Secretaria de Educação de
Mata de São João
Primeiro Curso de Formação de
Candidatos à Direção Escolar
Sessão 2:
A organização da escola
como um ambiente de
aprendizagem: a trindade pedagógica
virtuosa
2010
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
A sessão está organizada em cinco partes:
i) Planejamento geral do sistema e a trindade
pedagógica da escola
ii) Plano de Curso do Professor
iii) Portifólio do Professor
iv) Portifólio da Coordenação Pedagógica
v) Para avaliar o aluno: O quê avaliar?
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
Parte 1
A trindade pedagógica da
escola: planejando a escola
como um ambiente de
aprendizagem
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A segunda LDBEN (1996) define como incumbências da escola
elaborar e implementar o seu projeto pedagógico, zelar pela
aprendizagem dos alunos, assegurar-lhes oportunidades de
recuperação e promover a cooperação entre a escola e as famílias
dos estudantes. Seguem-se no Art. 13 as incumbências do
professor: participar da formulação e da implementação do
projeto pedagógico da escola, elaborar e realizar o seu plano
anual de curso, zelar pela aprendizagem dos alunos e assegurarlhes oportunidades de recuperação.
A esfera mais ampla do sistema de ensino compreende o subsistema de coordenação geral – a Secretaria – e o sub-sistema de
escolas. A Secretaria coordena a elaboração e a implementação
do Plano Decenal de Educação, do Plano Plurianual de Ação de
Governo para a Educação e, nessa métrica, a proposição anual da
lei orçamentária, a trindade do planejamento geral.
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Em sua esfera de autonomia decisória, cumpre à escola assegurar
a elaboração e a implementação do projeto pedagógico e do
pacto de gestão com a Secretaria, como ações coletivas, e, no
plano das responsabilidades individualizadas, aos professores
incumbe propor e implementar o plano anual de curso e o
portfólio para o registro e a análise semanais da aprendizagem
dos alunos e da qualidade das práticas pedagógicas do docente,
assim como incumbe ao coordenador pedagógico a aplicação do
portfólio da coordenação (Parte 4). Essa é a trindade virtuosa que
desenha a identidade pedagógica e cultural da escola e a sua
organização e funcionamento como um ambiente de
aprendizagem. É o que mais importa.
A concepção da escola como um ambiente de aprendizagem tem
como pressupostos o foco nos alunos reais, o enfoque na
aprendizagem, a convicção sustentável empiricamente de que a
escola pode fazer a diferença e neutralizar razoavelmente os
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impactos sócio-demográficos sobre o desempenho (evolução,
qualidade, potencialidade) dos alunos mais vulneráveis à
desigualdade social (ver: Saeb/Inep/Mec. O efeito-escola: o
impacto de variáveis intra e extra-escolares no rendimento dos
alunos. Brasília. 2001.).
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No contexto brasileiro a escola pública vem experimentando a
sua auto-administração em meio a uma situação ambiental de
relativa escassez de recursos, um constrangimento que decerto
interfere no desempenho da instituição. O fato de que a escola
pública brasileira não opera em tempo integral de permanência
do aluno e de lotação do professor deve-se ainda preponderantemente à aguda situação de escassez de meios. Entretanto há uma
forma peculiar e mais sutil e potencialmente mais nefasta de
escassez: a escassez de racionalidade política. Com efeito, na
ausência de uma boa coordenação (co+ordenar, com os outros),
a eficiência e a estabilidade da instituição escolar tenderão a ficar
comprometidas, redundando em uma forma ampliada ao mesmo
tempo de escassez de confiança, de recursos e de bons desempenhos. A prática da justiça no dia-a-dia da instituição escolar –
igualdade de direitos, deveres e oportunidades e sua distribuição
judiciosa – é o fundamento subjetivo central para o exercício da
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boa coordenação, que supõe reciprocidade, sendo essa a fonte
das relações de confiança entre os educadores e o lastro intersubjetivo da estabilidade de suas relações. Na ausência desse
fundamento, a boa coordenação fica inviabilizada.
Um exemplo se impõe. Um bom portfólio do professor, isto é, o
registro escrito e a avaliação semanal e seqüencial (em tempo
real) da aprendizagem dos seus diferentes alunos e de revisão de
suas próprias práticas pedagógicas – o professor como escritor e
analista de sua práxis teórica e pedagógica e como analista dos
processos de construção de conhecimentos pelos alunos, vistos
como sujeitos intencionais e como protagonistas -, tem como
suporte teórico o plano anual de curso, que deverá conter os
enunciados dos “descritores curriculares” conceitualmente
expressos em termos de competências, de conteúdos e de
habilidades.
