Número 4 • novembro 2014 | Veículo Bimestral crixás 25 anos: município e empresa cresceram juntos História de desenvolvimento “Havia cerca de 600 pessoas na cidade. A energia funcionava a motor. Os meninos colocavam açúcar na máquina e todo mundo ficava sem luz”. Essas são lembranças de Maria Madalena de Lima, mais conhecida como Dona Lena, do tempo em que chegou a Crixás, em 1972, quando a cidade ainda era um vilarejo. Na época, segundo ela, havia uma pequena escola, um médico, duas lojas e duas “vendas”, e a economia se baseava na pecuária. Alguns anos depois, foram iniciadas as pesquisas para mineração industrial, e as mudanças começaram. “Vieram profissionais de outras cidades. Quem chegava ficava amigo da gente e novas famílias se formaram”, relembra a professora de história aposentada. A AngloGold Ashanti, unidade Serra Grande, começou a operar em Crixás há exatos 25 anos e várias outras modificações aconteceram ao longo desse tempo. Dona Lena conta que as fazendas se desenvolveram, o acesso ao município, com a chegada do asfalto, facilitou o acesso à itens de consumo, a cidade ganhou mais hospitais e profissionais da saúde. A educação também deu um salto com o início das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), parcerias entre empresa e governo para a realização de cursos técnicos e a implantação de uma escola particular para atender filhos de empregados da Unidade Serra Grande, que hoje também recebe alunos da comunidade. “Foi um grande progresso em qualidade de vida e em oportunidades para os crixaenses”, afirma. O que retrata bem a evolução do município é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade: em 20 anos ele passou de 0,404 para 0,708, um salto da categoria baixo para alto de acordo com levantamento do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) concluído em 2010. Ciente dessas mudanças em mais de duas décadas de história, Dona Lena espera “que a mineração ainda fique aqui por muitos anos”. 01 Janisson: experiência a serviço do futuro A vida em... Transformação e futuro AngloGold Ashanti e Crixás caminham juntas Os 25 anos de operação da Unidade Serra Grande foram acompanhados de perto por muitos crixaenses, mas também por aqueles que se estabeleceram na cidade porque viram na mineração uma oportunidade. Edijarbas Araújo foi um deles. Depois de atuar com prospecção geológica na região, ele chegou a Crixás em 1981 para exercer a mesma função na unidade, que estava em fase de abertura de sua primeira mina. “O clima era de euforia. Tínhamos a certeza de que era um projeto com perspectiva de dar certo”, relembra. Os 33 anos que trabalhou na empresa, até se aposentar como gerente de Geologia no ano passado, reúnem histórias, inclusive de superação tecnológica no trabalho. “Fazíamos estatística manualmente e nossa comunicação com o escritório em Brasília era via rádio”, conta, destacando os avanços nos equipamentos até os dias de hoje. Edijarbas, além de ser um dos atores, foi um dos espectadores do desenvolvimento da Serra Grande. Quando chegou na empresa, a expectativa de vida útil da mina era de dez anos. Do primeiro ano até hoje, vida útil da operação já foi atualizada 02 Depois de mais de duas décadas operando, já se trabalha com a previsão de mais dez anos de atividade. E isso vem sendo possível graças ao trabalho de empregados como Janisson Santos, supervisor de Produção da área de exploração geológica. Ele, juntamente com sua equipe, atua na descoberta de áreas com potencial de exploração. “Trabalhamos com foco na eficiência para que o negócio se torne cada vez mais sustentável. Com a descoberta recente dos corpos de minério Ingá e Pequizão temos uma boa perspectiva e continuaremos pesquisando”, destaca Janisson. Tanto Janisson quanto Edijarbas chegaram a Crixás para trabalhar e fizeram da cidade o seu novo lar, constituíram família e amigos. Há cerca de 30 anos vivendo no município, a história de vida deles se encontra com a da empresa e da cidade. “O desenvolvimento é ponto comum. A cidade e a AngloGold Ashanti mudaram, nosso padrão de vida também”, afirma Janisson. Camada de rocha mineralizada em ouro. Daniel visualiza novos negócios na região Parcerias Crescendo juntos Ao lado da história da Serra Grande, há outros personagens de Crixás que também se desenvolveram nas últimas décadas Há 12 anos, Reinaldo Domingos mudou-se de Itapuranga (GO) para Crixás em busca de um emprego na área de mineração. Ele conquistou esse feito, mas de modo inesperado, ao abrir um negócio que presta serviço