEE.
Empresas
Tabela - Número de empresas distribuidoras que responderam o questionário
Região
N° de distribuidoras
CO
NE
N
SE
S
TOTAL
5
13
9
23
16
66
N° de distribuidoras que
responderam o questionário
4
9
6
15
5
39
Porcentagem
80,00%
69,23%
66,67%
65,22%
31,25%
59,09%
Empresas
Figura - Número de empresas distribuidoras que responderam o questionário por região
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Análise da Elaboração
• A elaboração do PEE das empresas é realizado com
pessoal próprio (100% das respostas).
– Envolve estratégias da empresa (comercial, social,
ambiental, etc) buscando melhorar a imagem da
empresa junto à sociedade com a priorização de
projetos do tipo baixa renda, educacional, hospitais,
entidades sem fins lucrativos, etc.
• A maioria está ligada à Diretoria Comercial ou Técnica.
– Busca reduzir perdas técnicas e comerciais.
Análise da Elaboração
• Algumas empresas poderão investir mais que o
recomendado quando houver um ganho
econômico ou social.
• Durante a elaboração do PEE as empresas evitam
de enviar projetos com o RCB próximo do limite
estipulado no manual. Dessa forma visam
trabalhar com certa margem de segurança, pois a
RCB após a implantação do projeto pode
apresentar um valor acima do inicialmente
calculado.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Análise da Gestão
• A gestão do PEE das empresas é realizado, na maioria das
empresas, com pessoal próprio.
– Envolve os objetivos da empresa (perda comercial,
perda técnica, social com melhoria da imagem junto à
sociedade, etc).
– Necessidade de acompanhamento dos projetos
(contatos, resultados, prazos, relatórios, esclarecimentos
ao agente regulador).
• Empresas pequenas citaram que possuem dificuldades
para contratação de auditoria contábil e financeira.
Análise da Gestão
• A experiência tem mostrado que as distribuidoras se
interessam mais com a gestão dos Programas de Eficiência
Energética quando as mesmas passam a reconhecer nessa
atividade oportunidades para auferirem ganhos
econômicos, principalmente quando existem incentivos
regulatórios e tarifários.
• Dessa forma, como é comum em muitas empresas, os
processos relacionados à eficiência energética deixam de
ser reconhecidos, pelos dirigentes, como uma obrigação
administrativa e ganham uma maior e significativa
importância.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Análise dos Recursos
Humanos
• A quantidade depende do porte da empresa (mínimo
1 e máximo 17 pessoas).
Análise dos Recursos
Humanos
• A quantidade depende do porte da empresa (mínimo 1 e máximo
17).
• Pessoal próprio realiza atividades de elaboração e gestão do PEE.
– Atividades de planejamento e acompanhamento.
• Pessoal terceirizado realiza atividades de execução e medição do
PEE.
– Necessidade de técnicos especializados e equipamentos de
medição.
– Redução de custos.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Contratos de desempenho
• 60% das empresas não realizaram contratos.
– Dificuldades de aceitação dos clientes.
– Empresários não conhecem a metodologia.
– Necessidade de acompanhamento dos resultados.
– Não é interesse da concessionária.
• 40% realizaram contratos de desempenho.
– Clientes industriais.
– Apresentaram bons resultados.
– Dificuldades na celebração do contrato e nos critérios de
medição dos resultados.
– Tempo de retorno menor que 3 anos.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Tipologias
Comercial e
serviço
20%
Rural
4%
Melhoria rede
2%
Baixa renda
34%
Industrial
6%
Poder público
22%
Educacional
12%
Tipologias
• Maioria dos projetos abordam questões sociais
envolvendo comunidades de baixa renda,
escolas, hospitais, creches, asilos, etc.
• Ao desenvolverem projetos de eficiência
energética voltados para a comunidade a
distribuidora também está difundindo e
vinculando fortemente sua imagem junto a
toda a população.
