PROPOSTAS DE ATIVIDADES DE
LEITURA E ESCRITA PARA
AS AULAS DE ALFABETIZAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
Paulo Sérgio do Nascimento Duarte
2
Ao Pai Eterno, pela assistência espiritual.
Aos meus pais, Luiz e Marlene, pelo apoio incondicional.
A professora Ana Célia, por acreditar no meu trabalho e no meu potencial.
A todos os professores que, apesar das inúmeras dificuldades, ainda têm a
coragem de levar adiante a Educação neste país.
3
4
Sumário
Apresentação .................................................................................................................... 7
Parte I – Sugestões de Atividades
1. Alguns esclarecimentos ............................................................................................. 11
2. Sugestões de atividades com textos da vida cotidiana ........................................... 14
1.
Carta ................................................................................................. 14
2.
Cartaz ............................................................................................... 15
3.
Folheto publicitário .......................................................................... 17
4.
Lista ................................................................................................... 18
5.
Receita .............................................................................................. 20
6.
Rótulos .............................................................................................. 22
6. 1. Rótulos .............................................................................................. 23
3. Sugestões de atividade com textos de gênero literário ........................................... 25
1.
Fábula .............................................................................................. . 25
2.
Letra de música ................................................................................. 27
2. 1. Letra de música ................................................................................. 28
2. 2. Letra de música ................................................................................. 30
2. 3. Letra de música ................................................................................. 32
3.
Poema ............................................................................................... 34
4. Sugestões de atividade com textos da tradição oral ................................................ 37
1.
Adivinhações ..................................................................................... 37
2.
Lenda ................................................................................................ .38
2. 1. Lenda ................................................................................................. 39
3.
Pára-choques de caminhão .............................................................. . 41
4.
Provérbios .......................................................................................... 43
5.
Quadras populares ............................................................................. 44
5. Sugestões de atividade com textos dos meios de comunicação ............................... 47
1.
Anúncios ............................................................................................ 47
2.
Notícia ............................................................................................... 48
2. 1. Notícia ................................................................................................ 50
2. 2. Notícia ................................................................................................ 52
3.
Manchete ............................................................................................ 53
6. Sugestões de atividade com textos de informação científica ................................... 55
1.
Biografia ........................................................................................... 55
2.
Texto informativo .............................................................................. 56
2. 1. Texto informativo ............................................................................. 58
2. 2. Texto informativo ............................................................................. 59
2. 3. Texto informativo ............................................................................. 61
5
Parte II – Coletânea de Textos
7. Textos principais ......................................................................................................... 66
1. Baião de Dois ...................................................................................... 66
2. O cavalo e o burro ............................................................................... 66
3. Cidadão ................................................................................................ 67
4. Asa Branca ........................................................................................... 67
5. Passaredo .............................................................................................. 68
6. Vai Boiadeiro ........................................................................................ 68
7. Poeta da Roça ....................................................................................... 69
8. Todo povo tem a sua história ............................................................... 69
9. O lobisomem ........................................................................................ 70
10. A lenda da mandioca ............................................................................ 70
11. Mototaxistas fazem manifestação em Juazeiro .................................... 71
12. Padre Cícero Romão Batista ................................................................ 71
13. Plantas medicinais ................................................................................ 72
14. Agrião .................................................................................................. 72
15. Aroeira ................................................................................................. 73
16. Os inimigos do solo ............................................................................. 73
17. Salitre ................................................................................................... 73
18. As migrações ........................................................................................ 74
8. Textos complementares ............................................................................................. 75
1. Luiz Gonzaga ....................................................................................... 75
2. Chico Buarque de Hollanda ................................................................. 75
3. Patativa do Assaré ................................................................................ 75
4. Adivinhações ....................................................................................... 76
5. O Boto .................................................................................................. 76
6. A rede de dormir ................................................................................... 77
7. Pára-choques de caminhão ................................................................... 77
8. Provérbios ............................................................................................ 77
9. Quadras populares ................................................................................ 78
10. Informações gerais sobre o jornal ........................................................ 78
11. Animais e plantas do Nordeste ............................................................ 78
9. Bibliografia ................................................................................................................. 80
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Apresentação
Há tempos que estamos numa jornada junto a pessoas. Os caminhos percorridos, os
lugares onde estivemos e as pessoas com as quais mantivemos contato em todos esses
anos em que temos trabalhado com a educação de jovens e adultos nos proporcionaram
magníficas experiências. Após trilharmos caminhos, ora de terra batida, poeirentos,
pedregosos, assolados pela seca, ora chuvosos, cheios de lama e com lindas paisagens,
verdes, floridas, sempre nos deparamos com jovens e adultos trabalhadores e acolhedores,
em busca de transformar o sonho de aprender a ler e escrever de outros tantos jovens e
adultos em realidade. Foi pensando nesses anônimos e abnegados professores que
resolvemos transpor para o papel, na forma de sugestões de atividades, um pouco de nossa
experiência como coordenador setorial do Programa Alfabetização Solidária - Alfasol, na
Universidade Federal do Ceará, prestando assistência pedagógica a dois dos dezessete
municípios acompanhados por essa instituição de ensino superior, fiel parceira do
Programa desde no ano de 1997.
Como integrante da equipe de coordenadores setoriais responsável pela seleção e
capacitação dos futuros alfabetizadores, bem como pelo acompanhamento pedagógico e
avaliação do Programa em cada um dos municípios parceiros, tivemos a feliz
oportunidade de participarmos, entre os anos de 1997 e 2003, de treze cursos de
capacitação de alfabetizadores, promovidos pela Pro-Reitoria de Extensão da
Universidade Federal do Ceará, e assim, darmos nossa contribuição para a formação de
2084 alfabetizadores. Em seis anos, foram alfabetizadas nos municípios acompanhados
pela Universidade Federal do Ceará, instituição a qual representamos com muito orgulho,
31.130 pessoas, em sua grande maioria, trabalhadores do campo. É neste contexto que
começamos, ainda no ano 1997, a pesquisar, a criar e a sistematizar atividades de leitura e
escrita que atendessem aos interesses e expectativas dos alfabetizandos e que pudessem
amenizar um pouco das dificuldades enfrentadas por grande parte dos alfabetizadores de
adultos que, por contarem com um reduzido aparato teórico próprio de sua área de
atuação, acabavam tendo que adaptar materiais utilizados na alfabetização infantil para o
trabalho com jovens e adultos.
Por termos, no decorrer dos anos, firmado mais ainda a certeza de que, desde o
início do processo de alfabetização, todos os esforços, tanto do aprendiz quanto do
professor, devem estar voltados para construção do significado(s) do texto, é que as
sugestões de atividades aqui apresentadas principiam pelo texto, unidade mais ampla da
língua, até chegar às unidades mínimas (sílabas/fonemas ou letras), daí nossa opção pelo
método analítico em substituição ao método da soletração. O texto é o ponto central de
nossa proposta de trabalho, pois é ele que tem o significado e permite inferência, dedução
e compreensão na leitura e na escrita.
Empregando diversos tipos de texto de uso social como principal recurso,
organizamos este trabalho em dois capítulos. No primeiro deles, apresentamos sugestões
de atividades elaboradas a partir do uso de notícias de jornal, manchetes, propagandas,
letras de músicas, poesias, pára-choques de caminhão, provérbios e outros tipos de texto
que abordam temas como a seca, a migração, a cidadania e outros assuntos de interesse
dos aprendizes e sobre os quais eles têm informações. Partindo do princípio que ler é um
processo de construção de significado, que se torna possível pela interação entre os
elementos textuais e os conhecimentos do leitor, propomos situações de aprendizagem de
7
leitura significativa que estimulem os educandos a fazerem uso dos conhecimentos que já
possuem e que propiciem, mesmo aos que estão iniciando na leitura, buscarem o
significado do texto e desenvolverem estratégias de leitura (antecipar, predizer com alguns
dados, verificar hipóteses etc), através dos índices que o próprio texto fornece: título,
ilustrações, diagramação, tipo de portador etc. No que diz respeito à escrita, a partir do
contato dos aprendizes com diferentes tipos de texto, procuramos, nas atividades
sugeridas, incentivá-los a escreverem, lançando mão daquilo que já sabem, dando-lhes
assim, a oportunidade de utilizarem e checarem hipóteses de escrita e avançarem na
compreensão do sistema alfabético.
No segundo capítulo, apresentamos os textos necessários à execução das atividades
aqui sugeridas e mais alguns textos complementares.
Acreditando que ler e escrever só se aprende lendo e escrevendo, esperamos,
através das sugestões apresentadas, contribuir de forma efetiva para uma maior
diversificação e enriquecimento do trabalho de ensino e de aprendizagem nas salas de
alfabetização de jovens e adultos e, ao mesmo tempo, despertar o professor alfabetizador
para o fato de que ele mesmo pode e deve criar outras atividades que atendam às reais
necessidades de aprendizagem dos educandos e que valorizem o universo cultural e a
experiência de vida de cada um deles como elementos importantes do processo educativo.
8
PARTE I
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
9
10
1
Alguns esclarecimentos
Para a elaboração das atividades aqui propostas, fizemos uso de diferentes tipos de
texto com os quais tem-se contato freqüente:
• Textos da vida cotidiana: carta, lista, cartaz, folhetos publicitários e rótulos.
• Textos de gênero literário: poemas, fábulas e letras de músicas.
• Textos de tradição oral: adivinhações, lendas, pára-choques de caminhão,
provérbios e quadras populares.
• Textos dos meios de comunicação: jornal (notícias, manchetes e anúncios).
• Textos de informação científica: textos informativos científicos de diferentes
fontes (livros didáticos, revistas, enciclopédias) e biografia.
1
Conhecedores que somos da heterogeneidade do grupo com que tem de trabalhar o
educador de jovens e adultos, estruturamos as atividades de aprendizagem de leitura e
escrita de forma que todos os alfabetizandos, desde os mais autônomos até os que ainda
não lêem e escrevem de forma independente, possam participar. Para isso, norteados pelas
sugestões de Carvalho (1995), propomos em grande parte das atividades:
1. Exploração inicial do texto
- Utilização do título, ilustrações e tipo de portador como chaves de leitura
para a formulação de hipóteses sobre o tema a ser abordado e os possíveis
significados do texto a ser lido.
Antes da leitura propriamente dita, é importante que o professor
promova atividades prévias para que os alunos que estão dando os primeiros
passos no aprendizado da leitura possam enfrentar a tarefa com sucesso,
adquirindo fluência e desenvolvendo estratégias de compreensão cada vez
mais eficientes. O professor deve dar aos aprendizes condições de
enfrentarem a leitura de um texto apresentando previamente a temática, fotos
ou ilustrações que o acompanham, trazendo informações sobre o autor,
discutindo o título. Todas essas informações prévias auxiliam muito a leitura
tanto dos que não lêem de forma independente quanto dos que lêem.
- Leitura em voz alta do texto pelo professor.
No início do processo, os educadores deverão ler em voz alta os texto
para os seus alunos. É importante que a leitura seja feita em tom normal, sem
mudança da pronúncia, sem alterar as palavras do autor, mesmo que difíceis,
fazendo as pausas previstas pela pontuação e realçando através da entonação
passagens importantes.
- Conversa informal com os aprendizes sobre o que assimilaram da leitura,
procurando incentivá-los a estabelecerem relações entre o que foi lido e suas
experiências e conhecimentos.
Após a leitura do texto, verificar, oralmente, por meio de perguntas e/ou
conversa o que os alfabetizandos conseguiram compreender da leitura.
1
A tipologia aqui adotada foi inspirada na proposta apresentada por Ana Maria Kaufman e Maria Elena
Rodrigues no livro Escola, leitura e produção de textos (Porto Alegre, Artes Médicas, 1995).
11
Estabelecer comparações entre o que foi lido e o que se esperava encontrar,
abrir espaço para que manifestem suas idéias sobre o assunto abordado no
texto: se concordam com o que foi lido, o que pensam à respeito, que
informações possuem sobre o assunto, etc.
- Leitura didática do texto feita pelo alfabetizador que aponta cada uma das
palavras do texto à medida que as lê.
Para que os alfabetizandos aprendam a fazer a correspondência entre
unidades sonoras e unidades gráficas, ou seja, relacionem o que é dito com o
que está escrito, é fundamental que o professor faça uma leitura mais lenta do
texto, apontando cada uma das palavras. Os alunos devem acompanhar e
repetir a leitura do professor. Neste momento, pode-se ainda começar a
apresentar noções de frase e palavra.
- Observação dos aspectos formais da escrita.
Mostrar aos alfabetizandos que tanto a leitura quanto a escrita ocorrem
da esquerda para a direita, de cima para baixo, que entre uma palavra e outra
deve haver um pequeno espaço, onde começam e terminam as frases, etc.
- Repetição da leitura do texto pelos alfabetizandos.
O professor fará em voz alta a leitura normal do texto com o
acompanhamento dos alfabetizandos.
2. Decomposição do texto:
- Análise de frases - reconhecimento de cada uma das frases que formam o
texto. Levam o alfabetizando a perceber que um texto é formado por diversas
frases que se articulam umas com as outras.
- Análise de palavras – a partir da seleção de palavras chaves do texto,
promover a identificação de cada uma delas pelos alfabetizandos,
identificação e contagem oral de letras (vogais e consoantes) e sílabas.
3. Formação de novas palavras e frases
A partir do conhecimento de novas sílabas e palavras pelos
alfabetizandos, incentivá-los a criar, de forma coletiva ou individual, outras
palavras e frases.
4. Criação coletiva ou individual de novos textos.
Os alfabetizandos devem ser encorajados a produzir, por escrito ou
oralmente, listas, anúncios, manchetes, cartas e outros tipos de texto.
Como cada uma das atividades sugeridas se organiza em torno de uma determinada
modalidade de texto, é imprescindível reservar um momento durante a execução das
etapas descritas anteriormente, para mostrar aos aprendizes que o texto em estudo pertence
a um determinado gênero, com uma forma própria (superestrutura esquemática), a qual se
repete em textos do mesmo tipo. É claro que, para realizar adequadamente esse trabalho,
torna-se necessário que o professor saiba, por exemplo, que uma carta caracteriza-se pela
presença de elementos como: local, data, saudação, nome da pessoa que vai receber
(destinatário), assunto, despedida e nome da pessoa que está enviando (remetente); uma
receita por conter a relação de ingredientes, o modo de fazer, o tempo de preparo e, em
alguns casos, o número de pessoas que servem. Em outras palavras, o professor deverá
conhecer os diferentes tipos de texto e suas características.
Chamamos ainda a atenção do professor para fato de que as sugestões aqui
apresentadas não devem ser vistas como receitas de alfabetizar. De acordo com as
características e necessidades de aprendizagem dos alunos, caberá ao professor inserir
12
dentro do seu projeto pedagógico as atividades que julgue mais adequadas, fazer as
alterações que ache convenientes, sempre com o intuito de tornar o ensino o mais
agradável e funcional possível. Cabe, também, ao alfabetizador estipular o período de
tempo a ser gasto em sala de aula na execução de cada uma das atividades selecionadas.
13
2
Sugestões de atividades com textos da vida
cotidiana: carta, cartaz, folheto publicitário, lista,
receita e rótulo
1. SUGESTÃO I – Modalidade de texto: carta
OBJETIVOS
- Identificar os elementos que compõem uma carta: cabeçalho, saudação,
despedida.
