ID443 Exercício diafragmático em pneumopatas graves em lista para transplante pulmonar Email: [email protected] Erickson Borges-Santos, Graziela de Cassia Martins, Maria Ignêz Zanetti Feltrim Contextualização: O exercício diafragmático (Di) objetiva melhora da ventilação e alívio da dispnéia; entretanto, sua eficácia tem sido questionada em pneumopatas crônicos. Objetivo: Avaliar o ganho volumétrico, participação abdominal e sincronia toracoabdominal durante o Di em pacientes em lista para transplante pulmonar (TxP). Métodos: Estudou-se 17 pacientes com bronquiectasia (BQ), 9 com fibrose cística (FC) e 19 com enfisema pulmonar (EP) em lista para TxP. Avaliou-se pela pletismografia respiratória por indutância durante o Di a volume corrente (VC), volume abdominal (VAbd) e a sincronia toracoabdominal (MCA/VC), nas posições dorsal (DD) e sentada (S). Utilizou-se teste de ANOVA para nível de significância de p<0,05. Resultados: Todos os pacientes apresentavam grave obstrução (VEF1 < 30%). Nos três grupos observou-se aumento de VC em DD (VC > 200%) sem diferenças significantes (p=0,53). Em S os grupos BQ e EP obtiveram aumentos acima de 200%; no grupo FC foi de 183% (p=0,30). O aumento no VAbd foi semelhante nos grupos e nas posições (DD = VAbd > 230% S = VAbd > 200%; p=0,98 e p=0,44, respectivamente). Observou-se movimento assincronico em DD nos grupos BQ (17%), FC (56%) e EP (21%); em S houve aumento nessas proporções para 52, 56, 47%, respectivamente. Conclusão: O exercício diafragmático foi capaz de mobilizar maiores volumes pulmonares em ambas posições; no entanto, este exercício contribuiu para gerar movimentos toracoabdominais assincronicos, sobretudo na posição sentada. Isto pode ser atribuído à ineficiência da mecânica deste músculo em pacientes com pneumopatias avançadas, e exercitá-lo parece não ser tão adequado. Palavras-chave: exercício respiratório; diafragma; mecânica respiratória. Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 403