• O tempo médio para implantação dos projetos
é de 12 a 18 meses.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Usos Finais
Ar comprimido
2%
Cogeração
2%
Ar condicionado
15%
Iluminação
35%
Irrigação
2%
Aquecimento solar
7%
Força motriz
17%
Refrigeração
20%
Figura - Tipologias dos projetos implementados pelas distribuidoras
Usos Finais
• A maioria dos projetos implementados está relacionada
aos seguintes usos finais: substituição de lâmpadas,
troca de geladeiras, substituição de motores elétricos,
troca de sistemas de ar condicionado tipo janela, etc.
• Sistemas de iluminação apresentam valores de RCB
bastante favoráveis.
• 100% das empresas que responderam o questionário
informaram que utilizam como referência o Protocolo
Internacional de Medição e Verificação de Desempenho
– PIMVP.
Usos Finais
• As distribuidoras alegaram dificuldades para efetuar
medições conforme o PIMVP recomenda, pois muitas
vezes são exigidas medições por uso final. A
separação de circuitos para este tipo de medição foi
um problema frequentemente relatado. Além disso,
há a necessidade de equipamentos e pessoal
capacitado para realização das medições.
• Necessidade de adaptar o PIMVP às condições
brasileiras desenvolvendo metodologias para cada
tipologia.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Dificuldades na fiscalização
• A inexistência ou mesmo falta de critérios específicos
e claros para a mensuração dos resultados e na
auditoria contábil e financeira.
• A preocupação das distribuidoras da avaliação e
análise subjetiva que será exercida pelos fiscais da
ANEEL.
• Longo tempo decorrido após o término do projeto,
podendo o coordenador do projeto estar aposentado
ou mudado de área.
ANÁLISE
Elaboração e
Gestão
Execução
Fiscalização
Elaboração
Contrato
Desempenho
Dificuldades
Gestão
Tipologias
Resultados
RH
Usos Finais
MV
Projetos com Melhores resultados
segundo as Distribuidoras
Poder público
13%
Iluminação pública
21%
Serviços públicos
Educacional
13%
8%
Baixa renda
45%
Melhores resultados
• Facilidade de implementação.
• Apresentam
comunidade.
excelente
repercussão
na
– Ex. melhoria na iluminação pública resulta
em melhores condições de segurança para a
população.
• Apresentam metodologias bem sedimentadas.
Conclusões
• A exigência da RCB menor que 0,8 e a necessidade de MV tem
dificultado a execução de alguns projetos.
• Algumas citaram dificuldades na realização da medição e
verificação em alguns projetos com os custos de M&V
inviabilizando a implementação do mesmo, pois irá impactar
negativamente no cálculo da RCB.
• Necessidade de mais incentivos para os contratos de
performance.
• Foi sugerido o retorno da tipologia iluminação pública.
Conclusões
• Foi comentado que ainda não existem regras claras com
relação à fiscalização contábil, assim como o protocolo também
não define os procedimentos de M&V por tipologia.
• O manual deveria contemplar a execução de ante-projeto para
poder analisar a viabilidade de projetos.
• Foi também destacado que a exigência de aplicar pelo menos
50% dos recursos em projetos de baixa renda é elevado.
• Os contratos de desempenho estão sendo realizados e ainda
serão, pois é desse recurso que algumas empresas podem
obter recursos para a gestão dos projetos.
Conclusões
• Atualmente algumas concessionárias não estão
realizando contratados de desempenho, pois com a
atual regra, os ganhos obtidos com essa modalidade
de projeto, vão para um fundo que deverá retornar
com novos projetos de eficiência energética,
aumentando o recurso a ser realizado pela empresa e
gerando novas demandas.
• Foi sugerido que para incentivar essa modalidade
deveria ser permitido à concessionária apropriar
parte desses ganhos.
• Necessidade de critérios claros para a MV por
tipologia e fiscalização contábil financeira.
Conclusões
• Foi destacado que os projetos para o seguimento de
baixo poder aquisitivo envolvem moradias com baixo
consumo de energia elétrica e as economias
envolvidas também são de pequeno valor.
• Também foi comentado que não é incomum que
esses moradores troquem de casas e/ou até dos
produtos recebidos (geladeiras, lâmpadas, etc). Além
desse fato, segundo algumas distribuidoras, as
medições podem ficar muito caras, encarecendo o
custo final desse tipo de projeto.
