Edital de Concorrência Pública Nacional (SQC) nº 40.10756/2006
Serviços de Consultoria Pessoa Jurídica para a elaboração de metodologia que permita
mensurar, verificar e avaliar os resultados decorrentes de ações de Eficiência Energética
dos Programas de Eficiência Energética – PEE das concessionárias distribuidoras de
eletricidade
Relatório Produto 3
Setembro de 2009
APRESENTAÇÃO
Este terceiro relatório apresenta o produto 3 do Edital de Concorrência Pública Nacional (SQC)
nº 40.10756/2006, objeto de aprovação, pelo CAP, na Reunião nº 42/2008, de 01 de outubro de
2008 - Caso 02, cujo objeto é a Contratação de Serviços de consultoria para elaboração de
metodologia que permite mensurar, verificar e avaliar os resultados decorrentes de ações de
Eficiência Energética das concessionárias distribuidoras de eletricidade.
O presente relatório apresenta uma análise proveniente dos resultados obtidos com a realização
de entrevistas e reuniões com os técnicos dos agentes e instituições envolvidas com os
Programas de Eficiência Energética - PEE, principalmente com a Agência Nacional de Energia
Elétrica - ANEEL, o PROCEL/Eletrobrás, o MME e as empresas distribuidoras de energia
elétrica.
Relatório do Produto 3
1
SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................................................................3
2. Levantamento das Informações ...............................................................................................4
2.1. Questionário sobre o PEE..................................................................................................4
2.2. Ofício ANEEL.....................................................................................................................6
3. Análise dos Questionários Respondidos................................................................................12
3.1. Elaboração e Gestão.........................................................................................................14
3.2. Execução do PEE..............................................................................................................16
3.3. Fiscalização do PEE .........................................................................................................19
4. Análise das Entrevistas ...........................................................................................................20
5. Conclusões................................................................................................................................23
6. Anexo 1 – Respostas ao Questionário....................................................................................26
6.1. Respostas da parte 2 do questionário .............................................................................26
6.1.1. Respostas a pergunta 2.1 do questionário...............................................................26
6.1.2. Respostas a pergunta 2.2 do questionário...............................................................29
6.1.3. Respostas a pergunta 2.3 do questionário...............................................................32
6.1.4. Respostas a pergunta 2.4 do questionário...............................................................35
6.1.5. Respostas a pergunta 2.5 do questionário...............................................................39
6.1.6. Respostas a pergunta 2.6 do questionário...............................................................43
6.2. Respostas da parte 3 do questionário .............................................................................47
6.2.1. Respostas a pergunta 3.1 do questionário...............................................................47
6.2.2. Respostas a pergunta 3.2 do questionário...............................................................51
6.2.3. Respostas a pergunta 3.3 do questionário...............................................................53
6.2.4. Respostas a pergunta 3.4 do questionário...............................................................55
6.2.5. Respostas a pergunta 3.5 do questionário...............................................................58
6.2.6. Respostas a pergunta 3.6 do questionário...............................................................62
6.2.7. Respostas a pergunta 3.7 do questionário...............................................................65
6.3. Respostas da parte 4 do questionário .............................................................................69
6.3.1. Respostas a pergunta 4.1 do questionário...............................................................69
6.3.2. Respostas a pergunta 4.2 do questionário...............................................................72
7. Anexo 2 – Ofício ANEEL........................................................................................................77
Relatório do Produto 3
2
1. Introdução
Programas de fomento à eficiência energética e redução das perdas no uso final de
energia têm sido desenvolvidos em diversos países com benefícios econômicos e ambientais.
No Brasil uma das maneiras para fomentar projetos de eficiência energética está
relacionada com as empresas distribuidoras de energia elétrica, pois o contrato de concessão
firmado pelas empresas concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica
com a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabelece obrigações e encargos perante
o poder concedente. Uma dessas obrigações consiste em aplicar anualmente o montante de no
mínimo 0,5 % de sua receita operacional líquida, em ações que tenham por objetivo o combate
ao desperdício de energia elétrica.
Para o cumprimento desta obrigação as concessionárias devem apresentar à ANEEL a
qualquer tempo, por meio de arquivos eletrônicos, projetos de Eficiência Energética e Combate
ao Desperdício de Energia Elétrica, observadas as diretrizes estabelecidas para a sua elaboração.
Atualmente as diretrizes para elaboração dos Programas são aquelas definidas na Lei nº
9.991, de 24 de julho de 2000, bem como aquelas contidas nas resoluções da ANEEL específicas
para eficiência energética.
Relatório do Produto 3
3
2. Levantamento das Informações
Com o objetivo de obter dados e informações junto às concessionárias distribuidoras de
energia elétrica relacionadas à estrutura interna das mesmas na gestão do PEE, suas dificuldades,
sugestões e considerações técnicas a respeito dos critérios empregados pela ANEEL na análise
dos projetos do PEE, e também, sobre os procedimentos de Medição e Verificação - M&V dos
projetos desenvolvidos foi elaborado um questionário abordando esses assuntos.
2.1. Questionário sobre o PEE
O questionário foi desenvolvido pelo Consórcio Fupai – Efficientia com a revisão da
ANEEL e contendo as seguintes partes:
•
Parte 01: Identificação da Concessionária;
•
Parte 02: Elaboração e Gestão do PEE;
•
Parte 03: Execução do PEE;
•
Parte 04: Fiscalização do PEE.
A seguir é apresentado esse questionário.
Parte 01: Identificação da Concessionária
Nome da Concessionária:
Nome do responsável pelas informações prestadas:
Cargo/Função:
e-mail:
Telefone:
Parte 02: Elaboração e Gestão do PEE
2.1 Atualmente, a gestão e execução do Programa de Eficiência Energética (PEE) são realizadas
totalmente por equipe própria ou existe contratação de terceiros? Atualmente existem quantas
Relatório do Produto 3
4
pessoas, entre técnicos e funcionários administrativos da concessionária, diretamente
envolvidas na gestão e execução do PEE?
2.2 O setor responsável pela elaboração do Programa de Eficiência Energética (PEE) se encontra
em qual departamento ou divisão da concessionária? Qual é a diretoria vinculada? O
acompanhamento das ações é realizado pela mesma equipe? Ou depende do tipo de projeto
implementado?
2.3 Em qual cenário ou em quais condições você julga possível a concessionária empregar um
montante de recursos superior ao mínimo exigido pela legislação?
2.4 Quando da elaboração do PEE, existe algum critério de priorização quanto à tipologia dos
projetos de eficiência energética? Caso positivo é possível descrevê-lo?
2.5 Considerando a atual regulamentação da ANEEL, quais as maiores dificuldades encontradas
quando da elaboração do PEE?
2.6 Apesar da maioria dos projetos iniciados na vigência da Resolução 300 ainda estarem em
andamento, caso possível, que sugestões proporia para aperfeiçoar a atual regulamentação da
ANEEL na busca da diminuição ou até eliminação de eventuais dificuldades já detectadas?
Parte 03: Execução do PEE
3.1 Já foi realizado, no âmbito do PEE, algum Contrato de Desempenho? Como foi a experiência
e quais resultados obtidos? Caso não tenha sido realizado, citar as dificuldades e
impedimentos para a realização dos mesmos.
3.2 Nos últimos anos quais são as tipologias mais freqüentes de projetos executados por vossa
empresa?
3.3 Nos projetos de eficiência energética desenvolvidos nos últimos anos, quais os usos finais
mais freqüentes?
Relatório do Produto 3
5
3.4 Considerando todo o eventual processo interno de contratação (com licitação, se for o caso),
qual o tempo médio de implantação de um projeto de eficiência energética? No caso de
contratos de desempenho, qual tem sido o tempo médio de retorno?
3.5 Após a implementação, de maneira geral, os projetos têm dificuldade de cumprir o quesito de
RCB ≤ 0,8? Se sim, favor comentar/detalhar os motivos dessa dificuldade. Entre os projetos
concluídos pela empresa, quais os que apresentaram menor RCB?
3.6 Comente as eventuais barreiras e/ou dificuldades da medição/verificação dos resultados dos
projetos implementados.
3.7 Além do Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance a empresa
utiliza outras referências para fazer a medição e verificação dos projetos? Quais? As
metodologias adotadas oferecem credibilidade aceitável para os resultados encontrados?
Qual a faixa de erro? Há necessidade de aprimorar estas melhorias?
Parte 04: Fiscalização do PEE
4.1 Considerando a atual regulamentação da ANEEL quais serão as possíveis dificuldades a ser
enfrentadas pela concessionária durante o processo de fiscalização?
4.2 Entre os projetos concluídos pela empresa, quais os que apresentaram os melhores
resultados? Por quê?
2.2. Ofício ANEEL
Com o objetivo de informar os gerentes responsáveis pelo Programa de Eficiência
Energética das concessionárias distribuidoras de energia elétrica, a ANEEL encaminhou o Ofício
Circular número 12/2009-SPE/ANEEL, datada de 27 de julho de 2009, assinado pelo Dr.
Máximo Luiz Pompermayer (Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência
Energética da ANEEL), contendo o seguinte texto informativo:
Relatório do Produto 3
6
"Informamos que os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, com o apoio da
ANEEL, contrataram o consórcio formado pela Fundação de Pesquisa e Assessoramento à
Indústria – FUPAI e a empresa Efficientia S. A, visando à elaboração de metodologia que
permita mensurar, verificar e avaliar os resultados decorrentes das ações de Eficiência
Energética no âmbito dos Programas de Eficiência Energética das distribuidoras de
eletricidade, com conclusão prevista para setembro de 2010.
Dentre outras atividades do estudo, está a realização de entrevistas e reuniões com os
técnicos e responsáveis pelo PEE das empresas. Inicialmente, pretende-se contatar todas as
distribuidoras por meio de um questionário impresso (ou via e-mail), procurando obter dados e
informações relacionadas às atividades envolvendo o PEE, além das dificuldades enfrentadas e
considerações técnicas a respeito dos critérios adotados no Manual do PEE para análise de
projetos. Posteriormente, algumas empresas poderão ser ainda contatadas via telefone ou
pessoalmente, com o objetivo de aprofundar algumas dessas questões.
O objetivo desta etapa é a obtenção de informações e sugestões, por parte das empresas
envolvidas, que possam contribuir para futuras regulamentações, visando ao aprimoramento do
programa. Ao final desse projeto haverá a realização de um seminário técnico para divulgação
dos resultados obtidos, contando com a participação dos agentes envolvidos.
Por fim, ressaltamos que não é objetivo desse projeto aprofundar as análises técnicas de
métodos ou procedimentos adotados pelas empresas. As informações a serem disponibilizadas
serão de natureza pública e não envolverão dados que possam trazer prejuízo à distribuidora.
Diante do exposto, solicitamos que a empresa receba os profissionais contratados,
disponibilizando as informações necessárias, referentes à execução do programa de eficiência
energética, para o êxito dos trabalhos.”
O documento completo com a lista das concessionárias que receberam o Ofício ANEEL
12/2009 encontra-se no anexo desse relatório.
Posteriormente, o Consórcio encaminhou o questionário para as concessionárias
juntamente com a correspondência DPE-c/254/hsn/2009, datada de 18 de agosto de 2009,
solicitando o preenchimento do questionário, conforme apresentado a seguir.
Relatório do Produto 3
7
Relatório do Produto 3
8
Considerando a relação de gerentes responsáveis pelo PEE relacionada no anexo desse
relatório, o questionário foi encaminhado, via e-mail, para as seguintes empresas
concessionárias:
1. AES SUL: Belisario Antonio Thomé, Coordenador de P&D e Eficiência Energética,
[email protected]
2. ALIANÇA: Edmilson Maragno, Engenheiro Eletricista, [email protected]
3. BANDEIRANTE: Wagner Pereira Silvestre, Consultor, [email protected]
4. BOVESA: Marcelo Augusto Nunes Lima, [email protected]
5. BRAGANTINA: Luis Carlos Barbieri, Coordenador de Procedimentos Comerciais,
[email protected]
6. CAIUÁ:
Luis
Carlos
Barbieri,
Coordenador
de
Procedimentos
Comerciais,
[email protected]
7. CEA: Marcos Antônio Costa Rodrigues, Gerente de PEE e P&D, [email protected]
8. CEAL:
Almir
Pereira
Menezes,
Engenheiro
Eletricista,
[email protected]
9. CEAM: Murilo Fernandes Torres Filho, [email protected]
10. CEB: André Luis Vansoncellos Egle, Engenheiro, [email protected]
11. CEEE: André Luiz Panitz, Engenheiro Eletricista, [email protected]
12. CELESC:
Luís
Carlos
Facco,Gerente
do Departamento de Gestão Técnica,
[email protected]
13. CELG: Rafael Nielson, Analista Técnico, [email protected]
14. CELPA, Armando Álvaro Alves Tupiassu, Gerente do Programa de Eficiência
Energética, [email protected]
15. CELPE: João Bosco Martins Leal, [email protected]
16. CELTINS: Rudy Valerio Pata, Coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento e
Eficiência Energética, [email protected]
17. CEMAR: Júlio César Mendes, Engenheiro de Planejamento Elétrico Pleno,
[email protected]
18. CEMAT: Milton de Sousa Ochiuto, Coordenador, [email protected]
19. CEMIG: Luiz Afonso Vaz de Oliveira, Gestor do Programa de Eficiência Energética,
[email protected]
Relatório do Produto 3
9
20. CENF: Fernanda de Souza Correia, [email protected]
21. CEPISA: Joselito Félix Silva Filho, Engenheiro Eletricista, [email protected]
22. CER: Paulo George Brandão Coimbra, Gerente da Divisão de Engenharia,
[email protected]
23. AMPLA: Victor Santos Martins Gomes, Responsável Inovação e Eficiência Energética,
[email protected]
24. CERAÇÁ, Claudir André Neuhauss, Engenheiro Eletricista, [email protected]
25. CERAL-DIS: Evandro Terra Júnior, Gerente de Geração e Distribuição de Energia
Elétrica, [email protected]
26. CEREJ: Renato Michaelson, Gerente, [email protected]
27. CERIM: Paulo Ernesto Rocha, Gerente da Área Técnica, [email protected]
28. CERON: Maria Helena Schaedler, Técnico de Nível Superior, [email protected]
29. CERSUL: Moacir Antonio Daniel, Engenheiro Eletricista, [email protected]
30. CFLCL: Fernanda de Souza Corrêa, [email protected]
31. CFLO:
Luis
Carlos
Barbieri,
Coordenador
de
Procedimentos
Comerciais,
[email protected]
32. CHESP: Cassiano Ricardo Gomes Peres, Engenheiro Eletricista, [email protected]
33. COCEL: Claus Dieter Vana, [email protected]
34. COELBA: Vanessa da Cunha Melo Ribeiro, Elétricos – Eficiência Energética,
[email protected]
35. COELCE: Odailton Silva de Arruda, Chefe do Departamento de Gestão da Inovação e
Projetos de Pesquisa, [email protected]; [email protected]
36. COPEL: Jamilton Watanabe Lobo, Gerente do Departamento de Utilização de Energia da
Superintendência Comercial de Distribuição, [email protected]
37. COSERN:
André
Luiz
Abreu
de
Araújo,
Gestor
da
Unidade
EIPD,
[email protected]
38. CPEE: João Batista Borges, Analista Comercial, [email protected]
39. CPFL: Cesar Bento Machado, Gerente do Departamento de Recuperação de Receitas e
Poder Público, [email protected]
40. CSPE: Maurício Fabiano Martins, Assistente Comercial, [email protected]
41. DEMEI: Sandro Alberto Bock, Engenheiro Eletricista, [email protected]
42. DME-PC: Marco César Castro de Oliveira, [email protected]
Relatório do Produto 3
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43. EDEVP:
Luis
Carlos
Barbieri
Coordenador
de
Procedimentos
Comerciais,
[email protected]
44. ELEKTRO: Evandro Gustavo Romanini, Coordenador do Programa de Eficiência
Energética, [email protected]
45. ELETROACRE: Ricardo Gomes Xavier, [email protected]
46. ELETROCAR: Claudio Joel de Quadros, Gerente Técnico, [email protected]
47. ELETROPAULO: Alberto Baldissin Neto, [email protected],
48. ENERGISA BORBOREMA: Marco Antonio Pereira dos Santos, Gerente do DEPD
(Departamento de Planejamento da Distribuição), [email protected]
49. ENERGISA/ENERGIPE: José Ernestino MacielSouza, Gerente do Departamento de
Planejamento e Energia (DEPE), [email protected]
50. ENERSUL: Jair Martins Molina, Gerente de Atendimento ao Poder Público,
[email protected]
51. ESCELSA: César Antônio Gasparini Filho, [email protected]
52. FORCEL: Giácomo Bernardi, Assessor Administrativo, [email protected]
53. HIDROPAN: Eduardo Knorr, Gerente de Distribuição, [email protected]
54. IGUAÇU: Fernando Klagemberg Behle, [email protected]
55. JAGUARI: José Relson de Oliveira, Analista Comercial, [email protected]
56. JOÃO
CESA:
José
Emerson
Mendes
Silva,
Engenheiro
Eletricista,
[email protected]
57. LIGHT: Antônio Raad, Engenheiro, [email protected]
58. MANAUS:
Benjamim
Cordeiro
Costa
Júnior,
[email protected],
[email protected]
59. MOCOCA:
Marcio
Aparecido
de
Brito,
Assistente
Comercial,
[email protected]
60. MUXFELDT:
Sérgio
Bordignon,
Engenheiro
Eletricista,
responsável
técnico,
[email protected]
61. NACIONAL: Luis Carlos Barbieri, Coordenador de Procedimentos Comerciais,
[email protected]
62. UHENPAL: Elvindo Possebon, Gerente do Programa de Eficiência Energética,
[email protected]
Relatório do Produto 3
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63. PIRATININGA: Cesar Bento Machado, Gerente do Departamento de Recuperação de
Receitas e Poder Público, [email protected]
64. RGE: Cristian Sippel, Engenheiro Pleno, [email protected]
65. ENERGISA PARAÍBA: Marco Antonio Pereira dos Santos, Gerente do DEPD
(Departamento de Planejamento da Distribuição), [email protected]
66. SANTA
CRUZ:
Pedro
Curt
Kaesemodel,
Gerente
da
Divisão
Comercial,
[email protected]
67. SANTA
MARIA:
Alexsandre
Leite
Ferreira,
Engenheiro
Eletricista,
[email protected]
68. SULGIPE: Cornélio de França Melo Filho, Gerente do Programa de Eficiência
Energética, [email protected]
69. URUSSANGA: Antonio Carniato, Engenheiro Eletricista, [email protected]
3. Análise dos Questionários Respondidos
Da lista de 69 concessionárias que receberam o Ofício ANEEL 012/2009 – SPE/ANEEL,
28 enviaram as informações solicitadas pelo questionário, representando uma participação de
40%. Considerando as regiões e aquelas concessionárias que enviaram respostas para todas as
questões, tem-se a seguinte distribuição:
•
Norte: 02
•
Nordeste: 06
•
Sul: 07
•
Sudeste: 09
•
DF: 01
Da lista de concessionárias apresentadas no item anterior, as empresas CEREJ, CERAL,
CERSUL e CERAÇA apresentaram as seguintes explicações:
Empresa CEREJ
“O Contrato de Permissão da CEREJ com a ANEEL foi assinado em Dezembro de 2008.
