UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO DE BIBLlOTECONOMIA
VALQUIRIA NUNES DE LIMA
FORMAÇÃO DE LEITORES
ATRAVÉS DA
LITERATURA INFANTIL
Recife
2007
VALQUIRIA NUNES DE LIMA
FORMAÇÃO DE LEITORES
ATRAVÉS DA
LITERATURA INFANTIL
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentada à disciplina
Estágio Supervisionado I, do
curso de Biblioteconomia da
Universidade
Federal
de
Pernambuco, com orientação
da Prof. Necy.
Recife
2007
À Deus.
À minha mãe, Carmen.
À minha irmã, Cristiane.
Ao meu namorado, Cardoso.
AGRADECIMENTOS
A professora Necy pela orientação generosidade e presença.
A Mônica pela oportunidade e compreensão sempre.
As minhas amigas Juliana e Gerluce por estarem sempre comigo.
"Os livros constituem um mundo melhor dentro do mundo. "
(Adam Smith).
RESUMO
o presente trabalho tem
por finalidade relatar a experiência desenvolvida no
espaço de leitura infanta-juvenil da Biblioteca Setorial do centro de Educação da
Universidade Federal de Pernambuco. Serão apresentados aspectos considerados
importantes relativos ao trabalho junto ao espaço e experiência em prol do mesmo.
Também foi realizada uma revisão de literatura para fundamentar o estudo realizado
acerca dos aspectos da literatura infantil na formação de leitores.
Palavras-chaves: literatura infantil; formação de leitores, leitor infantil.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
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2 ORIGENS DA LITERATURA INFANTIL.
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2.1 A Literatura Infantil Brasileira
3 FORMAÇÃO DO LEITOR
3.1 A formação do leitor infantiL
9
13
14
4 O ESPAÇO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL DA BIBLlOTRECA DO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
4.1 Atividades realizadas
16
16
5 CONCLUSÃO
17
REFERÊNCiAS
18
7
1 INTRODUÇÃO
Fundada em 23 de setembro de 1968 a Biblioteca Ives Marie Gilles de Maupeou,
teve uma mudança para o prédio da Biblioteca Central, na Cidade Universitária em
Recife, até que em 20 de junho de 1979, foi transferida definitivamente para o Centro
de Educação - CE - da Universidade Federal de Pernambuco.
A biblioteca Setorial de Educação é um setor de apoio ao Centro de Educação da
UFPE. Com um acervo de 26 mil volumes disponíveis tem como principal missão
disponibilizar conhecimentos científicos. E hoje diante das mudanças sociais que
estamos vivendo no mundo da produção, trabalho, política, técnica e ciência, apreendese um grande desafio para os que fazem o curso de pedagogia no CE - no processo de
construção de uma nova pedagogia centrada no processo de humanização e de
inclusão social.
Existe uma demanda expressiva de usabilidade do acervo de literatura infantajuvenil da Biblioteca, e com o apoio da Fundação Nacional do Livro Infantil e JuvenilPNLL, desde 1993 vem ampliando e enriquecendo o acervo infanto-juvenil através da
doação de livros.
Entende-se que se toma necessária uma ação mais ampla de fomento de leitura
que tenha uma abrangência para além do espaço escolar. Para tanto se faz necessário
à criação de um espaço dedicado especialmente para a leitura infantil.
o surgimento de um esp~,?O dentro da Biblioteca de Educação é fundamental pois,
aproximará as crianças da leitura de maneira prazerosa, despertando-as para que se
tornem adultos apaixonados pela leitura e absorvam o conhecimento necessário para
sua formação. E ainda contribui como ambiente onde os estudantes e professores de
Pedagogia poderão adequar teoria à prática e formar profissionais que darão
continuidade, na vida profissional, a atividade que envolva a leitura como fundamental
para a formação do cidadão. A sociedade contemporânea reconhece no ato de ler um
dos grandes diferenciais para que os sujeitos se estabeleçam positivamente dentro do
contexto social, ou seja, o senso comum e dados educacionais estabelecem que
indivíduos que lêem apresentam melhores condições de desenvolvimento intelectuais,
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sociais e, por conseguinte econômicos. É atribuída à leitura a capacidade de
proporcionar vários benefícios às pessoas como uma espécie de indicativo de contexto
social, político e cultural. O hábito de ler promove a elevação cultural, amplia a
capacidade crítica e o engajamento dos sujeitos e, sobretudo permite uma mobilidade e
aceitação social. Quando criança tem-se maior facilidade de fixar, aprender
corretamente, tem se também mais oportunidades e chances de adquirir hábitos que
gerem um aprendizado e desenvolvimento mais sustentável para o futuro.
