UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL Por: Juliana Abreu da Silva Pinto Orientadora Profª. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção especialista em Gestão Empresarial Por: Juliana Abreu da Silva Pinto do grau de 3 AGRADECIMENTOS À todos incentivaram os e amigos auxiliaram concretização deste trabalho. que para me a 4 DEDICATÓRIA Ao meu marido Alvaro, pelo carinho, compreensão e amizade, aos meus pais Adilson (in memorian) e Maria Rita, que muito investiram na minha educação, à minha irmã Tatiana e à todos os meus amigos, que estão sempre presentes em minha vida. 5 RESUMO Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de demonstrar a importância do planejamento estratégico de Recursos Humanos para a elaboração e implementação do planejamento estratégico organizacional. Em ambientes altamente competitivos, torna-se fundamental que as organizações se planejem e delimitem objetivos a serem alcançados futuramente. Pode-se descrever o planejamento estratégico como um processo contínuo de formulação de objetivos e metas a serem alcançados pela empresa no futuro, e os meios necessários para alcançá-los. Sabe-se que a formulação do planejamento estratégico é importantíssima para as organizações, contudo, mais importante do que elaborá-lo, é implementá-lo. Para que sua execução seja bem sucedida é fundamental que todas as pessoas da organização estejam envolvidas neste processo. E é nesse contexto que se ressalta a importância da área de Gestão de Pessoas das organizações. Além da mensuração dos talentos humanos necessários ao atingimento dos objetivos traçados pela estratégia empresarial, o planejamento estratégico de Recursos Humanos também contribui para o alcance dos objetivos dos colaboradores. Em suma, o planejamento estratégico de RH contribui tanto para o alcance dos objetivos individuais como para os objetivos organizacionais, além de identificar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho necessária organizacional. para a execução do planejamento estratégico 6 METODOLOGIA Para a elaboração do presente trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros técnicos, em revistas eletrônicas especializadas em administração e em artigos publicados na Internet. Maria Diva de Salete Lucena, em seu livro Planejamento de Recursos Humanos, e Idalberto Chiavenato, em seu livro Gestão de Pessoas, confirmam a importância do planejamento estratégico de Recursos Humanos para a elaboração e implementação do planejamento estratégico organizacional. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - O Planejamento Estratégico Organizacional 10 CAPÍTULO II - O Papel da Gestão de Pessoas nas Organizações 22 CAPÍTULO III – O Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 32 CONCLUSÃO 40 BIBLIOGRAFIA 42 ÍNDICE 45 FOLHA DE AVALIAÇÃO 47 8 INTRODUÇÃO O termo estratégia, procedente da palavra grega strategos, era utilizado inicialmente como um termo militar, que expressava a arte de planejar e executar operações de guerra. Com o passar do tempo, este termo passou a ser utilizado também com outras finalidades, referindo-se ao alcance de objetivos através de recursos disponíveis. Na área organizacional, a palavra estratégia passou a ser utilizada para indicar o caminho que a organização deveria seguir no intuito de alcançar seus objetivos (BARDUCHI & MIGLINSKI, 2006). Para que as grandes organizações tenham sucesso em um mercado competitivo e globalizado é imprescindível a elaboração de uma estratégia organizacional, delineando o caminho a ser percorrido pelas mesmas nos curto, médio e longo prazos. Entretanto, para que sua implementação tenha sucesso, é necessário que toda a organização esteja envolvida nesse processo e que todos foquem em um mesmo objetivo. Dentro dessa conjuntura, a área de Recursos Humanos (RH) exerce forte influência, uma vez que contribui para o alcance dos objetivos organizacionais, ao mesmo tempo em que busca atender às necessidades de seus colaboradores. Além disso, ela é responsável pelo suprimento de recursos humanos. O planejamento estratégico de Recursos Humanos deve fazer parte do planejamento estratégico organizacional, pois auxilia a empresa a alcançar seus objetivos, sem desconsiderar a satisfação dos objetivos individuais dos seus colaboradores. Ademais, o planejamento estratégico de Recursos Humanos identifica previamente as necessidades da empresa em relação à quantidade de pessoal e às suas aptidões que serão essenciais para a realização das ações planejadas pela mesma. (CHIAVENATO, 2004). 9 Face ao exposto, este trabalho tem como objetivos esclarecer como o planejamento estratégico de Recursos Humanos pode influenciar no sucesso da implementação do planejamento estratégico organizacional, compreender o processo de elaboração dos planejamentos estratégicos organizacional e de Recursos Humanos e analisar a importância da área de Recursos Humanos para a organização. No capítulo I será abordado o assunto planejamento estratégico organizacional, com sua evolução histórica, conceitos defendidos por diversos autores e sua importância para o âmbito empresarial. O capítulo II tratará, principalmente, do papel da área de Gestão de Pessoas nas organizações, sua evolução histórica desde o seu surgimento, gestão do conhecimento e os novos papéis da área atualmente. O capítulo III tratará sobre o planejamento estratégico de Recursos Humanos, seus conceitos e sua relevância para a organização e para o planejamento estratégico organizacional. Conceitos como Recursos Humanos e Gestão de Pessoas terão o mesmo significado. 10 CAPÍTULO I O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL Em um ambiente altamente competitivo como o observado atualmente, as organizações, para se manterem no topo, têm que pensar no futuro, pondo em prática o planejamento. As organizações que não utilizam o planejamento como guia para suas ações futuras tendem somente a reagir às situações e não se anteciparem a elas. Por outro lado, as que consideram o planejamento como uma importante ferramenta no auxílio à sua gestão, desenvolvem produtos e/ou serviços diferenciados em relação aos concorrentes e sabem detalhadamente o que acontece à sua volta. O verbo planejar pode ser entendido como a definição dos objetivos e metas de uma organização e a seleção antecipada das melhores ações para alcançá-los. Planejar também é determinar no presente as ações que serão executadas futuramente, a fim de satisfazer a propósitos pré-estabelecidos. Analogamente, o termo planejamento determina antecipadamente os objetivos que devem ser atingidos e o que se deve fazer para isso. 1.1 Conceitos de Planejamento Oliveira (2008) descreve planejamento como um processo “desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa” (p.4). Esta visão destaca os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade, tão importantes para a administração das organizações. Na visão do autor, eficiência é fazer as coisas da maneira certa; eficácia 11 significa maximizar os recursos da organização e efetividade é permanecer no mercado por um longo tempo. Ainda segundo Oliveira (2008), uma das funções do planejamento é diminuir as incertezas inerentes ao processo de tomada de decisões e, com isso, aumentar a probabilidade do alcance dos objetivos e metas almejados pela organização. Dependendo do ambiente em que a empresa atue, o planejamento será elaborado para atender às suas expectativas. Em um ambiente mais estável e previsível, o planejamento pode estar voltado para manter o desempenho atual da empresa, uma vez que a organização tenha bons resultados. Por outro lado, em um ambiente mais complexo e dinâmico, o planejamento pode voltar-se para a melhoria da situação presente a fim de garantir que a organização responda bem às mudanças freqüentes. O planejamento também pode preocupar-se com as contingências, elaborando determinadas ações para reagir a adversidades que possam ocorrer. Dentro deste contexto, de acordo com Ackoff (apud CHIAVENATO, 2004), existem três tipos de filosofias de planejamento: 1. Planejamento conservador: é o planejamento focalizado na manutenção do status quo. Tomam-se decisões com o intuito de alcançar bons resultados, que nem sempre são os melhores. Baseiase em experiências passadas e as projeta para o futuro. 