EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
Convergência Adaptativa (ou evolução convergente):
Órgãos Vestigiais: São vestígios ou rudimentos de órgãos existentes no
corpo dos animais. Representam indícios destas mesmas estruturas ou
órgãos que são desenvolvidos e funcionais em outros animais. Exemplos no
homem: apêndice cecal, cóccix, músculos do pavilhão auditivo, membrana
nictitantes nos olhos, pêlos por todo o corpo, etc.
Aparecimento de semelhanças entre duas ou mais espécies (órgãos ou
moléculas), resultantes de suas adaptações independentes a circunstâncias
similares, e não de sua descendência de um ancestral comum.
Estruturas análogas: Quando você compara as asas dos insetos e as asas
das aves, observe que apesar de ambas seres estruturas destinadas ao vôo
(mesma função), não derivam de um mesmo ancestral (origem diferente).
Estas estruturas que são semelhantes apenas porque exercem a mesma
função, mas não derivam de um ancestral comum, são chamadas análogas.
Lembre-se de que estas não refletem relações de parentesco evolutivo.
GENÉTICA DE POPULAÇÕES (PRINCÍPIO DE HARDY-WEINBERG)
Estruturas homólogas: São aquelas que derivam de um mesmo ancestral
comum, podendo ou não estar modificadas para exercer uma mesa função.
É o caso do braço do homem, da pata dianteira do cavalo, da asa do
morcego e da nadadeira da baleia. Nesse caso, são estruturas homólogas,
pois são modificações de um caráter (membro anterior dos tetrápodes)
presente no grupo ancestral que deu origem aos mamíferos, que não
apresentam a mesma função. Quer um exemplo de estruturas homólogas
que desempenham a mesma função? Lembre-se da nadadeira anterior em
baleias e golfinhos (ambos mamíferos com os membros anteriores
modificados para a vida no ambiente aquático).
Em 1908, o matemático inglês Godfrey H. Hardy e o geneticista alemão
Wilhelm Weinberg demonstraram em trabalhos separados que: se nenhum
fator evolutivo atuar em uma população as taxas de genes e os genótipos
não se alteram. Todavia para que a conclusão matemática do princípio de
Hardy-Weinberg seja aplicada são necessários que algumas condições
sejam respeitadas:
As populações devem ser suficientemente grande, não devem ocorrer
mutações, ter ausência de fluxo gênico (migração), não deve existir
seleção natural e a população deve ser panmítica (sem seleção sexual)
A equação matemática
Vamos imaginar uma população, formada por 500 indivíduos. Nela 320 são
AA, 160 são Aa e 20 são aa. Como dito anteriormente a freqüência de um
gene é sua proporção em relação ao total de genes contidos em uma
população. Como os indivíduos são diplóides, cada um deles possuindo dois
alelos, o total de genes é igual ao número de indivíduos vezes 2, ou seja,
500 x 2 = 1000. Para acharmos a freqüência do gene A, primeiro devemos
calcular seu número total na população:
 Indivíduos AA possuem dois genes portanto: 320x 2 = 640
Embriologia Comparada
O estudo da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande
semelhança no padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião
se desenvolve surge características excludentes e as semelhanças
diminuem.
Irradiação Adaptativa
O conceito de irradiação adaptativa define que organismos com parentesco
evolutivo, mas que vivem em regiões diferentes, acabaram sofrendo ma
adaptação dos órgãos ao ambiente onde vivem.
 A esse número somamos 160 provenientes dos indivíduos Aa,
perfazendo um total de 840.
 Assim a freqüência dos 840 genes A na população 0,8 ou 80%
(800/1000). Como isso a freqüência do gene a será 0,2 ou 20%.
