CLASSICISMO
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Foi um estilo de meados do séc. XVIII (1750 a 1830, aproximadamente). Iniciou-se com a
morte dos compositores do Barroco e findou com o fim da era beethoviana.
Foi um período curto da história da música (aprox. 70 anos), sendo que os últimos anos já eram
tidos como pré-românticos (a partir de 1790).
Está situado, por proximidade, entre o Barroco e o Romantismo.
O termo ‘ clássico’: os aritstas e intelectuais basearam-se em modelos culturais antigos
consagrados (greco-romanos).
Causas: Um certo enjoo, principalmente por parte dos compositores, frente aos excessos da
música barroca; uma necessidade de uma música menos propensa ao sentimentalismo; uma
procura por uma arte mais séria, sóbria e racional; uma busca do prazer da música pela própria
música, por uma arte mais abstrata.
Algumas características da música clássica: busca pelo equilíbrio e pela perfeição técnica(belo);
objetividade; apuro e elegância formais (forma pré-definida); limpeza dos excessos e ornamentos;
busca da essência da música; clareza e objetividade; racionalidade (cientificismo); criação atrelada
a um contexto e a uma tradição pré-concebidos; distância do naturalismo; desvincular-se da igreja
e ser tocada mais em salões e salas de concerto.
Instrumentos: Os de orquestra, os de sopro (clarinete, em especial), mas principalmente o piano.
Formas musicais mais usadas: sinfonia (aperfeiçoada por Haydn), concerto, sonata e quarteto de
cordas.
Compositores: Haydn, Glück, Weber, Mozart.
História da Música
ROMANTISMO
(Séc. XIX : 1810 a 1910)
L. V. Beethoven
Início:
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Desenvolveu-se primeiramente na Alemanha, na
literatura e na filosofia com o movimento Sturm und Drang,
como reação ao nacionalismo iluminado e positivista da Europa
da época.
O termo “romantismo” surgiu para designar as novas ideias que
passaram a prevalecer na pintura e na literatura. Tirado dos
‘romances’’ da Idade Média.
Nasceu em oposição ao classicismo e seu naturalismo.
Lutou contra o absolutismo.
Criticou as elites, o luxo e a prepotência da nobreza.
Opôs-se ao moralismo e à severa disciplina militar.
Beethoven representou a transição do período clássico para o
romântico.
Características sociais do Romantismo:
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A vida social, econômica, política e cultural da Europa está em profundas
transformações.
Nascem as primeiras democracias.
Cria-se a declaração dos direitos humanos.
As atividades industriais estão em processo de modernização: revolução industrial,
com a otimização da produção e o aproveitamento de novas tecnologias. Século de
conflitos operários e do aparecimento das ideologias sindicalistas e socialistas.
Tempo de ecos da revolução francesa: iluminismo – despertar de uma consciência
nacionalista.
Administração dos Estados pelos cidadãos.
Aristocracia e burguesia têm a necessidade de consumir arte, muitas vezes sem
saber o porquê. Isso tornou a música mais livre e desimpedida.
Nascimento do conceito de Terceiro Mundo.
Nasce uma nova sensibilidade: a mudança de papel do homem no mundo e a sua
importância frente ao seu próprio destino.
Séc. XIX = período de dialética entre os remanescentes reacionários do regime
anterior e o impulso dos setores progressistas.
Defendia:
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Maior liberdade de forma, com a manifestação
mais intensa da emoção, onde o músico
‘confessava’ seus sentimentos mais profundos.
Uma arte mais subjetiva e menos precisa.
Mais espiritualidade e menos estruturação.
Mais expressão e menos técnica.
Maior liberdade de criação, sem ter a
necessidade imperiosa de compor para a igreja
ou para a nobreza.
Características da música romântica:
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Repleta de emoção e intimismos.
Aspirava por uma beleza ideal, inatingível e sublime.
Expressiva, subjetiva e abstrata.
Valorizou a inspiração, o sonho, a originalidade/invenção, o irracional, o
espiritual e a rebeldia.
Fascínio pelo misterioso, pelo sobrenatural, pela fantasia, pelo simbólico, pelo
passado (Idade Média), pelo exótico e pela imaginação.
Valorizava o vistuosismo. Exs: Chopin, Liszt, Paganini.
Artista visto como uma espécie de herói espiritual; inspirado; GÊNIO (ligado
ao conceito de original); quase um deus.
Valor do artista ligado ao valor da obra e vice-versa = conceito de belo.
A comunicação artística se dá por intermédio do contato emocional entre o
espectador e a obra do artista.
O artista buscava uma identidade nacional. Era nacionalista, patriótica (Paris
pós-revolucionária). Resgate da história do país e da música folclórica.
Divisões ou fases e seus principais
compositores:
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Pré-romantismo (acaba em meados do séc. XIX): L.
Beethoven, N. Paganini, G. Rossini, F. Schubert, F.
Mendelsohn e F. Chopin.
Romantismo (até 1890, aproximadamente): R.
Schumann, F. Liszt, G. Verdi, R. Wagner, C. Gounod,
Johann Strauss, J. Brahms, G. Bizet, P. Tchaikóvsky e
A. Dvorák.
Pós-romantismo (Acaba em 1910 ou fase da primeira
guerra mundial): R. Korsakóv, G. Puccini, G. Mahler,
C. Debussy, R. Strauss, Saint-Saens e Erick Satie.
Gêneros musicais relevantes:
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Composições orquestrais: Música de câmara
(trios, quartetos, quintetos e sonatas), sinfonia e
concerto para solista e orquestra.
Peças para piano.
Óperas.
Canções solo.
Poema sinfônico: obra orquestral que narra uma
história ou tem um fundo artístico ou literário.
Noturnos.
Emo music: releitura romântica?
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Não, necessariamente, mas vale apontar algumas “coincidências”:
Valores ligados ao idealismo, ao intimismo e ao sentimentalismo.
Atitudes de rebeldia pacífica (Vide origens no punk rock), de ‘desligamento’ social (certa alienação), de
tolerância, de sensibilidade acentuada e de busca incessante por ‘algo’ melhor (sensação de não pertencimento
ao mundo em que se vive – cultura alternativa).
Prazer pela melancolia e pelo descontentamento frente aos acontecimentos - suicídios.
Relação de admiração profunda aos artistas que se gosta. Procura de conecções nem sempre racionais. Quase
vistos como ‘heróis’, como alguém a ser perseguido e amado intensamente.
Expressividade, inclusive na caracterização visual.
Música carregada, fortemente sentimental e por vezes, com mensagens políticas ou de atmosfera catártica e
letras mais introspectivas.
Exemplos de bandas consideradas EMO: My Chemical Romance, Fall out boy, Evanescence, Simple Plan,
Thirty Seconds to Mars, Panic at the Disco, Tokyo Hotel. No Brasil: Forfun, Fresno, Hateen, NX Zero,
Moptop.
Obs: No Brasil, a onda Emocore veio com uma ‘vestimenta’ norte-americana, estabelecendo-se em meados de
2003, embora tenha seus primórdios datados desde o início dos anos 80, nos EUA.
CURIOSIDADE: Nova ‘onda’ gótica, na literatura, música, cinema... Vide “O crepúsculo”, grupos de
“vampiros”, séries como “True Blood”,...
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