O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata do espaço de leitura infantojuvenil na biblioteca do Centro de Educação da UFPE coordenado pela bibliotecária
Mônica Cilene Uchôa Cavalcanti. Para contribuir com o projeto existente, uma vez que
o mesmo ainda não está implantado o enfoque dado para a realização do trabalho
envolve três vertentes:
• A Hora do Conto
•
Inclusão Social através da leitura
•
Formação de leitores através da literatura infantil.
A teorização deste trabalho é composta por algumas considerações a respeito dos
temas literatura infanto-juvenil e formação de leitores. Serão acrescidas as atividades
que foram possíveis realizar durante o estágio supervisionado.
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2 ORIGENS DA LITERATURA INFANTIL
o impulso de contar histórias nasceu no homem, no momento em que ele sentiu
necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter
significação para todos.
A Literatura Infantil constitui-se como gênero durante o século XVII, época em
que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito
artístico. O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre
da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e
da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua
associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem
em instrumento dessa área.
É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente
do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se
da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a
vida adulta. Principalmente os educadores vivenciam de perto a evolução do
maravilhoso ser que é a criança. O contato com textos recheados de encantamento faznos perceber quão importante e cheia de responsabilidade é toda forma de literatura.
2.1 A Literatura Infantil Brasileira
A literatura infantil brasileira surgiu, no período entre monarquia e república, na
ascensão da burguesia, lembra Zilberman (1985). Acrescenta que "o texto literário
preenche uma função pedagógica, associando-se muitas vezes à própria escola" e isso
"por semelhança (convertendo-se no livro didático empregado em sala de aula) ou
contigüidade (o livro de ficção que exerce em casa a missão do professor)"
(ZILBERMAN,1985,p.97).
A revolução de 1930 e a criação do Ministério da Educação regularizaram o
ensino primário e o secundário. A nova matéria dos programas do curso fundamental
do ensino secundário, Português, tinha por meta principal habilitar o estudante a
exprimir-se corretamente e despertar o gosto pela leitura. A leitura era o ponto de
10
partida de todo o ensino, tanto com fins educativos como culturais. Em 1942 foram
editadas novas instruções pedagógicas para o curso ginasial, com um capítulo inteiro
do projeto dedicado à leitura visando despertar à consciência patriótica e a consciência
humanística.(ZILBERMAN,1985)
As décadas de 30 e 40 presenciaram o crescimento da rede escolar e o
incremento do livro didático como fator educador e nacionalista. Nos anos 30 apareceu
o antagonismo entre a realidade e a fantasia que os livros apresentam. Assim, foi
priorizada a informação e foram condenados os contos de fadas. A literatura em
quadrinhos, na década de 40, mostrou o mundo atual da violência, com seus heróis
importados, de leitura voltada para os meninos. Para as meninas, adotou-se outro
padrão, com a Biblioteca das Moças, entre outras - uma literatura rósea, de resquícios
romântico e paternalista.
Na década de 50 instalou-se uma crise da leitura, com a preferência do público
para o rádio, o cinema e a televisão. Nos anos 60 foi a música popular que preencheu a
lacuna da poesia, num mundo onde a imagem prevalecia sobre o texto.
As reformas educacionais têm continuado a priorizar o didatismo na literatura
infantil e, praticamente a excluir o maravilhoso e o lúdico. Tão perto quanto na década
de 70, observa-se que os livros didáticos ainda mantinham a concepção de que
leitura formasse a base do ensino e de que a leitura obrigatória na escola abria caminho
para a leitura prazerosa e gratuita fora dela.
Mas, foram os anos 70 que presenciaram a explosão da literatura infantil no
Brasil. Os textos dogmáticos cederam lugar aos textos questionadores, abertos a
inúmeras possibilidades de leitura. O texto literário ganhou ilustrações sedutoras e pôde
rivalizar com os meios de comunicação de massa. Desde então tem crescido o número
de escritores voltados para o público infantil, num movimento renovador dos textos
literários para crianças. Paralelamente a isso, as diretrizes educacionais têm
privilegiado o texto literário como entendimento da língua vernácula.
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A literatura infantil brasileira tem características bastante originais, que combina
as contribuições européia (portuguesa), africana e indígena. A literatura oral trazida
pelos primeiros colonizadores era narrada pelas avós, que entretinham as crianças com
histórias de exemplo de um personagem de nome Trancoso, e outras do folclore
português. A elas somaram-se as histórias das escravas negras, que andavam de
engenho em engenho transmitindo-as às outras negras, amas dos meninos brancos. O
contato com a cultura indígena trouxe inúmeros elementos que vieram enriquecer esse
imaginário - figuras como a lara, o Minhocão, o Matitaperê e muitas mais.