Por sua vez, a elaboração pelo professor do seu plano anual de
curso é um processo de escolha individual dentre um conjunto de
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opções conhecidas e possíveis, mas resultado, também, de um
amplo processo de negociações acadêmicas com os seus colegas
docentes no ambiente escolar, uma vez que o plano de curso de
cada docente precisará preservar fidelidade e razoável congruência com o currículo da escola, sistematizado no projeto pedagógico da instituição.
O alinhamento consentido entre o plano de curso e o projeto
pedagógico da escola será possível e observado na prática
docente em sala de aula se e somente se cada docente atuar como
protagonista relevante na ação de construção coletiva desse
projeto.
Afinal, a “boa governança” é precisamente isso: ao invés do
governo de uns poucos - os dirigentes -, a gestão torna-se
participativa porque valoriza e incorpora na tomada de decisões e
nos processos de implementação a participação cooperativa e
organizada dos indivíduos, percebidos como capazes de agir
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como sujeitos que pensam, conhecem opções e fazem escolhas, e
que tendo interesses próprios, ao interagir em um ambiente de
convivência fundada em alguns valores fundamentais
compartilhados, cooperam e aprendem a discernir e a buscar o
interesse mútuo ou o bem público, em condições razoavelmente
igualitárias de participação e de tomada de decisão.
Esse é o fundamento da racionalidade política, o que ainda é
uma virtude a ser aprendida e internalizada por uma ampla
maioria das organizações escolares. Significa que a organização
aprendeu a aprender, uma vez que, nela, cada indivíduo
aprendeu as vantagens comparativas de cooperar. Como a
cooperação facilita as ações coordenadas e aumenta a eficiência
da organização, tem-se uma situação na qual todos ganham, e
principalmente os alunos.
Ora, mas uma instituição existe para realizar propósitos, e não
apenas para celebrar acordos! Esse é precisamente o risco da
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louvação desmedida do fato da escola “ter” o seu projeto pedagico, pois uma coisa é “ter”, e outra é ter e bem realizar! Para
bem realizar o projeto pedagógico, o protagonismo do docente é
fundamental, pois a realização do projeto pedagógico da escola
na sala de aulas ocorrerá através da ação deliberada do professor,
sendo o plano anual de curso do docente o instrumento da
transposição “didática”, por assim dizer, do projeto pedagógico
da escola para o contexto da sala de aula, respeitada a autonomia
moral e intelectual do professor, e o seu estilo.
Se o enfoque da ação educativa é a aprendizagem dos alunos,
sem admissibilidade de exceção, e se o professor já domina
razoavelmente a competência de trabalhar com descritores
curriculares e com avaliações, natural que o bom professor
construa a “métrica” para descrever e analisar continuamente –
semanalmente, é o certo! – a evolução, a qualidade da aprendizagem e a potencialidade para novas aprendizagens de cada um
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dos seus alunos, por classe.
Isso significa identificar, em tempo real, com base nos
descritores curriculares e nos instrumentos com os quais opera,
que alunos são avançados e têm interesses peculiares por novas e
mais avançadas aprendizagens, que alunos apresentam desempenho suficiente ou adequado, que alunos satisfazem as necessidades básicas de aprendizagem, situação que poderá ser descrita
como intermediária, e que alunos apresentam dificuldades
críticas de aprendizagem – desempenho crítico – e de que tipo.
Um bem elaborado plano de curso deverá conter o “currículo em
ação” que o professor e os alunos cooperativamente realizarão
em sala de aula.