Conclusões
• Foi também destacado a expectativa da geração de resultados e
produtos que possam contribuir no aprimoramento da atual
regulamentação do PEE, como por exemplo:
– Necessidade de desenvolver novos indicadores (sociais,
ambientais, etc) para os projetos e respectivas tipologias.
– Desenvolver mecanismos de M&V que permita obter
resultados (energia conservada e demanda retirada da ponta)
que não gerem dúvidas em relação aos valores e sua
permanência.
– Desenvolver um Benchmarking para os projetos do PEE e
respectivas empresas.
– Estudar a necessidade de regionalizar alguns indicadores e/ou
projetos.
PROJETO MEDIVE
Base de Dados dos projetos do PEE
Tabela - Quantificação da ocorrência de valores de Parâmetros nos projetos do PEE - Período de
1998 a 2007 - Tipologia Residencial.
Tipologia Residencial
Energia
Economizada
28,1
P<R
25,8
Demanda retirada da
ponta
30,3
P>R
37,6
12,9
19,6
28,1
Iguais
6,7
15,2
10,7
1,7
Sem P e R
1,2
2,3
2,3
21,3
Sem P
4,5
4,5
4,5
1,2
Sem R
24,2
34,8
34,8
35,9
Total (%)
100,0
100,0
100,0
100,0
Investimento
RCB
11,8
Tabela - Quantificação da ocorrência de valores de Parâmetros nos projetos do PEE
Tipologia Comercial e Serviços.
Tipologia Comercial e Serviços
Investimento
Demanda Evitada
Energia Economizada
RCB
Sem P
0,7
1,3
0,0
13,3
Sem R
10,7
31,3
0,7
29,3
Sem P e R
6,0
12,7
14,0
20,7
P<R
20,7
22,7
30,7
9,4
P>R
60,6
24,0
49,3
25,3
Iguais
1,3
8,0
5,3
2,0
Total (%)
100,0
100,0
100,0
100,0
Tabela - Quantificação da ocorrência de valores de Parâmetros nos projetos do PEE
Tipologia Industrial.
Tipologia Industrial
Investimento
Demanda Evitada
Energia Economizada
RCB
Sem P
7,5
7,0
7,0
5,5
Sem R
23,4
25,9
31,3
18,9
Sem P e R
11,4
20,4
12,4
33,3
P<R
13,9
22,9
23,4
9,5
P>R
40,3
15,9
20,4
29,3
Iguais
3,5
7,9
5,5
3,5
Total (%)
100,0
100,0
100,0
100,0
PROJETO MEDIVE
Proposta de Indicadores para o PEE
Indicadores de Energia
Os indicadores de energia são aqueles que se
referem à redução do consumo como resultado
do programa.
• Economia de energia
• Redução de demanda na ponta
Indicadores de Atividades
Os indicadores de atividades podem apresentar dados brutos e
referem-se aos resultados quantitativos que apresentam
informações sobre abrangência, pessoal envolvido e tempo de
duração do Programa de Eficiência Energética, entre outros. Assim,
para o desenvolvimento desses indicadores é necessário
contabilizar:
– Número de projetos
concessionária;
implementados
pela
empresa
– Número de projetos abrangidos por região;
– Número de projetos abrangidos por tipologia;
– Duração para implementação por projeto;
– Total de profissionais envolvidos no projeto por instituição.
Indicadores Econômicos
A seguir são apresentados alguns possíveis
indicadores:
– Investimento/tipologia de projeto;
– Investimento/instituição (ou agente);
– Investimento/região;
– Investimento/tipologia.
Indicadores de Execução
• Economia Qualitativa dos free-drivers
– O efeito free-driver é a adoção de medidas e
práticas de eficiência energética pelos não
participantes como resultado do projeto ou
programa. O objetivo desse indicador não é saber
exatamente a redução do consumo de energia
desses indivíduos, mas sim saber se o programa
cumpriu sua meta de disseminar as informações de
conservação de energia para a comunidade.