2. Planejamento otimizante: é o planejamento que enfoca a adaptabilidade e inovação da organização. As decisões são baseadas no melhoramento das operações da empresa, a fim de obter os melhores resultados possíveis. 3. Planejamento prospectivo: é o planejamento que se preocupa com as contingências e com o futuro da organização. As decisões são tomadas no sentido de eliminar seus pontos fracos e prepará-la para enfrentar as contingências que surjam ao longo do seu caminho. 12 Dessa maneira, percebe-se que o planejamento, em todos os casos, concentra-se na tomada de decisões antecipadas que serão refletidas no futuro, e não na previsão de decisões que serão tomadas futuramente caso haja contingências. Em relação ao principal objetivo do planejamento, Andion e Fava (2002) expõem as seguintes idéias: O objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que os municie de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma pró-ativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam. (ANDION & FAVA, 2002, p. 27) 1.2 Tipos de Planejamento As organizações, normalmente dividem-se em três níveis hierárquicos, sendo eles: nível estratégico, nível tático e nível operacional. Quanto maior o tamanho da organização, mais níveis hierárquicos esta possuirá. O nível estratégico ou institucional engloba os altos dirigentes da organização. Neste nível são elaborados planos, metas e objetivos de longo prazo para a empresa como um todo e alocados os recursos necessários para alcançá-los. O nível intermediário, mais conhecido como nível tático, responsabiliza-se por tratar de questões de prazos mais curtos, e de áreas específicas. Ele cuida da articulação interna entre os níveis estratégico e operacional. E o nível operacional é o executor das tarefas e operações cotidianas da organização, com enfoque essencialmente técnico. Assim como as organizações, o planejamento também é dividido em “hierarquias”. De acordo com Oliveira (2008), o planejamento pode ser dividido em três tipos: planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. O planejamento estratégico, segundo o autor, envolve a empresa como um todo e relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégias e 13 ações para alcançá-los. O planejamento tático relaciona-se com objetivos de mais curto prazo e com objetivos e metas específicas a determinadas áreas da organização. E o planejamento operacional é responsável pela formalização das estratégias através de documentos, metodologias e aplicação de resultados que deverão ser alcançados por áreas funcionais da organização. 1.3 Conceitos de Estratégia Definir estratégia não é uma tarefa fácil, uma vez que não existe uma única definição para o termo. Dependendo do contexto no qual é empregada, estratégia pode significar políticas, objetivos, metas, entre outros conceitos. Contudo, todos os conceitos têm um ponto em comum: o fato de que a estratégia está relacionada ao futuro das organizações. Inicialmente, estratégia significava a ação de comandar ou conduzir exércitos em tempos de guerra. (GHEMAWAT, 2000). Chiavenato & Sapiro (2003) também conceituam estratégia de acordo com a origem do termo e seu referencial histórico. Para os autores, o termo estratégia, oriundo da palavra grega strategos, referia-se inicialmente à posição do general à frente de um exército e anos depois passou a indicar as aptidões do general na sua função. Em 450 antes de Cristo (a.C), na época de Péricles, a estratégia passou a significar as habilidades gerenciais, não mais de generais, mas de administradores, demonstrando sua liderança, poder e facilidade de comunicação com os demais. Em torno de 330 a.C., com Alexandre, o Grande, estratégia designava a utilização de forças para vencer os inimigos em batalhas. A utilização da estratégia foi estendida para a economia a partir da Revolução Industrial, no fim do século XVIII. Com isso, a estratégia passa a ser utilizada para controlar as variáveis do mercado e definir o ambiente competitivo. Já no início do século XX, Alfred Sloan Jr., à frente da empresa General Motors, desenvolve uma estratégia de diferenciação para a mesma 14 baseada em suas forças e fraquezas, oferecendo aos clientes várias opções de seus produtos. (CHIAVENATO & SAPIRO, 2003). Atualmente, o termo estratégia é amplamente utilizado em vários segmentos da sociedade. Esta é intrínseca a todas as organizações. Devido às mudanças rápidas e freqüentes no ambiente externo às empresas, as mesmas devem sempre rever suas estratégias. O processo de elaboração de estratégias, que anteriormente poderia ser feito anualmente ou até mesmo com intervalos maiores, devem ser, nos dias de hoje, contínuos. Considerando-se os conceitos atuais acerca da estratégia, cita-se a definição de Chiavenato (2004): A estratégia organizacional representa a maneira pela qual a empresa se comporta perante o ambiente que a circunda, procurando aproveitar as oportunidades potenciais do ambiente e neutralizar as ameaças potencias que rondam os seus negócios. (...) Ela também reflete a maneira pela qual a empresa procura maximizar as suas forças reais e potenciais e minimizar as suas fraquezas reais e potenciais. (CHIAVENATO, 2004, p. 71) Por sua vez, Wright et al. (2000) relatam que “estratégia refere-se aos planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização” (p.24). Para os autores, o processo que envolve a estratégia possui três etapas importantes: desenvolvimento, implementação e controle das estratégias. Mintzberg et al. (2000) apontam diversos sentidos para o emprego da palavra estratégia. Os autores ampliam o entendimento acerca do termo, citando cinco definições. Essas acepções são conhecidas como 5 Ps da Estratégia e seguem: 1. Estratégia como plano: a estratégia é entendida como uma direção, um curso de ação para o futuro, algo previamente elaborado. Também é conhecida como estratégia pretendida. 15 2. Estratégia como padrão: a estratégia pode ser definida como a manutenção de um comportamento consistente ao longo dos anos. É também conhecida como estratégia realizada. 3. Estratégia como posição: significa o nicho de mercado em que a empresa atua. Reflete a percepção do mercado em relação à empresa. 4. Estratégia como perspectiva: refere-se à maneira como a organização realiza seu negócio, como ela percebe o mercado. 