O currículo, como o entendemos, contém um núcleo conceitual
crítico, os descritores curriculares do que os alunos precisam conhecer e saber fazer por disciplina e área, e por série ou ciclo, ao
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longo da escolaridade. A construção do currículo deverá observar
sequenciamento adequado, como por exemplo:
i) o enunciado sintético dos descritores curriculares: competências, conteúdos e habilidades;
ii) a sondagem ou a descrição analítica do “perfil de entrada”
dos alunos, por classe;
iii) o plano de curso do docente: o ano e seus bimestres letivos;
segundo cada bimestre, que competências e habilidades deverão
os alunos dominar e que conteúdos conhecer; os livros e outros
materiais didáticos e os recursos pedagógicos que deverão ser
utilizados; as interações com a área de conhecimento e outras
interações possíveis para a articulação de projeto interdisciplinar;
a abordagem do assunto ética e cidadania nas práticas de
interação com os alunos e dos alunos entre si na sala de aula; o
sistema de avaliação dos alunos, abrangendo os aspectos quanti-
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tativos e qualitativos; e, por fim, o sistema de recuperação
contínua dos alunos com dificuldades de aprendizagem;
iv) o portfólio do professor, contendo a sistematização das
“situações de aprendizagem” ou das estratégias de ensino
que deverão ser utilizadas em sala de aula, a cada semana,
segundo cada seleção semanal de competências, conteúdos e
habilidades que deverão ser conhecidos e construídos ou
desenvolvidos pelos alunos, culminando com a auto-avaliação
do aluno e com a avaliação e as observações do professor (ver,
adiante, o modelo sugerido). Semelhante a um registro de
pesquisa em tempo real, esse método induz a mudança
cultural, atitudinal, intelectual e pedagógica do professor;
v) o sistema de avaliação das aprendizagens;
vi) o sistema de recuperação dos alunos, em tempo real;
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vii) a estratégia para orientar os estudos avançados para alunos
avançados (supostamente, têm potencialidade para atuarem
como monitores e auxiliar os colegas com dificuldades de
aprendizagem, recebendo orientações de um tutor);
viii) o currículo expandido e enriquecido ou uma antevisão de
futuro da escola funcionando em tempo integral, o que
implica repensar e reorganizar os espaços e os tempos
escolares, incluindo atividades programadas de prestação de
serviço social solidário e de enriquecimento curricular por
meio de projetos como música na escola, destrezas tecnológicas, uso comunicacional de mídias, etc;
ix) formação do aluno para o exercício da cidadania, com base
no entendimento de que a experiência da cidadania somente
ocorre: a) no contexto de uma ação coletiva; e, b) com base
na identificação de um interesse ou de um bem público.
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
Parte 2:
Plano de Curso do
Professor
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Semelhante à situação do piloto de avião que somente é
autorizado a voar segundo um “plano de vôo” e se dispuser de
meios para monitorar ou controlar e de informar em tempo real a
execução do vôo programado, também o professor precisa ter o
seu “plano anual de curso” aprovado pela direção da escola e o
seu instrumento ou método de acompanhamento semanal contínuo da boa execução desse plano. Desde que observadas essas
condições o professor deverá ser autorizado a lecionar, por mérito.
Dessa forma ele confere transparência ao seu trabalho, torna
público e passível de verificação ou de avaliação a qualidade da
sua atividade e explicita o seu grau de domínio de conhecimentos,
de competências e de habilidades docentes.
Esse professor tenderá a formar e a consolidar altas expectativas
referentes ao seu próprio desempenho devido ao fato fundamental
de atuar como autor e escritor, que descreve e em tempo real
analisa as suas próprias práticas pedagógicas, evitando a armadi-
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
lha da rotinização burocrática da docência ou a eterna repetição
do mesmo. Porque domina razoavelmente a norma culta da
disciplina e da docência – o conhecimento científico da disciplina
ou área, além da capacidade para operar com descritores
curriculares e com avaliações -, esse professor também induzirá
em seus alunos a formação de altas expectativas de desempenho,
pois todos os seus alunos, dos mais avançados àqueles que
apresentam maiores dificuldades de aprendizagem, estarão sendo
vistos e cuidados por esse professor.
Esse é o professor autor, o professor escritor, que desenvolveu os
hábitos culturais de: i) fazer o registro escrito do seu trabalho, e de
ii) analisar continuamente, através do “portfólio do professor”, a
qualidade do seu planejamento, das suas práticas pedagógicas e
das aprendizagens dos alunos. Por isso mesmo torna-se ele
capacitado para orientar alunos com potencialidades diferentes,
com níveis diferenciados de conhecimentos e de aprendizagem.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Esta seção apresenta um modelo de referência simples para a
elaboração de um “plano anual de curso” e de um “portfólio do
professor”, e uma argumentação em defesa desses instrumentos,
consistente de uma formulação sistemática dos conceitos que
permitem fundamentar e esclarecer as escolhas teóricas e
pedagógicas feitas pelo professor e os seus impactos na
aprendizagem dos alunos.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Quadro 1: Modelo de referência para a elaboração do Plano Anual de Curso
do Professor
O ano
letivo e
os
bimestres
Primeira A
unidade B
C
Segunda
unidade
Terceira
unidade
Quarta
unidade
Objetivos de Aprendizagem:
Descritores Curriculares
(o que os alunos precisam conhecer e saber fazer ao
longo da escolaridade por disciplina e série,
ou a proficiência dos alunos)
CompeConteúdos Habilidades Habilidades
tências
de Alta
Ordem
I
I; II
I; II; III
A.1;A.2;A.3
B.1; B.2
C.1; C.2
A.a
B.a
C.a; C.b
Materiais
Didáticos e
Recursos
Pedagógicos
Avaliação do Aluno
A= Avançado
B= Suficiente
C=
Básico
D=
Crítico
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O modelo de plano anual de curso (quadro 1) e o modelo de
portfólio do professor (quadro 2) estão conceitualmente estruturados em enunciados de objetivos de aprendizagem consistentes
de descritores curriculares referentes a conjuntos consistentes de
competências, conteúdos e habilidades.