- Narrar fatos e experiências pessoais.
- Distinguir cartas pessoais de cartas formais;
- Escrever cartas pessoais.
- Preencher corretamente envelopes para postagem.
RECURSOS
Uma carta escrita numa folha de papel madeira, destinada aos alunos da sala,
incentivando-os a prosseguirem nos estudos; um envelope feito de cartolina, em
tamanho grande, preenchido; envelopes de carta; fita gomada, quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade perguntando aos alfabetizandos se já passaram por uma
situação na qual tiveram necessidade de escrever ou ler uma carta;
Obs: pedir aos alunos que relatem o fato ocorrido, digam como se
sentiram e o que fizeram para solucionar o problema.
2. Informar aos alfabetizandos que será feita a leitura de uma carta destinada a todos
eles. Pedir que ouçam com atenção;
3. Realizar em voz alta a leitura da carta;
4. Conversar com os alfabetizandos a respeito do conteúdo da carta, procurando
verificar, por meio de perguntas, se houve compreensão da leitura;
Obs: chamar a atenção dos alfabetizando para a importância da carta
enquanto meio de comunicação.
5. Fixar a carta escrita na folha de papel madeira em um local onde todos possam
vê-la;
6. Realizar novamente a leitura da carta, desta vez, apontando na folha de papel
madeira, cada uma das palavras. Os alunos deverão acompanhar e repetir;
7. Indagar aos alunos se eles sabem que características apresenta uma carta (como
começa, como termina, etc);
8. Explicar aos alfabetizandos que elementos devem apresentar uma carta (local,
data, saudação e despedida);
14
Obs:
1. Fazer uso do modelo de carta fixado no quadro;
2. Informar aos alfabetizandos que há diferentes tipos de carta:
pessoais e formais. Explicitar as diferenças entre os dois tipos.
9. Apresentar aos alunos o envelope da carta preenchido;
10. Explicar aos alunos a forma de preenchimento do envelope e o que significa
REMETENTE, DESTINATÁRIO, CEP;
Obs: procurar destacar a importância do correto preenchimento do
envelope.
11. Propor aos alfabetizandos a escrita de uma carta;
12. Dividir os alunos em pequenos grupos;
13. Pedir a cada um dos grupos que escreva uma pequena carta destinada aos alunos
de uma outra sala, falando sobre o que estão achando da experiência de começar
ou de voltar a estudar;
Obs:
1. Caso o professor ache mais conveniente, poderá pedir aos
alunos que façam a escrita da carta individualmente;
2. Circular entre os grupos, ajudando-os na escrita das cartas e,
posteriormente, no preenchimento dos envelopes.
14. Distribuir os envelopes entre os grupos e solicitar que façam o seu
preenchimento;
15. Pedir aos grupos que leiam as cartas;
16. Sugerir aos alfabetizandos que enviem suas cartas;
Obs: caso não seja possível o envio das cartas pelo correio, o professor
poderá entregá-las pessoalmente aos alfabetizadores responsáveis por
outras salas de aula de alfabetização de jovens e adultos, estimulando
assim, a troca de correspondência e a utilização prática e imediata do
conhecimento adquirido.
2. SUGESTÃO II - Modalidade de texto: cartaz
-
OBJETIVOS
Conhecer e identificar cartazes.
Utilizar desenhos e ilustrações como chaves de leitura para prever o conteúdo de um
texto.
Atentar para os recursos visuais utilizados: tipo e tamanho das letras, cores,
ilustrações.
Perceber as diferentes intenções comunicativas de um cartaz.
Produzir, com a ajuda dos colegas e do professor, um cartaz.
RECURSOS
Cartazes utilizados em campanhas de saúde (combate a dengue, ao tabagismo etc) e
eventos (festas, exposições, feiras agrícolas, etc); folhas de cartolina, cola, revistas,
jornais velhos, pincéis, lápis de cor e fita adesiva.
15
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alfabetizandos sobre campanhas
de saúde em andamento na cidade (combate a dengue, ao tabagismo etc);
2. Fixar na parede cartaz falando sobre a dengue;
3. Perguntar aos alfabetizandos se já encontraram outros papeis como esse fixados em
ruas e prédios da cidade, se sabem o seu nome e para que ele serve;
4. Explicar aos alfabetizandos o que é um cartaz;
Obs: falar da importância do cartaz como meio de divulgação de
informações, das suas diferentes funções e das características gráficas que
ele pode apresentar.
5. Instigar os alfabetizandos a dizerem, através da observação da ilustração ou fotografia,
que assunto é abordado no cartaz, que mensagem ele pretende transmitir;
Obs: fazer uso somente da ilustração ou fotografia do cartaz.
6.
7.
8.
9.
Pedir aos alunos que tentem ler o que está escrito no cartaz;
Abrir espaço para que apresentem suas conclusões;
Realizar em voz alta a leitura do cartaz;
Verificar através de perguntas o que os alfabetizandos conseguiram compreender da
leitura;
Exemplo: o que é dengue? Como evitar e combater a dengue? Quais são
os sintomas da dengue? Como tratar a dengue?
Obs: chamar a atenção dos alunos para a mensagem principal do cartaz, a
chamada (mensagem escrita em letras maiores e que tem como função
despertar a atenção das pessoas para o cartaz). Explicar o que é uma
chamada.
10. Mostrar aos alunos diferentes tipos de cartazes (festas, shows, exposições, etc);
Obs: conversar sobre a função de cada um deles.
11. Propor aos alfabetizandos a criação de um cartaz;
Obs: o texto do cartaz deverá ser produzido em conjunto (texto coletivo)
por professores e alunos.
12. Perguntar aos alunos que assunto será abordado no cartaz;
Obs: após se discutir a importância de cada uma das propostas
apresentadas, o escolher o tema do cartaz através de uma votação.
13. Iniciar, juntamente com os alfabetizandos, a produção do texto do cartaz. O professor
irá mediar a fala dos alfabetizandos e será o redator do texto, cabendo a ele “negociar”
suas interferências e orientar quanto à composição geral do texto.
Obs: o texto deverá ser escrito no quadro.
Após a produção do texto:
14. Ler o texto em voz alta, apontando palavra por palavra. Os alfabetizandos deverão
acompanhar e repetir;
15. Distribuir entre os alunos folhas de cartolina, cola, pincel, lápis de cor, revistas e
jornais velhos;
16. Pedir que copiem na folha de cartolina o texto produzido e, em seguida, fazendo uso
do material recebido, elaborem um cartaz;
Obs: sugerir que desenhem ou recortem imagens de jornais e revistas para
ilustrar o cartaz.
17. Promover uma exposição com todos os cartazes criados.
16
Variação:
Caso julgue mais conveniente, o professor poderá, após a etapa 12, dar continuidade a
atividade da seguinte forma:
13. Dividir a turma em pequenos grupos;
14. Distribuir entre os grupos o material necessário a produção do cartaz: folha de
cartolina, cola, pincel, lápis de cor, revistas e jornais velhos;
Obs:
1. Circular entre os grupos ajudando-os na escrita da mensagem do
cartaz.
2. Sugerir que desenhem ou recortem imagens de jornais e revistas
para ilustrar o cartaz.
15. Pedir a cada um dos grupos que mostre o cartaz confeccionado e faça a leitura da
mensagem;
16. Promover uma exposição com todos os cartazes criados.
3. SUGESTÃO III – Modalidade de texto: folheto publicitário
OBJETIVOS
- Identificar um folheto publicitário.
- Consultar um folheto publicitário.
- Escrever palavras relacionadas a um determinado tema.
- Ler e escrever número naturais.
- Analisar, interpretar, formular e resolver situações-problemas envolvendo
adição, subtração, multiplicação e divisão.
RECURSOS
Dois folhetos publicitários, um anunciando a venda de produtos alimentícios2 e o
outro, a de um produto qualquer ( venda de casas, móveis, etc); quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade mostrando aos alfabetizandos um folheto publicitário qualquer
(venda de casas, móveis, etc);
2. Indagar aos alfabetizandos se no dia-a-dia já se defrontaram com outros textos
semelhantes ao que foi mostrado, se sabem para que ele serve;
3. Pedir aos alunos que, a partir da observação das figuras ou ilustrações que
aparecem no folheto, digam do que ele trata;
4. Ler o texto em voz alta para os alfabetizandos;
5. Conversar com os alfabetizandos sobre conteúdo do texto;
6. Informar aos alfabetizandos que o texto lido é uma mensagem publicitária
elaborada para informar e/ou convencer o leitor de algo;
2
Para facilitar a visualização dos alfabetizandos e a execução da atividade, o professor poderá, fazendo uso
de uma folha de papel madeira, embalagens de produtos (arroz, feijão, macarrão, farinha, café, etc.) e cola,
confeccionar, em tamanho grande, um folheto publicitário que poderá ser utilizado por toda a turma.
17
Obs: explicar que as mensagem publicitárias podem aparecer na forma de
folhetos, cartazes, etc. Mostrar que características apresenta um folheto
publicitário.
7. Fixar o folheto anunciando a venda de produtos alimentícios em um local da sala
onde todos possam vê-lo;
8. Pedir aos alunos que observem o folheto com atenção e digam que produtos
estão sendo anunciados;
9. Ler em voz alta o nome dos produtos anunciados, apontando no folheto,
palavra por palavra;
10. Dizer em voz alta os nomes dos produtos anunciados e pedir a diferentes
alfabetizandos que os identifiquem no folheto;
11. Realizar um ditado com os nomes de produtos que aparecem no folheto
publicitário;
Obs: antes de iniciar o ditado, o professor deverá colocar o folheto
publicitário no fundo da sala, de maneira que os alunos fiquem de costa
para ele;
12. Explicar aos alfabetizandos que durante a realização do ditado, caso tenham
dúvidas na escrita de alguma palavra, poderão voltar-se para trás e observar no
folheto como ela é escrita;
Obs: após o ditado, o professor deverá fazer a leitura das palavras
utilizadas, apontando no folheto cada uma delas.
13. Pedir aos alfabetizandos que observem o folheto novamente e, em seguida,
copiem ao lado do produto, o preço anunciado no folheto;
14. Solicitar aos alfabetizandos que façam no caderno a soma do quanto gastariam
na compra dos produtos anunciados no folheto publicitário;
Obs:
1. O professor deverá efetuar no quadro, com a participação dos
alunos, a soma da quantia gasta;
2. Criar situações em que os alunos tenham que subtrair, dividir e
multiplicar;
Exemplo: quanto teríamos economizado se não tivéssemos
comprado arroz? Quanto gastaríamos na compra de cinco
refrigerantes de dois litros, se o preço da unidade é de
R$ 1, 19?
3. Antes de efetuar a resolução do problema no quadro, o professor
deverá aguardar alguns minutos para
que
os alunos
tenham tempo de refletir sobre a questão e tentar resolvê-la no
caderno.
4. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: lista
OBJETIVOS
- Identificar o próprio nome.
- Analisar palavras em relação à quantidade de letras.
18
- identificar as letras do alfabeto;
- Estabelecer relação entre os sons da fala e as letras;
- Organizar nomes por ordem alfabética.
RECURSOS
Crachás com os nomes dos alfabetizandos, confeccionados em cartolina; quadro de
giz, giz e quadro de pregas.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade pedindo aos alfabetizandos que formem um circulo;
2. Espalhar no meio do círculo, no chão, crachás com os nomes dos alfabetizandos;
3. informar aos alfabetizandos que o crachá é usado para identificar pessoas e que,
normalmente, é utilizado por visitantes em locais públicos ou privados, por
funcionários de empresas, etc;
4. Solicitar a cada um dos alfabetizandos que tente identificar o crachá que contem o
seu nome;
Obs:
1. Caso o alfabetizando não consiga identificar o crachá com o seu
nome, o professor deverá ajudá-lo na localização por meio de
perguntas.
Exemplo: o seu nome começa com a letra “F”, quais são os
crachás que apresentam nomes começados por essa letra? A
última letra é um “O”, quantos crachás contém nomes que
termina com essa letra?
2. Ao identificar o crachá com seu nome, o alfabetizando deverá
mostrá-lo para a turma e colocá-lo novamente no chão.
Após todos os alfabetizandos identificarem o crachá com o seu nome:
5. Escrever no quadro de giz uma lista com os nomes dos alunos da sala;
6. Realizar em voz alta a leitura dos nomes, apontando-os no quadro. Os alunos
deverão acompanhar e repetir;
7. Perguntar aos alfabetizandos se eles sabem o que é uma lista;
Obs: abrir espaço para que manifestem suas idéias.
8. Explicar aos alunos que uma lista nada mais é do que uma relação de nomes de
pessoas ou coisas, que há diferentes tipos de listas (de compras, de nomes de
pessoas, de instrumentos de trabalho, etc). Falar sobre a utilidade de uma lista e
suas diferentes formas de organização;
Obs: informar aos alfabetizandos que os nomes deles escritos no quadro
de giz formam uma lista.
9. Chamar cada um dos alunos ao quadro de giz para identificar e circular o seu
nome na lista;
Obs: caso o alfabetizando ainda tenha dificuldade em identificar o seu
nome, repetir o mesmo procedimento utilizando na etapa 3, observação 1.
10. Pedir a cada um dos alfabetizandos que compare o seu nome com o de seus
colegas;
Obs: chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato de que há nomes
com poucas e com muitas letras, nomes que contém o mesmo número de
letras, nomes que começam ou que acabam com a mesma letra, etc.
19
11. Reescrever os nomes dos alunos no quadro, desta vez, organizando-os por
ordem alfabética;
Obs:
1. Incentivar os alfabetizandos a dizerem a seqüência em que os
nomes deverão ser escritos;
2. Aproveitar o momento para trabalhar a identificação de letras.
12. Entregar a cada um dos alunos o crachá com o seu nome;
13. Pedir aos alfabetizandos que coloquem os crachás com os seus nomes no quadro
de pregas, organizando-os, também, por ordem alfabética.
5. SUGESTÃO V – Modalidade de texto: receita
OBJETIVOS
- Compartilhar experiências.
- Conhecer e valorizar diferentes manifestações culturais.
- Identificar as partes que compõem uma receita (título, lista de ingredientes e modo
de preparo).
- Escrever receitas, utilizando sua estrutura textual.
RECURSOS
Receita (ver p. 66, texto 1) escrita numa folha de papel madeira 3, fita adesiva,
quadro de giz e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alfabetizandos sobre os
diferentes hábitos e manifestações culturais que podem ser observados em todo
o Brasil;
Obs: chamar a atenção dos alunos para os hábitos e costumes de outras
regiões: formas de alimentação, modos de vestir, festas populares, crenças
religiosas, etc.
2. Solicitar aos alfabetizandos oriundos de outras cidades e regiões, ou que tenham
morado em outros lugares, que falem um pouco sobre os hábitos e costumes
observados por eles;
3. Explicar aos alunos que boa parte da diversidade cultural observada no Brasil
deve-se ao fato de termos herdado hábitos e costumes de várias outras culturas
(africana, européia, indígena, etc);
Obs: ressaltar que muitas pessoas julgam existirem culturas melhores ou
piores que outras, o que não é correto. O que há na realidade são culturas
diferentes.