5. Estratégia como truque (ploy): artimanha com a qual a empresa tenta convencer seus concorrentes a acreditar de uma maneira equivocada em seus movimentos e, dessa forma, obter vantagem competitiva. Porter (1996) cita três abordagens genéricas para enfrentar os concorrentes. São elas: 1. Liderança no custo total: a empresa atinge a liderança no mercado reduzindo seus custos totais, através de um controle efetivo de seus gastos. Embora o baixo custo seja o enfoque central desta abordagem, a qualidade dos produtos ou serviços não pode ser esquecida. 2. Diferenciação: a empresa diferencia-se de seus concorrentes através de produtos ou serviços inovadores. Essas inovações podem ser tanto no design dos produtos, em sua tecnologia, na imagem de sua marca, entre outros. Neste caso, a empresa não pode ignorar os custos. As empresas que atingem a diferenciação normalmente não alcançam uma parcela grande do mercado. Por mais que os consumidores reconheçam a diferenciação e a alta qualidade de seus produtos ou serviços, muitos podem não estar dispostos a pagar um alto preço pelos mesmos. 3. Enfoque: as empresas que lideram o mercado através desta abordagem focam em um determinado segmento, ou em um mercado consumidor específico, ou até mesmo em determinado espaço geográfico. As organizações que optam por esta estratégia podem atingir tanto a diferenciação como o baixo custo, ou ambos. A abordagem do enfoque 16 envolve um trade-off entre rentabilidade e o volume de produtos vendidos. 1.4 O Planejamento Estratégico 1.4.1 Conceito O planejamento estratégico é um dos principais focos da alta administração das organizações, especialmente as de grande porte. São muitas as razões desta atenção especial, dentre as quais podem ser citadas o ambiente altamente competitivo que as organizações vêm enfrentando, as freqüentes e rápidas mudanças que acometem os ambientes econômico, político, social e, principalmente, tecnológico. Com isso, para que as empresas prosperem neste mercado turbulento, é necessário um planejamento estratégico bem elaborado. O planejamento estratégico, assim como o termo estratégia, possui diversos conceitos. Pode-se descrever o planejamento estratégico como um processo contínuo de formulação de objetivos e metas a serem alcançados pela empresa no futuro, e os meios necessários para alcançá-los. Os objetivos são formulados de acordo com as características levantadas sobre a empresa e seu ambiente. Oliveira (2008) destaca que: (...) o planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa, independentemente, de vontade específica de seus executivos. (OLIVEIRA, 2008, p.4) 17 Kotler (1975) define o planejamento estratégico como “(...) uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente” (p.24). Esta direção refere-se aos seguintes elementos: âmbito de atuação, macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia, estratégias funcionais, macroobjetivos e objetivos funcionais. Através do planejamento estratégico a organização deve reduzir suas fraquezas e as incertezas de seu negócio, compreender suas forças e maximizar seus resultados. Além disso, devem ser estabelecidos caminhos a serem percorridos pela empresa, considerando os possíveis percalços que possam surgir e a devida maneira de contorná-los. O planejamento estratégico deve ser um processo contínuo. Como os planos elaborados são de longo prazo, muitas vezes, a alta administração sente necessidade de modificá-los para adequar-se às novas circunstâncias. Conseqüentemente, uma estratégia pode ser realizada da mesma forma como foi elaborada ou, até mesmo, de uma maneira completamente diferente. Por isso, deve haver um controle freqüente do processo de implementação do planejamento estratégico. 1.4.2 Implementação do Planejamento Estratégico Oliveira (2008) destaca quatro fases básicas para implementação do planejamento estratégico: Fase I - Diagnóstico Estratégico: nesta fase determina-se em que condições a empresa se encontra no presente. Pode ser dividida em cinco etapas: 1. Identificação da Visão: durante esta etapa, são identificadas as expectativas e os anseios da cúpula da empresa, tendo como escopo o planejamento estratégico a ser desenvolvido. A visão representa o que a empresa deseja ser no futuro. 18 2. Identificação dos Valores: valores são o conjunto de crenças e princípios inerentes à organização que embasam suas tomadas de decisões. A identificação e disseminação dos valores organizacionais são essenciais para um bom desenvolvimento e execução do planejamento estratégico. 3. Análise Externa: nesta etapa são levantadas as oportunidades e ameaças que impactam o negócio da empresa. Devem ser observados aspectos como mercados nacional, regional e internacional, fornecedores, clientes, fatores tecnológicos, econômicos, sociais, concorrência, entre outros. 4. Análise Interna: esta etapa analisa os pontos fortes, fracos e neutros da organização. Devem ser observados alguns aspectos como produtos e serviços atuais e novos, comunicação organizacional, tecnologia, recursos humanos, resultados empresariais, controle e avaliação, entre outros. 5. Análise dos Concorrentes: para uma adequada análise da concorrência, os dirigentes da empresa devem estudar interna e externamente cada um de seus principais concorrentes. Para isso, as informações têm que ser confiáveis e de qualidade. Fase II – Missão da Empresa: nesta fase, além de se constituir a missão da empresa, deve-se estabelecer o posicionamento estratégico da mesma. Esta segunda fase divide-se em cinco etapas, a saber: 1. Estabelecimento da Missão da Empresa: missão pode ser entendida como a razão de ser da empresa, o por quê de sua existência. 2. Estabelecimento dos Propósitos Atuais e Potenciais: propósitos significam a explanação dos setores de atuação (produtos, serviços ou segmentos de mercado) dentro da missão da empresa em que ela já atua ou que está estudando sua entrada em um novo setor. 19 3. Estruturação e Debate de Cenários: cenários são situações que preparam a empresa para o futuro. Os cenários podem retratar algum momento no futuro ou, simplesmente, realizar previsões do que pode acontecer. 4. Estabelecimento da Postura Estratégica: postura estratégica significa a maneira mais adequada para a empresa atingir seus objetivos, respeitando sua missão, seus valores e princípios, e seus ambientes interno e externo definidos durante o diagnóstico estratégico. 5. Estabelecimento das Macroestratégias e Macropolíticas: macroestratégias são as grandes ações que a organização deverá pôr em prática para ser competitiva em seu mercado de atuação. Já macropolíticas são as grandes orientações que funcionam como um pilar para as decisões tomadas pela empresa, a fim de interagir com o ambiente. Fase III – Instrumentos Prescritivos e Quantitativos: nesta fase são estabelecidos aonde se quer chegar e o que deve ser feito para alcançar a situação desejada. As duas fases serão explicitadas a seguir: - Instrumentos Prescritivos: o que deve ser feito pela empresa para alcançar seus objetivos, missão, visão, entre outros. Esta fase é dividida em três etapas: 1. Estabelecimento de Objetivos, Desafios e Metas: nesta etapa devem ser definidos os objetivos, os objetivos funcionais, os desafios e as metas. Estes últimos devem ser quantificáveis, mensuráveis. 