Aceito que cultura é, essencialmente, capacidade de orientação e
capacidade de fazer escolhas razoavelmente fundamentadas, com
responsabilidade individual e social, o suposto da elaboração de
um plano de curso é o de que o professor detém o domínio da
norma culta da(s) disciplina(s) que leciona. Com efeito, o primeiro
trabalho de uma equipe de professores deve estar orientado para a
busca do estabelecimento dos conteúdos desejáveis às demandas e
exigências implícitas no sistema educacional, considerando a
diversidade de interesses.
Conteúdos devem ser hierarquizados. Bons exemplos de
hierarquização são as Matrizes de Competências, do Exame Naci-
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
onal do Ensino Médio – ENEM, os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCN e o predecessor de ambos, as Matrizes
Curriculares do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica – SAEB, o ProvaBrasil, assim nomeado a partir de 2005.
Em todos esses modelos de construção de descritores curriculares
organizados como matrizes de referência para as avaliações
nacionais do Ministério da Educação (Enem e Saeb) ou como
referenciais ou diretrizes curriculares nacionais (PCN), os
conteúdos foram organizados e distribuídos em três seqüências,
com terminalidade na 4a. e 8a. séries do ensino fundamental e na
3a. série do ensino médio, referidos a disciplinas determinadas.
A estes conteúdos foram associadas as competências cognitivas
que lhes são próprias, bem como as habilidades instrumentais
delas advindas.
Sobre competências e habilidades, segundo Maria Inês Fini:
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Competências Cognitivas são as modalidades estruturais da
inteligência, operações que o sujeito utiliza para estabelecer
relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas,
que assim podem ser enunciadas: observar, representar, imaginar,
reconstruir, comparar, classificar, ordenar, memorizar, interpretar,
inferir, criticar, supor, levantar hipóteses, escolher, decidir, etc.
Habilidades Instrumentais referem-se especificamente ao plano
do “saber fazer” e decorrem diretamente do nível estrutural das
competências adquiridas e que se transformam em habilidades.
As competências podem ser categorizadas em três níveis distintos
de ações e de operação mentais, que se diferenciam pela
qualidade das relações que se estabelecem entre o sujeito e o
objeto do conhecimento.
Nível Básico (presentativo): nesse nível estão as ações que tornam
presente o objeto do conhecimento para o sujeito. São realizadas,
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
principalmente, pelas seguintes atividades : identificar, indicar,
localizar, descrever, discriminar, apontar, constatar, nomear, ler,
observar, perceber, posicionar, reconhecer, representar e suas
correlatas.
Nível Operacional (procedural): nesse nível estão as ações e
operações que pressupõem o estabelecimento de relações com e
entre os objetos. Isto significa que, na estrutura da inteligência, já
se desenvolveram os procedimentos necessários para realizar as
seguintes atividades: associar, classificar, comparar, conservar,
compreender, compor, decompor, diferenciar, estabelecer, estimar,
incluir, interpretar, justificar, medir, modificar, ordenar, organizar,
quantificar, relacionar, representar, transformar e suas correlatas.
Nível Global (operatório): refere-se às ações e operações mais
complexas que envolvem aplicação de conhecimentos e resolução
de problemas inéditos. São realizadas pelas seguintes atividades:
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
analisar, antecipar, avaliar, aplicar, abstrair, construir, criticar,
concluir, supor, deduzir, explicar, generalizar, inferir, julgar,
prognosticar, resolver, solucionar e suas correlatas. (In: Matrizes
de Competências do ENEM. Mec/Inep, Brasília, 1998).