4. Citar exemplos de festas, danças, crenças e hábitos alimentares herdadas de
outros povos;
3
Cada uma das partes da receita deverá ser escrita com cores diferentes: título, na cor preta;
ingredientes, na cor azul e modo de preparo, na cor verde;
20
5. Informar aos alfabetizandos que será feita a leitura de um texto que ensina como
preparar um dos pratos típicos da Região Nordeste: o baião de dois;
6. Perguntar aos alunos o que é necessário para se fazer o baião de dois e como ele
deve ser preparado;
7. Realizar em voz alta a leitura da receita;
8. Fixar no quadro de giz a receita;
9. Ler novamente a receita em voz alta, desta vez, apontando na folha de papel
madeira palavra por palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
10. Pedir a diferentes alfabetizandos que façam a leitura do texto em voz alta;
11. Perguntar aos alfabetizandos se já encontraram outros textos como esse no dia-adia, se sabem como ele se chama e qual a sua utilidade;
12. Explicar aos alfabetizandos o que é uma receita e para que ela serve;
13. Informar aos alunos que nas receitas há sempre dois tipos de informações
básicas: o que usar (ingredientes) e como usar (etapas de preparo). Em muitas
aparecem ainda outras informações importantes como o tempo de preparo e o
número de pessoas que servem.
Obs: chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato da receita está
escrita com cores diferentes;
14. Informar aos alunos que cada uma das cores representa uma das partes da
receita: as letras em preto formam o título (nome do prato), as letras em azul a
lista de ingredientes e as letras em verde, o modo de preparo;
Obs:
1. Reler em voz alta cada uma das partes da receita;
2. Informar que uma estrutura parecida pode ser encontrada nas
receitas para preparação de materiais de construção ou de
defensivos agrícolas.
15. Realizar, juntamente com os alfabetizandos, levantamento dos tipos de medida
que aparecem na receita (1 kg, 1/2 kg, 100 g, etc);
Obs: fazendo uso das medidas que aparecem na receita, o professor
poderá criar situações em que os alunos tenham que fazer uso de seus
conhecimentos matemáticos.
16. Propor aos alfabetizandos a criação de uma “receita maluca”;
17. Escrever no quadro de giz a seguinte lista de ingredientes:
- 1 kg de paciência;
- 1/2 kg de perseverança;
- 3 xícaras de fé;
- 1 pitada de paciência;
- 2 kg de amor;
18. Ler em voz alta a lista de ingredientes escrita no quadro;
19. Pedir aos alfabetizandos que, fazendo uso dos ingredientes escritos no quadro de
giz, criem uma receita;
Obs:
1. A receita deverá ser escrita no caderno;
2. Chamar a atenção dos alunos para as informações que não podem
faltar em uma receita: título, ingredientes e modo de preparo. O
professor deverá ajudá-los na escrita da receita.
20. Solicitar voluntários para fazerem a leitura da receita criada.
21
Variação
A partir da etapa 16, caso o professor deseje, poderá solicitar aos alfabetizandos
que, ao invés de criarem uma receita maluca, escrevam uma receita conhecida por
eles.
6. SUGESTÃO VI - Modalidade de texto: rótulo
OBJETIVOS
- Identificar nomes de produtos.
- Estabelecer relação entre sons da fala e a escrita
- Distinguir letra, sílaba e palavra.
- Analisar palavras em relação a quantidade de letras e sílabas.
- Escrever , com a ajuda do professor e dos colegas, pequenas frases.
RECURSOS
Quadro-de-giz, giz, rótulos, papel madeira, fita gomada e cola.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade solicitando aos alfabetizandos que formem um círculo;
2. Espalhar no chão, no meio do círculo, rótulos de diversos produtos;
3. Pedir aos alfabetizandos que identifiquem os rótulos de produtos conhecidos por
eles. Fazer uso da dinâmica da “batata quente” 4;
4. Escrever no quadro de giz o nome dos produto identificados
pelos
alfabetizandos;
5. Realizar em voz alta a leitura dos nomes escritos no quadro de giz, apontandoos. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
6. Dizer em voz alta alguns nomes e pedir aos alfabetizandos que os identifiquem
no quadro;
7. Promover o reconhecimento e contagem das letras e sílabas que formam cada
uma das palavras identificadas pelos alfabetizandos;
Obs: incentivar a participação dos alfabetizandos através de perguntas do
tipo: quantas letras tem a palavra arroz? Ela começa e termina com que
letra? Quantas vogais tem? quais são?
8. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos, com no máximo três
componentes;
9. Pedir aos grupos que criem frases com os nomes dos produtos escritos no
quadro;
Obs:
1. Circular entre os grupos ajudando-os na escrita das frases;
2. Caso ache mais conveniente, o professor poderá solicitar aos
alfabetizandos que criem as frases oralmente;
4
Fazer passar pelas mãos dos alfabetizandos o rótulo de um determinado produto, enquanto o professor, de
costas para a turma, conta até dez. Quando o professor encerrar a contagem, o aluno que estive com o rótulo
deverá ler em voz alta o nome do produto.
22
3. A criação das frases também poderá ser feita individualmente.
10. Solicitar aos grupos que façam a leitura das frases criadas;
Obs: para que cada um dos alfabetizandos possa comparar a sua escrita
com a do professor, este deverá escrever no quadro de giz todas as frases
criadas pelos grupos.
11. Realizar em voz alta, com o acompanhamento dos alfabetizandos, a leitura das
frases criadas, apontando no quadro, palavra por palavra;
12. Confeccionar, juntamente com os alfabetizandos, um mural com as frases
criadas
6. 1. SUGESTÃO VII – Modalidade de texto: rótulo
OBJETIVOS
- Conscientizar-se da importância das informações presentes nos rótulos.
- Identificar informações em um rótulo.
- Escrever palavras relacionadas a um determinado tema.
- Produzir, juntamente com o professor e os colegas de sala, um texto coletivo.
RECURSOS
Embalagens de vários tipos de produtos (arroz, macarrão, café, sabão, etc.), quadro e
giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade pedindo aos alfabetizandos que formem um círculo;
2. Espalhar no chão, no meio do círculo, as embalagens;
3. Escolher uma das embalagens e pedir aos alfabetizandos que tentem identificar
no rótulo palavras conhecidas;
Obs: no momento em que uma palavra for identificada, o professor
deverá escrevê-la no quadro de giz, fazer sua leitura e trabalhar o
reconhecimento e contagem das letras e sílabas. Fazer o mesmo com
todas as palavras identificadas pelos alfabetizandos nos rótulos de outras
embalagens.
4. Indagar aos alfabetizandos se eles sabem que informações estão presentes num
rótulo;
5. Informar que tipos de informações podem ser encontradas em um rótulo (data de
fabricação do produto, prazo de validade, forma de utilização, etc);
Obs:
1. Chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato de que
essas informações são imprescindíveis para a correta utilização e
armazenamento de determinados produtos, como por exemplo:
alimentos e defensivos agrícolas;
23
2. Falar das consequências oriundas da utilização de um produto fora
do prazo de validade ou que tenha sido utilizado ou armazenado
de forma inadequada.
6. Selecionar uma das embalagens trabalhadas;
7. Realizar em voz alta a leitura do nome do produto, data de fabricação, validade,
forma de utilização e conservação;
Obs: mostrar a localização dessas informações no rótulo da embalagem.
8. Dividir os alunos em pequenos grupos com no máximo dois componentes;
9. Distribuir aleatoriamente uma embalagem para cada um dos grupos;
10. Solicitar aos alfabetizandos que localizem no rótulo o nome do produto, data de
fabricação, prazo de validade e a forma de utilização;
Obs:
1. Os alfabetizandos deverão copiar as informações no caderno;
2. O professor deverá ajudá-los na localização das informações.
11. Pedir aos grupos que apresentem, um de cada vez, a embalagem recebida e as
informações solicitadas;
12. Propor aos alfabetizandos a produção de texto coletivo falando sobre a
importância das informações presentes nos rótulos dos produtos.
Obs: o professor irá mediar a fala dos alfabetizandos e será o redator do
texto, cabendo a ele “negociar” suas interferências e orientar quanto à
composição geral do texto.
13. Realizar em voz alta a leitura do texto produzido coletivamente, apontando no
quadro de giz cada uma das palavras. Os alunos deverão acompanhar e repetir;
14. Pedir aos alfabetizandos que copiem o texto no caderno.
24
3
Sugestões de atividades com textos de gênero
literário: fábula, letras de músicas e poema
1. SUGESTÃO I – Modalidade de texto: fábula
OBJETIVOS
- Conhecer e identificar uma fábula.
- Recontar textos narrativos (fábulas).
- Ler uma fábula.
- Reorganizar um texto narrativo.
- Reconhecer o valor cultural das fábulas.
- Escrever um novo final para uma história.
RECURSOS
A fábula “O cavalo e o burro”, de Esopo, escrita numa folha de papel madeira e
dividida em partes (ver p. 66, texto 2); fita gomada.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade pedindo aos alfabetizandos que formem um círculo;
2. Espalhar, aleatoriamente, pelo chão, as fichas contendo as diversas partes que
compõem o texto;
3. Explicar aos alfabetizandos que cada uma das fichas colocadas no chão contem a
parte de uma história, cujo título é formado por nomes de animais;
4. Pedir aos alfabetizandos que tentem identificar a ficha que contem o título do
texto;
Obs:
1. Lembrá-los de que o título é formado por nomes de animais;
2. Caso os alunos tenham dificuldades em localizar o título, o
professor deverá ajudá-los fornecendo pistas do tipo: os nomes
dos animais começam com as letras “C” e “B”, ambos são
animais de carga.
5. Fixar no quadro o título do texto e fazer em voz alta a sua leitura;
Obs: informar aos alfabetizandos que o texto lido é de autoria de um
escritor grego chamado Esopo que viveu no século VI a.C.. Por ser
escravo, ele usava a fábula para dizer certas verdades sobre os poderosos
da época.
6. Solicitar aos alfabetizandos que, a partir da leitura do título do texto, digam o
que vai acontecer na história;
7. Realizar, com a participação dos alfabetizandos, a reestruturação do texto:
25
a) Pedir aos alfabetizandos que leiam as fichas espalhadas pelo chão e,
em seguida, indiquem a que apresenta o início da história;
b) Fazer a leitura da ficha indicada pelos alunos;
c) Fixar no quadro, logo abaixo do título, a ficha selecionada contendo
o início da história;
d) Realizar em voz alta a leitura da primeira parte do texto e indagar
aos alunos o que acontecerá depois;
e) Solicitar aos alfabetizandos que indiquem uma outra ficha que dê
continuidade à história;
f) Fixar a ficha indicada no quadro e fazer sua leitura;
Obs:
1. Repetir os procedimentos acima até que o texto esteja
completo;
2. Caso a ficha escolhida não complete adequadamente o
texto, o professor deverá ler o trecho anterior, fixado no
quadro, e o novo, também indicado pelos alunos, para que
eles percebam que ambos não combinam. Pedir que
escolham outra ficha;
3. Sempre após a indicação de uma ficha, pedir aos alunos
que digam porque optaram por um o outro trecho, que
mostrem as pistas textuais utilizadas para a descoberta do
trecho seguinte.
8. Realizar em voz alta a leitura do texto já completo;
9. Conversar com os alfabetizandos sobre o conteúdo do texto, abordando questões
do tipo: quem são os personagens da história? O quê aconteceu? Qual será a
moral, o ensino contido nessa história? Quem os animais estão representando?
Alguém já ouviu falar ou presenciou uma situação parecida?
10. Perguntar aos alfabetizandos se eles conhecem outras histórias semelhantes a
que foi lida, e se gostariam de contá-las;
11. Informar os alfabetizandos que a história lida é um tipo especial de texto
chamado fábula. Explicar o que é uma fábula 5;
Obs: falar sobre a importância das fábulas como instrumento de
entretenimento e de ensino.
12. Ler novamente o texto em voz alta, desta vez, apontando palavra por palavra;
13. Iniciar a identificação de frases do texto. Dizer várias frases em voz alta e pedir a
diferentes alfabetizandos que as identifiquem no quadro;
14. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos;
15. Pedir que criem por escrito um outro final para a história;
Obs: circular entre os grupos ajudando-os na escrita do novo final.
16. Solicitar aos alunos que façam a leitura do que escreveram;
5
A fábula é uma narrativa que traz como personagens os animais. Encerra, normalmente, uma lição moral e
apresenta como temática: a vitória do bem sobre o mal, da fraqueza sobre a força, a demonstração de
piedade para os que não possuem, da derrota dos preguiçosos, dos orgulhosos. Normalmente, um dos
personagens anuncia, no final da narrativa, a lição moralizante.
26
2. SUGESTÃO II – Modalidade de texto: letra de música
OBJETIVOS
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Estabelecer relação entre sons da fala e as letras.
- Identificar palavras.
- Formar palavras.
- Produzir, juntamente com o professor e os colegas de sala, um texto coletivo.
RECURSOS
Letra da música “Cidadão” (ver p. 67, texto 3), escrita numa folha de papel madeira;
som com CD ou tape-deck e gravação da música; figuras ou desenhos de objetos que
aparecem no texto (edifício, escola, etc); alfabeto móvel6; dicionário; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade informando aos alfabetizandos que eles irão ouvir uma música
intitulada “Cidadão”, de autoria de um compositor chamado Lúcio Barbosa.
Pedir que ouçam com atenção;
Obs: antes de colocar a música, solicitar aos alfabetizandos que digam o
que esperam encontrar em uma música com esse título.
2. Colocar a música;
Obs: como se trata de uma música bastante conhecida, professor e
alfabetizandos poderão cantá-la juntos.
3. Verificar o que os alfabetizandos conseguiram compreender da música, por meio
de questionamentos do tipo: em que trabalhava o personagem da história? O que
aconteceu com ele após a construção do edifício e da escola? Ele se arrependeu
por ter deixado o Norte? Por quê?
Obs: mostrar aos alunos a configuração do texto, reconhecer e nomear
seus elementos: título, verso, estrofe.
4. Perguntar aos alfabetizandos o que é ser um CIDADÃO;
Obs:
1. Após os alfabetizandos darem suas opiniões, o professor deverá
ler em voz alta o significado da palavra cidadão no dicionário;
2. Mostrar e explicar aos alfabetizandos o que é um dicionário e qual
a sua utilidade.
5. Indagar aos alfabetizandos se eles acham que o personagem da história teve seus
direitos de cidadão respeitados, se isso acontece com freqüência no dia-a-dia, se
eles acham que no Brasil todas as pessoas são realmente tratadas como cidadãos
e o que falta para que todos tenham seus direitos assegurados;
Obs:
1. Pedir aos alfabetizandos que façam o relato de situações em que
acham que não tiveram seus direitos de cidadão respeitados;
2. Lembrá-los de que, além de direitos, o cidadão também tem
deveres. Enumerar alguns dos direitos e deveres do cidadão.
6
Cada alfabetizando também deverá levar para a sala de aula o seu alfabeto móvel. O professor deverá
avisá-los com antecedência.