2. Estabelecimento de Estratégias e Políticas: nesta fase definem-se as estratégias, políticas e diretrizes. As políticas fornecem parâmetros para a tomada de decisões. Normalmente são estabelecidas por áreas funcionais da empresa. Diretrizes são o conjunto estruturado dos objetivos, estratégias e metas de uma organização. 20 3. Estabelecimento dos Projetos e Planos de Ação: projetos são trabalhos a serem realizados considerando-se os recursos disponíveis para os mesmos. Planos de ação são os conjuntos das partes comuns aos projetos em relação ao assunto tratado. - Instrumentos Quantitativos: são projeções de teor econômicofinanceiras necessárias ao desenvolvimento dos projetos e planos de ação elaborados anteriormente. Nesta etapa são analisados os recursos necessários para o alcance dos objetivos propostos e seus prováveis retornos. Fase IV – Controle e Avaliação: nesta fase avalia-se a execução do planejamento estratégico, se a empresa está conseguindo atingir os objetivos, metas, desafios e estratégias traçados inicialmente. Para tanto, são estabelecidos indicadores de desempenho e, caso não esteja evoluindo como previsto, são tomadas ações corretivas. 1.5 O Papel da Informação e do Conhecimento no Planejamento Estratégico O planejamento estratégico é um processo de mudança, e toda mudança gera barreiras, como a ansiedade e a resistência. E a melhor maneira de reduzir ou eliminar estas barreiras é informar a todos os colaboradores sobre o processo de elaboração e a implementação de cada etapa do planejamento estratégico. Quando todos estão muito bem informados, as incertezas acerca das mudanças diminuem. Assim, surge o conceito de Gestão do Conhecimento, que será melhor explicado no próximo capítulo. Ansoff et al. (1990) afirmam que o planejamento estratégico, por si só, não produz ações e nem as mudanças desejadas. Para que tais modificações ocorram, a organização necessita de administradores motivados e treinados e de informações estratégicas, entre outros. Sem tais elementos, a empresa tenderá a resistir à execução dos planos anteriormente elaborados. 21 Entretanto, para que haja disseminação de informações e gestão do conhecimento é imprescindível a participação das pessoas. O segredo do sucesso das organizações contemporâneas, que estão buscando cada vez mais novas formas de administrar, são as pessoas que com elas interagem. Sem pessoas, não existem organizações e muito menos êxito. Sabe-se que a formulação do planejamento estratégico é importantíssima para as organizações, contudo, mais importante do que elaborá-lo, é implementá-lo. Para que sua execução seja bem sucedida é fundamental que todas as pessoas da organização estejam envolvidas neste processo, independente de sua posição hierárquica na instituição. Sendo assim, a implementação do planejamento estratégico enseja que todos estejam muito bem informados sobre todos os objetivos, metas e, principalmente, sobre a missão e a visão da empresa. E é nesse contexto que se ressalta a importância da área de Gestão de Pessoas das organizações. 22 CAPÍTULO II O PAPEL DA GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES A relação entre as pessoas e as organizações em que atuam pode ser considerada como uma relação positiva. De um lado, as pessoas dependem de seus trabalhos não só para sobreviverem, mas para viverem com qualidade e para alcançarem seus objetivos individuais. Por outro lado, as organizações dependem das pessoas para produzir, atender aos seus clientes, melhorar seus processos e atingir seus objetivos globais. Para que haja um equilíbrio entre ambas as partes, deve haver um departamento dentro da organização que cuide tanto dos interesses individuais quanto dos interesses empresariais. Atualmente, as organizações consideram as pessoas como sua principal vantagem competitiva, ao contrário do que ocorria anteriormente, quando sua atenção se voltava para os aspectos técnicos das funções. Assim, ao invés de investirem somente em seus produtos e serviços, as organizações estão investindo, principalmente, em seus colaboradores. As atuais práticas organizacionais relacionadas à área de Recursos Humanos têm o intuito de motivá-los para que trabalhem com eficiência e eficácia. A fim de conceituar a administração de Recursos Humanos, Gil (1994) a descreve da seguinte maneira: A administração de Recursos Humanos é o ramo especializado da Ciência da Administração que envolve todas as ações que tem como objetivo a interação do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. É, pois, a área 23 que trata de desenvolvimento, recrutamento, manutenção, seleção, controle e treinamento, avaliação de pessoal. (GIL, 1994, p. 13) Através da evolução da administração de Recursos Humanos, surgiram várias denominações ao longo dos anos. Anteriormente, as expressões mais utilizadas eram administração de pessoal, relações industriais, relações humanas. Mais recentemente, são dadas denominações como administração de Recursos Humanos, desenvolvimento de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Porém, o que importa não é a nomenclatura, e sim seu significado, sua essência. 2.1 A Evolução da Gestão de Pessoas nas Organizações Chiavenato (2004) disserta sobre as transformações ocorridas pela função de Recursos Humanos nas organizações desde seu surgimento até os dias de hoje. Durante a Era da Industrialização Clássica, que envolveu o período desde a Revolução Industrial até meados da década de 1950, surgiram os antigos departamentos de pessoal e, mais adiante, os departamentos de relações industriais. Os departamentos de pessoal eram responsáveis por cuidar das admissões, das férias, horas-extras cumpridas, anotações nas carteiras profissionais, enfim, de todas as exigências legais a respeito dos cargos de suas organizações. Logo em seguida, os departamentos de relações industriais possuíram as mesmas responsabilidades acrescidas de outras, como a interação das organizações com os sindicatos e a coordenação interna com os demais departamentos. Os departamentos de relações industriais tratavam somente de atividades burocráticas e operacionais, considerando as pessoas como uma extensão das máquinas. Na Era da Industrialização Neoclássica, no período entre meados da década de 1950 até 1990, foram criados os Departamentos de Recursos 24 Humanos (DRH). “Além das tarefas operacionais e burocráticas, os DRH desenvolvem funções operacionais e táticas, como órgãos prestadores de serviços especializados”. (CHIAVENATO, 2004, p. 42). Eles tratavam do recrutamento e da seleção de pessoas, do treinamento de seus novos e atuais funcionários, da avaliação de desempenho, da remuneração, das relações trabalhistas, entre outras. Na Era da Informação, que teve início na década de 1990 e se estende até hoje, as mudanças se tornaram rápidas, quase imprevisíveis. Para acompanhar este ritmo de evolução, surgiram as equipes de gestão com pessoas. As tarefas operacionais e burocráticas, que na Era da Industrialização Neoclássica eram exercidas pelo Departamento de Recursos Humanos, passaram a ser exercidas por terceiros. Surge, então, o fenômeno conhecido como outsourcing ou terceirização. Ademais, os gerentes de linha passaram a ser responsáveis pelas atividades antes desempenhadas pela área de Recursos Humanos. E a área de Recursos Humanos começava a cumprir um papel de consultoria interna, auxiliando os gerentes sempre que necessário. Nessa nova era, as pessoas não são mais consideradas como meros recursos empresariais, e sim como seres dotados de inteligência, com características próprias, e que podem contribuir muito para o desenvolvimento da organização. Dessa forma, percebe-se que na Era da Informação, gerir pessoas torna-se uma vantagem competitiva, e não mais um problema com que se preocupar. Além da evolução na forma de gerir pessoas, outra característica marcante da Era da Informação é a importância dada ao conhecimento, ao capital intelectual. Para que as organizações gerem e mantenham um diferencial competitivo, estas devem investir constantemente na aprendizagem contínua e no conhecimento. 