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
Parte 3:
O Portfólio do Professor
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Robert E. Slavin fez uma revisão das pesquisas sobre o ensino e a
aprendizagem nos Estados Unidos com o propósito de sublinhar
os requisitos para uma reforma eficaz em educação. A suas
hipóteses e conclusões inspiram a idéia e o modelo do que aqui
denominamos de portfólio do professor.
A) Sobre salas de aulas eficazes:
No nível da sala de aulas, as pesquisas demonstram que as
reformas educacionais bem sucedidas enfocam quatro fatores:
qualidade da instrução (Q: qualidade), níveis de instrução
adequados às necessidades dos alunos (A: adequação), incentivos para os alunos (I: incentivo) e tempo apropriado para o
aprendizado (T: tempo), o modelo QAIT de elementos alteráveis
de ensino eficaz, pois a dinâmica mais importante na educação é
a interação entre professor e aluno.
Os pressupostos do modelo são:
a) os alunos não aprenderão
se lhes faltarem as necessárias habilidades ou informações prévi-
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
as, se não for dada atenção às maneiras de adaptar o ensino aos
níveis de conhecimento dos alunos, se os alunos não estiverem
motivados, ou se não lhes for dado o tempo de que precisam para
aprendê-la, e se não forem agrupados adequadamente para a
aprendizagem e para a testagem e avaliação do seu progresso (a
metáfora da corrente: “uma corrente é tão forte quanto seu elo
mais fraco”). Portanto, é crucial a simultaneidade das ações,
envolvendo dinamicamente a adequação dos quatro componentes
QAIT, por contraste com o suposto do modelo centrado no bom
ensino como garantia de instrução eficaz; b) estas funções acima
descritas são executadas solidariamente no nível da organização
da escola e da organização da sala de aulas (os professores
controlam: agrupamento dos alunos, técnicas de ensino, métodos
de administração da sala de aulas, incentivos informais, freqüência e forma de sabatinas e provas, etc). Estes elementos são, pelo
menos, tão importantes para o desempenho do aluno quanto a
qualidade das aulas ministradas pelo professor.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
A hipótese central é a de que os quatro elementos estão relacionados multiplicativamente, isto é, melhoramentos em mais de
um elemento podem produzir ganhos de aprendizado substancimente maiores do que melhoramentos em qualquer um
isoladamente.
A maioria dos avanços nas recentes pesquisas sobre ensino
foram obtidos como resultado da correlação processo-produto
em pesquisas nas quais as práticas adotadas por professores
eficazes foram comparadas com aquelas de professores menos
eficazes, fazendo-se o controle com dados dos estudantes.
No modelo QAIT pretende-se informar todas as formas possíveis
de organização da sala de aulas, logo é um modelo que combina
tradição e inovação na organização da sala de aula. A inovação é
vista como solução para problemas conhecidos e fonte de criação
de novos problemas que, por sua vez, precisam ser também
resolvidos.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
As características da gestão da sala de aula, segundo Slavin, são:
i. Os professores têm de apresentar as informações de forma
organizada e ordenada.
ii. Os professores têm de chamar a atenção para as transições para
novos tópicos (a “consolidação”, segundo a pesquisa GERES).
iii. Os professores têm de usar linguagem simples e clara.
iv. Os professores têm de lançar mão de muitos exemplos e imagens vívidas.
v. Os professores têm de tornar a enunciar princípios essenciais
com freqüência.
vi. As aulas devem ser vinculadas ao conhecimento prévio dos
alunos, utilizando instrumentos como agendas de progresso, ou
simplesmente lembrando aos alunos a matéria anteriormente
aprendida em pontos relevantes da lição.
vii. Os professores devem fazer uso de mídia e outras representações visuais de conceitos.
viii. Os professores têm de especificar com clareza os objetivos da
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
aula para os alunos.
ix. Os professores têm de estabelecer substantiva correlação entre
o que está sendo ensinado e o que é avaliado.
x. Os professores têm de fazer freqüentemente a avaliação,
formal ou informal – como a correção do dever de casa e os
debates entre grupos de trabalho em sala de aula - para
verificar se os alunos estão dominando o que está sendo
ensinado.