Para Hardy e Weinberg essa proporção não muda se não houver
fatores evolutivos colaborando para tanto. Atribuímos à freqüência do gene
dominante Aa denominação de p, enquanto a freqüência do alelo recessivo
a é nomeada com q. Uma vez que estamos trabalhando com apenas dois
genes podemos dizer que:
A partir desses dados pode-se estimar qual será a distribuição
futura dos genótipos dessa população. Na população em questão devemos
admitir que a chance de selecionarmos um espermatozóide que contenha o
gene A seja igual a sua freqüência (0,8), o mesmo servindo para
espermatozóides com o gene a (0,2). Isso deve ser aplicado também aos
óvulos. Sendo assim em uma população onde os cruzamentos ocorrem de
maneira randômica, a chance de gerarmos um indivíduo AA é equivalente a
chance de um espermatozóide portador de A, fecundar um óvulo também
portador de A:
De maneira semelhante a freqüência de indivíduos aa é calculada:
Um indivíduo heterozigoto Aa pode surgir de duas maneiras distintas: um
espermatozóide A fecundando um óvulo a, ou um óvulo A sendo fecundado
por um espermatozóide a. Assim temos:
3) (UNESP 2004) Considere duas populações diferentes, 1 e 2, cada uma
p (espermatozóide A) x q (óvulo a),ou seja, pq = 0,8 x 0,2 = 0,16
70 indivíduos com genótipo aa. A população 2 apresenta 45 indivíduos com
P (espermatozóide a) x q (óvulo A), ou seja, pq = 0,2 x 0,8 = 0,16
genótipo AA, 130 indivíduos com genótipo Aa e 25 indivíduos com genótipo
pq + pq, ou seja, 2pq = 0,16 + 0,16 = 0,32 ou 32 %
aa.
com 200 indivíduos diplóides, portanto, com 400 alelos. A população 1
apresenta 90 indivíduos com genótipo AA, 40 indivíduos com genótipo Aa e
a) Qual a freqüência dos alelos A e a em cada uma das populações?
RESUMINDO, teremos a equação: p2 + 2pq + q2 = 100% ou 1
b) Qual delas tem a maioria dos indivíduos homozigotos? Explique.
EXERCÍCIOS
4) (UFRJ 2008) O gráfico a seguir mostra as freqüências dos genótipos de
1) (UNICAMP) Leia com atenção a tira a seguir.
um locos que pode ser ocupado por dois alelos A e a. No gráfico, p
representa a freqüência do alelo A.
a) Calvin acredita que os morcegos são insetos porque, além de considerálos nojentos, eles voam. No entanto, o que ele não sabe é que asas de
insetos e de morcegos não são estruturas homólogas, mas análogas. Qual a
diferença entre estruturas análogas e homólogas?
Calcule a freqüência dos genótipos AA, Aa, aa nos pontos determinados
pela linha pontilhada. Justifique sua resposta.
5) (Mackenzie 2000) Sabendo-se que a freqüência do gene autossômico A
b) Apresente três evidências que apóiam a teoria da evolução biológica.
é igual a 0,8 , numa população constituída de 8.000 indivíduos, indique a
2) (UFPI 2001) A figura a seguir mostra o desenvolvimento embrionário de
diferentes vertebrados. Observando-a com atenção, pode-se concluir
corretamente que:
alternativa que mostra o número de indivíduos para cada genótipo, se essa
população estiver em equilíbrio genético.
a) AA - 6.400; Aa - 1.440; aa - 160
b) AA - 6.400; Aa - 1.280; aa - 320
c) AA - 5.120; Aa - 1.280; aa - 1600
d) AA - 6.560; Aa - 1.280; aa - 160
e) AA - 5.120; Aa - 2.560; aa – 320
6) (UPE 2005) Os cetáceos, como as baleias e os golfinhos, conservam
escondidos, na musculatura, pequeninos ossos que correspondem aos
membros posteriores dos mamíferos terrestres. No homem, existe, na última
parte da coluna vertebral, o cóccix, formado por 4 vértebras fundidas,
remanescentes da cauda de nossos ancestrais, ainda visível em muitos
a) existe uma grande semelhança no desenvolvimento embrionário dos
mamíferos. Que tipo de evidência evolutiva caracteriza os exemplos
diferentes animais, sobretudo nos primeiros estádios.
apresentados?
b) a presença de cauda é uma característica comum nos estádios finais do
A) Órgãos homólogos. .
D) Órgãos análogos.
desenvolvimento dos diferentes animais.
B) Caracteres larvais
E) Convergência adaptiva.
c) os estádios jovens do desenvolvimento embrionário de um animal são
C) Órgãos vestigiais.
bastante diferentes dos estádios jovens do desenvolvimento embrionário de
seus ancestrais.
7) (UFES) Um par de genes determina resistência a um fungo que ataca a
d) uma ancestralidade comum não pode ser evidenciada através
observação do
da
desenvolvimento embrionário.
cana-de-açúcar e os indivíduos suscetíveis (aa) apresentam freqüência de
0,25. Em uma população que está em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a
e) quanto mais diferentes são os organismos, maior a semelhança
freqüência de heterozigotos será:
embrionária entre eles.
a) 15%
b) 25%
c) 50%
d) 75%
e) 100%
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