25 2.2 Gestão do Conhecimento Para compreender a Gestão do Conhecimento, é interessante que se tenha o entendimento das principais diferenças entre dado, informação e conhecimento. É facilmente identificável que há uma correlação e uma hierarquia entre os termos. Dado pode ser entendido como uma informação bruta, uma descrição exata de algo que aconteceu. Os dados são quantificáveis e não devem deixar margens para dúvidas. Decisões não devem ser tomadas baseando-se apenas em dados. Informações são os dados interpretados, analisados, processados. Podem também ser entendidos como uma leitura daquilo que os dados parecem mostrar. Uma de suas funções é diminuir as incertezas acerca do que está sendo analisado. Para que um dado se transforme em informação, é imprescindível que esteja dentro de um contexto, de uma situação específica, e que possua um significado. Davenport & Prusak (1998) conceituam o termo conhecimento da seguinte forma: Conhecimento condensada, é uma valores, mistura informação fluida de contextual experiência e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais. (DAVENPORT & PRUSAK, 1998, p. 6). No entanto, não basta que alguns colaboradores da organização detenham bastante conhecimento. É necessário que o mesmo seja disseminado entre todos, a fim de dotar toda a organização de inteligência, tornando o alcance de seus objetivos mais eficaz e eficiente. O conhecimento, na ótica empresarial, tem que ser útil, aplicável ao dia-a-dia da empresa. Ele 26 também pode ser mensurado, a fim de que a organização saiba quanto de conhecimento possui, definindo, assim, seu valor de mercado. Através da necessidade de disseminação do conhecimento por todos os colaboradores da organização, surge, então, o aprimoramento do estudo da Gestão do Conhecimento. A Gestão do Conhecimento é um processo contínuo de coletar dados, selecioná-los, organizá-los, transformá-los em informações e divulgá-las aos colaboradores com a intenção de melhorar sua compreensão em uma área específica de interesse (CHIAVENATO & SAPIRO, 2003). Ela não só compartilha conhecimentos, como estimula os colaboradores a desejarem aprender cada vez mais, oferecendo recursos para este fim. O bom desempenho organizacional depende diretamente dessa dinâmica de aprendizagem. Quanto mais conhecimento a respeito da empresa e do ambiente externo os colaboradores possuírem, maiores serão suas chances de sucesso. Complementando o entendimento acerca deste conceito, Davenport & Prusak (1998) afirmam que a Gestão do Conhecimento é um conjunto de processos que tem por meta governar a criação, disseminação e uso do conhecimento para atingir objetivos organizacionais. Assim, percebe-se a importância da Gestão do Conhecimento para o alcance dos objetivos e da visão de futuro desenhada pela organização em seu planejamento estratégico. Uma vez traçados os objetivos, metas e a visão de futuro da empresa, estas informações devem ser disseminadas entre todos os colaboradores, para que a organização alcance com êxito aquilo que almeja. Segundo Fleury & Fleury (apud COLAUTO & BEUREN, 2003), a Gestão do Conhecimento está calcada nos processos de aprendizagem organizacional, englobando três processos: (1) aquisição e desenvolvimento de conhecimentos; (2) disseminação; e (3) construção de memórias em um único processo coletivo de elaboração das competências necessárias à organização. 27 Como em quase todas as práticas administrativas, a Gestão do Conhecimento também enfrenta desafios. Um de seus principais desafios é driblar a tendência das pessoas em não compartilhar seus conhecimentos, mesmo que sem intenções. As pessoas não costumam socializar aquilo que aprendem, seja por receio ou por falta de motivação. Neste contexto, as lideranças da organização e a área de Recursos Humanos são importantes, a fim de criarem procedimentos para que todo o conhecimento possa pertencer a toda à empresa, e não somente a alguns. 2.2.1 Recursos Humanos e a Gestão do Conhecimento Nas empresas que valorizam o conhecimento e o consideram como uma importante ferramenta para a sua vantagem competitiva, a área de Recursos Humanos tem importância fundamental, pois é ela a responsável por desenvolver o capital intelectual e disseminá-lo na organização. Esta área tem o privilégio de ser uma das poucas que tem contato direto com praticamente todos os departamentos da organização, até pela sua função. E, em se tratando de Gestão do Conhecimento, esta característica é essencial, uma vez que toda a empresa deve estar envolvida neste processo. Os profissionais de Recursos Humanos devem procurar construir e desenvolver sistemas e estruturas que facilitem o aprendizado organizacional. Dessa maneira, estes profissionais começam a direcionar sua atenção para o desenvolvimento de processos básicos da gestão do conhecimento, ao invés de concentrarem-se, basicamente, em tarefas burocráticas e rotineiras. Eles devem se portar como facilitadores do aprendizado. Além disso, eles devem ter conhecimento das principais ferramentas de informática voltadas para a Gestão do Conhecimento, dos objetivos e metas traçados pela organização e de práticas sobre aprendizado organizacional e Gestão do Conhecimento vigentes no mercado. 28 De acordo com Terra (2000), o profissional da área de Recursos Humanos deve se comportar em uma organização do aprendizado da seguinte maneira, entre outras: 1. apoiar as áreas de negócios na busca por novos conhecimentos; 2. desenvolver políticas que aprimorem a cultura, propalando novos modelos para a reflexão e abordagem do processo de aprendizagem; 3. apoiar a empresa na disseminação da informação e nas políticas de comunicação; 2.3 Os Principais Processos de Gestão de Pessoas Tradicionalmente, a área de Gestão de Pessoas cuida de processos básicos, que normalmente são semelhantes de uma organização para outra. De um modo geral, esta área é responsável pelos seguintes processos, conforme explicita Chiavenato (2004): 1. Processos de Agregar Pessoas: englobam recrutamento e seleção de pessoas. Esses processos são responsáveis por agregar novos funcionários à organização (recrutamento externo) ou alocar funcionários que já trabalhem na empresa em outros cargos (recrutamento interno). Baseiam-se nos perfis tanto dos cargos quanto dos candidatos. 2. Processos de Aplicar Pessoas: envolvem orientação das pessoas, desenho de cargos e avaliação de desempenho. Esses processos são responsáveis por integrar as pessoas selecionadas na organização, alocá-las em seus cargos e avaliá-las quanto ao seu desempenho. 