27
6. Fixar na parede a folha de papel madeira com a letra da música escrita;
7. Realizar a leitura da letra da música em voz alta, apontando palavra por palavra.
Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
8. Iniciar a identificação de vocábulos que aparecem na letra da música. Dizer
várias palavras e pedir a diferentes alfabetizandos que as identifiquem na folha
de papel madeira;
9. Pedir aos alfabetizandos que formem um círculo e coloquem, no meio dele, no
chão, os alfabetos móveis;
10. Mostrar a figura de um dos objetos citados no texto. Por meio de perguntas,
fazer com que reflitam sobre a escrita da palavra e tentem formá-la, utilizando as
letras do alfabeto móvel.
Exemplo:
A palavra edifício tem quantas letras? Com que letra começa? Com que
letra termina? Quantas vogais tem? Quais são?
Obs:
1. Sempre que uma palavra for formada, o professor deverá escrevêla no quadro de giz;
2. Conduzir o exercício de maneira que todos os alfabetizandos
participem;
Após a formação de todas as palavras:
11. Ler em voz alta todas as palavras escritas no quadro de giz, apontando cada uma
delas. Os alunos deverão acompanhar e repetir;
12. Propor aos alfabetizandos a criação coletiva de um texto falando sobre o que é
ser cidadão;
Obs: o professor irá mediar a fala dos alfabetizandos e será o redator do
texto, cabendo a ele “negociar” suas interferências e orientar quanto à
composição geral do texto.
13. Realizar em voz alta a leitura do texto produzido coletivamente, apontando cada
uma das palavras. Os alunos deverão acompanhar e repetir.
14. Pedir aos alunos que copiem o texto caderno.
2. 1. SUGESTÃO III – Modalidade de texto: letra de música
OBJETIVOS
- Valorizar elementos da nossa cultura.
- Posicionar-se criticamente diante de fatos ou acontecimentos.
- Observar a configuração de um texto musical, reconhecer e nomear seus
elementos: título, verso, quarteto.
- Distinguir palavras, letras e sílabas.
- Escrever pequenas frases.
RECURSOS
28
Letra da música “Asa Branca” (ver p. 67, texto 4), escrita em uma folha de papel
madeira; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alfabetizandos sobre o
fenômeno da seca (abordar questões como: migração, indústria da seca,
possíveis soluções para a falta d` água, etc.);
Obs: chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato de que o
fenómeno da seca e o sofrimento do nordestino têm sido bastante
divulgados por vários poetas e cantores, destacando-se na área musical, a
figura do pernambucano, Luiz Gonzaga.
2. Falar um pouco sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga (ver pg. 75);
3. Fixar a folha de papel madeira com a letra da música Asa Branca, em um local
onde todos possam vê-la;
4. Realizar em voz a leitura da letra da música, apontando palavra por palavra;
Obs:
1. Como se trata de uma música bastante conhecida, o professor
poderá cantá-la juntamente com os alfabetizandos.
2. Chamar a atenção dos alfabetizandos para a beleza dos sons e do
ritmo das palavras. Mostrar quantas partes tem a música e explicar
o que é título, verso e quarteto.
5. Trabalhar, oralmente, por meio de perguntas a interpretação do texto, procurando
fazer com que os alfabetizandos relacionem o assunto nele abordado com suas
experiências e conhecimentos;
6. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos;
7. Escrever no quadro os dois primeiros quartetos da música, conforme o modelo
abaixo:
ASA BRANCA
QUANDO OLHEI A ......................... ARDENDO
QUAL .......................... DE SÃO JOÃO
EU PERGUNTEI A ............................ DO ..........
POR QUE TAMANHA JUDIAÇÃO ?
QUE BRASEIRO, QUE FORNALHA
NEM UM ................. DE .................................. !
POR FALTA D` ÁGUA PERDI MEU ...................
MORREU DE .................... MEU ALAZÃO.
8. Pedir aos alunos que copiem os quartetos no caderno;
9. Ler em voz alta para os alfabetizandos os quartetos escritos no quadro;
10. Explicar aos alunos que eles deverão tentar preencher os espaços em branco
com as palavras que faltam;
Obs:
1. O professor deverá cantar o primeiro verso a fim de que os alunos
percebam com que palavra deverão preencher o primeiro
espaço;
29
2. Antes de cantar o segundo verso, o professor terá que
aguardar alguns minutos para que os alfabetizandos tenham
tempo de escrever a palavra;
3. Sempre que o alfabetizador for cantar um novo verso, deverá
iniciar pelo anterior;
4. Repetir os procedimentos acima até o último verso.
11. Preencher os espaços em branco a partir da indicação dos alunos;
Obs: no momento de escrever uma palavra, o professor deverá
incentivar os alunos a dizerem: quantas letras ela tem, com que letra
começa, com que letra termina, quantas vogais, etc.
12. Realizar em voz alta a leitura dos quartetos já completos, apontando no quadro,
cada uma das palavras;
Obs: Os alunos deverão acompanhar a leitura repetindo em voz alta.
13. Pedir aos grupos que escrevam pequenas frases falando sobre a seca;
Obs: circular entre os grupos ajudando-os na escrita das frases.
14. Solicitar a cada um dos grupos que façam a leitura das frases criadas;
Obs: sempre que um grupo fizer a leitura de uma frase criada, o professor
deverá escrevê-la no quadro, para que os alfabetizandos possam comparar
sua escrita com a do professor.
2. 2. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: letra de música
OBJETIVOS
- Interpretar informações presentes em um texto.
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Escrever palavras relacionadas a um tema.
- Organizar palavras por ordem alfabética.
- Elaborar uma lista.
RECURSOS
Texto “Passaredo” (ver p. 68, texto 5), escrito numa folha de papel madeira; fita
gomada; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade informando aos alfabetizandos que será feito a leitura de um
texto, cujo título é “Passaredo”;
Obs: o professor poderá substituir o texto “Passaredo” por um dos textos de
autoria do cantador Neco Martins (ver p. 78). Nesse caso, alguns alterações
deverão ser feitas nos procedimentos didáticos..
2. Escrever o título do texto no quadro de giz;
3. Indagar aos alfabetizandos sobre que assunto eles acham que vai tratar o texto,
quais são as personagens e o que irá acontecer;
30
4. Ler o texto em voz alta;
Obs: caso o professor disponha de um equipamento de som (tape-deck ou
CD), com fita ou CD, poderá colocar a música para os alfabetizandos
ouvirem.
5. Conversar sobre o assunto abordado no texto, procurando verificar, oralmente, por
meio das perguntas abaixo, o que os alfabetizandos compreenderam da leitura:
a) Sobre o que trata o texto?
b) Quais os nomes de pássaros que aparecem no texto?
c) Com que os pássaros devem ter cuidado?
d) Que tipo de conselho é dado aos pássaros?
6. Debater com os alfabetizandos o problema da caça descontrolada de avoantes e da
necessidade de preservação de certas espécies ameaçadas de extinção;
7. Explicar aos alunos que o texto lido é de autoria de um poeta da cidade chamado
Chico Buarque;
Obs: falar um pouco sobre a vida e obra de Chico Buarque (ver
p. 75).
8. Fixar na parede a folha de papel madeira com o texto escrito;
9. Ler novamente o texto em voz alta, desta vez, apontando palavra por palavra;
10. Promover a identificação de palavras. O professor dirá em voz alta os nomes de
vários pássaros e pedirá a diferentes alfabetizandos que os localizem no texto
Obs:
1. Iniciar por voluntários, até que todos tenham participado;
2. Caso os alfabetizandos tenham dificuldade em identificar a palavra,
o professor deverá ajudá-los, fornecendo dicas do tipo: a palavra
começa com a letra “J” e termina com a letra “I”.
11. Ler em voz alta os nomes dos pássaros, apontando no quadro, palavra por palavra;
12. Pedir aos alfabetizandos que organizem no caderno os nomes dos pássaros por
ordem alfabética;
13. Realizar a correção no quadro com a participação dos alfabetizandos;
Obs:
1. O professor deverá pedir aos alunos que digam os nomes
dos pássaros que são citados no texto e que começam por cada
uma das letras do alfabeto;
2. Aproveitar a ocasião para trabalhar o reconhecimento de
letras.
14. Dividir a turma em pequenos grupos;
15. Solicitar aos grupos que escrevam uma lista com os nomes de pássaros
existentes na região;
Obs:
1. Explicar o que é uma lista, sua utilidade e de que forma ela pode
ser organizada;
2. Circular entre os grupos, ajudando-os na escrita dos nomes que
comporão a lista.
16. Solicitar aos grupos, um de cada vez, que façam a leitura da lista elaborada;
Obs: no momento em que um grupo estiver fazendo a leitura da
lista elaborada, o professor deverá escrever no quadro os nomes que
compõem a lista. Fazer o mesmo com todos os grupos.
31
17. Realizar em voz alta a leitura de todas as listas, apontando no quadro, palavra
por palavra;
18. Pedir aos alunos que identifiquem os nomes que se repetem nas listas;
Obs: eliminar as repetições.
19. Elaborar no quadro uma lista única;
Obs: o professor deverá dar um título à lista.
20. Solicitar aos alunos que copiem a lista no caderno, juntamente com o título
“PÁSSAROS DA MINHA REGIÃO”.
2. 3. SUGESTÃO V – Modalidade de texto: letra de música
OBJETIVOS
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado
- Valorizar o lugar em vive, as pessoas e a cultura local.
- Usar a escrita no sentido correto (da esquerda para a direita, de cima para baixo)
- Estabelecer relação entre sons da fala e a escrita
- Identificar palavras
- Produzir, juntamente com o professor e os colegas de sala, um texto coletivo
RECURSOS
Letra da música “Vai Boiadeiro”, de Luiz Gonzaga (ver p.68, texto 6), escrito numa
folha de papel madeira; som com CD ou tape-deck; fichas de cartolina contendo as
seguintes palavras: boiadeiro, gado, dez (duas vezes), cabeça, bonitas, fiarada,
bonitos, Rosinha, pequenina, miudinha e bonita.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade indagando aos aprendizes o que eles pensam sobre o lugar em
que vivem, a profissão que exercem, se são felizes morando ali e fazendo o que
fazem, se gostariam de modificar alguma coisa e o que acham dos hábitos e
costumes do lugar;
Obs: o professor deverá, por meio desses e outros questionamentos,
instigar os alfabetizandos a participarem da discussão.
2. Informar aos alfabetizandos que eles irão ouvir uma música intitulada “Vai
Boiadeiro”, de autoria do rei do Baião, Luiz Gonzaga. Pedir que ouçam com
atenção;
Obs: antes de colocar a música, solicitar aos alfabetizandos que digam o
que esperam encontrar em uma música com esse título.
3. Colocar a música;
Obs: como se trata de uma música bastante conhecida, professor e
alfabetizandos poderão cantá-la juntos.
4. Verificar o que os alfabetizandos conseguiram compreender da música, por meio
de questionamentos do tipo: sobre o que fala o texto? O que o boiadeiro faz pela
32
manhã e a tarde? O que ele diz sobre a boiada, a esposa e os filhos? Ele se
mostra descontente com a vida que leva?
Obs: Chamar a atenção dos aprendizes para o fato de que, quase sempre,
esquecemos de atentar para as coisas boas presentes em nossas vidas
(pessoas com as quais convivemos, lugar em que moramos, profissão que
exercemos etc.). Infelizmente, na maiorias das vezes, só vemos o lado
negativo das coisa;
5. Perguntar aos alfabetizandos se eles sabem quem foi e o que fez Luiz Gonzaga;
Obs:
1. Neste momento, o professor deverá informar aos alfabetizandos
que Luiz Gonzaga soube, como ninguém, reconhecer e valorizar
através de canções como: Vai Boiadeiro, no Ceará não Tem disso
Não, No meu Pé de Serra e tantas outras o valor do homem do
campo, do boiadeiro, enfim, dos hábitos e costumes nordestinos;
2. Falar um pouco sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga.
6. Fixar a folha de papel madeira com a letra da música, em um local onde todos
possam vê-la;
7. Colocar novamente a música;
8. Chamar a atenção dos alfabetizandos para a beleza dos sons e do ritmo das
palavras. Mostrar quantas partes tem a música e explicar o que é título, verso e
quarteto.
9. Realizar em voz a leitura da letra da música, apontando, na folha de papel
madeira, palavra por palavra;
Obs: os alunos deverão acompanhar e repetir.
10. Chamar a atenção dos alunos para o fato de que se ler e se escreve da esquerda
para a direita, de cima para baixo, que entre uma palavra e outra deve haver um
pequeno espaço;
11. Solicitar aos alunos que formem um semicírculo;
12. Colocar no chão, no meio do semicírculo, fichas de cartolina contendo as
seguintes palavras:
BOIADEIRO
GADO
FIARADA
DEZ
MIUDINHA
BONITA
DEZ
BONITOS
CABEÇA
BONITAS
ROSINHA
PEQUENINA
13. Informar aos alunos que cada uma das fichas colocadas no chão contem as
características de três coisas muito valorizadas pelo boiadeiro: o gado, os filhos e
a esposa;
14. Pedir aos aprendizes que, a partir da observação de cada uma das fichas, tentem
identificar as palavras BOIADA, FIARADA e ROSINHA;
Obs: o professor deverá ajudar os alfabetizandos na identificação das
palavras, guiando-os por meio de perguntas do tipo: a palavra boiada é
escrita com muitas ou poucas letras? Ela começa e termina com que
letras?
Após a identificação das palavras pelos alunos:
33
15. Solicitar aos alunos que identifiquem as palavras relacionadas com boiada
(gado, dez, cabeças, bonitas), fiarada (dez, bonitos) e Rosinha (pequenina,
miudinha, bonita);
Obs:
1. Mais uma vez o professor deverá ajudar os alfabetizandos a
identificarem as palavras por meio de indagações do tipo: quantos
animais tem o boiadeiro? o que o ele diz sobre esses animais
(característica)?
2. À medida que as palavras forem sendo identificadas, o professor
deverá organizá-las conforme a disposição abaixo:
BOIADA
GADO
DEZ
CABEÇAS
BONITAS
FIARADA
DEZ
BONITOS
ROSINHA
PEQUENINA
MIUDINHA
BONITA
16. Pedir aos alunos que façam desenhos representando as três coisas de grande
importância para o boiadeiro, ou seja, a boiada, a fiarada e a esposa Rosinha.
Ao lado de cada desenho, o alfabetizando deverá ainda, escrever as palavras das
fichas que tenham relação com ele;
17. Elaborar um painel com os desenhos de todos os alunos;
18. Propor aos alfabetizandos a produção de um texto coletivo falando das coisas
boas existentes na comunidade em que residem;
Obs: o professor irá mediar a fala dos alfabetizandos e será o redator do
texto, cabendo a ele “negociar” suas interferências e orientar quanto à
composição geral do texto.
19. Realizar em voz alta a leitura do texto produzido coletivamente, apontando cada
uma das palavras. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
20. Reforçar junto aos alfabetizandos a importância de se valorizar o lugar em que
vivemos, as pessoas com as quais convivemos e as manifestações culturais que
fazem parte da nossa tradição;
21. Pedir aos alfabetizandos que copiem o texto produzido no caderno.
3. SUGESTÃO VI – Modalidade de texto: poema
OBJETIVOS
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Conhecer o nome e breves dados biográficos de um dos grandes poetas
brasileiros.
- Observar a configuração de um poema e reconhecer seus elementos: título,
verso, estrofe.