Na literatura formal, predominavam as traduções de clássicos estrangeiros. A primeira
reação veio por meio da literatura escolar -- representada por obras como D. Jaime, de
Tomás Ribeiro, e O tesouro de leitura, de Abílio César Borges -- e do jornal infantil
Ensaio Juvenil, surgido em 1864, dirigido por acadêmicos paulistas. Outros jornais
infantis surgiram no século XIX, em Salvador -- O Recompilador ou Livraria dos
Meninos (1837) e O Mentor da Infância (1846) -- e, em São Paulo, O Caleidoscópio, de
1860.
O Tico-Tico, tida como a melhor revista infantil brasileira, apareceu em 1905, no Rio de
Janeiro. Publicada por mais de meio século, em suas páginas revelaram-se numerosos
autores de livros infantis.
Foi a partir da obra revolucionária de Monteiro Lobato, porém, que a literatura infantil
brasileira ganhou corpo e definição. Entre 1920 e 1930, Lobato criou não apenas uma
história, mas todo um mundo povoado por criaturas em que se misturam verdade e
fantasia: o sítio do Pica-Pau Amarelo, onde o leitor participa de aventuras engraçadas
com as crianças Pedrinho e Narizinho, a boneca falante Emília, além do visconde de
Sabugosa, sábio feito de sabugo de milho, do marquês de Rabicó, um leitão
humanizado, Dona Benta, a avó, Tia Nastácia, a cozinheira, e outros.
Um novo momento de brilho ocorreu com o teatro de Maria Clara Machado, que em
1952 fundou O Tablado, grupo experimental que lançou as mais importantes peças da
autora, entre elas Pluft, o fantasminha (1955). Aventura cômica, é também um hino à
tolerância, composto em torno do pequeno fantasma que tinha medo de gente. Os
livros infantis da romancista Maria José Dupré, especialmente A montanha encantada,
12
A mina de ouro e A ilha perdida, tiveram sucessivas edições e contribuíram para a
formação de várias gerações de leitores. Outro romancista com vasta obra dirigida às
crianças foi Francisco Marins. Entre os poetas consagrados que dedicaram obras ao
público infantil contam-se Cecília Meireles, com Ou isto, ou aquilo (1969), e Vinícius de
Morais, com A arca de Noé (1970).
Nas décadas de 1970 e 1980 surgiu um quadro de renovação, com apoio da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil, que pesquisou a literatura existente, promoveu
concursos e programas de intercâmbio. É dessa fase a obra de Lígia Bojunga Nunes,
autora de Os colegas, Angélica e A bolsa amarela, que recebeu o Prêmio Hans
Christian Andersen, o mais importante do mundo para a literatura infantil. É também a
época de Rute Rocha (Romeu e Julieta), Ana Maria Machado (Um herói fanfarrão e sua
mãe bem valente), Ziraldo (O menino maluquinho), Orígenes Lessa (Tempo quente na
floresta azul), Vânder Piroli (O menino e o pinto do menino) Sílvia Orthof, Mary França,
e muitos outros, além dos ilustradores Gian Calvi, Eliardo França, o próprio Ziraldo,
Cláudio Martins, Rui de Oliveira e Ângela Lago.
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3 FORMAÇÃO DO LEITOR
A iniciação à leitura transcende o ato simples de apresentar o sujeito as letras
que aí estão já escritas. É mais que preparar o leitor para a decifração das artimanhas
de uma sociedade que pretende também consumi-lo. Ler é encanta-se com as
diferenças.
Neste sentido, a formação de uma sociedade leitora envolve não apenas a
criação de instituições indispensáveis a sua constituição(escolas, bibliotecas, editoras,
livrarias, entre outras) como também uma reflexão aprofundada sobre a natureza
dessas instituições, o sentido de suas orientações e de suas praticas. Tendo em vista
os objetivos desse trabalho, destaca-se neste ponto um aspecto da questão que me
preocupa bastante: os espaços de leitura. Sabendo a importância que eles
desempenham na formação de leitores, o trabalho de pesquisa pra esse projeto. Na
sociedade brasileira a leitura não é um hábito, a leitura é vista como um comportamento
diferenciado e que somente seres privilegiados, bem dotados intelectual, cultural e
economicamente podem ter acesso. Assim, face à falta da intimidade da sociedade em
geral, com a leitura, não espanta que o espaço familiar não se constitua um território de
introdução das crianças no mundo da cultura escrita.