Não se aplica, no momento, as questões referentes ao Questionário enviado. A CEREJ, através
Relatório do Produto 3
12
da FECOERUSC, conseguiu oficialmente junto a ANEEL a prorrogação do envio dos arquivos
eletrônicos (P&D- PEE) para 31 de outubro de 2009. Luiz Felipe Rodrigues - CEREJ
Distribuição. Resp. Técnico - 48-3243-3000 - [email protected]”
Empresa CERAL
“A CERAL – DIS - Cooperativa de Distribuição de Energia de Arapoti, até o momento
não elaborou planejamentos para P&D e PEE. O sistema INFRACOOP, do qual fazem partes
diversas Cooperativas está analisando os programas para apresentar uma proposta, quem sabe
para executarmos esses planos em conjunto. Evandro”.
Empresa CERSUL
“Ainda não estamos realizando P&D e PEE na CERSUL, visto que assinamos nosso
contrato inicial com a ANEEL, em Nov/08. Eng. Moacir Antonio Daniel - Fone/Fax: 48 3525
8400. Email/msn: [email protected]. Rua Antonio Bez Batti, 525, Cxp 08 - Turvo, SC CEP 88930-000”.
Empresa CERAÇA
“Venho por meio deste informar que a CERAÇÁ passou a ser permissionária a partir do
dia 09 de janeiro de 2009, e que os projetos relacionados a Eficiência energética ainda não foram
elaborados. Segue dados de identificação: Nome da Concessionária: CERAÇÁ – Cooperativa
Distribuidora de Energia Vale do Araçá. Presidente: José Samuel Thiesen. Nome do responsável
pelas informações prestadas: Claudir André Neuahus. Cargo/Função: Engenheiro Eletricista. email: [email protected]. Telefone: 049 3334-3300 – 049 8834-1460”.
A seguir é apresentada uma análise das respostas obtidas de cada pergunta. Essa análise
será dividida nos seguintes aspectos ou temas:
Tema 01: Elaboração e Gestão
Tema 02: Execução
Tema 03: Fiscalização
Relatório do Produto 3
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3.1. Elaboração e Gestão
Em relação às questões de elaboração e gestão do PEE por parte das empresas
concessionárias observaram-se os seguintes aspectos:
•
A elaboração do PEE das empresas é realizada com pessoal próprio (100% das
respostas). Envolve planejamento e lida com as estratégias da empresa nos segmentos
comercial, social, ambiental, entre outros. Com o PEE, as empresas visão também
melhorar a imagem junto à sociedade através da inclusão de projetos do tipo baixa renda
e educacional, e entidades como hospitais e sem fins lucrativos. Outra motivação é o
conhecimento que os técnicos da própria distribuição têm do seu mercado e também da
estrutura e funcionamento da sua empresa. O PEE também se desenvolve todo ano e
dessa forma precisa de um contínuo acompanhamento por parte da empresa.
•
A maioria está ligada à Diretoria Comercial ou Técnica. Muitas empresas também têm
como objetivo e estratégia associar as ações de eficiência energética na busca da redução
das perdas técnicas e comerciais. Dessa forma, a equipe responsável pela elaboração do
PEE fica lotada na área comercial e/ou técnica da distribuição (divisão, departamento,
diretoria, etc).
•
A grande parte para não dizer a totalidade das distribuidoras procuram aplicar apenas o
mínimo de recursos determinado pela legislação vigente (atualmente representa 0,5% da
Receita Operacional líquida). No entanto, algumas empresas afirmam que poderão
investir mais que o mínimo estabelecido apenas quando houver um ganho econômico ou
social para a distribuidora.
•
Durante a elaboração do PEE as empresas evitam enviar projetos com o RCB próximo do
limite estipulado no manual. Dessa forma visam trabalhar com certa margem de
segurança, pois o RCB após a implementação do projeto pode apresentar um valor acima
do inicialmente calculado quando da elaboração do PEE.
Relatório do Produto 3
14
•
A gestão do PEE é realizada, na maioria das empresas, com pessoal próprio. Além de
envolver estratégias e objetivos da empresa como a redução de perdas comercial e técnica
(casos de alguns projetos, como aqueles envolvendo comunidades de baixa renda), existe
também a necessidade de se efetuar o acompanhamento dos projetos (contatos,
resultados, prazos, relatórios, esclarecimentos ao agente regulador). Essa tarefa de
acompanhamento do PEE ou é realizada diretamente por pessoal da própria distribuidora
ou, em alguns casos, terceirizada. As atividades de execução ou implementação dos
projetos e respectivos trabalhos de campo são na sua quase totalidade de responsabilidade
de empresas terceirizadas (ESCO’s, empresas de engenharia, etc). Tais empresas que
apresentam em seus quadros profissionais ou técnicos especializados além de possuírem
os equipamentos necessários para a realização de medições.
•
Empresas pequenas citaram que possuem dificuldades para contratação de auditoria
contábil e financeira. Uma preocupação de várias distribuidoras se refere aos aspectos
contábeis relativo a correção do saldo das contas pela taxa Selic e dos processos de
validação dos resultados obtidos nos projetos do PEE. Algumas dessas dúvidas já foram
encaminhadas oficialmente à ANEEL e as distribuidoras estão aguardando uma resposta.
•
A quantidade de profissionais que trabalham com o PEE depende do porte da empresa,
ou seja, quanto maior a distribuidora geralmente existem mais pessoas atuando nesse
setor. Através das respostas obtidas nota-se a existência de empresas com um ou até no
máximo dezessete profissionais atuando no PEE. A figura seguinte mostra como se
distribui percentualmente a quantidade desses profissionais em relação ao número de
distribuidoras que responderam ao questionário.
Relatório do Produto 3
15
Percentagem de empresas
30,0
26,1
25,0
21,7
20,0
13,0
15,0
10,0
8,7
4,3
5,0
4,3 4,3 4,3
4,3 4,3
0,0 0,0
4,3
0,0 0,0 0,0 0,0
0,0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17
Número funcionários
Figura 01. Número de profissionais do quadro das distribuidoras que atuam no PEE
3.2. Execução do PEE
Em relação às questões pertinentes a execução do PEE por parte das empresas
concessionárias observou-se os seguintes aspectos:
•
Do total das empresas que responderam ao questionário 60%, ou seja, quinze
distribuidoras informaram que não realizaram Contratos de Desempenho. Os motivos
alegados foram:
– Dificuldades de aceitação dos clientes.
– Empresários não conhecem a metodologia.
– Necessidade de acompanhamento dos resultados.
– Não é interesse da concessionária.
Relatório do Produto 3
16
•
Do total das empresas que responderam ao questionário 40%, ou seja, dez distribuidoras
informaram que realizaram Contratos de Desempenho. Apesar das dificuldades na
celebração do contrato e nos critérios de medição dos resultados, as justificativas ou as
motivações apresentadas por essas distribuidoras foram:
– Existência de clientes industriais.
– Os projetos implementados apresentaram bons resultados.
– Tempo de retorno menor que 3 anos.
•
A maioria dos projetos implementados está fortemente relacionada ou apresentam um
viés social. Tais projetos envolvem comunidades de baixa renda, escolas, hospitais,
creches, asilos, etc. A figura 02 mostra como se distribui percentualmente a tipologia
desses projetos em relação ao número de distribuidoras que responderam ao questionário.
•
Ao desenvolverem projetos de eficiência energética voltados para a comunidade a
distribuidora também está difundindo e vinculando fortemente sua imagem junto a toda a
população.
•
As distribuidoras informaram que o tempo médio para implantação dos projetos de
eficiência energética é de 12 a 18 meses.
Comercial e
serviço
20%
Rural
4%
Melhoria rede
2%
Baixa renda
34%
Industrial
6%
Poder público
22%
Educacional
12%
Figura 02. Tipologias dos projetos implementados pelas distribuidoras
Relatório do Produto 3
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•
A maioria dos projetos implementados está relacionada aos usos finais que possuem
facilidade de implementação como a substituição de lâmpadas, troca de geladeiras,
substituição de motores elétricos, troca de sistemas de ar condicionado tipo janela, etc. A
figura 03 mostra como se distribui percentualmente esses usos finais em relação ao
número de distribuidoras que responderam ao questionário.
•
Os projetos que empregam sistemas de iluminação apresentam valores de RCB bastante
favoráveis.
Ar comprimido
2%
Ar condicionado
15%
Cogeração
2%
Iluminação
35%
Irrigação
2%
Aquecimento solar
7%
Refrigeração
20%
Força motriz
17%
Figura 03. Tipologias dos projetos implementados pelas distribuidoras
•
100% das empresas responderam o questionário informaram que utilizam como
referência o Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Desempenho - PIMVP.
•
As distribuidoras alegaram dificuldades para efetuar medições conforme o PIMVP
recomenda, pois muitas vezes são exigidas medições por uso final; necessidade de
equipamentos e pessoal capacitado.
Relatório do Produto 3
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•
Foi também comentado a necessidade de adaptar o PIMVP aos projetos e às condições
brasileiras desenvolvendo metodologias para cada tipologia.
3.3. Fiscalização do PEE
Em relação às questões pertinentes a fiscalização e resultados dos projetos do PEE por parte das
empresas concessionárias observaram-se os seguintes aspectos:
•
A inexistência, por parte da ANEEL, ou mesmo falta de critérios específicos e claros para
a mensuração dos resultados e na auditoria contábil e financeira.
•
A preocupação das distribuidoras da avaliação e análise subjetiva que será exercida pelos
fiscais da ANEEL.
•
As empresas comentaram do longo tempo decorrido para se fazer a fiscalização após o
término do projeto. Muitas vezes o coordenador ou gestor daquele projeto fiscalizado não
se encontra mais na empresa podendo mesmo ter aposentado ou mudado de área.
•
As distribuidoras comentaram que os projetos que apresentaram, segundo elas, os
melhores resultados, se devem a facilidade na implementação, a excelente repercussão
na comunidade além de apresentarem metodologias bem sedimentadas. Como outro
exemplo desse sucesso foi mencionado a melhoria na iluminação pública causada pelos
antigos Projetos de IP. Esses projetos, além da conservação de energia, proporcionam
melhores condições de segurança para a população. A figura 04 mostra como se distribui
percentualmente esses projetos de sucesso em relação ao número de distribuidoras que
responderam ao questionário
Relatório do Produto 3
19
Poder público
13%
Baixa renda
45%
Iluminação pública
21%
Serviços públicos
Educacional
13%
8%
Figura 04. Prrojetos de melhores resultados segundo as distribuidoras
4. Análise das Entrevistas
Buscando obter mais informações, sugestões e considerações técnicas a respeito dos
critérios empregados pela ANEEL na análise dos projetos do PEE assim como aos
procedimentos de Medição e Verificação - M&V foram realizadas entrevistas e reuniões com
alguns técnicos e profissionais das instituições envolvidas com o PEE. Foram realizadas
entrevistas e reuniões com a ANEEL, o PROCEL/Eletrobrás, o MME e algumas empresas
distribuidoras de energia elétrica.
A seguir são apresentadas algumas considerações extraídas dessas reuniões e entrevistas.
Uma concessionária comentou que o PEE está ligado à diretoria comercial através do
núcleo de eficiência energética com dois funcionários próprios, uma terceirizado e um estagiário.
Existe um núcleo avançado ligada à diretoria de recuperação de mercado que cuida dos projetos
de baixa renda com 3 pessoas próprias e 6 terceirizados. Nessa empresa, a implementação de
todos os projetos é feito por terceirizados. O processo de M&V também é terceirizado sendo
feito pela mesma empresa que executou o projeto de EE. Foi comentado que ainda não existem
Relatório do Produto 3
20
regras claras com relação à fiscalização contábil, assim como o protocolo também não define os
procedimentos de M&V por tipologia. Disse que o protocolo está voltado para a questão
americana. O manual deveria contemplar a execução de ante-projeto para poder analisar a
viabilidade de projetos. Os contratos de desempenho estão sendo realizados e ainda serão, pois é
desse recurso que a empresa poderá tirar recursos para a gestão de projetos. Comentou que
existem lacunas no PEE que estão descritas nos questionamentos da ABRADEE. Foi sugerida a
volta dos projetos de Iluminação pública, argumentando que é uma tipologia que tira muita
demanda no horário de ponta do sistema elétrico. Foi também destacado que a exigência de
aplicar pelo menos 50% dos recursos em projetos de baixa renda é elevada.