- Observar os recursos sonoros dos poemas: repetições sonoras e rimas.
- Atentar para as diferenças existentes entre linguagem oral e linguagem escrita.
34
-
Ampliar as formas de expressão.
RECURSOS
- Poema “Poeta da roça” (ver p. 69, texto 7), escrito numa folha de papel madeira;
- Fichas contendo palavras do poema escritas conforme o modelo que segue:
FIO
-
Quadro e giz.
FILHO ; PAPÉ
PAPEL ;
VEVE VIVE ; SODADE SAUDADE
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade escrevendo no quadro de giz, de forma desordenada, as letras
necessárias para se forma o nome do poeta Patativa do Assaré;
2. Incentivar os alfabetizandos a dizerem que nome de pessoa pode ser formado
com as letras escritas no quadro de giz. O professor deverá fornecer as seguintes
pistas:
a) é o nome de um poeta muito conhecido;
b) também é o nome de um pássaro;
c) tem como sobrenome o nome de uma cidade da Região do Cariri.
Obs:
1. As pistas não deverão ser fornecidas todas de uma única vez;
2. Caso seja necessário, o alfabetizador poderá fornecer outras pistas
até que os alunos descubram o nome em questão.
3. Escrever o nome do poeta no quadro a partir de indicações dadas pelos alunos;
Obs: incentivar a participação dos alunos por meio de perguntas do tipo:
quantas letras tem o nome Patativa? Com que letra começa? Com que
letra termina?
4. Falar brevemente sobre a vida e obra do poeta (ver p. 75);
5. Realizar em voz alta a leitura do poema;
6. Conversar com os alfabetizandos sobre o conteúdo do poema, procurando
verificar, por meio de perguntas, o que os alfabetizandos compreenderam da
leitura;
7. Fixar na parede a folha de papel madeira com o poema copiado;
8. Ler novamente o poema em voz alta, desta vez, apontando cada uma das palavra;
Obs: fazendo uso do poema, chamar a atenção dos alfabetizandos
para os seus elementos constituintes (título, verso, estrofe) e para os
recursos sonoros utilizados (repetições sonoras e rimas).
9. Solicitar aos alfabetizandos que formem um círculo;
10. Colocar no chão, de forma aleatória, as fichas com as palavras do texto,
11. Realizar a identificação das palavras escritas nas fichas. O professor faz a leitura
de cada uma delas e pede a diferentes alfabetizandos que encontrem a ficha que
contem a palavra;
Obs:
1. Após a identificação da ficha pelo aluno, o professor deverá
mostrá-la a turma e fazer sua leitura;
2. Repetir os procedimentos acima até que todas as palavras tenham
sido identificadas.
35
3. Palavras com o mesmo significado devem ser colocadas lado a
lado.
Após a identificação de todas as fichas:
12. Mostrar as fichas que apresentam palavras com o mesmo significado (fio – filho,
papé – papel, etc), procurando chamar a atenção dos alunos para a maneira como
elas estão escritas;
13. Explicar aos alfabetizandos que, embora, palavras como: fio e filho, apresentem
diferenças na maneira como estão escritas, elas têm o mesmo significado.
14. Perguntar aos alunos se eles sabem por que uma mesma palavra aparece escrita
de diferentes maneiras;
15. Explicar aos alunos que há diferenças entre a língua oral e a escrita, que as
formas “papé”, “mio” e “trabaio”, por exemplo, são, respectivamente, variações
das palavras “papel”, “milho” e “trabalho”. As três primeiras formas podem ser
usadas na linguagem oral (fala), sendo aceitas em situações informais de
comunicação (conversar entre amigos, familiares, etc.). No entanto, no momento
de escrevê-las, as formas aceitas são: papel, milho e trabalho.
Obs:
1. Informar que, dada a grande variedade lingüística existente
(sotaques, gírias e expressões de diferentes regiões do pais), não
podemos escrever do jeito que falamos, porque isso dificultaria a
compreensão.
Exemplo:
A palavra “muito” pode ser pronunciadas de diferentes
maneiras: muintu, muntcho, muito e munto.
2. Explicar que não existe uma forma se falar melhor ou pior que
outra, o que há na realidade são linguagens diferentes. Chamar
ainda a atenção dos alunos para os diferentes modos de falar e os
efeitos que podem provocar sobre os que recebem a mensagem.
16. Escrever no quadro frases do texto que apresentem palavras como: fio,
trabaio, papé, veve, sodade, etc, grifando-as;
Exemplo:
Só fumo cigarro de paia de mio.
Trabaio na roça, de inverno e de estio.
17. Pedir aos alfabetizandos que escrevam as frases no caderno, adequando as
palavras grifadas a linguagem escrita;
18. Realizar a correção no quadro, com a participação dos alfabetizandos.
36
4
Sugestões de atividades com textos de tradição
oral: adivinhações, lendas, pára-choques de
caminhão, provérbios e quadras populares
1. SUGESTÃO I – Modalidade de texto: adivinhações
OBJETIVOS
- Interpretar as informações em um pequeno texto.
- Estabelecer relação entre linguagem oral e linguagem escrita.
- Escrever palavras a partir de uma informação dada.
- Escrever adivinhações conhecidas.
RECURSOS
Adivinhações (ver p. 76), quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Apresentar o tema da atividade aos alfabetizandos;
2. Realizar em voa alta a leitura de uma adivinhação. Os alfabetizandos deverão
dizer a resposta;
3. Copiar no quadro alguns exemplos de adivinhações;
4. Realizar em voz alta a leitura de cada uma das adivinhações, apontando palavra
por palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
5. Pedir aos alfabetizandos que digam a resposta de cada uma das adivinhações;
Obs: realizar, junto aos alunos, levantamento das pistas dadas pelos
textos que possibilitaram a descoberta da resposta de cada uma das
adivinhações;
6. Propor aos alunos a realização de um jogo;
7. Dividir os alunos em pequenos grupos;
8. Explicar a forma de realização do jogo:
a) O professor fará a leitura de algumas adivinhações para que os
alfabetizandos, reunidos em grupos, encontrem as respostas e
escrevom-nas no caderno, sem revelá-las para os outros grupos.
Obs:
1. Após a leitura de uma adivinhação, aguardar alguns
minutos para que os alunos tenham tempo de
escrever a resposta no caderno;
2. Circular entre os grupos ajudando-os, caso
seja
necessário, na escrita das respostas.
37
Após a leitura das adivinhações:
9. Reler as adivinhações e pedir aos grupos, um de cada vez, que digam suas
respostas;
Obs:
1. Para que cada um dos alunos possa comparar sua escrita com a do
professor, este deverá escrever no quadro cada uma das respostas
dadas pelos grupos (mesmo incorretas);
2. O grupo vencedor será aquele que acertar o maior número de
respostas.
10. Solicitar ao grupos que escrevam adivinhações conhecidas por eles;
Obs:
1. O professor dever circular entre os grupos ajudando-os na escrita
das adivinhações;
2. A escrita das adivinhações também poderá ser feita
individualmente.
11. Solicitar voluntários para fazer a leitura do que foi escrito.
2. SUGESTÃO II – Modalidade de texto: lenda
OBJETIVOS
Valorizar elementos da nossa cultura.
Diferenciar relatos históricos de relatos ficcionais.
Posicionar-se criticamente diante de um texto lido.
Narrar lendas conhecidas.
Identificar e utilizar sílabas corretamente.
RECURSOS
Textos: “Todo povo tem sua história” e “O lobisomem”(ver p. 69 e 70, textos 8 e 9);
quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alfabetizandos sobre a
tradição oral de contar histórias;
Obs: mostrar aos alfabetizandos que o ato de contar histórias, sejam elas
reais ou não, é algo que faz parte do nosso dia-a-dia, da nossa cultura.
2. Realizar em voz alta a leitura do texto I;
Obs: durante a leitura, realizar paradas para discutir com os
alfabetizandos pontos interessantes do texto, perguntar o que eles
pensam sobre o que foi dito, etc.
3. Indagar aos alfabetizandos se eles sabem o que é uma lenda;
4. Explicar o que é uma lenda, exemplificando com a leitura do texto “O
lobisomem”;
38
Obs: antes de iniciar a leitura do texto, incentivar os alfabetizandos,
através da apresentação do título e da formulação de perguntas, a
utilizarem seus conhecimentos de mundo para preverem o conteúdo do
texto;
5. Debater com os alfabetizandos o conteúdo do texto II, procurando confrontar o
que foi lido com aquilo que os alfabetizandos sabem a respeito dessa lenda;
6. Pedir aos alfabetizandos que façam o relato de outras lendas conhecidas;
7. Explicar aos alfabetizandos a diferença entre relatos históricos e relatos
ficcionais;
8. Fixar a folha de papel madeira contendo o texto “O lobisomem”, em um local
onde todos possam vê-la;
9. Ler novamente o texto, desta vez, apontando na folha de papel madeira cada
uma das palavras. Os alunos deverão acompanhar e repetir;
10. Solicitar voluntários para identificarem no texto frases e palavras ditas pelo
professor;
11. Escrever no quadro de giz o seguinte texto:
O LOBISOMEM
DIZ A LEN....... QUE O ......BISOMEM É O .....LHO
HOMEM QUE NAS...... DEPOIS DE .....TE FILHAS ......LHER
E
SÓ COMEÇA A SE TRANSFOR...... A PARTIR DOS
TRE..... ANOS DE IDA.... .
12. Informar aos alfabetizandos que no pequeno texto escrito no quadro, algumas
palavras estão incompletas;
13. Realizar em voz alta a leitura do texto, mesmo faltando sílabas em algumas
palavras;
14. Pedir aos alfabetizandos que copiem o exercício no caderno e, em seguida,
completem as palavras com as sílabas que faltam;
15. Realizar a correção no quadro;
Obs:
1. Sempre que for completar uma palavra do texto, o professor
deverá incentivar os alfabetizandos a dizerem a sílaba que falta e
com que letras ela é formada;
2. Após completar uma palavra, realizar em voz alta a leitura da
mesma, apontando-a no quadro.
16. Destacar as sílabas utilizadas para completar as palavras;
17. Pedir aos alfabetizandos que digam outras palavras começadas por cada uma das
sílabas destacadas;
Obs: incentivar os alfabetizandos a dizerem como as palavras devem ser
escritas.
2.1. SUGESTÃO III – Modalidade de texto: lenda
39
OBJETIVOS
- Recontar textos narrativos (lendas)
- Estabelecer relação entre linguagem oral e linguagem escrita.
- Reconhecer o valor cultural das lendas;
- Ler e analisar oral e coletivamente uma lenda;
- Escrever, com ajuda do professor e dos colegas, títulos de lendas.
RECURSOS
Cartazes com ilustrações de várias lendas7, dentre elas a do surgimento da mandioca
(ver p. 70, texto 10); cartolina; lápis de cor, quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade fixando nas paredes da sala de aula os cartazes contendo
ilustrações (desenhos) de várias lendas
Obs.: cada cartaz deverá representar uma lenda diferente.
2. Informar aos alfabetizandos que os cartazes expostos contêm ilustrações de
histórias conhecidas por muitos de nós;
3. Chamar a atenção dos alunos para o cartaz em que aparece a ilustração da
história do surgimento da mandioca;
4. Conversar informalmente com os alunos sobre a ilustração e, em seguida, pedir
que digam o que eles acham que vai acontecer na história representada naquele
desenho;
Obs.: somente após os alunos dizerem o que pensam é que o professor
deverá informar que a ilustração contida no cartaz é da história do
surgimento de um alimento muito consumido no nordeste brasileiro - a
mandioca.
5. Realizar em voz alta a leitura do texto, tendo o cuidado de realizar paradas para
comentar com os alunos passagens interessantes da história;
6. Indagar aos aprendizes se eles conhecem outras histórias parecidas com a do
surgimento da mandioca e se gostariam de contá-las para a turma;
7. Informar aos alfabetizandos que esses tipos de história que, normalmente,
passam de geração a geração e que relatam histórias fantásticas são conhecidas
pelo nome de lendas;
8. Explicar aos alunos que lendas são histórias contadas que passam de geração a
geração. Lenda não significa mentira, e nem verdade absoluta, o que deve ser
observado é que uma história para ser criada, defendida e resistir ao tempo sem
ser esquecida, sobrevivendo na memória das pessoas, deve ter no mínimo um
pouco de fatos verídicos.
Obs.: informar aos alunos que, apesar de muitas pessoas afirmarem que as
lendas são apenas frutos do imaginário popular, em muitos casos, elas
nascem de fatos ou acontecimentos reais, não muito bem compreendidos e
explicados pelas pessoas.
9. Fazer em voz alta a leitura das lendas que estão representadas nos cartazes;
Obs.: neste momento, abrir espaço para que os alunos façam o relato de
outras lendas conhecidas.
7
O professor poderá preparar cartazes com ilustrações que representem as seguintes lendas: Boto, Boitatá,
Saci-Pererê, Curupira, Caipora e etc.
40
10. Escrever no quadro os títulos (nomes) das lendas representadas nos cartazes;
11. Realizar em voz alta a leitura de cada um dos títulos, apontando-os no quadro de
giz. Os alunos deverão acompanhar e repetir;
12. Dizer em voz alta os nomes de diferentes lendas e pedir a diferentes alunos que
os identifiquem no quadro de giz;
13. Dividir a turma em pequenos grupos, com no máximo dois ou três componentes;
14. Entregar a cada um dos grupos as letras necessárias para se formar o título de
uma determinada lenda. Exemplo, para se formar o título: Lenda do Curupira,
serão necessárias as seguintes letras: l, e, n, d, a (duas vezes), c, u (duas vezes), r
(duas vezes), p e i;
15. Pedir a cada um dos grupos que, fazendo uso das letras recebidas, forme o título
de uma lenda indicada pelo professor.
Obs.:
1. Cada grupo deverá ficar com um título diferente;
2. Dependo do nível da turma, o professor poderá aumentar o grau
de dificuldade do exercício, distribuindo para cada um dos grupos
mais letras do que as necessárias para se formar o título indicado;
3. O professor deverá passar em cada um dos grupos, orientando-os
na escrita dos título.
Após a escrita dos títulos:
16. Entregar a cada um dos grupos o cartaz correspondente ao título formado;
17. Pedir aos grupos que escrevam no cartaz recebido o título da lenda nele
representado;
18. Solicitar a cada um dos grupos que apresente o cartaz recebido, já com o título
escrito;
19. Fixar novamente os cartazes na parede da sala de aula
3. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: pára-choques de caminhão
OBJETIVOS
- Estabelecer relação entre linguagem oral e linguagem escrita.
- Apreciar e reconhecer o valor cultural dos pára-choques de caminhão.
- Apresentar oralmente pára-choques de caminhão conhecidos.
- Identificar palavras, sílabas e letras.
- Analisar palavras em relação à quantidade de letras, sílabas, vogais e consoantes.
- Escrever palavras a partir de uma sílaba dada.
RECURSOS
Pára-choques de caminhão (ver p. 77), quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
41
1. Iniciar a atividade perguntando aos alfabetizandos se eles conhecem ou se já
ouviram falar de um tipo de texto chamado “pára-choque de caminhão”;
Obs: num primeiro momento, provavelmente, os alfabetizandos farão
referência ao dispositivo presente nos carros destinado a amortecer
impactos.
