Conflitos de interesses O que a mídia pensa e divulga? O papel da mídia Pesquisas mostram que a maior parte das pessoas tomam conhecimento sobre um novo remédio ou tratamento por meio da mídia. Afeta a maneira como o público usa o sistema de saúde e a sua compreensão sobre as doenças A comunicação em saúde é considerada a mais importante área da ciência neste século. Estimase que nos EUA o baixo nível de cultura em saúde da população gere custos anuais na casa de R$ 200 bilhões (busca tardia por ajuda médica, a dificuldade em adotar hábitos de vida saudáveis e os erros no uso de medicações) Conflitos de interesse - Folha.com - Quase metade dos médicos de SP receita o que indústria indica - Médicos lançam alerta para a influência da indústria farmacêutica - Governo americano proíbe indústria farmacêutica de dar palestras - Patrocínio para viagem de médico será limitado - Universidade nos EUA veta financiamento de laboratório para educação - "Indústria farmacêutica tem controle total sobre pesquisas", diz professor de bioética POR QUE É IMPORTANTE A COBERTURA? Conflitos e o jornalismo de saúde Jornalistas também podem estar envolvidos nos mesmos conflitos de interesse que eles denunciam uma vez que com frequência aceita prêmios da indústria farmacêutica (“melhor matéria sobre diabetes”), viagens ou acredita cegamente nas informações passadas pelas assessorias de imprensa das indústrias (medicamentos, equipamentos, alimentos, beleza etc) Discussão ainda não existe no Brasil Conflitos éticos Nos EUA, alguns estudos já apontam que o jornalismo de saúde sofre influência parecida: - Programas de treinamento e de educação de jornalistas ou bolsas de estudos financiadas pela indústria - Aceitar fontes médicas indicadas pela indústria - Aceitar pacientes indicados pelas assessorias de imprensa da indústria. NÃO MENCIONAM ISSO NA REPORTAGEM Repercussões “Journalism awards consisting of cash prizes and allexpense-paid trips given out by drug companies are among the more ‘astonishing’ financial ties between journalists and drug companies” (British Medical Journal) Dr. Joel Lexchin (professor at University of Toronto): “Journalists who accept the all-expenses-paid "fellowships" is predictable and is very similar to what industryinfluenced doctors often say” Dr. Peter Mansfield (Healthy Skepticism, Inc.): medical industry-influenced bias is an infection that people may not be aware of Repercussões Australian journalist Ray Moynihan, who has written books and given many talks about industry influence on medicine, says “this practice is like an infectious disease and maybe we need some sort of treatment." He says that a foundation that accepts drug company funding for journalism workshops _and journalists who accept such support_ are "supporting the marketing strategies" of the drug company funding the effort. Comentários da AHCJ Journalists who value their integrity and independence should stay far away from this As long as they appreciate the distortions that self-interest can make in a company’s or a company scientist’s behavior, and write their stories with that explicitly in them, there’s no reason other than absence of a news handle or a travel budget to stay away Nearly all potential conference sponsors are potential because of self-interest of some kind. Those with upfront commercial interests like pharmas are obvious, sure, but what about, for example, foundations and academic institutions? Reporters, on their own or their employers’ dimes, should feel free to go. They might learn something. Realidade brasileira - Não há regras definidas e nem alertas sobre a influência da indústria no jornalismo de saúde - Jornalistas viajam a congressos a convite da indústria, mas não declaram o conflito * - Jornalistas entrevistam fontes sugeridas pela indústria e também não mencionam isso - Jornalistas fazem reportagens a partir de estudos patrocinados pela indústria e também não declaram o fato Soluções? Há alguma ideia aceitável sobre financiamento no jornalismo de saúde? "Training and further education of medical journalists should not be funded by the healthcare industries that the journalists cover." ("Who's Watching the Watchdogs?; BMJ/Nov. 2008, Schwartz, Woloshin and Moynihan) Obrigada! [email protected]