Barroco, Arcadismo e Romantismo
PREDOMÍNIO DA EMOÇÃO
Trovadorismo
(XII)
Barroco
(XVII)
Romantismo
(XIX)
Simbolismo
(XIX)
Humanismo
(XV)
Classicismo
(XVI)
Modernismo
(XX)
Arcadismo
(XVIII)
Realismo/Naturalismo
/Parnasianismo (XIX)
PREDOMÍNIO DA RAZÃO
1580- morte de Camões; Portugal passa
a ser domínio Espanhol (até 1640); D.
Sebastião morre aos 24 anos (1578).
Características:
 Oposição ao racionalismo; texto ambíguo e
Composto de formas menos racionais;
Emprego de figuras de linguagem caracterizando
Conflitos (antítese; paradoxo; metáforas).
 Dualidade: homem dividido entre coisas terrenas e sagradas.
 BRASIL: 1601- Prosopopeia, de Bento Teixeira.
Apogeu: Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.

Revolução Francesa (1789):
Liberdade, igualdade e fraternidade; queda
Do regime absolutista.
 BRASIL: mineração em Minas Gerais e
Queda da cana-de-açúcar; surgimento de
uma nova classe burguesa= ideologia
Liberal.
 Vila Rica: inconfidência mineira- árcades afrancesados
subversivos foram presos e condenados. (Cláudio Manoel da
Costa; Tomás A. Gonzaga; Santa Rita Durão; Basílio da
Gama).
 BRASIL: Início em 1768, com Obras, de Cláudio Manoel da
Costa.
 Características
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Ascensão burguesa + revolução industrial= novo público leitor
Alemanha: 1774, Werther, de Goethe;
 Inglaterra: Ivanhoé, de Walter Scott- romance hist. Medievalista
Lord Byron, poeta ultra-romantico (mal-do-século).
Características:
 Negação da estética clássica
 Liberdade de criação e mistura de gêneros
 Subjetivismo e valorização do eu: realidade interior
 Vitória do Bem sobre o Mal
 Historicismo e nacionalismo
 Pessimismo e mal-do-século
 Culto ao fantástico, ao sonho
PORTUGAL
BRASIL
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Características:
Volta aos padrões clássicos: imitação dos clássicos (Equilíbrio,
bom e belo):
 Bucolismo (fugere urbem): poesia de temática pastorial. Os
árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do
burburinho da cidade (locus amenus).
 Pastores: pseudônimos pastoris, valorização do presente.
Fingir que eram pastores foi a saída encontrada pelos
árcades para atingir o EQUÍLIBRIO. carpe diem: aproveitar o
dia, viver o presente.

Camões, de Almeida Garrett em 1825 – termina em 1865, com
a Questão Coimbrã.
 Situação Histórica:
D. Pedro (constitucionalista) x D. Miguel (absolutista)
D. Pedro perde o trono português em 1820;
Retoma o trono em 1834.
GERAÇÕES:
(1825-1840) consolidação do Romantismo Português: Almeida
Garrett, Alexandre Herculano e Antônio Fel. Castilho;
(1840-1860) ultra-romantismo: Camilo Castelo Branco, Soares
de Passos;
(1860...) transição para o realismo: João de Deus, Julio Dinis.
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“A ascensão das classes médias provoca um
deslocamento no público consumidor de
literatura, que passa a ser o burguês e não
mais o nobre [...] É notório que as camadas
mais populares não tinham grande preparo
intelectual, não eram cultas, o que as fazia
incapazes de assimilar a erudição clássica, as
sutilezas do torneio verbal, a disciplina
rigorosa de composição...”
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A realidade é captada pelo prisma pessoal do
poeta:
“Amoroso calor meu rosto inunda.
Mórbida languidez me banha os olhos” (Álvares de
Azevedo)
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“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro... Ou se é verdade
Tanto horror perante os céus... (Castro Alves)

Essa foi uma maneira de reagir ao “momentâneo”
cultuado pelos valores clássicos. Assim recorre-se a
um passado mítico, lendário, desenvolvendo temas
nacionais, folclóricos, da cor local. Os europeus
redescobriram a Idade Média (O cavaleiro das
cruzadas foi reabilitado, a espontaneidade e a
musicalidade). Os países do novo mundo
redescobriram o seu passado a partir da valorização
do passado nacional. No Brasil, o grande ícone
cavaleiresco nacional foi o Índio.
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“Inadaptado à realidade, o romântico ou se
rebelava,
assumindo
uma
postura
revolucionária, ou se deprimia e buscava a
fuga. O escapismo da realidade projetou-se
sob as formas da morbidez e do desejo de
morrer, como lenitivo às tensões internas.
Por isso, a boemia desbragada, o culto à
solidão, o gosto pelas ruínas, o culto à
solidão, a poesia cemiterial.
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Funcionam como aspectos do escapismo:
Oh! Ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
Na suave atração se um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!
Oh! Nos meus sonhos, pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre meu peito.

Nos fins do século XVIII, na Alemanha e na França,
uma nova escritura substituía os códigos clássicos
em nome da liberdade criadora do sujeito. A
mitologia cai em detrimento do medievalismo
católico de Chateaubriand. O paisagismo árcade dá
espaço a cor local. Renascem a balada e a canção
em detrimento do Soneto e da Ode, o poema não
possui mais cortes fixos terminando junto com a
inspiração... A epopéia heróica clássica cede espaço
ao poema político e ao romance histórico. Surge o
novo drama.
Que pode o homem dar a quem dá tudo?
Só em meu coração suspiros tenho,
Suspiros para todos os momentos.
De ti, Senhor, minha alma necessita,
Como de luz meus olhos, de ar meu peito.
E se me é dado a ti subir meus votos,
Se é dado pela mãe pedir um filho,
Voem meus votos sobre as ígneas asas
Do sol, e tu, Senhor, propício atende:
Nada por mim, por minha Pátria tudo;
Fados brilhantes ao Brasil concede.
Suspiros poéticos e saudades (1836)
marco do Romantismo no Brasil.
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Três romantismos:
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1) o nacionalista (ou indianista): 1840/50
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2) o individualista (byroniana ou
ultraromântica): 1850/60
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3) o social (condoreira ou hugoana): 1860/70
mergulham no passado, saudosos dos
valores cavalheirescos e da vida cortesã.
Apresentam uma vida ressentida e
regressiva, veem com desconfiança o
progresso e a vida urbana. Temas de
interesse: heroísmo, o passado remoto,
a religião, a exaltação da natureza.
Representam essa frente: Gonçalves de
Magalhães, Gonçalves Dias, José de
Alencar (na prosa de ficção).
ficou a margem do poder, mergulhando
no pessimismo, no negativismo, no
escapismo, na exacerbação egótica;
seus temas são a morbidez, o tédio, o
satanismo, a boemia, o sonho, o
erotismo irrealizado. Representam
essa face do romantismo: Álvares de
Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes
Varela etc.
assumiu uma atitude liberal-progressista,
rebelando-se contra as instituições
anacrônicas. Engajado nas grandes
causas sociais, seus temas são: a
liberdade, os proletários oprimidos pela
Revolução Industrial na Europa, os
escravos na América etc. Representa
essa causa romântica no Brasil: Castro
Alves
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LITERATURA GERAL.