Plano de Ação Global sobre Resistência aos Antimicrobianos/OMS – Situação Atual Maria Beatriz Ruy Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Secretaria de Vigilância em Saúde Brasília, 21 de outubro de 2015 Organograma do Ministério da Saúde Grupo técnico – Resistência aos Antimicrobianos CGLAB Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública 2 O PROBLEMA DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS O aumento da resistência antimicrobiana é uma crise de saúde global; Impacto financeiro, tanto em relação ao tratamento de doentes, como na redução das forças de trabalho, o que custará ao mundo mais de 100 bilhões de dólares em anos futuros; A carga de resistência para infecções hospitalares e comunitárias aumenta dia após dia; Doenças como Tuberculose, Malária, HIV/Aids, e infecções hospitalares causadas por bactérias multirresistentes apresentam dificuldades para tratamento adequado e eficaz; Redução do número de antimicrobianos disponíveis; Evidência de que a resistência é impulsionada pelo volume de utilização de agentes antimicrobianos; O uso rotineiro de antibióticos em níveis sub-terapêuticos mata as bactérias mais EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA - PREPARAÇÃO E 3 fracas, mas permite que os mais resistentes sobrevivam; RESPOSTA 29/10/2015 O PROBLEMA DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS Número reduzido de pesquisas e estudos para desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos/medicamentos; A nível internacional, a OMS colabora estreitamente com a OIE, definindo padrões para promover o uso responsável e prudente de agentes antimicrobianos para preservar a sua eficácia terapêutica e prolongar a sua utilização em medicina veterinária e humana; Em 2008, a OMS criou um grupo consultivo sobre a vigilância integrada da resistência antimicrobiana associada ao uso de antibióticos em animais produtores de alimentos. Esse grupo consultivo adiciona suporte para os padrões da OIE para a monitorização das quantidades de agentes antimicrobianos utilizados e o grau de resistência. Especificamente, ajuda a formular e priorizar estratégias de avaliação de risco e gestão de risco; Nesse sentido, fez-se necessário a elaboração de estratégias de trabalho mais eficazes, com vistas a responder adequadamente a essa ameaça que é a resistência aos antimicrobianos; Aprovação na 68ª AMS do Plano de Ação Global para Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos – GAP-AMR/OMS. 29/10/2015 EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA - PREPARAÇÃO E RESPOSTA 4 PRINCÍPIOS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE - GAP-AMR/OMS Papel da sociedade e seu engajamento no tema; Prevenção em primeiro lugar; Acesso sem excessos; Sustentabilidade; e, Metas essenciais para implementação – “One Health” – Uma Saúde. OBJETIVO GERAL - GAP-AMR/OMS Garantir, pelo prazo possível, a continuidade do tratamento e prevenção de doenças infecciosas com medicamentos seguros e eficientes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Melhorar o conhecimento e a compreensão da resistência antimicrobiana através da comunicação eficaz, educação e formação; Fortalecer o conhecimento e base de evidências por meio da vigilância e pesquisa; Reduzir a incidência de infecção por meio de saneamento eficiente, medidas de higiene e prevenção de infecções; OBJETIVOS ESPECÍFICOS Otimizar o uso de antimicrobianos em saúde humana e animal; Desenvolver pacote econômico para o investimento sustentável, considerando as necessidades de todos os países, e aumentar o investimento realizado em novos medicamentos, ferramentas de diagnóstico, vacinas e outras intervenções. ENCAMINHAMENTOS NACIONAIS Os Estados-Membros (países) são encorajados a desenvolver seus próprios planos de ação nacionais em resistência aos antimicrobianos dentro dos próximos dois anos da aprovação do projeto de plano de ação pela Assembleia de Saúde e que estão em consonância com o Plano de Ação Global. ATIVIDADES DO SETOR SAÚDE Estabelecimento de um grupo de trabalho interno no Ministério da Saúde; Diagnóstico situacional – identificação e compilação das ações que são realizadas no âmbito federal; Fortalecimento das estratégias de diagnóstico de processos infecciosos e mecanismos de resistência, com foco na gestão laboratorial; Vigilância em Saúde – doenças estratégicas (Tuberculose, Malária, HIV/Aids, Leishmanioses, Infecções hospitalares e comunitárias); Atenção à Saúde – Programa Nacional de Segurança do Paciente: Fortalecimento das estratégias de prevenção e controle de processos infecciosos, por meio de protocolos específicos; Orientação para uso responsável e criterioso de agentes antimicrobianos e medicamentos em geral. 29/10/2015 EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA - PREPARAÇÃO E RESPOSTA 10 DESAFIOS Trabalho conjunto entre Secretarias do Ministério da Saúde (Atenção, Vigilância e Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos), Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (incluindo Pesca e Aquicultura), bem como outros parceiros; Busca de estratégias para construção coletiva e interministerial para elaboração do Plano Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos – PN-RAM. 29/10/2015 EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA - PREPARAÇÃO E RESPOSTA 11 Muito Obrigada. Endereço eletrônico da Secretaria de Vigilância em Saúde: www.saude.gov.br/svs Disque Notifica 0800-644-6645 [email protected] 28/09/2014 12