xi. Os professores têm que prontamente dar aos alunos o
feedback sobre a correção de suas tarefas.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Quadro 2: Modelo de referência para a elaboração do Portfólio do Professor
(para o registro semanal descritivo e analítico das práticas
pedagógicas do docente e das aprendizagens dos alunos)
===
O mês
e as
semanas
letivas
Objetivos de Aprendizagem:
Descritores Curriculares
(o que os alunos precisam conhecer e saber fazer ao
longo da escolaridade por disciplina e série, ou a
proficiência dos alunos)
Competên- Conteúdos Habilidades Habilidades
cias
de Alta
Ordem
Primeira A
semana
I
A.1
Segunda A
semana B
I; II
II
A.2
B.1
Terceira
semana
A
B
II
III
A.2
B.1
A.a
Quarta
semana
B
C
III
I; II; III; IV
B.2
C.1
A.a; B.a
C.a
Materiais
Didáticos e
Recursos
Pedagógicos
Observações
sobre os
temas e as
exposições
do professor
(tempo de
duração,
sequência)
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Quadro 2: Modelo de referência para a elaboração do Portfólio do Professor
(para o registro semanal descritivo e analítico das práticas pedagógicas do docente e das aprendizagens dos alunos)
Descritores em Ação:
Situações de Aprendizagem
(práticas pedagógicas)
Nomes
dos
alunos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
...
Fez o
dever
casa:
Participou de
painel
de
correção do
dever
de casa
Partidi
pou de
Grupo
de
Discussão
em
sala
Consolidação
pelo
Professor:
Verificação dos
Objetivos
Aluno
fez
redação
em
sala de
aula:
Avaliação do Aluno
A= avançado
B= Suficiente
C=
Básico
D= Crítico
AutoAvaliaavaliação do
ção do
aluno
aluno
pelo
professor
Notas e
recomendações
do professor
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
Parte 4:
A Equipe Diretiva da
Escola e o Portfólio da
Coordenação Pedagógica
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
1) A equipe diretiva da escola deverá ter dedicação integral e
compor-se de um diretor, um vice-diretor, coordenador(es) pedagógico(s) – segundo uma tipologia, secretário escolar e um
gerente (administrativo, financeiro, patrimonial e de serviços
gerais). As competências dos gestores escolares e os instrumentos metodológicos para avaliar o seu desempenho, encontram-se propostos no anexo 1.
Os pressupostos organizacionais para que a escola não seja
onerada por “externalidades” (ou efeitos negativos não-intencionais, impremeditados) produzidas pela Secretaria de Educação, e
para que as ações sejam coordenadas e aumentem a eficiência
geral do sistema, são:
i) Cultura institucional: A Secretaria formula e implementa políticas públicas relevantes e amplamente conhecidas pelas escolas,
o que é assegurado pelo protagonismo das escolas vinculadas
através de um padrão institucional de interação entre a Secretaria
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
e as equipes diretivas escolares, expresso em um instrumento de
desenvolvimento da gestão que denominamos de “Pacto (ou
Compromisso) de Gestão”. Na ausência desse protagonismo, o
mais provável será a hierarquização burocrática – ainda que com
estilo cordial -, a normatização abundante e a tutela através de
uma “inflação de demandas”, implicando a subtração à escola
de sua margem razoável de autonomia decisória e a perda de
sentidos para ela agir segundo uma ética dos fins (convicções)
combinada com a ética de responsabilidade. Freqüentemente a
alta burocracia é auto-centrada; define prioridades e decide
segundo as suas preferências e conforme o que conhece e sabe
fazer, ao invés de orientar-se também segundo as convicções, as
prioridades e as expectativas das escolas e, por conseguinte, por
aquilo que a escola conhece, sabe fazer e precisa aprender,
condição para que, coordenados, todos conheçam, saibam fazer e
façam bem o que é preciso.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O orçamento anual da Educação deve ser elaborado pela Secretaria de Educação, segundo as prioridades formuladas com a
participação das escolas vinculadas, e a sua execução deverá ser
efetuada, tanto quanto possível, em doze duodécimos.
ii) Professores contratados deverão ser avaliados, tendo as escolas
a prerrogativa de indicar e de obter a continuidade daqueles que
tiverem apresentado bom desempenho, e o quadro docente da
escola deverá estar definido e assegurado bem antes do ano letivo
ter início. Em princípio, todos os professores deverão
permanecer na mesma escola por um período consecutivo não
inferior a cinco anos.
iii) Instrumentos legais e administrativos e a própria lei do plano
de carreira deverão fazer a contenção das licenças e faltas.
iv) Cadernetas do professor e os livros didáticos dos alunos
deverão estar disponíveis no primeiro dia de aulas.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O orçamento anual da Educação deve ser elaborado pela Secretaria de Educação, segundo as prioridades formuladas com a
participação das escolas vinculadas, e a sua execução deverá ser
efetuada, tanto quanto possível, em doze duodécimos.