para as empresas de mineração, especialmente a AngloGold Ashanti. A venda de materiais elétricos como plugs e disjuntores foi a investida nesse sentido. Hoje, além da unidade em Crixás, Reinaldo tem mais uma loja em uma cidade próxima, Alto Horizonte, e já conta com 30 funcionários. “A parceira contribuiu para que novas portas se abrissem. Hoje vendo peças para fornecedores da empresa e expandi meu mercado para outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro”, destaca. A presença da Serra Grande há 25 anos, em Crixás, é vista como uma oportunidade de desenvolvimento não apenas por Reinaldo. Outros comerciantes da região também puderam ampliar seus horizontes de mercado. É o caso de Daniel Alessandro. Há três anos ele comprou a empresa onde trabalhava, produtora de chaves e carimbos. As eleições municipais foram uma brecha para diversificar sua atuação. O comerciante passou a fazer impressão digital de banners, adesivos e fachadas. Ele, que começou sozinho, hoje já tem cinco funcionários. E ainda há perspectiva de mais crescimento: esse ano ele vem ampliando o número de serviços prestados para a AngloGold Ashanti. “Vejo como uma chance de retorno dos investimentos que venho fazendo na loja até agora”, comenta. Em 14 de outubro, ocorreu mais uma Rodada de Negócios do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), uma iniciativa que abrange cinco cidades do norte goiano, incluindo Crixás, coordenada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), um dos braços da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), em parceria com a AngloGold Ashanti, Anglo American e Votorantim Metais, Sebrae, Prefeituras Municipais e associações comerciais que tem como objetivo estimular a economia local. Daniel Alessandro participa do projeto e, além da Rodada, frequenta as capacitações oferecidas. “O curso de planejamento estratégico foi importante para que eu pudesse priorizar as reais necessidades do meu negócio”, afirma. Reinaldo atende a região e já envia produtos para outros estados do país 03 Boas lembranças Memória guardada na arquitetura Casario de Crixás é palco de mais de dois séculos de história Em 23 de agosto de 1953, no casario da rua Ricardo Neves, nasceu Jesrael de Araújo. Ele, os pais e mais sete irmãos viveram lá por mais de dez anos em esquema de comodato, quando se mudaram para uma casa próxima à praça da igreja, onde a mãe, Elza Machado de Araújo, vive até hoje. Naquela época, conforme conta Jesrael, atual secretário de Desenvolvimento de Crixás, as casas da rua do casario eram todas emendadas pelas paredes e os quintais eram unificados. “Eram tão amplos que montamos um campinho de futebol. Tinha pé de goiaba, laranja e um pequeno bananal. Eu, meus irmãos e meus vizinhos vivemos muitos bons momentos por lá”, relembra. Era um tempo em que não havia energia elétrica, nem telefone. A mãe lavava roupas com a água que buscava no Rio Vermelho. Projeto de restauração começou em 2010 Depois que deixou de ser utilizado como residência, o casario passou décadas sem manutenção e cuidados estruturais. Em 2010, com o apoio da AngloGold Ashanti, ele foi restaurado e hoje funciona como um espaço cultural. Ao ver a obra pronta e o lugar em funcionamento, Jesrael considera a iniciativa importante para a preservação do patrimônio arquitetônico da cidade. “Outras casas foram ao chão e cederam lugar para construções mais modernas. Precisamos conservar a nossa história”, afirma. A historiadora e uma das idealizadoras do projeto, Anália Souto, reforça que “o casario hoje significa um espaço importante de intercâmbio cultural, onde nossas tradições podem ser preservadas, divulgadas e até atualizadas”, explica. Local preserva a história da região... As três últimas casas remanescentes do ciclo do ouro, datadas do século XVIII, que compõem o casario foram reformadas em 2010. O trabalho de recuperação durou mais de um ano. O projeto de restauro foi realizado pelo Instituto Casa Brasil de Cultura, instituição cultural sediada em Goiânia, por meio da Lei Rouanet de Incentivo a Cultura, e teve como patrocinador a AngloGold Ashanti. ...e serve de palco para a promoção da cultura crixaense EXPEDIENTE Coordenação: Gerência de Comunicação e Comunidades • Produção editorial e diagramação: BH Press Comunicação • Jornalista responsável: Victor Hugo Fonseca • Fotos: Arquivo AngloGold Ashanti • Projeto Gráfico: 18 Comunicação • Tiragem: 1.600 exemplares Para esclarecer dúvidas, fazer sugestões, reclamações ou elogios, ligue para o 0800 72 71 500 04