Uma outra concessionária comentou que atualmente a empresa possui quatro
funcionários na coordenação do PEE e em torno de quinze pessoas atuando no acompanhamento
dos projetos. A implementação é realizada por empresas terceirizadas. A validação do projeto
também é feita por empresas terceirizadas que realizam os processos de M&V. Em relação ao
manual foi citado que as mudanças nas regras foram positivas dando uma flexibilidade maior na
condução dos projetos, pois antes era necessário realizar o PEE no prazo de 1 ano. Comentou
que a avaliação dos resultados através de M&V é positiva, pois padronizou como referência o
protocolo apesar de não ser direcionada para cada tipologia de projeto. As regras claras para
projetos de baixa renda também trouxe melhorias, pois agora é possível saber o que pode ser
feito nos projetos dessa tipologia. Como nessa tipologia são realizadas várias ações (troca de
lâmpadas, geladeiras, etc) permite atingir o RCB exigido pela ANEEL. Os contratos de
desempenho eram realizados no passado, ainda existem alguns de ciclos passados. Atualmente
essa concessionária não está realizando tais contratados, pois com a atual regra, os ganhos
obtidos com essa modalidade de projeto, vão para um fundo que deverá retornar com novos
projetos de eficiência energética, aumentando o recurso a ser realizado pela empresa e gerando
novas demandas. Foi sugerido que para incentivar essa modalidade deveria ser permitido à
concessionária apropriar parte desses ganhos. Comentou que deveriam existir regras claras
relacionadas com a questão contábil para facilitar o processo de fiscalização dos projetos.
Uma outra concessionária comentou que o PEE está relacionado dentro dos chamados
projetos transversais, ligada à diretoria técnica e comercial através de dois funcionários próprios
e um terceirizado. A implementação e realização de M&V, era até 2008 feitas pela mesma
Relatório do Produto 3
21
empresa terceirizada, sendo que a partir de 2009, o processo de M&V será executado por
empresa diferente. Foi comentado que são necessárias regras claras para a fiscalização contábil.
Com relação à implementação e obtenção de resultados foi citado que não existem problemas,
pois a política da empresa não envia projetos com RCB próximo de 0,8. Os contratos de
desempenho também obtiveram resultados adequados com pequenos problemas relacionados
com o recebimento dos valores envolvidos. Atualmente a empresa não está priorizando novos
contratos de desempenho devido à mudança nas regras, mas existem estudos para retomar esta
modalidade de projeto. Com o surgimento de novas tecnologias em sistemas de iluminação foi
citado que seria interessante o retorno de projetos destinados à eficientização da iluminação
pública.
Uma outra concessionária comentou que atualmente possui aproximadamente dezessete
funcionários trabalhando com o PEE além de contar com empresas terceirizadas na
implementação dos projetos. Essa empresa vem priorizando os projetos referentes à população
de baixo poder aquisitivo além das entidades sem fins lucrativos e educacionais. Também se
preocupa em implementar contratos de performance principalmente junto ao setor industrial. Foi
destacado que os projetos para o seguimento de baixo poder aquisitivo envolvem moradias com
baixo consumo de energia elétrica e as economias envolvidas também são de pequeno valor.
Também foi comentado que não é incomum que esses moradores troquem de casas e/ou até dos
produtos recebidos (geladeiras, lâmpadas, etc). Além desse fato, segundo essa distribuidora, as
medições podem ficar muito caras, encarecendo o custo final desse tipo de projeto. Também foi
sugerida uma reavaliação da obrigatoriedade de se investir pelo menos 50% dos recursos do PEE
em projetos de comunidades de baixa renda.
Uma outra concessionária citou que possui apenas um profissional diretamente envolvido
com o PEE comentou que seria importante a permissão para que voltassem os investimentos do
PEE nos projetos de iluminação pública. Essa mesma empresa citou também as dificuldades de
envio dos projetos através do duto da ANEEL. Em relação aos projetos destacou o interesse em
investir em projetos educacionais e as dificuldades de celebrarem projetos com contratos de
desempenho.
Relatório do Produto 3
22
O PROCEL destacou a importância de estabelecer uma maior aproximação com os
projetos do PEE. Foi também ressaltado que o PROCEL, no passado, apoiou a ANEEL no
processo de avaliação dos projetos apresentados pelas distribuidoras no âmbito do PEE. O MME
ressaltou a importância desse projeto para avaliar os resultados do mesmo em energia
economizada e demanda retirada da ponte, além do fornecimento de subsídios para uma maior
participação da eficiência energética nos Planos Nacionais de Energia e no Planejamento da
Expansão do Sistema Elétrico Brasileiro. A ANEEL destacou sua expectativa que esse projeto
possa gerar resultados e produtos que vão contribuir no aprimoramento da atual regulamentação
do PEE, como por exemplo:
•
Necessidade de desenvolver novos indicadores (sociais, ambientais, etc) para os projetos
e respectivas tipologias.
•
Desenvolver mecanismos de M&V que permita obter resultados (energia conservada e
demanda retirada da ponta) que não gerem dúvidas em relação aos valores e sua
permanência.
•
Desenvolver um Benchmarking para os projetos do PEE e respectivas empresas.
•
Estudar a necessidade de regionalizar alguns indicadores e/ou projetos.
5. Conclusões
Com a realização dos questionários e análise das respostas obtidas nas entrevistas têm-se
algumas constatações, relacionadas a seguir.
Com relação às informações referentes à gestão e elaboração do PEE, observou-se que a
maioria das empresas possui equipe própria ligada na diretoria comercial para a
elaboração/gestão dos projetos. A implementação, medição e verificação de resultados dos
projetos de eficiência energética ficam a cargo de empresas terceirizadas.
As concessionárias possuem interesse em investir um montante maior com a realização
de ações de eficiência energética voltadas para a melhoria de sua imagem, como por exemplo,
atendimento a comunidades de baixa renda, projetos educacionais, que além da redução das
perdas, pode permitir reduzir o índice de inadimplência. Muitas concessionárias citaram que a
Relatório do Produto 3
23
limitação do RCB menor que 0,8 nos projetos de eficiência energética é a maior dificuldade e
algumas citaram dificuldades na necessidade de realizar a medição e verificação dos projetos de
eficiência energética que podem ser difíceis de serem aplicados e os custos de M&V podem
inviabilizar a implementação do projeto, pois irá impactar negativamente no cálculo da RCB.
Com relação às informações referentes à execução do PEE, muitas concessionárias não
realizam nenhum contrato de desempenho devido ao cliente ser de pequeno porte dificultando o
gerenciamento dos ganhos energéticos. Das empresas que realizaram projetos com contratos de
desempenho, algumas citaram dificuldades relacionadas com o desconhecimento do modelo de
negócio por parte dos empresários e a necessidade de adquirir equipamentos para realizar a
medição dos ganhos energéticos. Muitas empresas realizam projetos de caráter social voltados
para a classe residencial baixa renda, atendimento de prédios públicos e educacionais. Os usos
finais de energia mais envolvidos nos projetos são: lâmpada, geladeira e sistema solar destinado
para o aquecimento de água. Os projetos possuem tempo médio de até um ano para a
implantação e para os contratos de desempenho apresentam em média, tempo de retorno menor
que 3 anos. Projetos para classe baixa renda com substituição de geladeiras podem apresentar
problemas de RCB. Todas concessionárias utilizam como referência o PIMVP nos projetos de
eficiência energética e algumas das dificuldades da medição e verificação está na necessidade de
realizar medições por uso final com a separação dos circuitos, que nem sempre é possível fazer
num quadro de distribuição, resultando num aumento de custos e podendo inviabilizar a
implementação do projeto. Foi citada a necessidade de desenvolver uma adaptação da
metodologia do PIMVP que atenda cada tipologia de projeto a ser implementado no 6ambito do
PEE.
Com relação às informações referentes à fiscalização do PEE, verificou-se a necessidade
de melhoria no processo/critérios da auditoria financeira dos projetos desenvolvidos e o longo
tempo entre o término do projeto e a realização da fiscalização. As empresas possuem interesse
em desenvolver projetos do tipo baixa renda e prédios públicos (por exemplo, em hospitais), pois
com a realização de ações de caráter social, melhoram a imagem da empresa junto à sociedade.
Relatório do Produto 3
24
Algumas empresas sugeriram o retorno da tipologia projetos de iluminação pública e a
criação de maiores incentivos ou facilidades regulatórias para a implementação de projetos sob a
modalidade contrato de performance.
Relatório do Produto 3
25
6. Anexo 1 – Respostas ao Questionário
6.1. Respostas da parte 2 do questionário
A parte 2 do questionário buscou obter informações referentes à gestão e elaboração do
PEE e foi subdividida em seis perguntas apresentadas a seguir:
6.1.1. Respostas a pergunta 2.1 do questionário
A pergunta 2.1 do questionário foi: “Atualmente, a gestão e execução do Programa de
Eficiência Energética (PEE) são realizadas totalmente por equipe própria ou existe contratação
de terceiros? Atualmente existem quantas pessoas, entre técnicos e funcionários administrativos
da concessionária, diretamente envolvidas na gestão e execução do PEE?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das empresas
possui equipe própria para a elaboração/gestão dos projetos. A implementação dos projetos de
eficiência energética fica a cargo de empresas terceirizadas. Observou-se também,
principalmente nas concessionárias de porte maior, a existência de pessoas terceirizadas
colaborando na gestão dos projetos.
•
Equipe própria e de terceiros. 7 funcionários próprios envolvidos.
•
Equipe própria para coordenação, sendo que o projeto de execução está sendo
contratando uma empresa ESCO - Energy Services Company. Atualmente existe 01
Engenheiro.
•
Por equipe própria e terceiros. Atualmente são 17 colaboradores da Concessionária.
•
A gestão do Programa de Eficiência Energética é realizada, totalmente, por equipe
própria, formada por 02 engenheiros diretamente envolvidos no processo. Quanto à
Relatório do Produto 3
26
execução, a mesma é realizada por empresa contratada a depender da demanda de
projetos. Atualmente, a empresa está executando, apenas um projeto com apoio de
pessoal próprio e cujo contingente contratado (terceirizado) total é de 06 (seis) pessoas,
das quais: 01 (um) engenheiro, 01 (um) eletricista de distribuição e 04 (quatro)
funcionários apoio técnico e administrativo.
•
São realizados por equipe própria e o responsável técnico está implantando o processo.
•
Existirá contratação de terceiros. Atualmente existem três pessoas (das áreas técnica,
legislação e contábil) envolvidas com o processo do PEE, não exclusivamente.
•
A gestão e execução dos Programas de Eficiência Energética (PEE) são realizadas por
equipe própria, sem a contratação de terceiros. Normalmente envolvem em torno de
cinco funcionários da empresa.
•
A gestão é feita por equipe própria. A estrutura atual atua no gerenciamento PEE e do
P&D. Quanto a execução, a maior parte dos projetos é feita por equipes externas, como é
o caso dos diagnósticos energéticos e doação de equipamentos eficientes para baixa
renda. Alguns projetos são executados por equipe própria. Há 3 (três) pessoas atuando na
gestão do PEE e P&D.
•
A gestão do Programa de Eficiência Energética é realizada totalmente pela empresa. As
execuções de obras são realizadas por ESCO´s contratadas pelo critério técnicocomercial. A empresa dispõe de 5 pessoas diretamente envolvidas na gestão dos projetos
de eficiência energética. Além disso, a área responde para a Gerência de Estratégias e
Diretrizes Comerciais.
•
A empresa tem equipe de 02 dois técnicos e 01 estagiário na Coordenação direta do PEE,
utiliza ainda a área de Suprimentos, Contabilidade, Medição, Comunicação e RH como
apoio e contrata terceiros para a execução dos projetos em campo.
•
Existe contratação de terceiros. Diretamente envolvidos, temos 5 (cinco) pessoas.
Relatório do Produto 3
27
•
Existe a contratação de terceiros somente para a gestão do PEE. Devido aos projetos de
PEE que são elaborados, em geral um por ano, diretamente envolvidos são dois para
auxiliar na gestão e mais uns 10 para a execução do projeto.
•
Gestão e Execução são realizadas inteiramente por equipe própria, sem terceirização. A
gerência conta com 2 (dois) funcionários.
•
A gestão e execução do PEE são realizadas totalmente por equipe própria. A empresa
adquiriu um software que ajuda a gestão do programa. Atualmente, trabalham no
programa o gerente (engenheiro) e um técnico.
•
A gestão e a execução do PEE são realizadas por 5 funcionários efetivos e 6 terceiros
contratados. O planejamento e acompanhamento das obras na etapa de regularização de
consumidores clandestinos (projeto baixo poder aquisitivo) são realizados por
funcionários efetivos, que não constam do número acima.
•
A gestão do PEE é realizada por equipe própria e a execução é dividida em equipe
própria e terceiros. Atualmente existe 1 (um) Engenheiro e 1 (um) Técnico.
•
Atualmente o PEE é gerenciado por funcionários de uma empresa do grupo. Para
execução dos projetos em campo atualmente são feitas licitações para contratação de
empreiteiras (ESCO’s). A equipe que gerencia o PEE é composta por 3 colaboradores (2
engenheiros e 1 técnico), além de 1 técnico terceirizado que estão em contato permanente
com os colaboradores da Concessionária.
•
A Gestão dos projetos do Programa de Eficiência Energética da empresa é realizada
inteiramente por mão de obra própria. A contratação de terceiro se dá para execução de
alguma etapa do projeto. Atualmente trabalham diretamente no processo 3 pessoas além
do Gerente e de uma coordenadora da área onde esta inserida o Programa de Eficiência
Energética da empresa.
Relatório do Produto 3
28
•
A gestão e a medição e verificação dos projetos são realizadas por equipe própria,
enquanto a execução dos projetos é realizada por contratação de empresas terceirizadas.
Atualmente existem 6 funcionários envolvidos diretamente e de forma exclusiva com o
PEE, mas ainda são envolvidos funcionários de diversas áreas de forma indireta nos
projetos.
•
A gestão de PEE são realizadas totalmente por equipe própria, envolvendo um total de
cinco pessoas, entre técnicos e funcionários administrativos. Dependendo do projeto, a
execução é efetuada por empresas terceirizadas.
•
Totalmente por equipe própria, elaboração e execução dos projetos fica ao encargo do
coordenador, auxiliado e apoio pelos demais departamentos que possam ser envolvidos
(Depto. de Contratos, Depto. Jurídico, etc).
•
Para a Gestão, temos uma equipe própria composta de três funcionários (dois engenheiros
e um estagiário) que realiza todo acompanhamento do PEE. Apenas para formatar
projetos e os relatórios finais, fazemos a contratação de uma equipe dedicada para essa
finalidade. Para execução dos projetos, são contratadas empresas especializadas (Escos).
6.1.2. Respostas a pergunta 2.2 do questionário
A pergunta 2.2 do questionário foi: “O setor responsável pela elaboração do Programa
de Eficiência Energética (PEE) se encontra em qual departamento ou divisão da
concessionária? Qual é a diretoria vinculada? O acompanhamento das ações é realizado pela
mesma equipe? Ou depende do tipo de projeto implementado?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se o setor responsável pelo PEE
da maioria das concessionárias está ligado à Diretoria ou ao setor Comercial da empresa e o
acompanhamento das ações de eficiência energética é realizado pela mesma equipe que elabora o
plano.
