INTERTEXTUALIDADE
Prof° Estefan
Adaptado
Para
entender
"intertextualidade“:
o
conceito
de
O jogo do “não confunda”
Não confunda "bife à milanesa" com "bife ali na mesa",
Não confunda "conhaque de alcatrão" com "catraca de canhão",
Não confunda "força da opinião pública" com "opinião da força
pública“.
Canção do exílio facilitada
(José Paulo Paes)
lá?
ah!
sabiá ...
papá ...
maná ...
sinhá ...
cá?
Bah!
“Minha tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.”
(G. Dias)
“Eu
nasci
além
Os meus lares,
Meus
amores
dos
ficam
(Casimiro de Abreu)
Um sabiá
na palmeira, longe.”
(Drummond)
"Minha terra tem
Palmeiras,
Corinthians
e outros times...”
(Eduardo Alves da Costa)
“Minha terra
não tem
palmeiras...”
(M. Quintana)
mares:
lá!
Por ocasião dos escândalos de corrupção envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello, Jô
Soares escreveu a Canção do Exílio às avessas:
Minha Dinda tem cascatas
Onde canta o curió
Não permita Deus que eu tenha
De voltar pra Maceió.
Minha Dinda tem coqueiros
Da Ilha de Marajó
As aves, aqui, gorjeiam
Não fazem cocoricó.
O meu céu tem mais estrelas
Minha várzea tem mais cores
Este bosque reduzido
Deve ter custado horrores(...)
Que elementos do poema justificam o título dado ao texto?
Quando os textos se cruzam, por qualquer motivo,
ou
mais
especificamente,
reproduzem,
integralmente, ou fazem referência, de passagem,
a textos escritos por outras pessoas, estão
estabelecendo um diálogo com o original,
chamamos de intertextualidade.
Graça Paulino – Intertextualidade: Teoria e Prática
Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Chico Buarque
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
ASPECTOS AVALIADOS EM LÍNGUA PORTUGUESA
estratégias de localização de
informações explícitas e inferências.
•
Procedimentos de Leitura –
•
Implicações do Suporte, Gênero ou Enunciador na Compreensão –
•
Relação
relações
entre informações de fontes diversas, identificação da
finalidade.
comparação, considerando o
tratamento do tema, as condições de produção,
recepção e circulação; opiniões diferentes sobre um
mesmo fato ou tema.
entre
Textos
–
PARÓDIA
O político
Vi ontem um político
Na luxuria do plenário
Cantando votos entre os deputados.
Quando persuadia algum comparsa
Seu partido não perguntava,
Unia-se com falsidade.
O político era um cão,
Era um gato,
Era um rato.
O político, meu Deus, já foi um
homem.
O BICHO
(Manoel Bandeira)
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um
homem.
(autor desconhecido)
http://piquiri.blogspot.com/search/label/Produ%C3%A7%C3%B5es%20de%20textos%201
Preparativos da pescaria
Qualquer dia dou um grito
Mando às favas Portugal,
Toda a corte de Bragança.
Qualquer dia dou um cascudo
No tal de ministro inglês.
Meu pai não fez coisa alguma
Por vocês, ó brazileiros.
Se meu pai disse que fez
Ele mente pela gorja...
(Murilo Mendes)
Destaque palavras ou expressões do texto acima que respondam às
questões abaixo:
1.
De quem é a voz poética?
2.
Com qual acontecimento histórico os versos dialogam?
3.
Comente a ironia que está implícita no título do poema.
A intertextualidade é todo e
qualquer diálogo que uma
comunicação faz com outra,
apresentando uma de maneira mais
ou menos clara, o pensamento ou
outros os traços da outra linguagem.
Ingedore Koch – Intertextualidade / Diálogos Possíveis
Cândido Portinari (1903-1962), em seu livro Retalhos de
Minha Vida de Infância, descreve os pés dos trabalhadores.
Pés disformes. Pés que podem contar uma história.
Confundiam-se com as pedras e os espinhos.
Pés semelhantes aos mapas: com montes e vales, vincos como rios. (...)
Pés sofridos com muitos e muitos quilômetros de marcha.
Pés que só os santos têm.
Sobre a terra, difícil era distingui-los.
Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo
franzino e doente.
(Cândido Portinari, Retrospectiva, Catálogo MASP)
As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversidade da natureza e do
homem americano e a crítica social foram temas que inspiraram muitos
artistas ao longo de nossa História. Dentre estas imagens, a que melhor
caracteriza a crítica social contida no texto de Portinari é:
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