3. Processos incentivos, de Recompensar benefícios e Pessoas: serviços. envolvem Esses remuneração, processos, se administrados, tem o papel de atrair, reter e motivar funcionários. bem 29 4. Processos de Desenvolver Pessoas: envolvem treinamento e desenvolvimento de colaboradores, além de programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação. Esses processos corroboram a importância do conhecimento na Era da Informação. 5. Processos de Manter Pessoas: incluem higiene, segurança e qualidade de vida, além de administração da cultura, clima, disciplina e relações com sindicatos. Todos esses processos objetivam proporcionar um ambiente de trabalho mais seguro e mais agradável, assim como garantir relações amigáveis com os sindicatos. 6. Processos de Monitorar Pessoas: englobam banco de dados e sistemas de informações gerenciais. Esses processos constituem a monitoração dos colaboradores através de sistemas, com o intuito de garantir que o planejamento seja bem executado e que os objetivos sejam alcançados adequadamente. 2.4 Os Novos Papéis da Gestão de Pessoas Através da evolução ocorrida com a área de Gestão de Pessoas desde seu surgimento, como descrito anteriormente, algumas transformações podem ser observadas em suas funções, como explica Chiavenato (2004). Segundo o autor, algumas mudanças foram: de operacional e burocrático para estratégico; de administrativo para consultivo; de foco interno para foco no cliente; de imediatismo para longo prazo. E para que a área possa continuar a servir aos objetivos da organização e agregar valor à mesma, ela precisa desempenhar papéis cada vez mais diversos e complexos. Desta maneira, os novos papéis da área de Gestão de Pessoas, de acordo com Chiavenato (2004) são: 1. Administração de estratégias de recursos humanos; 30 2. Administração da infra-estrutura da empresa; 3. Administração da contribuição dos funcionários; 4. Administração da transformação e da mudança; A figura abaixo explica, resumidamente, cada um dos papéis: Papel de RH Resultado Característica Atividade principal Administração de Execução da Parceiro Diagnóstico estratégias de estratégico para organizacional para recursos ajudar a alcançar detectar forças e humanos objetivos fraquezas da organizacionais organização Administração da Construção de Especialista Serviços em comum infra-estrutura da uma infra- administrativo para para a melhoria empresa estrutura eficiente reduzir custos e contínua estratégia aumentar valor Administração da Maior Defensor dos Prover recursos aos contribuição dos envolvimento da funcionários para funcionários para funcionários capacidade dos treinar e incentivar incentivar funcionários as pessoas contribuições Administração da Elaboração de Agente de Assegurar capacidade transformação e uma organização mudança e para mudança e da mudança renovada inovação para identificação e melhorar a solução de problemas capacidade de mudar Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004) 31 Torna-se imperativo que a área que trata da gestão de pessoas na empresa esteja alinhada à estratégia empresarial. Portanto, o próximo capítulo enfatizará a função “Administração de estratégias de recursos humanos”, uma vez que serão abordados os principais tópicos acerca do planejamento estratégico de Recursos Humanos. 32 CAPÍTULO III O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RECURSOS HUMANOS A área de Recursos Humanos possui uma característica diferenciada em relação às outras áreas, pois, além de cuidar do envolvimento das pessoas no alcance dos objetivos propostos pela organização, precisa também tratar das estratégias para o atendimento de suas próprias necessidades. As organizações são criadas para atenderem às pessoas, entre elas os proprietários e os colaboradores, e, de certa maneira, estas pessoas também devem atender às expectativas da organização. Sendo assim, é importante conhecer as necessidades dos funcionários, uma vez que estes têm fundamental participação na elaboração dos objetivos e das estratégias empresariais. Assim, introduz-se o tema planejamento estratégico de Recursos Humanos (PERH). Dentre os quatro novos papéis exercidos pela área de Recursos Humanos, será dada ênfase ao papel denominado “Administração de estratégias de Recursos Humanos”, pois descreve esta área como um parceiro estratégico no alcance dos objetivos organizacionais. Pode-se afirmar que depois do estabelecimento dos objetivos e estratégias organizacionais, o papel da área de Recursos Humanos será fundamental para auxiliar na implementação do que foi planejado. Assim, põem-se em prática as políticas de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, remuneração e benefícios, entre outras. 33 O planejamento estratégico de Recursos Humanos ideal atua juntamente com a elaboração do planejamento estratégico organizacional. A vantagem de se elaborar um planejamento estratégico em Recursos Humanos é que através dessa ação a empresa poderá garantir o alinhamento das ações voltadas para a gestão de talentos com a estratégia e o negócio da organização. Para atingir estes objetivos, a área de Recursos Humanos preocupa-se com a previsão acerca dos aspectos quantitativos e qualitativos dos talentos humanos. Além disso, o pessoal desta área deve desempenhar um papel significativo do ponto de vista estratégico, intermediando, apoiando e orientando os colaboradores da organização. As necessidades de Recursos Humanos dependem, entre outros, da estratégia adotada pela organização, da demanda de seus produtos e serviços e de seus níveis de produtividade. Suas capacidades e carências atuais, suas necessidades futuras e a alocação de talentos humanos nas áreas que mais necessitam devem fazer parte da formulação da estratégia. Além da mensuração dos talentos humanos necessários ao atingimento dos objetivos traçados pela estratégia empresarial, o planejamento estratégico de Recursos Humanos (PERH) também contribui para o alcance dos objetivos dos colaboradores. Em suma, o PERH contribui tanto para o alcance dos objetivos individuais como para os objetivos organizacionais. 3.1 Conceitos de Planejamento Estratégico de Recursos Humanos Bohlander et al. (2005) definem o planejamento estratégico de Recursos Humanos da seguinte maneira: Planejamento de Recursos Humanos (PRH) é o processo de antecipar e fazer provisão para a movimentação de pessoas – admissão e demissão, promoções e transferências. A finalidade do PRH é assegurar o emprego da maneira mais 34 efetiva possível, onde e quando for necessário, para que as metas da empresa sejam alcançadas. Outros objetivos mais específicos do PRH incluem a previsão de falta e de excesso de mão-de-obra; o fornecimento de mais oportunidades de emprego para mulheres, minorias e deficientes, e o planejamento detalhado de programas de treinamento de funcionários” (BOHLANDER et al., 2005, p.60). Lucena (1995) define o conceito da seguinte maneira: Planejamento de Recursos Humanos compreende o processo gerencial de identificação e análise das necessidades organizacionais de Recursos Humanos e o conseqüente desenvolvimento de políticas, programas, sistemas e atividades que satisfaçam essas necessidades, a curto, médio e longo prazos, tendo em vista assegurar a realização das estratégias do negócio, dos objetivos da Empresa e de sua continuidade sob condições de mudanças. (LUCENA, 1995, p.84). Lucena (1995) ainda cita que fatores como integração com o negócio e os objetivos da empresa, participação gerencial, dimensão do tempo e integração dos processos, programas e atividades de Recursos Humanos são inerentes ao planejamento de Recursos Humanos. A integração com os negócios e os objetivos da empresa refere-se ao dimensionamento da quantidade e qualidade dos Recursos Humanos estabelecidos, como e quando isto pode ser obtido, a fim de que os futuros colaboradores da organização possam perpetuar o negócio da empresa e alcançar os objetivos planejados. O elemento participação gerencial refere-se ao envolvimento de todos os gestores da organização no processo, e não somente a área de Recursos Humanos. O fator dimensão do tempo menciona a importância do planejamento para a área de Recursos Humanos, antecedendo os eventos futuros. E a integração dos processos, programas e atividades de Recursos Humanos diz respeito à relação da área de Recursos Humanos com toda a organização, inclusive com a sua Missão. 