Relatório do Produto 3
29
•
Departamento de Planejamento da Distribuição. Diretoria de Distribuição Comercial.
Depende do tipo de projeto implementado.
•
Engenharia. Diretoria geral. Sim – Temos atualmente um só projeto.
•
Atualmente está ligada a Diretoria de Distribuição – DDC. Depende do tipo de Projeto.
•
Na empresa o setor responsável pela elaboração do PEE é o Departamento de
Planejamento e Engenharia – DEPE, vinculado a Diretoria Técnica e Comercial da
empresa. Quanto ao acompanhamento do programa e/ou projeto é realizado pela mesma
equipe, cuja lotação é no DEPE.
•
Setor técnico. Vinculado à presidência. Tudo pela mesma equipe, independente do
projeto até o momento.
•
Departamento técnico. Diretoria Geral (única). O acompanhamento das ações será pela
mesma equipe.
•
A elaboração do Programa de Eficiência Energética está sob responsabilidade do
departamento de Engenharia da empresa, vinculado à Direção Operacional e Geral. O
acompanhamento das ações é realizado pela mesma equipe, independente do projeto
implementado.
•
A elaboração do Programa é feita atualmente no DEP - Departamento de Eficiência
Energética e Pesquisa e Desenvolvimento, vinculado a diretoria de Projetos Especiais, em
processo de transferência para a diretoria Comercial e de Engenharia. Normalmente o
acompanhamento das ações é feito pela mesma equipe, mas há alguns projetos em que o
acompanhamento é feito por outras áreas internas, dependendo do tipo de projeto.
•
A Área de Eficiência Energética responde para a Gerência de Estratégia e Diretrizes
Comerciais, ligada a Gerência Executiva de Relacionamento com Clientes. Está
vinculada a Diretoria Comercial e de Suprimentos de Energia. Toda a elaboração e
Relatório do Produto 3
30
acompanhamento dos projetos é realizada pela equipe de eficiência energética,
independente do tipo de projeto implementado.
•
A Coordenação do PEE está ligada a Gestão Executiva e Operacional de Perdas
Comerciais e ligada a Diretoria Comercial. A mesma equipe faz o acompanhamento dos
projetos em campo.
•
Departamento Técnico vinculada à Diretoria Geral. O acompanhamento das ações é
realizado pela mesma equipe e não depende do tipo de projeto implementado.
•
Se encontra no Departamento Técnico e está subordinado a Gerência da concessionária.
O acompanhamento é realizado pela equipe do Departamento Técnico.
•
Há uma gerência própria para programas de eficiência energética. Esta é subordinada à
Superintendência de Mercado, que por sua vez responde à Diretoria de Comercialização.
•
O setor responsável pelo PEE está ligado à Gerência de Engenharia da Concessionária,
sendo o acompanhamento das ações realizado pela mesma equipe de execução dos
projetos.
•
A elaboração e o acompanhamento de todos os projetos são realizados pela Divisão de
Projetos Especiais, vinculada ao Departamento de Recuperação de Receitas e Poder
Público e a Diretoria Comercial de Varejo.
•
Encontra-se na Gerência de Atendimento ao Poder Público da Superintendência de
Operações Comerciais. Vinculada na Diretoria Operacional. O acompanhamento das
ações é realizado pela mesma equipe.
•
Encontra-se na ASNT, Assessoria de Novas Tecnologias, área pertencente a uma
empresa coligada, entretanto atuando sob as diretrizes da Diretoria Comercial e de
Distribuição da distribuidora que se preocupa e participa do PEE. O acompanhamento é
Relatório do Produto 3
31
realizado pela mesma equipe, entretanto é efetuada contratação de terceiros para
fiscalização física dos projetos.
•
O Programa de PEE encontra-se na Gerência de Planejamento do Sistema Elétrico
(GEPLAN) que faz parte da Diretoria de Engenharia. O acompanhamento dos projetos é
feito pela mesma equipe de gestão.
•
O setor responsável é a Assessoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Conservação de
Energia que está vinculada à Diretoria da Presidência. Atualmente toda equipe
acompanha o andamento dos projetos, mas cada funcionário tem sua atribuição no
andamento dos projetos.
•
O setor responsável pela elaboração do Programa de Eficiência Energética (PEE) se
encontra no Núcleo de Engenharia, vinculado a Coordenadoria Técnica. O
acompanhamento das ações é efetuado pela mesma equipe de elaboração para todos os
projetos.
•
O departamento PEE atualmente se encontra na Diretoria de Projetos Especiais, todo o
acompanhamento é realizado pela mesma equipe.
•
Existe um departamento específico para o PEE (Departamento de Gestão da Inovação,
P&D e Eficiência Energética), vinculada diretamente à Diretoria Institucional e
Comunicação. O acompanhamento é realizado pela mesma equipe.
6.1.3. Respostas a pergunta 2.3 do questionário
A pergunta 2.3 do questionário foi: “Em qual cenário ou em quais condições você julga
possível a concessionária empregar um montante de recursos superior ao mínimo exigido pela
legislação?”
Relatório do Produto 3
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Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que as concessionárias podem
investir um montante maior com a realização de ações de eficiência energética voltadas para a
melhoria de sua imagem, como por exemplo, atendimento a comunidades de baixa renda,
projetos educacionais, que além da redução das perdas, pode permitir reduzir o índice de
inadimplência. Também foi citado que algumas concessionárias interessam em investir em
projetos que permitam a geração de renda. Algumas concessionárias responderam que poderiam
investir caso haja incentivos regulatórios.
•
Quando o RCB (Relação Custo Benefício) for baixo.
•
O cenário possível seria no caso de uma região estrangulada em termos de atendimento
que postergaria o investimento.
•
As Concessionárias estão buscando redução de custos, ou seja, qualquer despesa que não
seja reconhecida pela ANEEL na Empresa de Referência, geralmente é cortada.
Atualmente os recursos aplicados em Eficiência Energética possuem sua origem no
encargo setorial que está na Parcela A (que compõe a tarifa). Acreditamos que somente
se a ANEEL reconhecer alguma despesa (algum limite) na Parcela B (ou Empresa de
Referência), as Distribuidoras investiriam algum montante.
•
Quando existir interesse da empresa em realizar projeto com a necessidade de celebração
de contrato de desempenho.
•
Desde de que estes valores não comprometam a operacionalidade da empresa e a receita
venha a aumentar para patamares que viabilizem tal investimento extra.
•
Nas condições legais exigidas atualmente essa permissionária obriga-se a investir além
do valor destinado oficialmente para o programa, devido ao baixo volume de recurso
financeiro resultante dos recolhimentos destinados a este fim.
Relatório do Produto 3
33
•
Em nossa área de concessão, que é pequena, já está bastante difícil desenvolver projetos
para os recursos mínimos exigidos pela legislação, portanto não vislumbramos nenhum
cenário onde se possa empregar um montante de recursos superior a este.
•
A concessionária pode utilizar recursos superiores ao mínimo exigido pela legislação
quando se trata de um projeto considerado de melhor resultados pela Diretoria da
empresa. Um exemplo disso é o projeto de doação de geladeiras, no qual a empresa
decidiu executar quantitativo maior que o obrigatório, por perspectivar o alcance social e
a possibilidade de reduzir perdas e inadimplência.
•
A empresa já emprega recursos superiores ao mínimo exigido pela legislação, quando
realiza projetos de geração de renda e de ações sociais em conjunto com as ações do PEE.
Além disso, está aberta a propostas comerciais com clientes de todos os segmentos para
realização de projetos de eficiência energética com recurso próprio.
•
A empresa anualmente investe recurso em ações educacionais de conscientização, que
não esta vinculada aos recursos do PEE.
•
Na área de educação e conservação de energia.
•
Se existir um grande retorno para a concessionária.
•
No caso de contratos de desempenho, com retorno do investimento realizado.
•
Ainda não vislumbramos tal cenário.
•
Julgamos possível a aplicação a partir do momento que existam incentivos regulatórios
para tal.
•
Não vislumbramos cenários/condições.
Relatório do Produto 3
34
•
A partir de incentivos de órgãos governamentais, poderíamos estudar a possibilidade de
aplicação de um montante superior ao exigido pela legislação.
•
A empresa não vislumbra fazer um investimento superior ao mínimo exigido pela
ANEEL.
•
Atualmente não é possível, a não ser que seja autorizado que os recursos advindos dos
contratos de desempenho retornem para o caixa da empresa e não para a conta do PEE.
•
É possível a empresa empregar um montante de recursos superior ao mínimo exigido
apenas para projetos que venham a beneficiar consumidores enquadrados na classe de
consumo baixa-renda e comprovadamente com baixo poder aquisitivo.
•
Certamente o setor de baixa-renda ainda tem muito a ser explorado no estado , porem o
setor industrial deveria ter um foco maior ao meu ver, pois algumas empresas ainda
trabalham com vários equipamento com alto consumo de energia.
•
Em projetos que propiciem retorno direto para a empresa como, controle da
inadimplência, redução de perdas, imagem corporativas, etc.
6.1.4. Respostas a pergunta 2.4 do questionário
A pergunta 2.4 do questionário foi: “Quando da elaboração do PEE, existe algum
critério de priorização quanto à tipologia dos projetos de eficiência energética? Caso positivo é
possível descrevê-lo?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias prioriza projetos destinados para atender a população de baixa renda, setor
público e entidades sem fins lucrativos. Algumas empresas citaram que priorizam projetos que
apresentarem boa atratividade econômica (RCB menor), que poderiam ser realizados através de
contratos de performance.
Relatório do Produto 3
35
•
Sim, abrangência e RCB menor.
•
Nossa área de concessão é pequena e praticamente esgotamos os projetos.
•
Sim, conforme critérios atuais priorizamos a população de baixo poder aquisitivo,
entidades sem fins lucrativos, educacionais e contratos de performance.
•
Sim, existem critérios para priorização, observando a necessidade de 50% dos
investimentos voltados aos consumidores de baixo poder aquisitivo e bem como a
solicitações e/ou demandas já identificadas.
•
Sim, priorização para consumidores de baixa renda e setores públicos (escolas,
prefeituras, hospitais).
•
1º Projeto.
•
Não existe nenhum critério de priorização quanto à tipologia dos projetos de eficiência
energética.
•
Sim, o critério de priorização leva em conta o maior benefício para os participantes:
cliente, o sistema elétrico, a sociedade e a concessionária. Podemos citar como exemplo a
execução de projetos de doação de equipamentos eficientes – a priorização é de executálos em regiões carentes, em que a redução da conta permite melhoria da capacidade de
pagamento. Isto evitaria o corte e a auto-religação, reduzindo as perdas, a inadimplência,
contribuindo também para a melhoria do relacionamento da concessionária com o
consumidor. Outro exemplo a ser citado é a priorização de projetos de atendimento a
creches e a instituições que atendem aos portadores de necessidades especiais. A
execução de diagnósticos energéticos com a doação dos equipamentos eficientes permite
a melhoria das condições de vida dessas pessoas.
Relatório do Produto 3
36
•
A empresa tem priorizado ações em clientes baixa renda (troca de lâmpadas fluorescentes
compactas, troca de refrigeradores, instalação de aquecedor solar, substituição da fiação
interna e orientações sobre uso correto e eficiente da energia elétrica. Além disso, investe
em eficiência energética de prédios públicos (substituição de lâmpadas, luminárias,
reatores e sistemas de ar condicionado), em serviços públicos (sistemas de tratamento de
água e esgoto) e no projeto educacional nas Escolas (metodologia PROCEL nas Escolas).
•
A empresa prospecta e executa os empreendimentos de acordo com seu planejamento
estratégico, priorizando projetos de cunho social, educacional e de redução de perdas. As
principais linhas de investimento nesse plano são os projetos de “Atendimento as
comunidades de baixo poder aquisitivo” para regularização de clandestinos e “Comércio
e Serviços e Poder público” para eficiência energética em hospitais beneficentes.
•
Não.
•
Sim, os que irão beneficiar primeiramente os consumidores com baixo poder aquisitivo.
•
Seguimos a princípio o estipulado para aplicação em projetos em comunidades de baixa
renda, sendo compulsória a aplicação de metade da obrigação neste tipo de projeto.
Obedecido este critério, caso não se opte pela aplicação integral neste tipo, damos
preferência a Prédios Públicos e Poder Público dada a localização da concessionária.
•
Além dos critérios definidos em Resolução (aplicação mínima de 50% dos recursos em
Residencial Baixa Renda) não existe priorização quanto à tipologia dos projetos de
eficiência energética.
•
Em primeiro lugar são priorizados os investimentos para o projeto baixo poder aquisitivo
de modo a cumprir o limite mínimo regulamentar. Em segundo lugar são os clientes das
tipologias poder e serviços públicos.
Relatório do Produto 3
37
•
Conforme Legislação vigente é priorizada somente a aplicação de 50% dos recursos em
projetos de eficiência energética em comunidades de baixo poder aquisitivo, os 50%
restantes são divididos em outros setores de atividades.
•
Prioritariamente são realizados projetos de baixo poder aquisitivo, atendendo requisitos
regulatórios. Os demais projetos têm privilegiado ações de cunho social como
eficientização em hospitais, entidades sem fins lucrativos (creches e asilos) e escolas
vinculadas ao poder público da área de concessão da empresa.
•
Para a definição das prioridades a equipe de gestão submete à diretoria os possíveis
projetos constantes do Manual do PEE e também as demanda enviadas pela sociedade. A
partir dessas informações e das prioridades da empresa a Diretoria define as prioridades a
serem trabalhadas.
•
O principal critério é o melhor índice de RCB, além do critério de investimento superior
a 50% em projetos voltados para comunidades de baixo pode aquisitivo.
•
A tipologia de escolha dos tipos de projeto visa beneficiar consumidores enquadrados na
classe de consumo baixa-renda e comprovadamente com baixo poder aquisitivo. Neste
sentido, podem-se citar projetos de doação de coletores solares em substituição ao
chuveiro elétrico, doação de lâmpadas fluorescentes compactas e doação de padrões
compactos de entrada de energia em substituição a postes de madeira em péssimas
condições técnicas e de segurança.
•
Sim, geralmente projetos de baixa-renda como troca de geladeiras e lâmpadas. Como
temos que investir no mínimo 50%, focamos mais este tipo de projeto.
•
A prioridade da empresa são projetos para atendimento a classe residencial baixa renda,
em seguida a prioridade vai para hospitais e escolas públicas.
Relatório do Produto 3
38
6.1.5. Respostas a pergunta 2.5 do questionário
A pergunta 2.5 do questionário foi: “Considerando a atual regulamentação da ANEEL,
quais as maiores dificuldades encontradas quando da elaboração do PEE?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou que a limitação do RCB menor que 0,8 nos projetos de eficiência
energética como a maior dificuldade. Algumas empresas citaram a necessidade de realizar a
medição e verificação dos projetos. Foi citado também a necessidade de enviar muitos relatórios
(projeto, plano de gestão e investimento) e dificuldades operacionais geradas pela nova
regulamentação.