• Ações Realizadas e Não Realizadas
Indicadores Específicos
Considerando o setor residencial têm-se, como sugestão, entre
outros, os seguintes indicadores:
– Consumo por habitação;
– Consumo de eletricidade de eletros-domésticos por
habitação;
– Consumo por habitação por dimensão espacial;
– Consumo por habitação por média de temperatura.
Considerando o setor de serviços têm-se, como sugestão, entre
outros, os seguintes indicadores:
– Consumo por funcionário por setor de serviço;
– Consumo de eletricidade no setor de serviços por
funcionário.
Indicadores Específicos
É igualmente importante obter-se o consumo específico
para os principais usos finais, como por exemplo:
– Motor elétrico;
– Sistemas de Bombeamento;
– Sistemas de Condicionamento Ambiental;
– Sistemas de Ar Comprimido;
– Aquecedor de água elétrico doméstico;
– Iluminação elétrica;
– Etc.
PROJETO MEDIVE
Análise dos atuais critérios e dados empregados
na avaliação dos projetos do PEE
Critério Energético
• Principais Indicadores:
– Energia economizada (MWh/ano)
– Redução de demanda no horário de ponta (KW)
• Tais valores são levantados por meio de diagnóstico
ou pré-diagnóstico e cadastrados no Sistema de
Gestão dos Programas de Eficiência Energética da
ANEEL - SGPEE.
• Após a conclusão do projeto, esses valores deverão
ser mensurados por meio de práticas adequadas de
medição e verificação - M&V
Critério Econômico
• Custos evitados: custos verificados em decorrência
da economia anual obtida nos custos dos sistemas
à montante do segmento considerado pela
postergação dos investimentos (custo da
demanda evitada) e/ou redução de despesas
operacionais (custo de energia evitado).
• Para quantificar os custos totais evitados,
multiplica-se a quantidade da demanda e da
energia evitadas, pelos respectivos "custos
unitários evitados".
Critério Econômico
Taxa de Desconto
• A taxa de desconto a ser considerada atualmente na
avaliação financeira é de no mínimo 8%.
Vida Útil
• A vida útil é definida em cada modelo de projeto
específico apresentado nos Roteiros Básicos para
Elaboração de Projetos. No caso do projeto englobar
equipamentos com vidas úteis diferentes, o
investimento anualizado do projeto será composto pelo
somatório
dos
investimentos
anualizados
correspondentes a cada equipamento e a sua respectiva
vida útil.
Critério Econômico
Relação Custo-Benefício (RCB)
• Todos os projetos devem ter sua RCB calculada sob a ótica da
sociedade. Se um projeto tiver mais de um uso final
(iluminação, refrigeração, motores elétricos ....) cada um
desses usos finais deverá ter sua RCB calculada. Deverá,
também, ser apresentada a RCB global do projeto por meio da
média ponderada das RCBs individuais.
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
CAequipamento(i )  CPEequipamento(i )  FRC
Benefício anualizado  B   EE  CEE    RDP  CED
CEE = Custo evitado de energia elétrica [R$/MWh].
CED = Custo evitado de demanda [R$/kW].
FRC 
i  1  i 
1  i 
n
n
1
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
1) Parâmetros
Consistem nos fatores que não dependem do projeto em si:
– taxa de desconto (i);
– custo evitado de energia (CEE);
– custo evitado de demanda (CED).
2) Variáveis
São fatores associados às particularidades do projeto:
–
–
–
–
–
Vida útil dos equipamentos;
Custo dos equipamentos;
Custos diretos e indiretos;
Energia economizada;
Demanda retirada do horário de ponta.
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
Efeito da variação
da taxa de desconto (i)
Variação do RCB com a taxa de desconto
1,40
1,20
1,00
RCB
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
i% [a.a.]