2. Realizar em voz alta a leitura de um pára-choque e, em seguida, explicar para os
alfabetizandos que tipo de texto é esse;
Obs: chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato de que os párachoques de caminhão retratam uma das grandes características da cultura
popular brasileira, que é a de brincar com a própria desventura.
3. Pedir aos alfabetizandos que digam outros pára-choques conhecidos por eles;
4. Escrever no quadro um dos pára-choques dito pela turma, de preferência, aquele
que for conhecido pela maior parte dos alfabetizandos;
5. Realizar em voz alta a leitura do pára-choque, apontando no quadro de giz,
palavra por palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
Obs: após a leitura do pára-choque, o professor deverá, por meio de
perguntas, trabalhar a sua interpretação.
6. Chamar a atenção dos alfabetizandos para certos aspectos formais da
escrita: direção (da esquerda para a direita), espaços entre as palavras;
7. Dizer, em voz alta, palavras que aparecem no pára-choque e pedir aos
alfabetizandos que as identifiquem no quadro;
Obs: circular no texto as palavras identificadas pelos alfabetizandos.
8. Ler em voz alta cada uma das palavras circuladas, apontando-as no quadro de giz;
9. Realizar, juntamente com os alunos, a análise de cada uma das palavras:
identificação e contagem do número de letras, sílabas, vogais e consoantes;
Obs: a contagem das sílabas de cada uma das palavras deverá ser feita
oralmente. Batucar o número de sílabas (uma batida para cada sílaba);
10. Escrever no quadro de giz, de forma bem destacada, cada uma das sílabas
identificadas na etapa anterior;
11. Organizar os alfabetizandos em pequenos grupos, com no máximo três
componentes;
12. Propor aos alfabetizandos a realização de uma competição entre os grupos:
13. Explicar a forma de realização da competição: o professor escolherá algumas
sílabas dentre as que foram destacadas na etapa 10. Em seguida, apontará, no
quadro de giz, cada uma delas, pronunciando-as em voz alta. Os grupos, por sua
vez, deverão escrever no caderno uma palavra que apresente a sílaba dita pelo
professor.
Obs:
1. Após dizer uma sílaba, aguardar alguns minutos para que os
grupos tenham tempo de escrever a palavra;
2. O grupo que conseguir escrever palavras com todas as sílabas
apresentadas pelo professor será o vencedor e, como tal, terá
direito a um prêmio surpresa (criar, oralmente, duas frases com
palavras ditas pela turma);
3. Ao invés de escrever, o professor poderá pedir, alternadamente, a
cada um dos grupos que digam palavras que apresentem as sílabas
apontadas;
14. Realizar a correção no quadro com a participação dos alfabetizandos;
42
Obs:
1. Escrever no quadro de giz cada uma das palavras ditas pelos
grupos, observando se elas apresentam a sílaba pedida;
2. Antes de inicia a escrita de uma palavra, perguntar aos
alfabetizandos quantas letras tem a palavra, quantas vogais,
quantas consoantes, com que letra começa, com que letra
termina, etc;
4. SUGESTÃO V – Modalidade de texto: provérbios
OBJETIVOS
- Estabelecer relação entre linguagem oral e linguagem escrita.
- Reconhecer o valor cultural dos provérbios;
- Ler e analisar oral e coletivamente um provérbio;
- Reordenar palavras;
- Escrever, com ajuda do professor e dos colegas, pequenas frases.
RECURSOS
Provérbios diversificados (ver p. 77), quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade conversando com os alfabetizandos sobre o tema a ser
enfocado, procurando verificar, por meio de perguntas, se eles sabem o que é
um provérbio;
2. Realizar em voz alta a leitura de alguns exemplos de provérbios;
Obs: fazendo uso de perguntas, o professor deverá, sempre após a leitura
de um provérbio, levar os alfabetizandos a perceberem a mensagem
contida no texto;
3. Explicar aos alfabetizandos o que é um provérbio;
4. Abrir espaço para que os alunos apresentem, oralmente, provérbios conhecidos
por eles;
5. Escolher, dentre os provérbios lidos na etapa 2, aquele que for conhecido pela
maior parte dos alfabetizandos;
6. Escrever no quadro o provérbio selecionado, alterando a ordem das palavras;
Exemplo:
MOLE ÁGUA PEDRA EM TANTO DURA FURA ATÉ BATE QUE.
7. Realizar em voz alta a leitura das palavras escritas no quadro;
Obs:
1. Mostrar aos alfabetizandos que a ordem das palavras foi alterada;
2. Pedir aos alfabetizandos que digam que provérbio pode ser
formado utilizando as palavras escritas no quadro;
3. Chamar a atenção dos alfabetizandos para o fato de que, por está
com as palavras fora de ordem, o provérbio acabou perdendo o
sentido;
43
8. Organizar os alunos em pequenos grupos, com no máximo dois componentes;
9. Pedir aos alfabetizandos que escrevam o provérbio no caderno, colocando as
palavras na ordem correta;
Obs: caso ache mais conveniente, a reestruturação do provérbio poderá ser
feita individualmente.
10. Realizar a correção no quadro, com a participação de todos os grupos;
Obs: O professor deverá organizar as palavras a partir de indicações dadas
pelos grupos.
11. Realizar a leitura do provérbio já estruturado, desta vez, apontando no quadro,
palavra por palavra à medida que as lê. A turma acompanha e repete;
Obs:
1. Chamar a atenção dos alfabetizandos para alguns aspectos formais
da escrita como sistema de representação: direção (da esquerda
para a direita), limites gráficos das palavras (onde começam e
onde terminam);
2. Promover a repetição da leitura do provérbio, ora pela turma toda,
ora por um único aluno;
3. Chamar os alfabetizandos ao quadro de giz para apontar no texto
uma palavra pedida pelo professor ou pelos colegas de sala.
12. Pedir aos grupos que escolham uma das palavras do provérbio e escrevam uma
frase em que ela apareça;
Obs: ao invés de escrever frases, o professor poderá solicitar aos
alfabetizandos que escrevam provérbios conhecidos.
13. Solicitar aos grupos, um de cada vez, que façam a leitura da frase criada;
Obs: sempre que um grupo concluir a leitura da frase criada, o professor
deverá escrevê-la no quadro e fazer sua leitura, apontando palavra por
palavra.
14. Pedir aos alfabetizandos que copiem todas as frases no caderno.
5. SUGESTÃO VI – Modalidade de texto: quadras populares
OBJETIVOS
- Valorizar elementos que fazem parte da nossa cultura.
- Conhecer e identificar uma quadra popular.
- Observar os recursos sonoros das quadras – repetições sonoras, rimas.
- Apresentar, oralmente, quadras conhecidas.
- Reordenar os versos de uma quadra.
RECURSOS
- Quatro folhas de cartolina, cada uma delas contendo uma quadra diferente
escrita (ver p. 78);
- Uma quadra escrita em fichas (em cada ficha um verso), em quantidade suficiente
para sete grupos;
44
Exemplo:
ATÉ NAS FLORES SE ENCONTRA
A DIFERENÇA DA SORTE
UMAS ENFEITAM A VIDA
OUTRAS ENFEITAM A MORTE
Obs: as fichas devem conter uma das quadras que foram escritas nas
folhas de cartolina.
- Fita gomada;
- Quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade fixando em uma das paredes da sala de aula as folhas de
cartolina com as quadras escritas;
2. Pedir aos alfabetizandos que se aproximem das folhas de cartolina fixadas na
parede e observe-as com atenção;
3. Instigar os alfabetizandos a pensarem sobre o que pode estar escrito nas folhas
de cartolina. Formular perguntas do tipo: o que vocês acham que estar escrito em
cada uma dessas folhas? Vejam se conseguem identificar alguma palavra.
Obs: após uns quinze ou vinte minutos, solicitar aos alfabetizandos que
retornem aos seus lugares.
4. Pedir aos alfabetizandos que digam o que eles acham que está escrito nas folhas
de cartolina e que palavras foram identificadas;
5. Realizar em voz alta a leitura de cada uma das quadras escritas nas folhas de
cartolina;
6. Perguntar aos alfabetizandos se eles sabem como se chamam os textos que foram
lidos;
7. Explicar aos alfabetizandos o que são quadras;
Obs: fazendo uso de uma das quadras, mostrar aos alfabetizandos o que é
um verso. Chamar a atenção deles para a presença de rimas e de
repetições sonoras.
8. Indagar aos alunos se eles conhecem outras quadras e se gostariam de recitá-las
para toda a turma;
Obs: explicar para os alfabetizandos que, assim como os pára-choques de
caminhão e os provérbios, a quadras também fazem parte da nossa cultura
e, como tal, tem o seu valor.
9. Retirar da parede as folhas de cartolina com as quadras, deixando somente uma
delas;
Obs: a quadra a ser deixada na parede deverá ser a mesma que aparece nas
fichas a serem utilizadas posteriormente.
10. Ler novamente a quadra em voz alta, apontando palavra por palavra. Os
alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
Obs: após a leitura, retirar a quadra da parede.
11. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos, com no máximo três
componentes;
45
12. Distribuir a cada um dos grupos, quatro fichas de cartolina, cada uma delas
contendo um verso da quadra lida na etapa 10;
13. Solicitar aos grupos que organizem os versos na seqüência correta;
Obs: circular entre os grupos, observando se os grupos conseguem
organizar os versos.
14. Pedir aos grupos que mostrem como cada um deles organizou a quadra;
15. Realizar a correção no quadro, com a participação dos alfabetizandos;
Obs: durante a organização das fichas, formular questionamentos
do tipo: por que esse e não aquele verso deve aparecer primeiro? Os
versos estão combinando (rimando) um com o outro? Há repetições
sonoras?
16. Pedir que copiem a quadra no caderno.
46
5
Sugestões de atividades com textos dos meios de
comunicação: anúncio, notícias e manchetes
1. SUGESTÃO I – Modalidade de texto: anúncio
OBJETIVOS
- Conhecer, identificar e ler anúncios.
- Perceber a importância dos anúncios.
- Identificar os recursos visuais utilizados nesses textos (tipo e tamanho das letras,
cores, ilustrações).
- Escrever pequenos anúncios.
RECURSOS
- Anúncios diversificados (retirados dos classificados de um jornal, reproduzidos
em folhas de cartolina).
Exemplos:
-
ALUGO CASA , sala, 2
quartos, cozinha e quintal. R$
250, na Rua Antônio Pompeu
1328. Tratar com Bruno. Fone:
494-2308
VENDO
CASA com
3
quartos, sala, copa, cozinha,
banheiro e quintal,
no
conjunto Castelo Branco.
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Francisco, no Sítio Vale das
Flores. Maranguape.
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como motorista. Experiência de
3 anos. Marcos Paulo. Rua Júlio
César, 590. Bairro de Fátima.
Fita gomada;
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade perguntando aos alfabetizandos o que eles normalmente fazem
quando querem vender, compra, trocar alguma coisa ou conseguir um emprego;
Obs: conversar informalmente com os alunos sobre as diferentes respostas
surgidas.
2. Informar aos alfabetizandos que muitas pessoas quando querem conseguir um
emprego, vender, comprar ou trocar alguma coisa, costumam colocam um
anúncio no jornal. Sua publicação ocorre mediante o pagamento de uma
determinada quantia;
47
3. Explicar aos alfabetizandos que anúncio é um tipo de texto publicitário utilizado
para vender, comprar ou trocar produtos, ofertar e procurar emprego.
Obs:
1. Para melhor compreensão dos alunos, fixar um dos anúncios no
quadro e fazer sua leitura em voz alta;
2. Destacar no texto, com a participação dos alunos, o que está
sendo vendido, trocado ou alugado. Em se tratando de emprego:
o cargo desejado, o nome, o endereço e o telefone do anunciante.
4. Mostrar aos alfabetizandos que, normalmente, os anúncios são organizados em
seções ou cadernos (classificados, caderno de empregos, etc). Podem ainda estar
organizados por setores e em ordem alfabética;
Obs: para facilitar a compreensão dos alunos, o professor deverá, durante
a explicação, fazer uso de um exemplar de jornal para mostrar o caderno
ou seções onde os anúncios podem ser encontrados.
5. Chamar a atenção dos alfabetizandos para os recursos visuais utilizados em cada
um dos anúncios: tipo e tamanho das letras, cores e ilustrações. Falar sobre a
função e a importância desses elementos;
6. Fixar no quadro outros exemplos de anúncio e, em seguida, fazer a leitura de
cada um deles;
7. Indagar aos alunos se eles têm algo para vender, trocar ou alugar;
8. Propor aos alfabetizandos a escrita de um anúncio;
9. Dividir os alunos em grupos;
10. Pedir aos grupos que escrevam pequenos anúncios de acordo com os seus
interesses;
Obs:
1. Os alunos deverão utilizar os anúncios fixados no quadro como
modelo;
2. Caso o professor deseje, a escrita dos anúncios poderá ser feita
individualmente;
3. Circular entre os grupos, ajudando-os na escrita dos anúncios.
11. Solicitar voluntários para fazerem a leitura dos anúncios;
12. Fixar, com a ajuda dos alfabetizandos, os anúncios nas paredes da sala de aula.
2. SUGESTÃO II – Modalidade de texto: notícia
OBJETIVOS
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Estabelecer relação entre a linguagem oral e a linguagem escrita.
- Perceber que a sílaba é uma unidade sonora em que há sempre uma vogal e que
pode conter um ou mais fonemas.
- Realizar a identificação e contagem de sílabas.
- Produzir, juntamente com o professor e os colegas de sala, um texto coletivo.
RECURSOS
48
Texto “Mototaxistas fazem manifestação em Juazeiro” (ver p. 71, texto 11), escrito
numa folha de papel madeira; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alfabetizandos sobre o
serviço de mototaxi;
Obs: lançar questionamentos sobre a importância do serviço prestado
pelos mototaxistas, cuidados que se deve ter ao andar de moto, etc.
2. Informar aos alfabetizandos que será feita a leitura de uma notícia de jornal.
Dizer o nome do jornal e a data em que a notícia foi publicada;
Obs: explicar aos alunos que notícia é um tipo de texto que pretende
informar sobre diferentes fatos. Normalmente, no primeiro parágrafo da
notícia podem ser encontradas todas as informações necessárias para
compreender o fato narrado: o que, quando, onde, com quem, por quê.
3. Escrever no quadro de giz o título da notícia: “Mototaxistas fazem manifestação
em Juazeiro”;
4. Realizar em voz alta a leitura do título da notícia;
5. Pedir aos alfabetizandos que a partir do título do texto, digam qual será o
assunto tratado, quem são os prováveis personagens e o que terá acontecido;
6. Ler o texto em voz alta;
Obs: durante a leitura, realizar paradas para comentar com os
alfabetizandos passagens importantes do texto.
7. Conversar com os alfabetizandos sobre o conteúdo da notícia, procurando fazer
com que reflitam e se manifestem à respeito das seguintes questões:
a) O que ocorreu? Quando? Onde? Com quem? Por quê?
b) Quais as vantagens e desvantagens de se usar o capacete?
c) A manifestação dos mototaxistas é justa? Por quê?