•
Processo é muito burocrático (dificuldade no envio dos arquivos dos projetos, planos de
gestão e investimento, o formato do arquivo de envio é sujeito a erros (formato txt) e
você tem que enviar o mesmo várias vezes). A ANEEL lança a resolução e a metodologia
de uso não encontra-se definida (Relatório PMV por projeto, cálculo da SELIC, auditoria
financeira, falta de um sistema para cadastramento dos dados a serem enviados, etc). O %
anual da receita operacional líquida muda a cada ano. O processo tem que ser
simplificado para que a ANEEL possa dar conta das demandas atuais, temos relatórios
finais do ciclo 2006/2007 que ainda não foram analisados, não entendo por que foram
criados tantos relatórios (plano de gestão, plano de investimento, etc) isso gera mais
demanda para a ANEEL e atrasa a análise dos outros processos.
•
Sem opinar.
•
A RCB está muito baixa poderia ser ≤ 1,0. Os recursos para marketing estão muito
abaixo do necessário, já que o PEE visa mudança de cultura. Impossibilidade de se
apropriar no PEE os custos de Gestão Administrativa, Orçamentária e de Gerenciamento
de Projetos. O custo dos empregados e/ou contratados que atuam nestas atividades
(administrativa/orçamentárias) não podem ser apropriados nos projetos por questão de
aumento da RCB (Relação Custo/Benefício) e não existe uma sistemática definida pela
Relatório do Produto 3
39
ANEEL para a absorção desses custos. Uma sugestão a ser levada para a ANEEL seria a
inclusão desses custos no projeto “Gestão do PEE”, criado pela legislação atual e que não
influencia a RCB. A maior dificuldade é o tempo de resposta da ANEEL quanto a
dúvidas levantadas e enviadas.
•
A maior dificuldade encontrada no PEE é a necessidade de se obter RCB por uso final
inferior à máxima definida de 0,80. Outra dificuldade é provar ao Órgão Regulador que
algumas instituições não têm fins lucrativos, tornando-as habilitadas a assinarem um
Contrato de Doação.
•
Cumprir todos os ítens.
•
A escolha de um projeto com grande possibilidade de êxito.
•
Por sermos uma empresa de pequeno porte, com poucos recursos para ser investido, a
principal dificuldade encontrada é desenvolver projetos com retorno significativo em
eficiência e com impacto positivo junto aos consumidores, atendendo a todos os itens da
atual regulamentação. Os projetos acabam se resumindo a tradicional troca de lâmpadas
incandescentes por fluorescentes compactas, alguns projetos de substituição de chuveiros
elétricos por aquecedores solares e iluminação pública. Para os consumidores da classe
baixa renda, em nossa área de concessão, é praticamente inviável qualquer outro projeto
que não seja o de troca de lâmpadas. As dificuldades na elaboração e execução de
projetos deste tipo, quando o valor a ser investido é pequeno, para atender a legislação
atual, são, principalmente, no que se refere à Medição e Verificação, seguindo o PIMVP,
na maneira para tornar possível a medição e registros do tempo em que as lâmpadas
ficavam ligadas antes e depois da troca, na comprovação destes registros. Outra
dificuldade se refere à obrigatoriedade de que em todos os projetos deverão ser emitidos
“Relatório de Auditoria Contábil e Financeira” a ser elaborado por pessoa jurídica
inscrita na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sendo a sua contratação a cargo da
concessionária. Empresas de pequeno porte, que possuem poucos recursos para
investimento em PEE, como por exemplo, quem tem em média em torno de R$
Relatório do Produto 3
40
25.000,00 a R$ 30.000,00, ao ano, não conseguirá contratar a auditoria com estes
recursos.
•
A regulamentação atual não dificulta a elaboração do PEE, apenas restringe a escolha de
projetos mais adequados considerando a região do país. No caso podemos citar como
exemplo a impossibilidade de executar projetos de Eficientização da iluminação pública.
No nosso estado temos registro de mais de 130.000 (cento e trinta mil) pontos de
lâmpadas Vapor de Mercúrio. Como as prefeituras Municipais não conseguem atender as
exigências do programa RELUZ da Eletrobrás, possuem mais de 50% de clientes baixa
renda que não contribuem para a COSIP – Contribuição do Serviço de Iluminação
Pública, elas ficam impossibilitadas de reduzir a conta de energia via eficientização por
falta de recursos.
•
Após a resolução 300/2008, a elaboração e a implementação ficaram muito mais ágeis.
•
O atual manual do PEE foi melhorado e aperfeiçoado em sua última revisão, de tal
maneira que é normal encontrar dificuldades nos primeiros meses de atividades. A maior
dificuldade para atender a nova Regulamentação, foi inicialmente desenvolver os projetos
em arquivos XML, porem conseguimos desenvolver um programa que nos auxilia na
geração do mesmo.
•
Com o passar dos ciclos anteriores, dificuldade de atendimento a exigência mínima de
50% para projetos voltados a comunidades de baixo poder aquisitivo e aceitação de
contrato de desempenho por parte dos consumidores com fins lucrativos.
•
Disponibilização de um software.
•
A consideração dos custos com Medição & Verificação no cálculo da Relação CustoBenefício dos projetos é um fator que dificulta a elaboração dos mesmos. Além disso,
citamos a limitação do RCB para todo e cada projeto (0,8). Em projetos de substituição
de geladeiras, por exemplo, de comprovado retorno social, econômico e técnico, não se
alcança o RCB obrigatório.
Relatório do Produto 3
41
•
A necessidade de se fazer um estudo de viabilidade dos projetos apresentados, uma vez
que os recursos neles apropriados podem não ser reconhecidos pela ANEEL. A
necessidade de se ter sempre aplicado pelo menos 50% em projetos voltados aos
consumidores de baixo poder aquisitivo.
•
As maiores dificuldades estão relacionadas à viabilização técnico-econômica dos projetos
(RCB < 0,80). No projeto de Baixo Poder Aquisitivo, a substituição de geladeiras não é
viável por si só. Na tipologia poder público, as ações de eficientização em sistemas de
iluminação, em muitos casos, são inviabilizadas por não realizarem atividades noturnas.
Adicionalmente, não há possibilidade de adequação do nível de iluminamento e também
reforma das instalações elétricas internas precárias, o que frustra o cliente.
•
Selecionar projetos com RCB menor que 0,7.
•
A maior dificuldade encontrada na elaboração do PEE está diretamente ligada aos rígidos
limites de cálculos da RCB, o que dificulta a viabilização de algumas modalidades de
projetos como a doação de geladeiras.
•
Nessa nova regulamentação a necessidade de realizar Medição e Verificação (M&V)
representa a maior dificuldade na elaboração do PEE.
•
Uma das principais dificuldades encontradas está em atender o limite do RCB para
projetos que envolvam somente um dos seguintes tipos de equipamentos: Geladeiras,
Aquecedores Solares, Motores ou Condicionadores de Ar. Além disso, o custo de
Medição e Verificação tem se mostrado muito alto, podendo comprometer o RCB em
vários casos, seria interessante que este custo não compusesse o cálculo do RCB.
•
A principal dificuldade encontrada é desenvolver projetos viáveis em função da pequena
quantidade de recursos disponíveis, pelo fato da nossa empresa ter um faturamento anual
bastante inferior se comparado com outras concessionárias.
Relatório do Produto 3
42
•
Sem dúvidas o RCB, pois um projeto no papel nem sempre fica como previsto. Deveria
haver uma maior flexibilidade em relação ao RCB.
•
Na elaboração a maior dificuldade é formatar o plano de medição e verificação.
6.1.6. Respostas a pergunta 2.6 do questionário
A pergunta 2.6 do questionário foi: “Apesar da maioria dos projetos iniciados na
vigência da Resolução 300 ainda estarem em andamento, caso possível, que sugestões proporia
para aperfeiçoar a atual regulamentação da ANEEL na busca da diminuição ou até eliminação
de eventuais dificuldades já detectadas?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou a questão do processo de medição e verificação dos projetos de eficiência
energética:
são difíceis de serem aplicados e os custos de MV podem inviabilizar a
implementação do projeto, pois irá impactar negativamente no cálculo da RCB. Algumas
empresas sugeriram simplificar os processos de MV e a regulamentação existente.
•
Diminuir o número de arquivos a serem enviados (plano de gestão, plano de
investimento, etc), criar um sistema para enviar dos dados, enviar somente os recursos a
serem aplicados no ciclo, o nome dos projetos com respectivo valor e o período de
execução dos mesmos, caso o projeto seja novo enviar um projeto detalhado para que o
mesmo seja pré-aprovado pela ANEEL. Quando o projeto for concluído enviar o relatório
final do mesmo. Eu manteria também a auditoria financeira do projeto, mas esse assunto
precisa ser melhor regulamentado pela ANEEL. Resumindo: “VAMOS FOCAR NO
QUE INTERESSA, OU SEJA, ENERGIA ECONOMIZADA, DEMANDA RETIRADA
NA PONTA, RCB E SE O RECURSOS FORAM APLICADOS CORRETAMENTE E
COM UM SISTEMA QUE FACILITE O ENVIO DOS DADOS E A ANÁLISE POR
PARTE DA ANEEL”.
•
Sem opinar.
Relatório do Produto 3
43
•
A dificuldade maior está sendo a M&V. A identificação de uma Metodologia única que a
ABRADEE pretende realizar e as medições que são solicitadas requer muitos
investimentos desnecessários. Como grande parte do recurso está sendo destinada para o
“seguimento de baixo poder aquisitivo” e as medidas implementadas são as substituições
de geladeiras, lâmpadas e chuveiros e como a maioria dos clientes possuem um consumo
pequeno, ou seja, menor que 80 kWh, as economias poderiam ser padronizadas. Como o
consumo é pequeno a economia também será. A Aneel poderia padronizar p/ cada
geladeira que a distribuidora comprove que adquiriu e doou que a economia seria de 20
kWh/mês ou 25% do consumo. A substituição de 3 lâmpadas por residência seria
considerada 10 kWh/mês ou 10% do consumo e do chuveiro seria 20 kWh/mês ou 20%
do consumo do beneficiado. Caso um beneficiado recebesse as 3 soluções a economia
seria no máximo de 40 kWh/mês ou 50% do consumo. Na pratica os valores são muito
próximo disto e uma medição no campo nem sempre mediria isso porque a maioria dos
beneficiados troca de moradias com maior freqüência, trocam os produtos recebidos, etc.
O assunto deveria ser mais aprofundado porque as medições estão ficando muito caras e
as diferenças das medições com os valores propostos são muito pequenas já que o
consumo da maioria das unidades não passa de 80 kWh/mês.
•
O desenvolvimento de um plano de Medição & Verificação bem definido, por tipologia
de projeto, com todos os parâmetros (tempo mínimo de medição, possíveis equipamentos
a serem utilizados, opções do PIMVP pertinentes a cada tipologia de projeto, etc.)
descritos neste plano e elaboração de um documento contendo a especificação técnica e o
escopo para a contratação da Auditoria Contábil e Financeira dos projetos do PEE.
•
Simplificação para cadastros dos projetos e liberdade de investimentos.
•
Para essa Permissionária (e acredito para as demais também) a dificuldade detectada,
ainda que seja nosso primeiro projeto, é administrar um baixo recurso financeiro de tal
forma que não comprometa o resultado econômico e financeiro da Permissionária e
atenda a exigência da legislação. Daí uma proposta de se recolher o valor devido ao PEE
Relatório do Produto 3
44
e destiná-la para uma conta definida pelo poder concedente, ficando à disposição do
mesmo para indicar a forma de aplicação deste acumulo de recursos.
•
Acreditamos ser necessário um tratamento diferenciado para as empresas concessionárias
de pequeno porte, com poucos valores para investir no PEE, no que se refere aos itens
apontados acima. Não como forma de favorecimento à estas empresas mas sim para
viabilizar a execução completa dos projetos. A nossa empresa, em consulta oficial
realizada no mês de fevereiro do corrente ano, solicitou à SPE, esclarecimentos sobre
estes itens, entre outros, com o objetivo de poder elaborar e executar de maneira correta
nosso projeto de PEE. Até a presente data, não recebemos nenhuma manifestação da SPE
em relação ao nosso ofício e estamos com o PEE em aberto.
•
Considerando o trabalho e as contribuições do GT de Eficiência Energética da
ABRADEE, do qual nossa empresa participa, endossamos a lista das dificuldades e
sugestões dela emanada.
•
As dificuldades atualmente encontradas então na apropriação contábil, que difere do
Manual de Contabilidade das Distribuidoras. Existe dificuldade de se obter o RCB ≤ 0,8
para projetos de aquecimento solar, troca de refrigeradores e atendimento de prédios
públicos quando as instalações estão precárias (necessidade de sua adequação em
conjunto com o projeto de eficiência energética), ou o nível de iluminamento deficiente.
•
O novo Manual evoluiu muito, a ANEEL focou na avaliação dos projetos, quanto a
razoabilidade dos investimentos, e nos resultados alcançados propriamente ditos. A
introdução da medição e verificação foi um avanço no processo, porem acreditamos que
alguns projetos necessitem de uma maior flexibilização, como por exemplo, os projetos
executados em comunidade de baixa renda, onde os equipamentos introduzidos são
certificados pelo selo PROCEL/INMETRO, quanto a sua economia e potência nominal,
dispensando assim, medições em campo para confirmar os dados verificados em
laboratório.
Relatório do Produto 3
45
•
Tornar os contratos de desempenho facultativos e voltar a permitir projetos de iluminação
pública.
•
Disponibilização de um software.
•
Considerar custos com medição e verificação fora dos projetos; flexibilização da regra de
Relação Custo-Benefício para alguns tipos de projetos; flexibilização dos projetos
educativos com possibilidade de variação das ações (inserindo grupos teatrais, compra de
equipamentos e veículos).
•
No caso da nossa empresa, sugestões que possam contribuir com o aperfeiçoamento das
ações, somente poderão ser feitas após a conclusão de algum projeto.
•
Em conjunto com a ANEEL, sugerimos trabalhar visando maior clareza e simplificação
da regulamentação. Em termos de projetos: revisão do limite da RCB (RCB < 0,80),
possibilidade de eficientização de sistemas de iluminação pública, inclusão da tipologia
de projetos em construções novas e viabilização de projetos do lado da oferta.
•
A maior dificuldade encontrada até o presente momento é realizar um Plano de Medição
de Verificação dos Resultados que atenda o PIMVP, no que tange a segregação de
economia obtida por tipo de ação executada na unidade consumidora. Ex.: Troca de
lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas e troca de geladeira ineficiente por
outra certificada. Como sugestão, propõem-se que uma vez finalizado o projeto de
eficiência numa área de baixa renda a mesma seja objeto de uma nova verificação e ações
com periodicidades na primeira vez de 4 meses e na segunda de 8 meses com vistas a
ações para manter o ganho inicialmente obtido, tais como, distribuição de lâmpadas e
verificação de novos residentes com geladeiras ineficientes, efetuando-se por sua vez a
troca da mesma. Os recursos seriam provenientes do próprio programa de eficiência
energética.
Relatório do Produto 3
46
•
A nova regulamentação impõe a obrigatoriedade de incluir a Medição e Verificação para
cálculo da RCB. Para flexibilizar modalidades de projetos que seriam inviáveis,
sugerimos que a M&V possa ser desconsiderada para cálculo da RCB.
•
A sugestão é que o Protocolo Internacional de M&V pudesse ter uma versão mais
aplicada.
•
Como foi dito, ampliação do limite do RCB para substituição dos equipamentos citados
acima e retirada dos custos de Medição e Verificação do cálculo do RCB.
•
Não respondeu.
•
Melhorar o manual, pois ainda contem itens muito obscuros, como o item de Auditoria
Financeira, o qual não entra no RCB quando se realizada a elaboração do projeto.
•
Não vincular Gestão e Projetos com contratos de desempenho.