ii) Professores contratados deverão ser avaliados, tendo as escolas
a prerrogativa de indicar e de obter a continuidade daqueles que
tiverem apresentado bom desempenho, e o quadro docente da
escola deverá estar definido e assegurado bem antes do ano letivo
ter início. Em princípio, todos os professores deverão
permanecer na mesma escola por um período consecutivo não
inferior a cinco anos.
iii) Cadernetas do professor e os livros didáticos dos alunos
deverão estar disponíveis até o final do mês de janeiro, antes do
início do novo ano letivo.
iv) A primeira parcela do DDEE disponibilizada em janeiro.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
v) As matrículas dos alunos deverão ser efetuadas com razoável
antecedência relativamente à data de início do ano letivo,
preferencialmente ainda em dezembro do ano precedente.
vi) A rede de ensino deve operar com padrões de funcionamento
das escolas, e o padrão de infra-estrutura e de equipamentos e o
padrão de recursos pedagógicos das escolas da rede devem estar
satisfatoriamente assegurados.
vii) A escola somente deverá considerar o ano letivo encerrado se
e somente se: a) tiver efetuado a revisão e atualização do seu
Projeto Pedagógico, anexando-lhe o “Compromisso de Gestão”
implementado naquele ano; b) tiver apresentado aos pais e à
comunidade os resultados das avaliações finais e um balanço do
desempenho da escola no ano; c) todos os professores tiverem
apresentado os seus planos anuais de curso para o ano seguinte e
que tenham sido eles aprovados pela direção escolar; d) todos os
professores apresentarem os portfólios para o primeiro bimestre.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Esses são requisitos organizacionais importantes para a
formação de um ciclo virtuoso de expectativas das escolas em
relação à Secretaria de Educação, uma vez que expressam apoios
e um forte encorajamento para que as escolas se organizem como
ambientes de aprendizagem, e das famílias e da própria
comunidade escolar em relação à capacidade da instituição
escolar de elevar e de realizar as expectativas dos agentes.
O “Compromisso de Gestão” anual entre a Secretaria e a escola
deverá conter a agenda de compromissos e de metas de
desempenho estabelecidos entre elas.
2) O portfólio da coordenação pedagógica da escola.
Assim como o professor precisa planejar e verificar a qualidade
de suas aulas e da aprendizagem dos seus alunos por meio de um
PORTFÓLIO específico, o coordenador pedagógico precisa
registrar, acompanhar (ou monitorar) e avaliar o desempenho dos
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
Professores sob a sua coordenação, por meio de um PORTFÓLIO próprio. Essa metodologia é uma boa novidade, e é
consequente da concepção sobre as competências institucionais
da Coordenação Pedagógica, na escola.
Em algum momento, cada escola deverá dispor de coordenador
pedagógico, preferencialmente em tempo integral, selecionado
com base em um perfil de competências. Dentre o que se espera
que faça o Coordenador Pedagógico, inclui-se a realizaçao de um
módulo semanal de entrevista técnica, agendada, com cada
professor, em horário não letivo do docente, na escola. O
professor deverá, sempre, receber uma tarefa, como a elaboração
semanal dos seus Portfólios. Assim, o exame analítico da
qualidade do Portfólio do professor deverá inscrever-se como
assunto permanente do Módulo de entrevista, o que significa
uma ação de formação continuada, na própria escola.
Outra competência importante do Coordenador Pedagógico é o
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
acompanhamento, por classe, do progresso geral dos alunos e,
em especial, da situação “atual” e do progresso dos alunos com
dificuldades de aprendizagem. Essa é uma questão que intranquiliza os professores: o quê e como fazer para que alunos com
defasagem de conhecimentos e com dificuldades de aprendizagem sejam capazes de alcançar, naquele Ano em que
encontram-se matriculados, pelo menos o desempenho descrito
como “Básico” ou “Intermediário” (recordem a Sessão 1).
Para que esse acompanhamento produza os efeitos desejados
pelo Professor e pelo Coordenador, será indispensável que
semanalmente – e de modo aleatório, mas programado – o
Coordenador assista algumas aulas dos professores que ele orienta. Pois uma coisa é planejar e apresentar o “produto”; outra, é
bem executar, fazer certo a coisa certa. Esse trabalho precisa ser
metódico, sistemático, isto é, coerente e consequente, para que
produza resultados de curto, médio e longo prazos.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O Portfólio do Coordenador Pedagógico deverá, portanto, assegurar os registros sobre os “produtos” realizados pelo professor,
como o Portfólio do Professor, e os resultados da ação do
professor em sala de aula, por meio do acompanhamento do
progresso dos alunos, por classe.