8. Fixar a folha de papel madeira com o texto escrito em um local onde todos
possam vê-la;
9. Ler novamente a notícia em voz alta, desta vez, apontando na folha de papel
madeira, palavra por palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
10. Chamar a atenção dos alfabetizandos para os aspectos formais da escrita:
direção da esquerda para a direita, onde começam e terminam as frases (limites
gráficos), número de frases, espaço entre as palavras e uso de maiúsculas e
minúsculas;
11. Dizer em voz alta frases do texto e solicitar a diferentes alfabetizandos que as
identifiquem na folha de papel madeira;
Obs: ler em voz alta cada uma das frases identificadas, apontando-as na
folha de papel madeira.
12. Pedir aos alfabetizandos que identifiquem no texto palavras conhecidas;
Obs: circular no texto as palavras identificadas.
13. Realizar a leitura de cada umas das palavras identificadas, apontando-as no
quadro de giz;
Obs:
1. Após fazer a leitura de uma palavra, promover a
identificação de cada uma de suas letras. Fazer o mesmo com
todas as palavras;
49
2. Mostrar aos alfabetizandos que as palavras são formadas por
pequenas partes chamadas sílabas. Apresentar a noção de sílaba.
Exemplo: ca – pa – ce – te;
ci – da – de;
mo – to;
pra – ça.
3. Realizar oralmente a contagem das sílabas de cada uma das
palavras. Batucar o número de sílabas (uma batida para cada
sílaba);
14. Selecionar palavras do texto e copiá-las no quadro de giz;
15. Pedir aos alfabetizandos que copiem as palavras no caderno e, em seguida,
façam, oralmente, utilizando o recurso do batuque, a contagem do número de
sílabas de cada uma delas;
16. Realizar a correção no quadro com a participação dos alfabetizandos;
Obs:
1. Incentivar os alfabetizandos a dizerem em quantas partes podem
divididas cada uma das palavras;
2. Pedir que digam outras palavras começadas por cada uma das
sílabas vistas.
17. Propor aos alfabetizandos a produção de um texto coletivo falando sobre a
importância do uso do capacete;
Obs: o professor irá mediar a fala dos alfabetizandos e será o redator do
texto, cabendo a ele “negociar” suas interferências e orientar quanto à
composição geral do texto.
18. Realizar em voz alta a leitura do texto produzido coletivamente, apontando cada
uma das palavras. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
19. Pedir aos alfabetizandos que copiem o texto no caderno.
2. 1. SUGESTÃO III – Modalidade de texto: notícia
OBJETIVOS
- Saber qual a função dos jornais e como são organizados.
- Utilizar título, fotos, ilustrações e outros elementos gráficos como chaves de
leitura para prever o conteúdo de um texto.
- Posicionar-se criticamente diante de fatos noticiados na imprensa.
- Distinguir letra, sílaba e palavra.
- Criar e escrever um novo título para uma notícia lida.
RECURSOS
Jornal, em quantidade suficiente para todos os alfabetizandos; uma notícia de jornal
reproduzida numa folha de papel madeira; fita gomada; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade pedindo aos alfabetizandos que formem um círculo;
2. Distribuir os jornais entre os alfabetizandos;
3. Pedir aos alfabetizandos que folheiem o jornal livremente;
50
4. Conversar com os alfabetizandos sobre o jornal, procurando verificar, por meio
de perguntas, o que eles sabem a respeito desse meio de comunicação;
Obs:
1. Em breves palavras, falar sobre o surgimento do jornal (ver p. 78)
e da sua importância enquanto meio de comunicação;
2. Fazendo uso de um exemplar, mostrar aos alfabetizandos como
está organizado o jornal, que tipos de texto ele apresenta, etc.
5. Informar aos alfabetizandos que será feita a leitura de uma notícia de jornal.
Dizer o nome do jornal e a data em que a notícia foi publicada;
6. Incentivar os alfabetizandos a fazerem previsões acerca do conteúdo da notícia a
ser lida:
a) Antes de ler a notícia, mostrar em que caderno do jornal ela se
encontra, fotos ou ilustrações que a acompanham;
b) Ler o título da notícia e, em seguida, procurar, por meio de
perguntas, fazer com que os alunos reflitam a respeito do título
e digam sobre o que vai tratar o texto;
Obs: caso seja necessário, o professor poderá explicar para os
alfabetizandos o que é o título de um texto.
7. Ler a notícia em voz alta;
Obs: estabelecer comparações entre o que os alfabetizandos esperavam
encontrar com o que realmente apareceu na notícia.
8. Fixar a folha de papel madeira com a notícia escrita em um local onde todos
possam vê-la;
9. Ler novamente a notícia, desta vez, apontando cada uma das palavras;
10. Verificar, por meio de perguntas, se os alfabetizandos atentaram para as
informações básicas da notícia: o que ocorreu, quando, onde, com quem e por
quê.
11. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos;
12. Pedir a cada um dos grupos que escreva um novo título para a notícia;
Obs:
1. O professor deverá orientar cada um dos grupos no momento
da escrita do novo título;
2. Caso ache mais conveniente, pedir aos alfabetizandos que criem o
título, oralmente, sem ter que escrevê-lo.
13. Solicitar aos grupos que façam a leitura do título criado;
Obs: após um grupo fazer a leitura do título criado, o professor
deverá, por meio
de
perguntas, fazer com que os outros
alfabetizandos digam como deve ser escrita cada uma das palavras que
formam o título.
Exemplo:
A partir de um título como: Chove muito no interior, o professor
poderá elaborar perguntas do tipo: quantas palavras tem o título
criado? A primeira palavra (chove) começa com que letra?
14. Pedir aos alfabetizandos que copiem no caderno a notícia escrita na folha de
papel madeira, juntamente com o novo título elaborado pelo seu grupo.
51
2. 2. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: notícia
OBJETIVOS
- Utilizar fotografias e ilustrações como chaves de leitura para prever o conteúdo
de textos.
- Interpretar informações presentes em um texto.
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Escrever palavras ou um pequeno texto a partir da observação de uma ilustração
ou foto.
RECURSOS
Uma notícia de jornal com fotografia; fita gomada; folhetos contendo só
ilustrações8, em quantidade suficiente para metade dos alfabetizandos; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade apresentando aos alfabetizandos a foto que acompanha a
notícia;
2. Informar aos alfabetizandos que a foto mostrada acompanhar um texto que será
lido em sala de aula;
3. Mostrar aos alunos de onde foi retirada a notícia (jornal, caderno do jornal);
4. Pedir aos alfabetizandos que, a partir da observação da foto, digam sobre que
assunto vai tratar a notícia, quem são os prováveis personagens, o que terá
acontecido, etc;
Obs: incentivar os alfabetizandos a manifestarem suas ideias e criarem
hipóteses sobre o conteúdo da notícia.
5. Ler a notícia em voz alta;
Obs: estabelecer comparações entre o que os alfabetizandos esperavam
encontrar e o que de fato aconteceu.
6. Verificar, por meio de perguntas, o que os alfabetizandos compreenderam da
leitura;
7. Informar aos alfabetizandos que as ilustrações ou fotos dizem muito sobre o
conteúdo de um texto a ser lido;
8. Dividir a turma em pequenos grupos com no máximo dois componentes;
9. Proceder a distribuição entre os grupos de um folheto contendo só ilustrações;
10. Pedir a cada um dos grupos que escreva uma pequena história a partir da
observação das ilustrações;
Obs: caso os alfabetizandos não tenham ainda condições de redigir
um texto, pedir que escrevam palavras que tenham relação com as
ilustrações. O professor deverá ajudá-los.
11. Solicitar aos grupos que façam a leitura do que foi escrito.
8
O professor poderá confeccionar os folhetos fazendo uso de folhas de papel ofício, cola, desenhos ou
ilustrações de revistas e jornais.
52
3. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: manchete
OBJETIVOS
- Conscientizar-se da importância do jornal
- Conhecer, identificar e ler manchetes.
- Escrever manchetes.
- Estabelecer relação entre linguagem oral e escrita.
- Organizar, juntamente com o professor e os colegas de sala, um mural.
RECURSOS
Jornal, em quantidade suficiente para todos os alfabetizandos (poderão ser utilizados
jornais de diferentes datas); papel madeira; cola, tesoura; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS
1. Iniciar a atividade pedindo os alfabetizandos que formem um círculo;
2. Distribuir os jornais aos alfabetizandos e pedir que folheiem suas páginas
livremente;
3. Promover debate sobre a importância do jornal em uma sociedade;
Obs:
1. Falar sobre a utilização do jornal como instrumento de denúncia,
manipulação e de formação do censo crítico de um povo;
2. Valendo-se de um exemplar de jornal, mostrar aos alfabetizandos
como ele se organiza.
4. Pedir aos alfabetizandos que observem com mais atenção a primeira página do
jornal;
Obs: na primeira página do jornal, chamar a atenção dos alunos para o
título (manchete) da notícia mais importante do dia.
5. Explicar aos alfabetizandos que manchete é o título da principal notícia do
jornal, em corpo maior que o de outros títulos. Tem destaque na primeira página
do jornal e apresenta-se acompanhada de frases que servem para completar seu
sentido e fornecer ao leitor outras informações;
Obs:
1. Ainda fazendo uso da primeira página de um exemplar de jornal,
mostrar e fazer a leitura de uma manchete;
2. Informar que a manchete antecipa o assunto da notícia. Para
melhor compreensão dos alfabetizandos, ler novamente a
manchete da 1a página e em seguida a notícia;
3. Mostrar que as manchetes também podem ser encontradas
no interior do jornal, na primeira página de cada caderno.
6. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos;
7. Pedir aos grupos que localizem uma manchete no interior do jornal;
Obs: localizada a manchete, os grupos deverão mostrá-la para o restante
da turma e fazer sua leitura.
8. Solicitar aos grupos que criem uma manchete para um fato importante ocorrido
no município;
Obs: circula entre os grupos orientando-os na escrita das manchetes.
9. Pedir aos grupos, um de cada vez, que faça a leitura da manchete criada;
53
Obs:
1. Sempre que uma manchete for lida, o professora deverá escrevê-la
no quadro para que o grupo possa comparar a sua escrita com a do
professor;
2. Ler a manchete em voz alta, apontando palavra por palavra
10. Organizar, juntamente com os alfabetizandos, um mural com as manchetes
criadas.
54
6
Propostas de atividades com textos de informação
científica e histórica: biografia e textos
informativos científicos de diferentes fontes (livros
didáticos, revistas)
1. SUGESTÃO I – Modalidade de texto: biografia
OBJETIVOS
- Identificar uma biografia.
- Conhecer um pouco da história de Padre Cícero Romão Batista.
- Interpretar informações em um texto.
- Identificar palavras.
- Escrever, com ajuda dos colegas e do professor, pequenas frases.
RECURSOS
Biografia de Cícero Romão Batista. (ver p. 71, texto 12); caça-palavras
confeccionado numa folha de cartolina9; cópias xerografadas ou mimeografadas do
caça-palavras, em quantidade suficiente para todos os alunos; fita gomada; quadro e
giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade perguntando aos alfabetizandos se eles já ouviram falar em
biografia;
Obs: abrir espaço para que os alunos exponham suas idéias.
2. Explicar aos alfabetizandos que biografia é a descrição, a história da vida de uma
pessoa;
Obs.: para melhor compreensão dos alunos, ler em voz alta a biografia
do Padre Cícero Romão Batista.
3. Conversar com os alunos sobre os dados apresentados na biografia e sobre a
importância do Padre Cícero no contexto regional e nacional;
Obs.: abrir espaço para que os alfabetizandos relatem histórias e
acontecimentos que envolvam a figura do Padre Cícero.
4. Fixar na parede a folha de papel madeira contendo a biografia lida;
5. Ler novamente a biografia, desta vez, apontando palavra por palavra;
6. Chamar a atenção dos alfabetizandos para os aspectos formais da escrita: direção
da esquerda para a direita, onde começam e terminam as frases (limites gráficos),
número de frases, espaço entre as palavras e uso de maiúsculas e minúsculas;
9
O caça-palavras deverá apresentar somente palavras que aparecem na biografia do Padre Cícero.
55
7. Dizer frases do texto em voz alta e pedir a diferentes alfabetizandos que as
identifiquem no texto;
8. Fixar no quadro de giz a folha de cartolina contendo o caça-palavras;
9. Distribuir entre os alfabetizandos cópias do caça-palavras;
10. Informar aos alunos que a folha fixada no quadro e a que foi entregue a cada um
deles contêm um jogo chamado caça-palavras;
11. Explicar que o caça-palavras é um jogo cujo objetivo é localizar uma ou mais
palavras dentro de um quadro contendo grande número de letras;
Obs: o professor deverá localizar no caça-palavras fixado no quadro uma
das palavras pedidas e circulá-la.
12. Solicitar aos alfabetizandos que, individualmente, localizem no caça-palavras
recebido o restante das palavras;
Obs:
1. A correção deverá ser feita no quadro com a participação dos
alfabetizandos: fazer em voz alta a leitura de cada uma das
palavras e pedir a diferentes alunos que as localizem no caçapalavras;
2. Sempre que uma palavra for identificada, o professor deverá
proceder a análise da mesma: identificação e contagem de sílabas,
letras, vogais, consoantes.
13. Organizar os alfabetizandos em pequenos grupos, com no máximo dois
componentes;
14. Pedir aos grupos que escrevam uma frase falando sobre a figura do Padre Cícero;
15. Solicitar que façam a leitura das frases criadas;
Obs:
1. Para que cada um dos grupos possa comparar sua escrita com a do
professor, este deverá, sempre após a leitura de uma frase,
escrevê-la no quadro de giz;
2. Ler em voz alta as frases criadas pelos grupos, apontando em cada
uma delas, palavra por palavra;
3. Caso julgue conveniente, após a realização da etapa 12, o
professor poderá pedir a cada um dos alunos que escreva um
pequeno texto falando sobre sua vida (biografia).
2. SUGESTÃO II – Modalidade de texto: informativo científico
OBJETIVOS
- Conscientizar-se da importância das plantas medicinais e da sua correta
utilização.
- Interessar-se pela leitura como fonte de informação e aprendizagem.
- Compartilhar experiências e conhecimentos.
- Identificar e escrever palavras.
- Organizar palavras por ordem alfabética.
56
RECURSOS
Textos: “Plantas medicinais”, “Agrião” e “Aroeira”(ver p. 72 e 73, textos 13, 14 e
15); fichas de cartolina; fita gomada; pincel; quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade informando aos alfabetizandos que será feita a leitura de um
texto, cujo título é “Plantas medicinais”;
2. Indagar aos alfabetizandos se eles sabem como o homem descobriu que as
plantas podem curar;
Obs: incentivar os alunos a dizerem o que sabem sobre o assunto.
3. Ler o texto “Plantas medicinais” em voz alta;
4. Verificar por meio de perguntas o que os alfabetizandos compreenderam da
leitura;
Obs: abordar questões do tipo: quem primeiro utilizou as plantas como
remédio? Quando o homem percebeu que as plantas tinham poder
curativo? Que cuidados devemos ter no momento de utilizar uma
determinada planta como remédio? Quais são as diferenças entre os
remédios “caseiros” e os que são vendidos em farmácias
(industrializados).