6.2. Respostas da parte 3 do questionário
A parte 3 do questionário buscou obter informações referentes à execução do PEE e foi
subdividida em sete perguntas apresentadas a seguir:
6.2.1. Respostas a pergunta 3.1 do questionário
A pergunta 3.1 do questionário foi: “Já foi realizado, no âmbito do PEE, algum Contrato
de Desempenho? Como foi a experiência e quais resultados obtidos? Caso não tenha sido
realizado, citar as dificuldades e impedimentos para a realização dos mesmos.”
Analisando as respostas da pergunta 3.1 apresentadas a seguir, observa-se que a maioria
das concessionárias citou que não realizaram nenhum contrato de desempenho devido aos
Relatório do Produto 3
47
clientes ser de pequeno porte dificultando o gerenciamento dos ganhos energéticos. Das
empresas que realizaram projetos de eficiência energética através de contratos de desempenho,
muitas não tiveram dificuldades, algumas citaram as seguintes dificuldades: desconhecimento do
modelo de negócio por parte dos empresários, necessidade de adquirir equipamentos para
realizar a medição dos ganhos energéticos.
•
Sim, não tivemos problemas na execução do mesmo, os resultados foram satisfatórios
para as partes envolvidas.
•
Ainda Não.
•
Sim, já foram realizados, desde o ano de 2002 cerca de 30 contratos de desempenho,
majoritariamente em grandes clientes industriais. Existe inicialmente um grau de
resistência dos empresários que não possuem familiaridade com o modelo de negócios
proposto pelo Contrato de Desempenho. Entretanto, após vencer esta resistência inicial,
os resultados obtidos são satisfatórios. Normalmente os projetos apresentam relação custo
benefício (RCB) favorável e até o momento já foram retirados cerca de 20 MW de
demanda de ponta. Até o ciclo 2006/2007 havia muita dificuldade de desenvolvimento de
projetos devido ao elevado tempo de aprovação dos mesmos na ANEEL. Este problema,
no entanto, foi solucionado com a nova resolução na qual os projetos são pré-aprovados e
podem ser submetidos em qualquer época do ano.
•
Sim. Os contratos de desempenho realizados pela empresa foram celebrados, em sua
totalidade, com indústrias localizadas em sua área de concessão, cujos resultados foram
satisfatórios, com exceção de um dos contratos, pois a empresa beneficiada está,
atualmente, em processo de concordata.
•
Não. Estamos iniciando os projetos.
•
1º Projeto.
•
Não realizamos nenhum projeto com contrato de desempenho.
Relatório do Produto 3
48
•
Já executamos projetos com contratos de desempenho. A experiência tem sido exitosa. A
maior dificuldade está relacionada em definir a forma de adquirir e instalar os
equipamentos eficientes, bem como no critério de medição para estabelecer o prazo de
retorno.
•
A empresa nos últimos anos realizou diversos contratos de desempenho com clientes
industriais. A maior dificuldade está no convencimento do projeto junto ao cliente. Outro
problema recorrente é a substituição dos gestores na indústria, enquanto a performance
está sendo cobrada.
•
Sim. Realizamos um contrato de desempenho com êxito. As expectativas do cliente
foram atendidas e hoje nos ressarci mensalmente.
•
Não. Aceitação por parte dos consumidores e acompanhamento de resultados.
•
Não, pois o montante a ser aplicado pela empresa é baixo.
•
Na empresa tais contratos ainda não foram realizados. A área de concessão da empresa
caracteriza-se por pouco clientes industriais de porte. Temos diversos clientes comercias
de pequeno e médio porte, o que geraria muitos contratos e dificuldade de gerenciamento
devido à quantidade de mão-de-obra qualificada na empresa para gerenciá-los.
•
Realizamos dois contratos de desempenho para a substituição de motores elétricos em
uma unidade industrial. Como se tratava de motores de grande potência (200, 250 e 300
cv), o resultado foi bastante satisfatório. O maior impedimento para a celebração de
contratos de desempenho é a capacidade de cumprimentos das obrigações pela outra
parte envolvida (a empresa que será beneficiada pelo projeto).
•
Sim, já realizamos em programas anteriores. Tivemos dificuldades com relação à
concretização do contrato (que é demorada, trabalhosa e requer avaliação específica de
Relatório do Produto 3
49
várias áreas da Empresa e do cliente), ao critério de M&V adotado decorrido algum
tempo da implementação e, também, com relação a inadimplência do cliente.
•
Sim. Na época os equipamentos substituídos ficavam de posse do cliente, que por sua
vez, acabava reutilizando os mesmos após findado o projeto. Atualmente os
equipamentos são recolhidos, o que estaria sanado este tipo de anomalia.
•
A realização de projetos com contratos de desempenho é expressamente interessante,
porém esta tipologia de projeto depende mais do cliente do que da concessionária. A
empresa não realizou nenhum contrato de desempenho nos últimos PEE’s, pois a maior
dificuldade encontrada é a falta de interesse demonstrado pelo empresariado. É
necessária uma movimentação para incentivar e divulgar esta modalidade através de
seminários para o setor industrial a níveis regionais e talvez agregar algum tipo de doação
ao projeto como forma de incentivo aos empresários.
•
Não realizamos contratos de desempenho o nosso mercado é predominantemente
residencial, temos poucas indústrias.
•
Ainda não foi executado nenhum contrato de desempenho, estamos fechando a
negociação de um neste ano. A principal dificuldade é a não aceitação do mercado, seria
interessante desenvolver mais eventos sobre eficiência energética junto à classe
empresarial em âmbito nacional.
•
A empresa nunca efetuou projetos com Contrato de Desempenho em função dos poucos
recursos disponíveis, e pelos mesmos não serem prioridade de investimento.
•
Não, tempos atrás foi realizado um projeto em conjunto com a empresa de saneamento,
do qual havia nos dito uma determinada demanda e na realidade após o termino do
projeto começou a consumir uma demanda maior. Porém visando à economia chegamos
a níveis satisfatórios.
Relatório do Produto 3
50
•
Não. Até o momento não executamos nenhum projeto com contrato de desempenho, pois
a empresa, desde o inicio do seu programa, dentro do seu planejamento estratégico,
prioriza projetos a fundo perdido.
6.2.2. Respostas a pergunta 3.2 do questionário
A pergunta 3.2 do questionário foi: “Nos últimos anos quais são as tipologias mais
freqüentes de projetos executados por vossa empresa?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou projetos de eficiência energética voltadas para a classe residencial baixa
renda, atendimento de prédios públicos e educacional caracterizando a elaboração de projetos de
caráter social. Foram citados ainda, alguns projetos de tipologia industrial, comercial, rural.
•
Projetos de irrigação (rural) e atendimento a comunidades de baixo poder aquisitivo.
•
No momento estamos iniciando um projeto para hospital.
•
Projetos p/ população de baixo poder aquisitivo na área urbana e rural. Em entidades sem
fins lucrativos, como Hospitais, Asilos, Creches. Educacionais através da metodologia
Procel nas Escolas. Industrial através dos contratos de performance.
•
São os seguintes os projetos: Baixa Renda, Poderes Públicos (Iluminação e
Climatização), Hospitais, Industrial, etc.
•
Melhoria de redes, ampliação de redes, adequação a ANEEL.
•
1º Projeto.
•
Projetos educacionais, Atendimento a comunidades de baixo poder aquisitivo, Poder
público, Residenciais.
Relatório do Produto 3
51
•
No ciclo 2005-2005 só executamos os projetos permitidos pela legislação como projetos
de doação de equipamentos eficientes e diagnósticos energéticos. Com o advento da
resolução 300 as opções de projetos permitem que façamos todas as tipologias de
projetos: Gestão Energética Municipal, Procel nas Escolas, doação de equipamentos
eficientes, diagnósticos energéticos, dentre outros.
•
A empresa tem realizado as tipologias: baixa renda (regularização interna + aquecimento
solar + iluminação interna + troca de refrigeradores), prédios públicos, poder público,
educacional e industrial.
•
Nos últimos anos temos dirigido os recursos para “Atendimento as comunidades de baixo
poder aquisitivo” e “ Comércio e serviços e Poder público”.
•
Projetos voltados para atendimento de comunidades de baixo poder aquisitivo com a
substituição de lâmpadas, projetos educacionais e projetos em prédios públicos.
•
Educação (palestras e um laboratório), baixo poder aquisitivo (doação de lâmpadas e
geladeiras), melhoria da iluminação de escolas públicas e também do hospital.
•
Eficiência Energética em consumidores da subclasse residencial baixa renda e
Iluminação Pública.
•
Residencial e poderes públicos.
•
As tipologias mais executadas nos últimos 2 anos foram: projeto de baixo poder
aquisitivo, poder público e serviço público.
•
Atendimento a Comunidades de Baixo Poder Aquisitivo, Poder Público e Comércio de
Serviços.
Relatório do Produto 3
52
•
Baixa renda e/ou Baixo Poder Aquisitivo, Industrial (sem contrato de desempenho),
Instituições sem fins lucrativos e Poder Público (em escolas e hospitais).
•
Projetos voltados a comunidades de baixa renda, prédios públicos e serviços públicos.
•
Em anos anteriores o foco foi em Poder Público e Serviço Público. Atualmente, dos
projetos em execução o principal é o Baixa Renda.
•
Nos últimos anos a topologia mais utilizada é de projetos voltados aos consumidores de
baixo poder aquisitivo, entre eles os projetos intitulados de Doação de Lâmpadas
Fluorescentes Compactas e Doação de Aquecedores Solares em Substituição ao Chuveiro
Elétrico.
•
Atendimento a comunidades de baixo poder aquisitivo e comercio e serviços (hospitais).
•
Prédios Públicos e Residencial Baixa Renda.
6.2.3. Respostas a pergunta 3.3 do questionário
A pergunta 3.3 do questionário foi: “Nos projetos de eficiência energética desenvolvidos
nos últimos anos, quais os usos finais mais freqüentes?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou a substituição de lâmpadas ineficientes e troca de geladeiras caracterizando
novamente o atendimento aos consumidores de baixa renda. Foram citadas ainda, uma razoável
quantidade de eficientização de sistemas motrizes e instalação de sistemas solar destinado para o
aquecimento de água.
•
Iluminação, Refrigeração e Força Motriz.
•
Iluminação e Geladeiras.
Relatório do Produto 3
53
•
Os usos finais foram: iluminação, aquecimento solar, chuveiros, refrigeração, irrigação,
esterelização em hospitais (autoclaves) climatização, força motriz, modernização de
processos, cogeração de energia, ar comprimido.
•
Iluminação, refrigeração (geladeiras), sistema de condicionamento de ar e motores.
•
Estamos iniciando.
•
1º Projeto.
•
Procel nas escolas, substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas
nas comunidades de baixa renda, eficientização da iluminação pública das ruas e
avenidas, substituição de chuveiros elétricos por aquecimento solar, substituição de
lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas nos consumidores em geral.
•
Os usos finais mais freqüentes são iluminação, ar condicionado e motores.
•
A empresa tem atuado nos seguintes usos finais: iluminação, refrigeração, aquecimento e
força motriz.
•
Aparelhos de ar condicionado de janela; Iluminação fluorescente tubular, com luminárias
e reatores; Geladeiras e frigobares; Lâmpadas fluorescentes compactas.
•
Iluminação.
•
Doação de lâmpadas em geral e de geladeiras.
•
Iluminação e Refrigeração.
•
Iluminação e motores elétricos.
Relatório do Produto 3
54
•
Os usos finais mais freqüentes são iluminação e acionamentos elétricos.
•
Sistemas de iluminação, refrigeração, condicionamento de ar e aquecimento solar de
água.
•
Iluminação e força motriz.
•
Doação de geladeiras, Lâmpadas Econômicas, ar condicionadas e motores eficientes.
•
Climatização e Iluminação.
•
Os usos finais mais freqüentes são a substituição de lâmpadas incandescentes por
lâmpadas fluorescentes compactas, substituição de postes e padrões de entrada em
péssimas condições técnicas e de segurança por padrões compactos de entrada de energia.
•
Foram sempre dentro do esperado.
•
Usamos com mais freqüência retrofit’s em sistema de iluminação, de ar condicionados e
nos últimos dois anos, na troca de geladeiras para baixa renda.
6.2.4. Respostas a pergunta 3.4 do questionário
A pergunta 3.4 do questionário foi: “Considerando todo o eventual processo interno de
contratação (com licitação, se for o caso), qual o tempo médio de implantação de um projeto de
eficiência energética? No caso de contratos de desempenho, qual tem sido o tempo médio de
retorno?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou o tempo médio de até um ano para a implantação de um projeto de
eficiência energética. Para as empresas que realizam contratos de desempenho, a maioria citou
que utilizam um tempo de retorno menor que 3 anos.
Relatório do Produto 3
55
•
Um ano. Para os contratos de desempenho o tempo médio de retorno é de um ano.
•
6 meses a 1 ano. Não respondeu no caso de contratos de desempenho.
•
O tempo médio é de 02 (dois) anos. O tempo médio de implantação para contratos de
desempenho: 6 meses para a maioria dos projetos e 2 anos no caso de cogeração. Prazo
de retorno entre 40 e 60 meses. Cerca de 70 meses no caso de cogeração.
•
O tempo médio para implantação de um projeto de EE, na empresa, é geralmente de 10 a
12 meses. E, o tempo médio de retorno para os projetos realizados mediante Contrato de
Desempenho é de 3 anos.
•
Não possuímos licitação, iniciativa privada.
•
1º Projeto.
•
Os projetos sempre foram executados por pessoal próprio e com um tempo médio de
execução de um ano. Não tivemos contrato de desempenho.
•
O tempo médio de implantação de um projeto é de 12 meses. Os contratos de
desempenho tem tido um prazo médio de retorno em torno de 45 meses.
•
Os projetos da empresa tem sido implementados de 12 a 15 meses. No caso de projetos
industriais o tempo médio é de aproximadamente 24 meses.
•
Procuramos trabalhar em nossos projetos com um cronograma de 12 a 14 meses. O
tempo de retorno dos contratos de desempenho variou de 12 a 40 meses, média de 25
meses.
•
Aproximadamente seis meses. Contratos de desempenho não foram realizados.
Relatório do Produto 3
56
•
Seis meses.
•
O tempo médio de implantação é de um ano a um ano e meio, caso não haja maiores
problemas com o processo de licitação.
•
A implementação de um projeto é bem rápida, depende mais do fornecimento do material
a ser empregado (refrigeradores, lâmpadas, etc) e de serviços terceirizados para a sua
execução, quando necessário. Para os contratos de desempenho firmados pela empresa, o
tempo médio de retorno do investimento foi de 24 meses.
•
A partir da Resolução 300 são carregados projetos por tipologia, que é composta por
vários clientes. Com esta premissa, temos adotado 18 meses como duração padrão para
execução de todas as eficientizações, o qual inclui a realização da auditoria contábil. No
que se refere à contratação, para projetos da tipologia prédios públicos atualmente a
Empresa contrata serviços (precificados por tipo) e materiais (contratados em lotes e não
individualmente por cliente). Para projetos de serviços públicos, as contratações são para
fornecimento de materiais e serviços por lotes de clientes separados por região, ou
individualmente. De forma geral, a área responsável pela contratação trabalha com o
prazo de até 90 dias. No caso de contratos de desempenho, o tempo médio de retorno é de
24 meses.
•
16 a 20 meses. No caso de contratos de desempenho são 46 meses.
•
Tempo médio de 12 meses, sem contrato de desempenho, uma vez que ainda não
executamos projetos com esta característica.
•
O tempo médio de implantação é de 1 ano. No caso da empresa não realizamos contrato
de desempenho.