Na verdade não é o habito da leitura que se busca, pois hábitos tendem a ser
impostos e a imposição na educação caminha em geral para a rejeição. O que se
pretende é a reformulação adequada de um gosto pela leitura, isso na idade devida. O
ideal é que a criança, mesmo antes de ler tenha contato com os livros, manipulo-os,
aprecie as ilustrações, interprete o que está vendo à sua maneira. Isso é uma forma
inteligente de despertar-lhe o gosto que depois se traduzirá pelas primeiras e definitivas
leituras.
Assim acredito que especialmente em pais como o nosso a cultura do livro e da
escrita está distante de ser uma realidade viva, disseminada por todos os territórios
sociais, o caminho de estreitamento dos vínculos entre diferentes espaços de leitura é
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fundamental: escola, família, biblioteca têm que achar pontos de contato e articulações
indispensáveis a formações de leitores.
3.1 A formação do leitor infantil
Ao ouvirmos uma história, os símbolos, como ponte de ligação entre consciente
e inconsciente, auxiliam na busca da individuação. As figuras de símbolos mitológicos
de deuses, demônios, mágicos, feiticeiros, fantasmas de todos os tipos são, para ele,
imagens ancestrais ou arquétipos de um inconsciente coletivo. As histórias infantis
apresentam dilemas existenciais de forma breve e categórica, simplificando situações.
A criança sofre com o herói ao enfrentar provas e tribulações e, no final, triunfa com ele.
O elemento fantasioso ajuda a criança a liberar sua imaginação: ver seu herói
enfrentar e vencer os perigos pode permitir-lhe recuperar-se de um desespero
profundo, escapar de algo que lhe parecia perigoso. Perceber a ordem restabelecida, o
castigo aplicado ao malfeitor, pode trazer-lhe o consolo e a certeza de que o herói pode
viver feliz para sempre.
As histórias mostram à criança que as pessoas são diferentes e que cabe a nós
fazermos nossa opção de vida. Ensinam a enfrentar os problemas acreditando na
vitória do bem: o obstáculo enfrentado e vencido nos fortalece para enfrentarmos novos
obstáculos. Ajudam a criança a abandonar sua condição de dependência infantil e a
crescer com mais confiança interior. Sabemos que a história desperta a curiosidade
para prender a atenção da criança. Mas, mais que isso, ela estimula a imaginação e
trabalha as emoções para poder enriquecer a vida.
A literatura infantil, tão carregada de símbolos -- não apenas os contos de fadas
e os maravilhosos --, permite reelaborar perdas, ressignificar e reinterpretar o próprio
mundo. As perdas se reelaboram no plano simbólico sem ameaçar a estrutura real,
fortalecendo e permitindo contato até mesmo com o inconsciente.
Para Aguiar & Bordine(1993) " O primeiro passo para a formação do hábito de
leitura é a oferta dos livros próximos a realidade do leitor, que
significativas para ele." A idade do leitor
levantem questões
influencia seus interesses: a criança, o
adolescente e o adulto têm preferência por textos diferentes.
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AGUIAR & BORDINE(1993) identificam cinco idades de leitura ,que abrangem a
infância e adolescência: 13 fase: idade dos livros de gravuras e dos versos
infantis( 2 a 6 anos); 23 fase: idade do conto de fadas (5 a 9 anos);3 3 fase: idade
da história ambiental e da leitura factual (9 a 12 anos);43fase: idade da história
de aventuras ou fase de leitura apsicológica.orientada para as sensações (12 a
14 anos); 53 fase: idade de maturidade e desenvolvimento das esfera literoestética de leitura (14 a 17).
A literatura infantil torna-se, deste modo, imprescindível. Os professores dos primeiros
anos da escola fundamental devem trabalhar diariamente com a literatura pois esta se
constitui em material indispensável, que aflora a criatividade infantil e desperta as veias
artísticas da criança. Nessa faixa etária, os livros de literatura devem ser oferecidos às
crianças, através de uma espécie de caleidoscópio de sentimentos e emoções que
favoreçam a proliferação do gosto pela literatura, enquanto forma de lazer e diversão.
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4 O ESPAÇO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL DA BIBLlOTRECA DO CE
Com objetivos reais de oferecer um ambiente de leitura convidativo e confortável
-,,"/-'
adequado às crianças, implantar ambiente cultural de leitura e literatura infantil,
disponibilizar os livros, orientar as crianças no manuseio dos livros e incentivar a
formação de leitores.