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
Efeito da variaçãoVariação
da vida
útil dos equipamentos
do RCB com a vida útil
4,00
3,50
3,00
RCB
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
0
5
10
15
Vida útil [anos]
20
25
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
Efeito da variação
Redução
Demanda
na Ponta
Variaçãoda
do RCB
com a redução de
de demanda
na ponta
1,20
1,00
RCB
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
-
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
RDP [kW]
120,00
140,00
160,00
180,00
Análise de sensibilidade da RCB à
variação dos seus fatores de influência
Efeito da variaçãoVariação
da Redução
da economizada
Energia Economizada
do RCB com a energia
2,00
1,80
1,60
1,40
RCB
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
-
200,00
400,00
600,00
800,00
EE [MWh/ano]
1.000,00
1.200,00
1.400,00
PROJETO MEDIVE
Análise Geral dos projetos implementados no
âmbito do PEE
Análise Geral
• O ciclo 2003/2004 apontou mais recursos no programa,
com isso, obteve a maior energia anual economizada;
• A região sudeste recebeu a maior quantidade e
investimentos em projetos de eficiência energética,
resultando em maiores economias de energia e
demanda;
• A tipologia industrial foi a primeira em quantidade de
projetos efetivos, resultando na maior quantidade de
energia economizada, porém, com relação à demanda
retirada na ponta, foi a quarta tipologia e, para a
quantidade de investimentos, foi a quinta tipologia.
Conclusões
• Projetos
industriais
apresentam
maior
economia de energia por projeto executado
que outras tipologias;
• Consumo industrial: cerca de 50% do consumo
nacional;
• PNE-2030: Foco em eficiência energética;
Conclusões
Procel Info, 5/08/10;
Dos R$ 1,3 bilhão investidos anualmente:
• 7,7% - Cogeração e Indústria
• 64% - baixa renda (menos de 5% do consumo do país)
• Menos energia economizada com maior custo;
Conclusões
Procel Info, 5/08/10;
• Projetos até 2008: custo médio de 69,18 R$/MWh
• Após 2008: Foco em baixa renda – 209,32 R$/MWh
• CME (custo médio de expansão): 140 R$/MWh
• Lei 12.212, de jan/10: 60% dos recursos: baixa renda.
• Antes: 50%
PROJETO MEDIVE
Metodologia para estimar os custos de execução
das avaliações e fiscalizações de campo
• O MPEE 2008 — prevê, em seu item 1.17.4, a
avaliação final de todos os projetos no âmbito do PEE
das concessionárias distribuidoras de energia
elétrica;
• O reconhecimento dos investimentos realizados
será feito após análise e aprovação final do projeto
pela ANEEL;
• AP048/2009: As concessionárias deverão contratar
Empresa de Auditoria Independente (EAI) para
auditoria em seus PEE’s.
• Adotou-se como premissa deste trabalho que a auditoria
técnica dos projetos e programas do PEE será executada
por empresas prestadoras de serviço independentes:
CT  CTMO  CTtransp  CTviagens  CToutras
PVLR 
CTdespesas  RAG  LB
100%   ISS LR  PIS / PASEPLR  COFINS LR 
Exemplo:
NMO
CTMO   tMO  j   CMO  j 
j 1
RB  j   ESMO  j   BMO  j 
CMO  j  
JMT
CTMO
NMO
tMO(j)
CMO(j)
RB(j)
ESMO(j)
BMO(j)
JMT
–
–
–
–
–
–
custo total de mão de obra [R$].
número de profissionais envolvidos.
tempo de trabalho de cada profissional “j” [h].
custo unitário de cada profissional “j” [R$/h].
remuneração bruta de cada profissional “j” [R$].
recolhimento patronal dos encargos sociais para cada profissional “j”.
outros benefícios normalmente praticados pelo mercado (e.g. plano de
–
saúde).
– jornada mensal de trabalho = 220 horas. []
• A metodologia consiste de uma estrutura sistemática
para a estimativa dos preços a serem praticados pelas
empresas de auditoria independente (EAI).
• Não fixa os valores dos custos unitários (parâmetros)
• Não estabelece padrões para quantidades (variáveis) ou
até mesmo preços finais,
• Carência de dados e informações para balizamento, bem
como a quantidade e variabilidade dos fatores de
influência sobre estes preços.
OBRIGADO!
Prof. Jamil Haddad
Centro de Excelência em Eficiência
Energética – EXCEN
[email protected]
Fone: (35)3629-1411/1241
Gustavo Nogueira Salume
EFFICIENTIA
[email protected]
Fone: (31) 3274-5466
Brasília, 17 de setembro de 2010
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Atividades da Consultoria