•
Para os projetos de prédios públicos o tempo médio de implantação para cada projeto gira
em torno de 11 meses, sendo destes 1 mês para prospecção e diagnóstico, 8 meses para
licitação e 2 meses para execução, fiscalização e elaboração de relatório final. Para os
Relatório do Produto 3
57
projetos de Serviço Público o tempo médio de implantação gira em torno de 17 meses,
sendo destes 2 meses para prospecção e diagnóstico, 8 meses para licitação e 7 meses
para execução, fiscalização e elaboração de relatório final.
•
Considerando o processo de elaboração de projeto, envio do mesmo a ANEEL, prazo de
autorização, licitação dos equipamentos e processo de implementação, o tempo médio é
de aproximadamente 18 meses.
•
Em media de 2 a 3 meses para se iniciar um projeto.
•
O tempo médio é de dez meses, para todo processo.
6.2.5. Respostas a pergunta 3.5 do questionário
A pergunta 3.5 do questionário foi: “Após a implementação, de maneira geral, os
projetos têm dificuldade de cumprir o quesito de RCB ≤ 0,8? Se sim, favor comentar/detalhar os
motivos dessa dificuldade. Entre os projetos concluídos pela empresa, quais os que
apresentaram menor RCB?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou que projetos destinados para clientes baixa renda possuem dificuldade para
atingir o índice da RCB exigido quando são realizadas ações de instalação de sistemas de
aquecimento solar e troca de geladeiras. Projetos da tipologia poderes públicos também
apresentam dificuldade para atingir o RCB exigido quando são realizadas ações de eficientização
do sistema de climatização devido ao período de funcionamento. Foi citado que projetos
destinados a eficientização dos sistemas de iluminação são os que apresentam melhores RCB.
•
Todos os projetos cumpriram o RCB menor que 0,8. A substituição de lâmpadas
incandescentes por fluorescentes apresenta menor RCB.
•
Sem comentar.
Relatório do Produto 3
58
•
Sim. Porque geralmente as RCB estão muito próximas do limite e a questão da M&V e
outras despesa não previstas como viagens por não encontrar o beneficiado, greve de
escola, a Entidade não permitir o trabalho durante as atividades, etc implicam na elevação
da RCB. Projetos de aquecimento solar.
•
Os projetos de Baixa Renda, quando há substituição de refrigeradores, tem o RCB
elevado, porém, não há dificuldade em cumprir a RCB global do projeto. Os projetos que
apresentaram menor RCB foram os relacionados aos Poder Público.
•
Estamos iniciando, sem parâmetros mensuráveis no momento.
•
1º Projeto.
•
Ainda não tivemos este tipo de problema RCB < 0,8. O projeto educacional PROCEL nas
escolas foi o mais difícil de executar e mensurar resultados.
•
Alguns projetos apresentam essa dificuldade, principalmente os de diagnósticos
energéticos em prédios públicos, em que erros de projeto na construção e a situação de
deficiência de manutenção não permite que se faça o simples retrofit, mas a necessidade
de instalações completas, aumentando os custos envolvidos. Além de prédios públicos os
projetos executados em baixa renda apenas com a doação de geladeiras não se
conseguem alcançar a RCB ≥0,80.
•
Todos os projetos da empresa tem atingido o RCB global ≤ 0,8, por estarem sendo
executados com o retrofit do sistema de iluminação. Os projetos realizados apenas com a
troca de aquecimento solar, com substituição de refrigeradores, ou realizados em prédios
públicos com instalações precárias ou com baixo nível de iluminamento, não estão
atingido o RCB ≤ 0,8. Os seguintes projetos industriais têm atingido baixo RCB:
substituídas bombas e instalação de inversores, sistema de compressão com
gerenciamento da pressão e troca de chillers em sistemas de condicionamento de ar
Relatório do Produto 3
59
central. No passado, a empresa obteve bons índices de RCB em projetos de iluminação
pública.
•
Não há essa dificuldade. Entre os concluídos, os de menor RCB foram os que
contemplam a substituição de lâmpadas fluorescentes compactas, variando de 0,16 a
0,30.
•
Não. Substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescente compactas.
•
Nos que foram desenvolvidos não.
•
Geralmente, não, quando calculamos em conjunto os benefícios de seus subprojetos
(basicamente, substituição de lâmpadas ajuda na relação quando calculada com
aquecimento solar, substituição de geladeiras e outros equipamentos) Temos dificuldade
em conseguir o RCB de 0,8 se tentarmos realizar projetos apenas com geladeiras, ou
aquecedores.
•
Atentos ao resultado final dos programas, a empresa prioriza projetos cuja RCB pode ser
anteriormente prevista, ou seja, a empresa prioriza projetos já amplamente executados,
tais como eficiência energética em iluminação, etc.
•
Os primeiros projetos carregados com base na Resolução no 300 devem ser concluídos
em novembro/2009, a partir do qual será possível responder ao questionamento acima.
Tendo como base os diagnósticos realizados, as dificuldades no cumprimento do RCB
residem na eficientização de prédios públicos por não realização atividades noturnas.
•
Aumento, após implementação do projeto, do número de funcionários, horário de
funcionamento, inclusão de novos equipamentos, alteração no processo fabril em função
de novas encomendas dos clientes e ou contratos de fornecimento. Entre os projetos
concluídos pela empresa, quais os que apresentaram menor RCB? Projeto em
comunidades de baixa renda, que inclusive propiciam melhoria dos índices de
inadimplência e perdas comerciais.
Relatório do Produto 3
60
•
Não tivemos dificuldades neste quesito. Os projetos de Baixa Renda com uso final de
iluminação foram os que apresentaram menor RCB. Entretanto ressaltamos que durante o
período de elaboração alguma tipologia de projeto, como doação de geladeiras, a mesma
teve que ser descartada, pois o critério de cálculo da RCB tornou o projeto inviável. A
doação de geladeiras é um projeto interessante e se a regra de cálculo para RCB fosse
mais flexível a adesão seria mais praticada.
•
O projeto de Doação de Geladeiras tem dificuldade de cumprir o quesito do RCB. Os
custos desses projetos muitas das vezes são maiores que os benefícios (economia de
energia proporcionada pela implantação do projeto). Os projetos voltados a eficientização
de Iluminação Pública e doação de lâmpadas Eficientes com adequação das instalações
apresentaram os menores RCB.
•
Conforme já informado em questão anterior, a maior dificuldade em atingir o RCB ≤ 0,8
está em projeto que envolvam troca de Geladeiras, Aquecedores Solares, Motores ou
Condicionadores de Ar.
•
Os projetos efetuados pela empresa geralmente tem alcançado RCB ≤ 0,8, destacando
principalmente os projetos de doação de lâmpadas fluorescentes compactas.
•
Não, pois atualmente estamos dotando critérios bem conservadores, deixando assim um
RCB mais preciso.
•
Não há tanta dificuldade, pois ainda encontramos prédios com grandes desperdícios
utilizando aparelhos muito antigos. Principalmente na gestão pública. A não utilização do
horário de ponta dificulta, de certa forma, na redução da demanda na ponta. Porém de
maneira geral não temos dificuldades. O menor RCB.
Relatório do Produto 3
61
6.2.6. Respostas a pergunta 3.6 do questionário
A pergunta 3.6 do questionário foi: “Comente as eventuais barreiras e/ou dificuldades da
medição/verificação dos resultados dos projetos implementados.”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou que as maiores dificuldades da medição e verificação está no fato da
necessidade de realizar medições por uso final. Com isso é necessário separar os circuitos, que
nem sempre é possível fazer num quadro de distribuição. Esta necessidade irá impactar num
aumento de custos com possibilidade de inviabilizar a implementação do projeto.
•
Não existe uma regulamentação clara por projeto para se fazer a medição e verificação
dos resultados, a ANEEL precisa definir melhor esse assunto. O Protocolo Internacional
é muito amplo e não atende a realidade dos projetos que fazem parte do PEE da ANEEL.
•
Sem comentar.
•
A inexistência de uma metodologia única no Brasil que a Abradee ainda não
desenvolveu. Os valores cobrados para realização de medições com resultados pequenos,
mas a amostra exigida muito grande. Acreditamos que com passar do tempo e a
modernização dos sistemas de medição das concessionárias como a ampliação das
tecnologias Smart Grid será mais fácil a realização das medições. É necessário que seja
adotado um padrão de medição para projetos similares em todo o país, assim a
probabilidade de erros seria reduzida.
•
A principal dificuldade encontrada é não existir certeza, por parte da concessionária, de
que os parâmetros utilizados na metodologia adotada, referente ao PIMVP, serão
suficientes para aprovação da Agência Reguladora, exatamente pela subjetividade que
existe em cumprir os requisitos do Protocolo.
•
Estamos iniciando, sem parâmetros mensuráveis no momento.
Relatório do Produto 3
62
•
1º Projeto.
•
A dificuldade maior está em aplicar o PIMVP. Obter os registros dos dados verificados.
•
A dificuldade em executar a M&V é relativa ao prazo de encerramento do projeto. Após
a implantação do projeto as medições são feitas primordialmente com a finalidade de
aferir se resultados previstos foram alcançados, ou seja, a preocupação principal é ter
dados para inserir no Relatório Final. A nosso ver isto é necessário, mas não suficiente.
Daí em diante há o pressuposto de que os resultados serão mantidos. Como o cliente
normalmente varia a sua carga, isto dificulta a avaliação posterior. A atividade de M&V
deve ser permanente e, para isto, dever-se-ia instalar obrigatoriamente gerenciadores de
energia, monitorando permanentemente a instalação elétrica, por setores e por uso final,
identificando os acréscimos ou reduções de carga e seus impactos no consumo de
energia. Os aumentos de custos daí decorrentes devem ser bem assistidos para não
impactar na RCB pós execução.
•
A maior barreira para a medição e verificação dos resultados está na separação dos
circuitos, quando o quadro de distribuição de energia possui vários equipamentos
conectados.
•
As dificuldades são sempre em individualizar as medições por uso final, já que os
barramentos, na grande maioria das vezes, não são específicos por uso. Outra grande
dificuldade é realizar medições em instalações que possuem alta sazonalidade de
consumo e ocupação.
•
Até o ciclo 2006/2007, praticamente nenhuma dificuldade. Quando da conclusão dos
novos projetos com M&V baseado no PIMVP, poderemos ter uma avaliação das
dificuldades.
•
Muito burocrático.
Relatório do Produto 3
63
•
Não há maiores dificuldades na medição e verificação em si, e sim nos custos envolvidos,
que devem ser considerados no cálculo da RCB.
•
Até o momento, encontramos algumas poucas dificuldades de acesso em consumidores
de baixo poder aquisitivo.
•
As dificuldades para medição e verificação dos resultados residem na baixa
especialização dos fornecedores e na qualidade do PMV proposto. Outro aspecto reside
na dúvida do que será fiscalizado e exigido pela ANEEL. Outra dificuldade a ser
considerada refere-se a avaliação dos resultados dos projetos de baixo poder aquisitivo e
prédios públicos, em especial sistemas de iluminação.
•
Dificuldade em verificar a economia de energia elétrica por uso final.
•
Atualmente não temos nenhum projeto concluído seguindo critérios da nova
regulamentação de Medição e Verificação. No modelo anterior não detectamos grandes
dificuldades para verificar os resultados com a utilização de metodologia diferente da que
existe hoje. As barreiras que possam existir estarão diretamente ligadas ao custo elevado
para adoção de metodologias da Medição e Verificação conforme o PIMVP.
•
As dificuldades são de natureza prática, tais como: Problemas de aferição que podem
mascarar os resultados da medição. Definição de um plano de M&V inadequado para o
ambiente a ser eficientizado. Dificuldade de separar os usos finais para medição.
•
Existem diversas dificuldades encontradas principalmente em campo, dentre elas as
principais são: Dificuldade em separar circuitos, necessidade de medição por longos
períodos para encontrar valores já consagrados (por exemplo: Pesquisas de tempo médio
de uso das lâmpadas, geladeiras, ar condicionado, etc. Consumo de equipamentos
eficientes já atestados pelo PROCEL e INMETRO). Outro grave problema trata-se da
segurança dos equipamentos, muitas vezes é necessário deixar equipamentos de alto
custo medindo em locais sem qualquer estrutura de vigilância, esta muitas vezes tem que
ser contratada a parte e se torna muito dispendiosa para o projeto.
Relatório do Produto 3
64
•
A grande dificuldade na medição é a sazonalidade de consumo dos consumidores
beneficiados, além do baixo impacto provocado pelos projetos por unidade consumidora.
•
Como na tipologia de baixa-renda adotamos a medição direto no medidor da unidade
consumidora a adesão de novos equipamento (TV´s, chuveiros e etc.) podem a vir a
interferir no resultado final.
•
Geralmente há modificações estruturais nos prédios durante execução de um projeto. Tais
modificações interferem diretamente nos resultados do M&V, principalmente aquelas em
que há transferência de pessoal, ou até mesmo, do órgão dos serviços.
6.2.7. Respostas a pergunta 3.7 do questionário
A pergunta 3.7 do questionário foi: “Além do Protocolo Internacional para Medição e
Verificação de Performance a empresa utiliza outras referências para fazer a medição e
verificação dos projetos? Quais? As metodologias adotadas oferecem credibilidade aceitável
para os resultados encontrados? Qual a faixa de erro? Há necessidade de aprimorar estas
melhorias?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que todas concessionárias
utilizam como referência o Protocolo Internacional para Medição e Verificação de Performance
nos projetos de eficiência energética. Algumas empresas estão analisando a possibilidade de
desenvolver metodologias para determinadas tipologias, como por exemplo, projetos destinados
para consumidores baixa renda. Foi citada a necessidade de desenvolver uma adaptação da
metodologia do PIMVP que atenda cada tipologia de projeto a ser executado.
•
Não, adotamos o Protocolo Internacional. A ANEEL tem que definir por projeto as regras
para a medição e verificação.
•
Sem comentar, será executado pela empresa ESCO no projeto atual.
Relatório do Produto 3
65
•
Em alguns projetos voltados para baixa renda a empresa está pensando na aplicação de
uma metodologia de pesquisa própria (CMUF) que consiste em permitir mensurar, se
necessário, o gasto de cada aparelho eletrônico em separado, além de apresentar os dados
em tempo real. Por se tratar de um projeto de pesquisa os dados ainda necessitam ser
avaliados e comparados com outras metodologias.
•
Até o momento, utilizamos as premissas do Protocolo Internacional, porém sentimos a
necessidade de uma metodologia aprovada pela ANEEL, que seja mais adaptável à nossa
realidade de projetos e que sejam menos subjetivas.
•
Estamos iniciando, sem parâmetros mensuráveis no momento.
•
1º Projeto.
•
Fazíamos pela comparação entre as potências dos equipamentos que eram retirados e os
que entravam em seu lugar, estimando o tempo de uso. Como usávamos os mesmos
tempos estimados de uso, para os equipamentos que saiam e para os que entravam,
baseados na média geral verificada nos consumidores, acreditamos que ofereciam
credibilidade aceitável para os resultados. Não soubemos informar qual a margem de erro
neste método e concordamos que existe a necessidade de aprimoração.