35 De acordo com Carvalho e Serafim (2002) o planejamento estratégico de Recursos Humanos visa conjugar dois propósitos, que são: 1. Adaptar-se ao planejamento estratégico global da organização; 2. Elevar a produtividade do trabalho por meio da soma de esforços, interesses e objetivos. Os autores complementam, então, a idéia: Assim, o PERH funciona como espécie de catalisador e impulsionador, ao mesmo tempo, dos recursos da unidade de RH, sem perder de vista a perspectiva do planejamento estratégico global da empresa. (CARVALHO & SERAFIM, 2002, p.43) 3.2 Modelos de Planejamento de Recursos Humanos Chiavenato (2004) cita que existem vários modelos de planejamento de Recursos Humanos, mas enfatiza cinco deles, que são: 1. Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço: este modelo utiliza o conceito de que as necessidades de pessoal são baseadas na dependência da procura pelos produtos ou serviços da organização. Está voltado especificamente para o nível operacional. É limitado porque engloba somente aspectos quantitativos; 2. Modelo baseado em segmentos de cargos: também está voltado, principalmente, para o nível operacional da organização. Este modelo consiste em: escolher um fator estratégico cujas variações afetam na mesma proporção as necessidades de pessoal; mensurar os níveis históricos e futuros para cada fator estratégico definido anteriormente; determinar os níveis históricos do número de funcionários para cada departamento; e projetar os níveis futuros de força de trabalho para cada departamento; 36 3. Modelo de substituição de postos-chave: baseia-se na representação visual das possíveis substituições caso surja alguma vaga ou seja criado um novo cargo. São montados organogramas que mostram quem substituirá quem nestes casos. Cada funcionário é classificado em três alternativas de chances de promoções: funcionário pronto para promoção imediata; funcionário que requer maior experiência no cargo atual; e funcionário com substituto já preparado; 4. Modelo baseado no fluxo de pessoal: mapeia as admissões, demissões, transferências e promoções dos funcionários da organização. Esse modelo é conservador, sendo apropriado somente para empresas que atuam em ambientes estáveis. Ele é útil na análise das consequências do plano de carreiras, quando a organização investe nesta política. Todavia, suas limitações são claras por ser apenas um modelo quantitativo; 5. Modelo de planejamento integrado: do ponto de vista da provisão de Recursos Humanos, considera quatro fatores: volume de produção planejado pela empresa; mudanças tecnológicas dentro da organização que aumentem ou diminuam a produtividade do pessoal; condições de oferta e procura no mercado e comportamento do mercado consumidor; e planejamento de carreiras dentro da organização. 3.3 Implementação do Planejamento Estratégico de Recursos Humanos O primeiro passo para a área de Recursos Humanos elaborar um bom trabalho é conhecer o negócio e o ambiente externo à organização. Outro fator importante é alinhar as ações propostas à missão, visão e valores da empresa, pois isso demonstrará que a área de Recursos Humanos conhece profundamente as necessidades da organização. Durante a elaboração do planejamento estratégico, a área de Recursos Humanos precisa fazer um 37 levantamento dos recursos disponíveis, tanto materiais quanto humanos e das possíveis modificações nos ambientes interno e externo, no curto, médio e longo prazo. De acordo com Lucena (1995) os estudos a serem feitos para a elaboração do planejamento estratégico de Recursos Humanos incluem três áreas, que são: previsão das necessidades de Recursos Humanos requeridas pelo negócio; análise do ambiente e do mercado de trabalho; e análise dos Recursos Humanos. A previsão de necessidades de Recursos Humanos solicitadas pelo negócio evidencia o primeiro passo para a formulação do planejamento de Recursos Humanos integrado ao negócio da organização. Esta etapa visa atender aos seguintes objetivos: identificar os impactos das decisões estratégicas da empresa nos Recursos Humanos; analisar as necessidades básicas dos diversos setores da organização; e auxiliar no planejamento das ações estratégicas a serem praticadas. Durante a elaboração das decisões estratégicas da empresa, os colaboradores da área de Recursos Humanos devem participar ativamente, a fim de identificar fatores que possam impactar no andamento de suas funções. Devem ser analisadas, também, as necessidades de Recursos Humanos nos diversos departamentos da empresa. A análise do ambiente e do mercado de trabalho tem como principais objetivos: mensurar aspectos políticos, econômicos e sociais e as relações trabalhistas que possam atrapalhar as ações estratégicas defendidas pela empresa; levantar alternativas para gerenciar situações sensíveis a mudanças; e identificar necessidades de desenvolvimento de programas ou atividades que possam atender às carências existentes no mercado de trabalho. Ao analisar as necessidades de Recursos Humanos da organização e conhecer os fatores internos e externos que a influenciam, sabe-se quais destes fatores podem auxiliar ou dificultar o atendimento destas necessidades. 38 A análise dos Recursos Humanos tem como objetivos: mensurar, tanto quantitativa quanto qualitativamente, se a organização tem pessoas disponíveis para suprir suas necessidades presentes e futuras; identificar deficiências de treinamento e desenvolvimento de pessoal; e recomendar revisões ou criações de políticas, procedimentos, normas e programas para a Gestão de Pessoas. O produto final desta etapa será um relatório contendo informações que permitam uma análise do quadro de pessoal existente na organização, com intuito de auxiliar nas decisões estratégicas globais. Fischmann e Almeida (apud BARDUCHI e MIGLINSKI, 2006) propõem nove etapas do planejamento estratégico para a área de Recursos Humanos, que seguem: 1. Avaliação da estratégia vigente: identificação e análise da eficácia da estratégia de Recursos Humanos que vem sendo utilizada pela empresa; 2. Avaliação do ambiente: identificação do perfil necessário aos funcionários futuros, análise da disponibilidade de mão-de-obra futura para o negócio da empresa e verificação das expectativas dos colaboradores quanto ao auxílio da empresa para o alcance de seus objetivos; 3. Estabelecimento do Perfil Estratégico: delineamento dos objetivos e estratégias, aonde a área de Recursos Humanos deve considerar não somente seus próprios interesses, como também inseri-los no contexto