É incomum espaços desta natureza no interior de bibliotecas universitárias e
particularmente envolvendo ações para formação de crianças leitoras.
A dinamização deste espaço, será através de atividades de atendimento ao
público infantil, seja promovendo ações de lançamentos de livros, hora do conto,
atendimento as escolas e a elaboração de propostas de extensão para formação junto
às bibliotecas escolares. Espaço de formação e articulação com a graduação, a pósgraduação e a extensão. O surgimento desse espaço dentro da Biblioteca de Educação
é fundamental pois, aproximará as crianças da leitura de maneira prazerosa,
despertando-as para que se tornem adultos apaixonados pela leitura e absorvam o
conhecimento necessário para sua formação.
4.1 Atividades realizadas
Através do estágio supervisionado foram realizadas algumas atividades em prol
do espaço de literatura infanto-juvenil da biblioteca do Centro Educação que serão
descritas a seguir.
~
Procura de literatura que falasse de outros projetos de espaços deste tipo
em bibliotecas universitárias
~
Procura de órgãos de fomento onde o projeto pudesse ser enviado para
obtenção de recursos.
~
Auxilio no processamento técnico e na preparação dos livros para
empréstimo.
~
Consulta da Base de dados Pergamum dos títulos em busca de livros que
já tenha no sistema
~
Pedido de doação de livros a empresas, tais como: Schincariol e Cocacola, que contribuíram nos enviando alguns livros.
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5 CONCLUSÃO
Apoio minha convicção no valor de bibliotecas para o público infantil e juvenil
para formar leitores, sejam elas infantis,infanto-juvenis, escolares ou até mesmo um
espaço de leitura dentro de uma biblioteca Universitária.
t
lá que podem tomar
conhecimento do livro com suas ilustrações coloridas sugerindo historias e aventuras e,
assim, aos poucos, prazerosamente, iniciarem o gosto pela leitura.
O livro, a leitura e a biblioteca alinham-se como importantes componentes sociais
e, em especial, do sistema educativo. Promover à leitura tem nítidas interfaces na luta
contra o analfabetismo, cuja eliminação é condição essencial do desenvolvimento e
bem-estar dos povos.
Foi muito gratificante o estágio junto ao espaço de literatura infanto-juvenil do
Centro de Educação o que mais me deu motivação no projeto foi a captação de livros
onde conseguimos cerca de 100 livros através das empresas Schincariol e Coca-Cola.
Na Schincariol, o departamento de recurso humano fez uma campanha junto com os
funcionários para a doação de livros infanto-juvenis. Já na Coca-Cola ouve uma
campanha de troca de livros, onde os funcionários trocavam seus livros usados por
novos, e ao entramos em contato nos ofereceram os livros doados pelos funcionários.
Foi com grande alegria que recebemos os livros destas empresas, saber que não
estamos sozinhos quando queremos beneficiar o próximo, e que muita gente pode nos
ajudar e só nos irmos à busca destas pessoas. Acho que essa foi uma das maiores
lições no nosso projeto.
Que o nosso dever seja sempre levar informação e que para isso o leitor possa
estar apto para receber as informações. Desde cedo temos que inteirar a criança com a
literatura, a mais adequada é a literatura Infanto-juvenil onde está este direcionado a
elas.
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REFERÊNCIAS
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ed.Porto Alegre: mercado aberto, 1993.
CALDIN, C. A leitura como função pedagógica: o literário na escola. Revista ACB,
Brasília, 7.1. Disponível em: http://www.acbsc.org.br/revistalojs/viewarticle.php?id=69>.
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CUNHA, M.B. da. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ciência da
Informação, 1999 - Scielo Brasil. v. 28 n.3 Brasília set./dez. 1999.
FIGUEIREDO, N. M. de. Metodologias para promoção do uso da informação:
técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas universitárias e especializadas. São
Paulo: Nobel, 1991.
KATO, Mary. O aprendizado da leitura.São Paulo: Martins Fontes, 1995.
OLIVEIRA, C. M. A importância do maravilhoso na literatura infantil. [online]
Disponível em: <http://www.graudez.com.br/litinf/marav.htm.Acessoem:23dejan.de
2007.
SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. ln: EVANGELISTA,
Aracy Alves Martins; BRANDAo, Helina Maria Brina; MACHADO, Maria Zélia Versiani
(Org.). A escolarização da leitura literária: o jogo do livro infantil e juvenil. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 4.00. São Paulo:Global, 1985.
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