Isso significa dizer que a subcultura da improvisação, da
comunicação áudio-visual, em detrimento da cultura do registro
escrito, do descumprimento das regras de funcionamento da
instituição, da ausência de monitoramento de processos e de
avaliação bimestral de desempenhos, tudo isso precisará ser
superado, a partir da idéia de organização da escola como um
ambiente de aprendizagem. Os dois quadros a seguir são a frente
e o verso do modelo de Portfólio do Coordenador Pedagógico
que estamos propondo. Por fim, semanalmente o(a) diretor(a) da
escola e os coordenadores reunir-se-ão para fazerem uma
avaliação das ações pedagógicas daquela semana, sempre.
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O Portfólio do Coordenador Pedagógico
(Frente)
Orientação e formação continuada semanal
Nome do
Professor
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Dia e Hora do
Módulo de
Atendimento
1. Observações sobre o Portfólio do Professor
(elaborado para ser aplicado na semana seguinte à data do Módulo)
1.1) Descritores
Curriculares
1.2) Seleção de
Recursos
Didáticos
1.3) Sequências
Didáticas
Observações
Gerais
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O Portfólio do Coordenador Pedagógico
(Verso)
Orientação e formação continuada semanal
Nome do
Professor
2. Observações sobre a qualidade da aplicação do Portfólio do Professor na semana
anterior
Dever de Casa
(passado e
corrigido?)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Usou os
recursos
didáticos?
Alunos
produziram 3
textos em sala
de aula?
Alunos
participaram de
GTs e de
debates?
Alunos com
dificuldades
receberam que
atendimento?
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
O Portfólio do Coordenador Pedagógico
(2a. folha)
Orientação e formação continuada semanal
Classe
3. Visita do Coordenador Pedagógico às Salas de Aula
Qualidade e
tempo da
exposição do
professor
Classe:
Professor:
Classe:
Professor:
Classe:
Professor:
Classe:
Professor:
Uso de recursos
didáticos
Sequências
didáticas
Capacidade de
trabalhar com
diferentes ritmos
de
aprendizagem
Disciplia,
comprometimen
to e expectativas
dos alunos
A organização da escola como um ambiente de
aprendizagem
Parte 5:
Para avaliar o aluno:
O quê avaliar?
A organização da escola como um ambiente de aprendizagem
____________________________________________________________________________________________________
Quadro 3: Para avaliar a aprendizagem do aluno
O que deve ser avaliado
1. Pontualidade e assiduidade
2. Cumprimento das tarefas escolares “para casa”
3. Organização dos cadernos e do material didático
4. Interação e capacidade de diálogo com os professores
5. Interação e capacidade de diálogo com os colegas
6. Esforço e valorização do esforço para aprender
7. Interesse intelectual investigativo
8. Desempenho na correção do “para casa” em sala
9. Desempenho em “grupos de trabalho” em sala
10. Capacidade para finalizar tarefas em sala de aula
11. Qualidade do(s) trabalho(s) individual(is)
12. Prova mensal
13. Prova bimestral
14. Capacidade para cooperar e valorizar a cooperação
15. Domínio de destrezas tecnológicas
16. Capacidade comunicativa: clareza e estética
17. Interesse, conhecimento e habilidade artística
18. Compreensão e adesão aos valores da ética da escola
19. Geral: domínio da norma culta da disciplina
Total de pontos por bimestre
Pontuação
0,5
1
0,5
0,5
0,5
1
1
2
1
1
1
2
7
1
0,5
0,5
1
1
2
Categoria
Atitudinal: Responsabilidade
Atitudinal: Responsabilidade
Procedimental: Auto-disciplina
Atitudinal: Ética e Sociabilidade
Atitudinal: Ética e Sociabilidade
Atitudinal: Auto-disciplina
Cognitivo
Cognitivo
Cognitivo
Cognitivo
Cognitivo
Cognitivo
Cognitivo
Atitudinal: Ética e Sociabilidade
Procedimental: Técnica
Procedimental: Uso da linguagem
Cognitivo e atitudinal: Estética
Atitudinal: Ética e sociabilidade
Cognitivo
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Capitulo_2_-_Portfolios_2 - Prefeitura Municipal de Mata de São