organizacional; 4. Qualificação dos objetivos: estimativa de valores que são gastos com remunerações, benefícios, treinamentos, desenvolvimentos, e avaliação da viabilidade da implementação dos objetivos traçados inicialmente; 5. Finalização: criação de um relatório pela alta administração contendo os planos estratégicos defendidos, e discussão com os demais 39 departamentos da empresa, principalmente com o de Recursos Humanos; 6. Divulgação: transmissão dos planos estratégicos aos gerentes de linha e aos demais que possuam um nível decisório na empresa e divulgação mais ampla para todos os colaboradores através da área de Recursos Humanos, que deverá explicar sua importância e seu impacto nas avaliações de desempenho futuras; 7. Preparação da Organização: são feitas as modificações necessárias à implementação dos planos estratégicos definidos, quer sejam materiais, quer sejam na estrutura pessoal; 8. Integração como Plano Tático: inserção das estratégias no nível tático da organização; 9. Acompanhamento: exercício do controle por todas as áreas, principalmente pela área de Recursos Humanos, que deverá avaliar a realização de tudo o que foi planejado. Fatores como falta de apoio da direção da empresa para com a área de Recursos Humanos e pouca comunicação podem fazer com que organizações não implementem seu planejamento de Recursos Humanos. Estas questões devem ser consideradas e tratadas, caso ocorram. No caso da falta de comunicação, por exemplo, ao concluir o planejamento, é preciso informar aos colaboradores sobre o que será feito e o que levou e empresa a optar por esta decisão. Assim, todos os profissionais compreenderão os seus papéis dentro do processo e saberão exatamente o que a organização pretende alcançar. 40 CONCLUSÃO O planejamento estratégico organizacional é essencial para as organizações que pretendem manter um diferencial competitivo perante os seus concorrentes. Através do planejamento estratégico a organização reduz as incertezas inerentes ao seu negócio e tem a possibilidade de maximizar seus resultados. Como as metas e objetivos traçados no planejamento estratégico contemplam, também, o longo prazo, e por causa das mudanças freqüentes ocorridas no mercado, muitas vezes os dirigentes das empresas sentem necessidade de modificá-los para adequar-se às novas circunstâncias. Logo, o processo de controle é importantíssimo no processo de implementação do planejamento estratégico. Atualmente, as organizações consideram as pessoas como sua principal vantagem competitiva e não mais seus aspectos técnicos. Assim, as organizações estão investindo bastante em seus colaboradores. As atuais práticas organizacionais relacionadas à área de Recursos Humanos têm o intuito de motivar seus funcionários para que trabalhem com eficiência e eficácia. Outro fator essencial para a manutenção da vantagem competitiva é a Gestão do Conhecimento, aonde o conhecimento existente na organização é transmitido a todos. Algumas pessoas ainda têm o receio de compartilhar o que sabem, porém, deve ser mostrado a estas a importância desta comunicação. Para que a execução do planejamento estratégico seja efetiva, todos os colaboradores da organização devem estar cientes dos objetivos a serem alcançados e do seu papel no processo. A área de Recursos Humanos (RH), neste momento, exerce um papel fundamental no que diz respeito às implementações dos objetivos e metas estabelecidos no planejamento estratégico organizacional, uma vez que a mesma torna-se responsável por esta comunicação. 41 O planejamento estratégico de Recursos Humanos ideal é elaborado juntamente com o planejamento estratégico organizacional. A vantagem disto é que a empresa poderá garantir o alinhamento das estratégias relacionadas à Gestão de Pessoas com as estratégias adotadas pela organização. O planejamento estratégico de Recursos Humanos tem como suas principais funções buscar o equilíbrio entre os objetivos individuais e os objetivos organizacionais globais, e mensurar a quantidade e a qualidade da força de trabalho necessária para a execução das ações elaboradas no planejamento estratégico organizacional. Para que o planejamento estratégico de Recursos Humanos realmente auxilie o planejamento estratégico organizacional, a área de Recursos Humanos deve conhecer profundamente a empresa, analisando seus ambientes interno e externo. Além disso, deve alinhar seu planejamento à missão, à visão e aos objetivos organizacionais. 42 BIBLIOGRAFIA ANDION, M. C. e FAVA, Rubens. Planejamento Estratégico. Coleção Gestão Empresarial, Volume 2. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002. Disponível em http://www.fae.edu/publicacoes/colecao_gestao.asp#2. Acesso em 18/05/2009. ANSOFF, H. Igor; DECLERCK, Roger P.; HAYES, Robert L. 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Proposta para Avaliação da Gestão do Conhecimento em Entidade Filantrópica: O Caso de uma Organização Hospitalar. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 4. Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. Disponível em http://www.anpad.org.br/periodicos/arq_pdf/a_309.pdf. Acesso em 22/06/2009. DAVENPORT, T.H.; PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 1998. GHEMAWAT, P. A estratégia e o cenário dos negócios: texto e casos. Porto Alegre: Bookman, 2000. GIL, Antonio Carlos. Administração de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994. KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1975. LAROSA, M. A. e AYRES, F. A. Como produzir uma monografia. 7ª ed. Rio de Janeiro: 2008. LUCENA, Maria Diva da Salete. Planejamento de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1995. MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2007. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1996. 44 TERRA, José Claudio C. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial - uma abordagem baseada no aprendizado e na criatividade. São Paulo: Negócio Editora, 2000. WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000. 45 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I O Planejamento Estratégico Organizacional 10 1.1 – Conceitos de Planejamento 10 1.2 – Tipos de Planejamento 12 1.3 – Conceitos de Estratégia 13 1.4 – O Planejamento Estratégico 16 1.4.1 – Conceito 16 1.4.2 – Implementação do Planejamento Estratégico 17 1.5 – O Papel da Informação e do Conhecimento no Planejamento Estratégico 20 CAPÍTULO II O Papel da Gestão de Pessoas nas Organizações 22 2.1 – A Evolução da Gestão de Pessoas nas Organizações 23 2.2 – Gestão do Conhecimento 25 2.2.1 – Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento 27 2.3 – Os Principais Processos de Gestão de Pessoas 28 2.4 – Os Novos Papéis da Gestão de Pessoas 29 46 CAPÍTULO III O Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 32 3.1 – Conceitos de Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 33 3.2 – Modelos de Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 35 3.3 – Implementação do Planejamento Estratégico de Recursos Humanos 36 CONCLUSÃO 40 BIBLIOGRAFIA 42 ÍNDICE 45 FOLHA DE AVALIAÇÃO 47 47 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre - Universidade Candido Mendes Título da Monografia: A relevância do planejamento estratégico de Recursos Humanos para o planejamento estratégico organizacional. Autora: Juliana Abreu da Silva Pinto Data da entrega: Avaliado por: Conceito: