Número 2 • MAIO 2014 | Veículo Bimestral crixás Representantes das mineradoras envolvidas ao lado de autoridades da FIEG no evento de Lançamento Oficial da Iniciativa, realizado em dezembro de 2013, na Casa da Indústria Para estreitar laços Mais de 70 pessoas participaram, em março, do lançamento do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), promovido em parceria com a AngloGold Ashanti, Anglo American, Votorantim Metais, Prefeitura Municipal, Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG)/Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e a Associação Comercial e Industrial de Crixás (ACIC). Os principais objetivos são ampliar a competitividade dos pequenos negócios das cidades de operação das empresas, estimular o desenvolvimento local e aumentar o número de parcerias firmadas entre os prestadores de serviços e as mineradoras da região. “Em 2013, realizamos mais de R$ 150 milhões em compras de produtos e serviços. Mais de 15% delas foram adquiridas em Crixás e cidades vizinhas. Com o PDF acreditamos que esse número aumentará”, explica Ricardo Assis, gerente geral de operações da AngloGold Ashanti, Unidade de Negócios Serra Grande. Na avaliação do presidente da Associação Comercial e Industrial de Crixás, João Pedro Alves, as empresas da região estão abertas a novas oportunidades, o que deve contribuir para o êxito das ações do programa ainda em 2014. “A qualificação dos colaboradores e gestores dos negócios, a melhoria na gestão de riscos e na forma de administração dos serviços darão sustentação às empresas para esta nova etapa”, afirma. Parte das ações está prevista para começar neste primeiro semestre, com cursos de formação e qualificação de mão de obra para os prestadores de serviço da região. Essas atividades vão contemplar cinco municípios: Barro Alto, Crixás, Goianésia, Niquelândia e Uruaçu, todos de influência das mineradoras parceiras. 01 Parcerias ideias que fazem o bem Empreendedoras sociais unem vocação e solidariedade Música e arte fazem parte do dia a dia de Joyce artes. Entre as atividades estão: aulas de canto, coral, flauta doce, teclado, órgão, piano clássico, violino, violoncelo, pintura e artesanato. Ambos os projetos são apoiados pela AngloGold Ashanti, Unidade Serra Grande. “Essa parceria é essencial para a divulgação da cultura e da arte na região”, destaca a diretora. Novos projetos Joyce e Michelle contam ainda com outra semelhança: a presença dos parentes no dia a dia dos projetos. O marido e o filho de Joyce são músicos e a programação de cada atividade é discutida na mesa do jantar. “Todos estão envolvidos no mundo artístico”, afirma. Na casa de Michelle, ela, o marido e as filhas possuem formações diferentes, mas que se complementam. Enquanto Rodrigo é responsável pela produção de áudio, vídeo e iluminação, uma das filhas é maquiadora e figurinista, e a outra é atriz e bailarina. “Vida pessoal e profissional sempre estiveram muito próximas, interligadas. Minhas filhas cresceram me acompanhando em trabalhos educacionais e culturais, que é a minha área de formação acadêmica. Meus projetos profissionais são, sobretudo, projetos de vida”. A vontade de aproximar as artes e as pessoas e promover a inserção cultural é o ponto comum entre duas empreendedoras em Crixás. Joyce Tavares e Michelle Lamounier são idealizadoras de projetos que beneficiam centenas de crianças e adolescentes da região. Há oito anos, a pedagoga Michelle criou o Teatro No Vale, projeto responsável por conectar quase mil crianças e adolescentes à atividade teatral. A ideia surgiu depois que ela percebeu que o tempo ocioso era um dos motivos para o comportamento inadequado dos jovens da comunidade. A partir disso, a empreendedora social iniciou a divulgação das artes cênicas por meio de oficinas e peças teatrais na região, levando os participantes para cima do palco. “Aproximar os jovens da cultura é uma maneira de contribuir para a formação de indivíduos mais críticos, criativos e mais ativos socialmente”, avalia. Já Joyce, diretora e idealizadora do Talentos de Ouro, viu na música e nas artes plásticas uma possibilidade para difundir a cultura entre crianças e jovens. Com duas escolas, uma no centro e outra no bairro Morada do Sol, o projeto atende 200 pessoas inscritas nos cursos de música e 50 nas aulas de O teatro é a aposta de Michelle para formar jovens atuantes 02 Por dentro da mineração Na trilha do cianeto 1 O que é o cianeto? O cianeto usado na mineração é o cianeto de sódio, que tem a fórmula NaCn (Na = sódio e Cn = cianeto). Não é difícil perceber que os elementos químicos que o compõem estão presentes na natureza em diversas formas. A chamada mandioca brava, por exemplo, é uma espécie de raiz que contém cianeto. Algumas amêndoas, usadas em pratos natalinos, também contêm em baixas concentrações. Já o sódio nada mais é do que o sal que conhecemos bem em nosso dia a dia. Em altas concentrações, o gás cianídrico pode causar intoxicação já que ele impede a troca gasosa que ocorre no sangue e, dessa forma, o organismo fica sem oxigênio. 