•
Como a empresa foi a primeira empresa a iniciar projetos de doação de geladeira para
consumidores de baixa renda, iniciamos o projeto com as seguintes definições de
metodologia de M&V: a) Acompanhar o consumo de energia de cada UC através do
medidor da empresa, comparando o consumo mês a mês, sendo a linha de base o
histórico anterior; b) Avaliar a variação desse consumo a partir da data da entregas da
geladeira e da implantação das demais ações; c) Instalar medição individual na geladeira,
em um número predefinido de residências visando confirmar se o resultado previsto
realmente estava sendo alcançado, bem como avaliar a variação do desempenho do
equipamento no decorrer do tempo; d) Definir um transformador em que todas as
residências nele ligadas estivessem participando do projeto, ou seja, todas receberiam a
Relatório do Produto 3
66
geladeira, as lâmpadas LFC e teriam a instalação elétrica substituída. Todas as cargas
nesse transformador seriam verificadas e fiscalizadas periodicamente, principalmente
iluminação pública, ligações clandestinas e ligações não-permanentes. O balanço
energético nesse transformador daria informações completas sobre os resultados. A
metodologia adotada só foi durante um curto período e mostrou bons resultados, ou seja,
ofereceu credibilidade aceitável para os resultados. Os números encontrados mostraram
que o projeto de doação de geladeira por si só não é um bom negócio, já que a redução de
consumo do universo pesquisado demonstrou que só há viabilidade quando há também a
doação de lâmpadas LFC. Há necessidade de aprimorar essa metodologia e testá-la em
um número maior de empresas.
•
Ao longo dos últimos anos a empresa utilizou a experiência da ABESCO para a medição
e verificação dos resultados, principalmente em contratos de performance, onde os
resultados eram apresentados mensalmente ao cliente com o erro do sistema de medição
da própria empresa. O Protocolo de Medição e Verificação é uma ferramenta importante
para normatizar os resultados dos projetos do PEE. A empresa acredita que seja
necessária a elaboração de um manual prático para a utilização do PIMVP.
•
Adquirimos medidores específicos, SAGA 4500, para atender o Protocolo Internacional,
Hoje estamos fazendo as medições, os resultados estão sendo favoráveis, ainda existem
algumas dificuldades, mas o protocolo pode ser usado. Algumas premissas são definidas
com auxilio de Guias e Manuais da Eletrobrás/Procel. Como melhoria, a flexibilização
para realização de medições e comprovação dos resultados em projetos em comunidades
de baixa renda, uma vez que utilizamos equipamentos certificados e com selo Procel de
economia.
•
Não.
•
Não.
Relatório do Produto 3
67
•
Não, apenas o Protocolo Internacional. A metodologia do mesmo oferece credibilidade,
mas a um custo. Sentimos a necessidade de simplificar alguns pontos, principalmente no
tocante à verificação de resultados com projetos destinados ao baixo poder aquisitivo.
•
A empresa está baseando as medições no Protocolo Internacional para Medição e
Verificação de Performance.
•
No momento utiliza o Protocolo Internacional para Medição e Verificação de
Performance.
•
Não.
•
Em projetos anteriores adotávamos o critério de verificação de resultados através de
cálculos de engenharia e base de dados a nível nacional como exemplo
PROCEL/INMETRO. Conforme resolução 300, atualmente a empresa utiliza o PIMVP e
entendemos que existem metodologias que poderiam ser melhoradas, como por exemplo,
a utilização de metodologia básica para projetos de tipologias que são executadas com
maior freqüência.
•
O Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance é uma boa
referência para realizar os Planos de M&V dos projetos que executados pelas
concessionárias, por isso não utilizamos outras referência. Como ainda não concluímos
os projetos, nessa nova Resolução 300, não foi possível mensurar o erro. As melhorias
sugeridas para o Protocolo Internacional esta em desenvolver um manual prático.
•
Não são adotadas outras referências. Utilizamos somente o Protocolo Internacional de
Medição e Verificação, que é o indicado no manual do PEE. Atendendo todos os critérios
expostos nele para garantir a credibilidade dos resultados.
•
Não respondeu.
Relatório do Produto 3
68
•
Não, apenas utilizamos o Protocolo Internacional para Medição e Verificação de
Performance.
•
Utilizamos como base o PIMVP.
6.3. Respostas da parte 4 do questionário
A parte 4 do questionário buscou obter informações referentes à fiscalização do PEE e foi
subdividida em duas perguntas apresentadas a seguir:
6.3.1. Respostas a pergunta 4.1 do questionário
A pergunta 4.1 do questionário foi: “Considerando a atual regulamentação da ANEEL
quais serão as possíveis dificuldades a ser enfrentadas pela concessionária durante o processo
de fiscalização?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou a necessidade de melhoria no processo/critérios da auditoria financeira dos
projetos desenvolvidos. Foi citado também o longo tempo entre o término do projeto e a
realização da fiscalização.
•
Falta de uma melhor definição pela ANEEL do processo de auditoria financeira do
projeto. Muitas vezes somos fiscalizados sem o relatório final do projeto ter sido
analisado pela ANEEL.
•
Sem comentar.
•
O grande problema é que a ANEEL ainda não possui critérios claros de fiscalização e não
se sabe quanto tempo os projetos estão sujeito a fiscalização. Outra questão preocupante
Relatório do Produto 3
69
é a rotatividade de pessoas que trabalham no PEE, quando chega a Fiscalização a maioria
dos Coordenadores já aposentaram ou mudaram de área.
•
Se a fiscalização “In Loco” que será realizada pela ANEEL ocorrer após um determinado
prazo da finalização da execução do projeto, o mesmo pode ser descaracterizado, em
virtude das modificações naturais que ocorrem nas instalações dos clientes beneficiados.
•
Em nosso caso, como permissionária, os projetos até o momento são singelos,
acreditamos de fácil acompanhamento.
•
Dada nossa estrutura operacional muito enxuta, esta permissionária enfrentará
dificuldades em cumprir todas as exigências de preparação, disponibilização e
acompanhamento da fiscalização concomitantemente às atribuições cotidianas.
•
Registros de Medição e Verificação conforme o PIMVP e a Auditoria Contábil e
Financeira.
•
A maior dificuldade encontrada pela concessionária é o longo prazo decorrido entre a
execução do projeto. Isto provoca avaliações com base em resoluções já substituídas,
causando diferenças de critérios para avaliação de projetos semelhantes.
•
A atual regulamentação interferiu pouco na metodologia de execução dos projetos da
empresa. Apenas agilizou o processo de implementação.
•
O não conhecimento dos procedimentos da fiscalização, avaliações subjetivas e regulação
mutável são as maiores dificuldades encontradas durante o processo de fiscalização.
Como sugestão, a definição de critérios e orientação unificada para os fiscalizadores são
possibilidades de melhorias.
•
A princípio acreditamos que nenhuma.
•
Não sei informar ainda.
Relatório do Produto 3
70
•
Uma possível subjetividade na avaliação e fiscalização dos resultados por parte dos
fiscais, comprovação da valoração da mão-de-obra própria nos projetos e dos valores da
RAG.
•
Entendemos que a principal dificuldade que era encontrada durante a fiscalização dos
projetos de PEE, eram as adaptações que não feriam a sua natureza ou objetivo e eram
necessárias em função de variações em relação aos itens projetados como, por exemplo,
as reduções de custo encontradas quando da efetiva compra de materiais, resultando
muitas vezes na aquisição de um volume maior de materiais, implicando em um maior
custo de mão-de-obra própria. Entendemos, ainda que, os montantes aprovados pela
ANEEL para serem investidos por ciclo deviam ser atendidos desde que mantidas as
características gerais do programa, em razão da necessidade de procedermos à revisão de
todos os cálculos para a sua reapresentação a essa Agência para análise e aprovação
(relatório final). Consideramos que essa distorção foi corrigida no novo Manual do PEE,
uma vez que o este privilegia os resultados, desde que mantidas as características gerais
dos projetos.
•
As dificuldades residem nas incertezas de como a fiscalização irá considerar a aplicação
do regulamento no que se refere ao M&V dos resultados (energia economizada e
demanda retirada da ponta), contabilização dos gastos (desembolsos realizados) e,
também, a preocupação de entendimento do regulamento entre áreas de regulação e
fiscalização da Agência.
•
Dificuldade em separar os resultados de economia de energia por uso final.
•
As maiores dificuldades são: Compreender a interpretação do fiscal quanto à
regulamentação do PEE. Indisponibilidade de escopo pré-definido e critérios de
fiscalização. Necessidade de detalhamento dos pontos que serão abordados.
Indisponibilidade de prazos de fiscalização após a implementação dos projetos.
Relatório do Produto 3
71
•
A regulamentação da ANEEL de modo geral é boa, com relação à fiscalização dos
projetos as dificuldades residiam no fato de que no manual anterior não existia um
detalhamento de como esta seria executada, na regulamentação atual todas as etapas da
fiscalização estão detalhadas com as possíveis não-conformidade.
•
Como a concessionária é uma entidade pública está sujeita a fiscalização de diversos
órgãos, e por isso há muita divergência na interpretação de cada agente fiscalizador. Seria
interessante a especificação de critérios de avaliação mais bem definidos e ponderação
dos mesmos diante dos resultados encontrados. Com a definição de procedimentos para
os diversos agentes fiscalizadores evitaríamos a subjetividade de interpretação da
regulamentação.
•
As possíveis dificuldades a serem enfrentadas pela empresa durante o processo de
fiscalização são a ausência de critérios específicos para mensuração dos resultados
alcançados nos projetos implementados.
•
Ainda não posso responder, pois ainda não enfrentamos este processo.
•
Acreditamos que será na comprovação dos gastos das empresas executoras.
6.3.2. Respostas a pergunta 4.2 do questionário
A pergunta 4.2 do questionário foi: “Entre os projetos concluídos pela empresa, quais os
que apresentaram os melhores resultados? Por quê?”
Analisando as respostas apresentadas a seguir, observa-se que a maioria das
concessionárias citou que projetos do tipo baixa renda e prédios públicos (hospitais)
apresentaram melhores resultados, pois com a realização de ações de caráter social, melhoram a
imagem da empresa junto à sociedade.
•
Os projetos de atendimento a comunidades de baixo poder aquisitivo.
Relatório do Produto 3
72
•
Sem comentar.
•
Os educacionais e os projetos aplicados em entidades sem fins lucrativos como hospitais,
creches, escolas. Porque a aplicação em unidades de baixa renda exige uma logística de
distribuição de equipamentos muita onerosa e complexa, por ser pulverizada e nas
entidades são em menor número e o ganho social maior. Os Educacionais porque não tem
custo de M&V e metodologia já está mais do que sedimentada.
•
Os projetos realizados nos Hospitais Públicos, pois foram os que apresentaram melhor
índice de RCB.
•
Estamos iniciando, sem parâmetros mensuráveis no momento.
•
1º Projeto.
•
Dos projetos concluídos pela nossa empresa, os de substituição das lâmpadas de
iluminação pública foram os que apresentaram melhores resultados, no âmbito geral,
tanto na economia de energia como no impacto causado junto a comunidade. Também
são os que apresentam maior facilidade para realizar a medição e verificação dos
resultados.
•
Para a empresa os projetos que apresentaram os melhores resultados globais foram os
projetos de Eficientização de Iluminação Pública, pois sua execução permitiu atender as
expectativas de todos os atores envolvidos: Houve redução de consumo de energia e de
demanda na ponta, como preconizado pela ANEEL; a prefeitura teve sua iluminação
substituída com materiais garantidos, de alta qualidade e a conta de energia reduzida; a
população passou a usufruir de maior segurança; a concessionária pode negociar débitos
antigos e elevados, reduzindo assim perdas e inadimplência. Levando em conta que nos
estados da região norte a maioria das cidades apresenta um elevado número de clientes de
baixa renda, portanto isentos de pagamento da COSIP – Contribuição para o Serviço de
Iluminação Pública.
Relatório do Produto 3
73
•
Atualmente a empresa tem desenvolvido ações no setor público e de baixa renda. Ambos
os projetos tem apresentado bons resultados, se executados em conjunto com o retrofit
dos sistemas de iluminação. No caso dos clientes de baixa renda, muitos são
inadimplentes e desconhecem os benefícios da economia de energia. Com ações de
substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou da troca de
geladeiras, os resultados são muito positivos. Para projetos de prédios públicos, percebese que os governos pouco investem na atualização tecnológica de seus prédios. A média
de idade de prédios públicos é de 30 anos, sendo facilmente obtido bons RCB´s com as
ações de eficiência energética. A exceção está em prédios com a instalação precária e
com baixo iluminamento.
•
Normalmente os projetos selecionados são sempre previamente analisados para
estipularmos uma meta de economia factível. Os resultados alcançados sempre estão em
torno do previsto. Exemplos de projetos de melhor performance: Substituição de
lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas. Introdução de inversores de
freqüência em grandes motores. Eficientização da IP. Introdução de termoacumulação,
com água gelada. Penso que os resultados são expressivos porque foram introduzidas
novas tecnologias, novos desenvolvimentos, etc.
•
Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas e
Cooperaliança nas Escolas. O primeiro por atender comunidades carentes e ter baixa
RCB e o segundo pela excelente repercussão na comunidade local com a forma adotada
para difusão dos conceitos de eficiência energética.
•
Os voltados à educação, pois estes beneficiam a comunidade escolar e estes transferem os
seus conhecimentos aos seus pais.
•
Eficiência Energética na Iluminação Pública, pela facilidade na implantação, inexistência
de alteração de hábitos de consumo, nível de certeza e facilidade na verificação e
medição e redução real no consumo e demanda. Além disso, a troca de lâmpadas e
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geladeiras (em andamento) é promissora em termos de benefícios diretos, sem esquecer
as vantagens sociais relacionadas.
•
Eficiência energética de lâmpadas em consumidores de baixo poder aquisitivo, uma vez
que atendiam um grande número de famílias e tem uma excelente RCB.
•
Os primeiros projetos carregados com base na Resolução devem ser concluídos em
novembro/2009, a partir do qual será possível responder ao questionamento acima. Tendo
como base os diagnósticos realizados, os melhores resultados são os projetos em serviços
públicos pelas ações possíveis de implementação.
•
Projetos em comunidades de baixa renda. Por ter um número expressivo de clientes e por
atender ao aspecto de benefício social.
•
Os projetos voltados a clientes de baixa renda ou baixo poder aquisitivo e para escolas.
Uma vez que dão maior visibilidade ao PEE e sua divulgação junto às comunidades é
mais abrangente promovendo disseminação do conceito de uso racional e inteligente da
energia elétrica, não só entre os beneficiados, mas também em toda uma comunidade.
•
Do ponto de vista da Relação Custo Benefícios os projetos de baixa renda são mais
difíceis de viabilizarem, mas são os projetos cujos resultados têm um alcance maior, tanto
em quantidade dos beneficiados, como na satisfação com o projeto.
•
Os projetos que envolvem maior número de substituição de lâmpadas apresentam os
melhores resultados. Pois estes têm custo reduzido e alta representatividade na redução
de consumo e demanda.
•
O tipo de projeto que apresentou melhor resultado considerando a redução de consumo e
demanda foi o de substituição de equipamentos na iluminação pública, onde se efetuou a
troca de lâmpadas de vapor de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio. Em relação ao
impacto social, o que teve melhor aceitação foi o de doação de padrões de entrada de
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energia compactos, tendo em vista que além de proporcionar uma pequena redução no
consumo, aumentou a segurança dos próprios moradores das residências beneficiadas.
•
Sem dúvidas a troca de lâmpadas incandescentes por LFC, Pois é um investimento
pequeno para uma grande economia.
•
Em resultados técnicos podemos citar projetos de retrofit em centrais de refrigeração de
ar, especificamente, dois projetos realizados em 2006 e em 2007. Considerando
resultados práticos e de maior impacto para a população, podemos destacar o projeto para
consumidores baixa renda, com a troca de geladeiras. A empresa já fez a substituição de
mais de 20.500 aparelhos.
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7. Anexo 2 – Ofício ANEEL
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7. Anexo 2 – Respostas aos Questionários
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