4 Controle e monitoramento A AngloGold Ashanti adota várias medidas para garantir a segurança na utilização do cianeto. Uma delas é o controle de sua acidez (o PH), que deve ficar em 10,5 - o que indica que não há formação de gás cianídrico em quantidades tóxicas. Além disso, os operadores que manipulam a substância trabalham com roupas especiais e um medidor portátil preso ao cinto, que dispara um alarme se a concentração do gás exceder os limites estabelecidos. Se ainda assim, houver algum incidente, a empresa dispõe de uma brigada de emergência preparada para atuar em casos de intoxicação ou derramamento da substância. Há ainda antídotos inaláveis (compostos por nitrito de amila, substância que dilata os vasos e facilita a respiração) capazes de reverter, em até 100%, os casos de intoxicação. Os profissionais da Medicina do Trabalho são os responsáveis por manipular os antídotos injetáveis. Todas as áreas que têm concentração do elemento são trancadas e ventiladas. O acesso é restrito e os empregados nunca trabalham sozinhos. “A nossa efetividade é evidenciada pelo fato de que nunca registramos acidente com cianeto”, relembra Guilherme Peixoto, gerente de Metalurgia da AngloGold Ashanti. Você sabia? Há profissionais nos hospitais de Crixás treinados para o atendimento em caso de intoxicação por cianeto. A instituição também possui kits, fornecidos pela empresa, com os antídotos. O treinamento ocorre a cada três anos e o próximo está previsto para esse ano. 2 Como e por quê o cianeto é utilizado na mineração de ouro? O cianeto tem uma elevada afinidade com metais. Por isso, na mineração ele é utilizado na separação das partículas de ouro das rochas de minério, sendo geralmente utilizado na Planta Metalúrgica no processo de lixiviação, onde o estado do ouro passa de sólido para líquido. 3 Aquisição e transporte A Unidade Serra Grande adquire cianeto líquido de uma fábrica da Bahia. Ele é transportado em um isotanque, caminhão preparado para carregar produtos industriais e devidamente autorizado pelo Governo Federal para esse tipo de atividade. A aquisição do cianeto é controlada pelo Exército Brasileiro, que inspeciona periodicamente os processos da AngloGold Ashanti que envolvem a substância. Manejo responsável A AngloGold Ashanti é signatária do Código Internacional de Cianeto, organização internacional que tem foco na gestão segura do cianeto em mineradoras. As empresas são auditadas regularmente e precisam atender a 100% das determinações para serem certificadas. Veja mais em: http://www.ncabrasil.com.br/ 03 Parcerias Pacto pela educação Em abril, os 620 alunos do Sesi Crixás fizeram sua primeira bateria de provas sobre as diversas matérias que integram a grade curricular da escola. Os testes serão o primeiro contato dos estudantes com o sistema de avaliação da instituição, mantida pela Unidade Serra Grande no município desde fevereiro deste ano. A escolha pelo Sesi teve o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade do ensino e ampliar a abordagem educacional oferecida aos estudantes. Atualmente, a maioria dos alunos são filhos de empregados da empresa, e pagam um valor subsidiado para terem direito ao benefício. Já os demais são alunos da comunidade em geral, que pagam uma mensalidade para a instituição. Conforme explica Mariana Mesquita, diretora escolar do Sesi, “o ensino da instituição é voltado para o desenvolvimento de competências que contribuam para uma presença ativa em sociedade, principalmente em relação aos desafios colocados pelo mercado de trabalho”. A iniciativa alia a aprendizagem tradicional com conteúdos de cidadania e atuação social. E essa é a expectativa de Rita Vieira Alves, esposa do analista de Gerenciamento de Riscos da Unidade, Luiz Bento Alves. O casal tem dois filhos estudando no Sesi: Isadora, no 9º ano e Renato, no 4º ano. Ela ressalta que ainda é cedo para uma avaliação detalhada sobre a nova escola, mas já adianta que espera da instituição “uma equipe preparada, capaz de estabelecer Instituição conta mais de 600 alunos Turmas contemplam do ensino Infantil ao Médio relações de parceria com os pais e disposta a oferecer aos alunos um diferencial para a entrada no mercado de trabalho”, descreve. Essas características também devem ser aplicadas à formação de jovens e adultos, frente que deve ser intensificada no segundo semestre de 2014 por meio de cursos técnicos e profissionalizantes, como os de empreendedorismo e de práticas de ensino, por exemplo. Segundo Sara Martins, gestora da área de Recursos Humanos da AngloGold Ashanti, “a expectativa é de que os cursos do Sesi sejam também uma oportunidade para que toda a comunidade tenha mais alternativas para geração de trabalho e renda”. Hoje, o Sesi tem turmas do ensino Infantil ao Médio. Todos os custos com material didático e transporte escolar estão incluídos na mensalidade. A instituição conta, atualmente, com uma equipe de 50 professores e 20 profissionais administrativos. Capacitação Os professores do Sesi Crixás foram selecionados após um processo criterioso e esse grupo de profissionais conta com um programa de bolsas de estudos para estimular a capacitação e proporcionar a melhoria contínua do processo de ensino. EXPEDIENTE Coordenação: Gerência de Comunicação e Comunidades • Produção editorial e diagramação: BH Press Comunicação • Jornalista responsável: Victor Hugo Fonseca • Fotos: Arquivo AngloGold Ashanti • Projeto Gráfico: 18 Comunicação • Tiragem: 400 exemplares 04