5. Realizar em voz alta a leitura do texto II para os alunos;
6. Conversar com os alfabetizandos sobre as utilidades do agrião;
Obs: pedir aos alfabetizandos que apontem outras utilidades do agrião.
7. Ler em voa alta o texto III;
8. Debater com os alunos o conteúdo do texto;
9. Pedir aos alfabetizandos que formem um círculo;
10. Distribuir uma ficha de cartolina para cada um dos alfabetizandos;
11. Solicitar aos alfabetizandos que escrevam na ficha recebida o nome de
uma planta medicinal conhecida;
Obs: o professor deverá auxiliá-los na escrita dos nomes.
12. Pedir a cada um dos alunos que mostre sua ficha para o restante da turma e
diga que palavra escreveu;
13. Recolher as fichas e colocá-las no chão, no meio do círculo;
14. Dizer em voz alta o nome de uma determinada planta e pedir a um
alfabetizando que encontre a ficha correspondente;
Obs:
1. Repetir o procedimento acima até que todos os
alfabetizandos tenham participado;
2. Caso os alunos tenham dificuldade em identificar a ficha
com a palavra, o professor deverá ajudá-los por meio de
perguntas. Exemplo: a palavra eucalipto tem poucas ou
muitas letras? Com que letra começa e com que letra
termina?
15. Organizar, juntamente com os alfabetizandos, as fichas por ordem
alfabética;
Obs: orientados pelo professor, os alfabetizandos deverão fixar as
fichas com as palavras em uma das paredes da sala, organizando-as
por ordem alfabética.
57
2. 1. SUGESTÃO III – Modalidade de texto: informativo científico
OBJETIVOS
- Conscientizar-se da importância do correto manuseio do solo.
- Interpretar informações presentes em um texto.
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Fazer o preenchimento de cruzadas.
- Escrever pequenas frases.
RECURSOS
Texto “Os inimigos do solo” (ver p. 73, texto 16.), escrito numa folha de papel
madeira; cruzadas10; cópias mimeografadas ou xerografadas das cruzadas, em
quantidade suficiente para todos os alfabetizandos.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade conversando informalmente com os alunos sobre o solo
(sua importância enquanto meio de sobrevivência e geração de renda, formas de
cultivá-lo, uso de defensivos agrícolas, etc);
2. Copiar o título do texto no quadro de giz e fazer sua leitura;
3. Incentivar os alfabetizandos a formularem hipóteses sobre o conteúdo do texto,
a partir de indagações do tipo: qual será o assunto tratado no texto? o solo tem
inimigos? Quais são?;
4. Ler o texto em voz alta;
Obs: após a leitura, confrontar as ideias dos alunos com as do texto por
meio de questionamentos do tipo: vocês concordam com tudo que diz
o texto? Por quê? Os defensivos agrícolas realmente fazem mal a saúde?
Que defesa a natureza possui contra as pragas? O que é erosão e como é
possível evitá-la?
5. Fixar a folha de papel madeira com o texto escrito em um local onde todos
possam vê-la;
6. Realizar em voz alta a leitura do texto escrito na folha de papel madeira,
apontando palavra por palavra;
7. Promover a identificação de frases do texto: dizer frases em voz alta e pedir a
diferentes alfabetizandos que as identifiquem no texto;
8. Propor aos alfabetizandos a realização, em conjunto, de uma tarefa com
palavras retiradas do texto;
9. Fixar no quadro de giz a folha de papel madeira com as cruzadas;
10. Explicar aos alfabetizandos o que são cruzadas e como é feito o seu
preenchimento;
Obs: para melhor compreensão dos alfabetizandos, o professor deverá
selecionar um dos itens da cruzada, fazer a leitura da pista e preencher os
espaços com a palavra adequada.
11. Entregar aos alfabetizandos cópias das cruzadas;
12. Iniciar, juntamente com os alunos, o preenchimento das cruzadas;
10
As cruzadas devem ser elaboradas numa folha de papel madeira, de modo a trabalhar palavras que
aparecem no texto “Os inimigos do solo”. As cruzadinhas devem ainda conter uma lista de palavras para
consulta (palavras que deverão ser encontradas pelos alfabetizandos).
58
a) O professor faz a leitura de uma das pistas da cruzada e, em seguida,
pede aos alfabetizandos que digam que palavra deve ser escrita,
quantas letras ela tem, com que letra começa, com que letra termina,
quais são as outras letras necessárias para escrevê-la.
Obs:
1. Fazer o mesmo com todos os itens das cruzadas, até que a
mesma esteja completa;
2. A medida que o professor for preenchendo a cruzada na
folha de papel madeira, os alfabetizandos deverão fazer o
mesmo na cópia recebida.
13. Pedir aos alfabetizandos que escolham uma palavra das cruzadas e escrevam
uma frase em que ela apareça;
Obs:
1. O professor deverá orientar os alunos na escrita da frase;
2. Caso o alfabetizador ache mais conveniente, a escrita das frases
poderá ser feita em pequenos grupos.
14. Pedir aos alfabetizandos que façam a leitura das frases criadas.
Obs:
1. O professor deverá escrever no quadro as frases criadas pelos
alfabetizandos e, em seguida, fazer em voz alta a leitura de todas
elas, apontando cada uma das palavras. Os alunos deverão
acompanhar e repetir.
2. Finalizar os trabalhos com a produção de um texto coletivo
falando sobre a importância da correta utilização do solo.
2. 2. SUGESTÃO IV – Modalidade de texto: informativo científico
OBJETIVOS
- Interpretar informações presentes em um texto.
- Posicionar-se criticamente em relação a um determinado tema.
- Atentar para os aspectos formais da escrita: direção da escrita (da esquerda para
a direita, de cima para baixo), espaços entre as palavras e limites gráficos das
frases (onde começam e onde terminam).
- Identificar palavras, sílabas e letras
- Escrever , com a ajuda do professor e dos colegas, pequenas frases.
RECURSOS
- Texto “Salitre”11 (ver p. 73, texto 17); cópias xerografadas ou mimeografadas do
texto;
11
O professor poderá substituir o texto acima por um outro falando sobre a realidade do seu município. Uma
segunda opção, seria utilizá-lo para estabelecer uma comparação entre dois municípios: verificar as
semelhanças e diferenças existentes entre o município de Salitre e o seu próprio município..
59
Obs: fazendo uso de um lápis colorido, o professor deverá circular 10
palavras em cada uma das cópias a serem distribuídas (as palavras
circuladas deverão ser diferentes em cada uma das cópias);
-
Cartões confeccionados em cartolina, contendo todas as palavras que foram
circuladas nas cópias do texto (em cada cartão uma palavra);
Quadro e giz.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Iniciar a atividade informando os alfabetizandos que será feita a leitura de um
pequeno texto falando sobre o município de Salitre;
Obs: pedir aos alunos que digam o que sabem sobre o município.
2. Indagar aos alfabetizandos que tipo de informações eles acham que o texto trás
sobre o município de Salitre, se são boas ou ruins;
3. Realizar em voz alta a leitura do texto;
4. Conversar com os alfabetizandos sobre a realidade do município, abordando
questões relacionadas com: desemprego, falta d` água, etc;
Obs: incentivar os alfabetizandos a dizerem o que
pensam
à
respeito do texto, se concordam ou não com o que foi lido, se acham
que tudo é mesmo verdade, que medidas poderiam ser tomadas para
melhorar a vida dos habitante da cidade, etc.
5. Copiar o texto no quadro;
6. Realizar novamente a leitura do texto, desta vez, apontando no quadro, palavra
por palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
7. Chamar a atenção dos alfabetizandos para certos aspectos formais da escrita:
direção (da esquerda para a direita, de cima para baixo), espaços entre as
palavras, onde começam e onde terminam as frases;
8. Dizer várias palavras do texto em voz alta e pedir a diferentes alfabetizandos
que as identifiquem no quadro;
9. Propor aos alunos a realização de um bingo;
10. Dividir os alfabetizandos em duplas;
11. Entregar uma cópia do texto para cada dupla;
12. Explicar aos alunos a forma de realização do bingo:
a) O professor colocará todos os cartões em um saco e, em seguida,
sorteará uma palavra de cada vez, fará sua leitura em voz alta e pedirá
aos grupos que a localizem no texto recebido. Caso a palavra apareça
circulada no texto, poderão marcá-la com um grão de milho ou da
forma que acharem melhor;
Obs: sempre após o sorteio de um cartão, o professor deverá
aguardar alguns minutos até que os grupos localizem a palavra
no texto. Em seguida, deverá marcar no texto escrito no quadro de
giz a palavra sorteada.
b) O grupo que primeiro que marcar todas as palavras circuladas no
texto será o vencedor.
Após a realização do bingo:
13. Realizar em voz alta, com o acompanhamento dos alunos, a leitura de todas as
palavras sorteadas, apontando uma por uma no quadro de giz;
60
Obs: trabalhar a identificação e contagem das letras e sílabas de cada
uma das palavras sorteadas.
14. Pedir aos grupos que escolham duas palavras das que estão no quadro e
escrevam frases em que elas apareçam;
Obs: o professor deverá auxiliar os grupos na escrita das frases.
15. Solicitar aos grupos que façam a leitura das frases criadas;
Obs: sempre após a leitura de uma frase, o professor deverá escrevê-la
no quadro de giz para que cada um dos grupos tenha a oportunidade de
comparar sua escrita com a do professor e, assim, verificar, como são
escritas cada uma das palavras.
16. Ler em voz alta cada uma das frases, juntamente com os alfabetizandos.
2. 3. SUGESTÃO V – Modalidade de texto: informativo científico
OBJETIVOS
- Interpretar informações presentes em um texto.
- Posicionar-se criticamente em relação a um tema tratado.
- Ler pequenas frases;
- Identificar sílabas e letras.
- Escrever, com a ajuda do professor e dos colegas, um pequeno texto.
RECURSOS
Texto “As migrações”(ver p. 74, texto 18); cartelas de bingo contendo frases
retiradas do texto (as frases não podem ser as mesmas em todas cartelas), em
quantidade suficiente para 10 ou mais grupos; quadro e giz;
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
1. Conversar informalmente com os alfabetizandos sobre a vida no campo,
procurando, por meio de perguntas, fazer com que falem um pouco de suas
experiências;
2. Escrever no quadro de giz o título do texto a ser lido;
3. Fazer a leitura do título em voz alta e pedir aos alfabetizandos que digam sobre o
que vai tratar o texto;
Obs: informar aos alfabetizandos que se trata de um texto informativo
retirado de um livro didático que fala sobre a geografia do Nordeste.
4. Ler em voz alta o texto;
5. Trabalhar oralmente a interpretação do texto lido, procurando, através de
perguntas, fazer com que os alfabetizandos reflitam sobre a situação social e
cultural dos migrantes;
6. Promover debate em torno das seguintes questões: há diferenças entre a vida no
campo e a vida na cidade grande? Por que muitas pessoas acabam indo embora
para as grandes cidades? Vale apenas deixar o campo? Que dificuldades irá
encontra o homem do campo nas grandes cidades? Que providências as
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autoridades poderiam tomar para que as pessoas não sejam obrigadas a deixar o
seu lugar em época de seca.
7. Escrever o texto no quadro de giz;
8. Realizar em voz alta a leitura do texto, apontando no quadro, palavra por
palavra. Os alfabetizandos deverão acompanhar e repetir;
9. Dividir os alfabetizandos em pequenos grupos com no máximo dois
componentes;
10. Propor aos alfabetizandos a realização de um bingo;
11. Distribuir as cartelas de bingo entre os grupos (uma cartela para cada grupo);
12. Explicar aos alunos a forma de realização do bingo:
a) De um saquinho, o professor sorteará fichas contendo frases que aparecem
no texto. O grupo que as tiver em sua cartela, deverá marcá-las com um
grão de milho ou da forma que acharem melhor;
Obs: logo após sortear uma ficha e fazer a leitura da frase, o professor
deverá aguardar alguns minutos até que os grupos a localizem na cartela.
Em seguida, deverá circular a frase no texto escrito no quadro de giz e,
novamente, fazer sua leitura, apontando palavra por palavra.
b) O grupo que primeiro completar a cartela receberá do professor um prêmio
surpresa, que poderá ser uma prenda.
13. Realizar em voz alta, com o acompanhamento dos alfabetizandos, a leitura de
todas as frases sorteadas;
Obs: enquanto faz a leitura das frases, o alfabetizador deverá escolher
algumas palavras para serem utilizadas posteriormente.
14. Dizer em voz alta as palavras escolhidas e pedir a diferentes alfabetizandos que
as identifiquem no texto;
Obs: após uma palavra ser identificada, realizar a análise da mesma:
identificação e contagem de letras, sílabas, vogais e consoantes que a
formam.
15. Pedir aos grupos formados anteriormente que escrevam um pequeno texto
falando sobre a importância de se permanecer no campo, mesmo em períodos de
seca;
Obs: o professor deverá circular entre os grupos, ajudando-os na escrita do
texto. Os alfabetizandos que ainda não conseguem redigir um texto
poderão escrever pequenas frases.
16. Solicitar aos grupos que façam a leitura das frases e/ou textos criados;
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63
PARTE II
COLETÂNEA DE
TEXTOS
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Textos principais
Texto 01
BAIÃO DE DOIS
Ingredientes
Modo de fazer
1 kg de feijão de corda
½ kg de arroz
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
100 g de toucinho fresco.
1 pé de coentro verde picado
Sal a gosto
Leve ao fogo o feijão em uma panela
com ½ litro de água. Quando o feijão
começar a amolecer, corte o toucinho
em cubos, frite com alho e cebola,
coentro e sal e junte ao feijão. Deixe
Deixe ferver e coloque o arroz.
Quando a água começar a secar,
baixe o fogo e deixe cozinhar.
Texto 02
O CAVALO E O BURRO
dono.
Um cavalo e um burro caminhavam por uma estrada, junto com seu
O cavalo não levava carga alguma. O pobre burro levava uma carga
muito pesada e estava para cair.
Aí, o burro pediu ao cavalo: - me ajuda! Leva um pouco dessa carga!
O cavalo egoísta não quis ajudar. Daí a pouco o burro de tão
cansado, caiu morto na estrada.
O dono, então, passou toda a carga do burro para o lombo do cavalo.
E, mais: tirou o couro do burro morto e botou em cima da carga.
Assim, o cavalo que não quis ajudar o burro, foi obrigado a carregar
todo o peso sozinho.
Esopo
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Texto 03
CIDADÃO
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar. Foi um tempo de aflição
Era quatro condução: duas pra ir duas pra voltar
Hoje, depois dele pronto, óio pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão e me diz, desconfiado:
Tu tá aí admirado, tu tá querendo roubar!
Meu Domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber e pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso oiá o prédio que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio, moço?
Eu também trabaiei lá.
Lá eu quase me arrebento, fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha fia inocente,
Vem pra mim toda contente:
Pai, vou me matricular
mas me diz um cidadão:
“criança de pé no chão
aqui não pode estudar!”
esta dor doeu mais forte, por que é que eu deixei o norte?
eu me pus a me dizer
lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja, moço?
Onde o padre diz: amem!
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabaiei também. Lá, sim valeu a pena,
Tem quermesse, tem novena e o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse: “Rapaz, deixa de tolice, não se
deixe amedrontar”
Fui eu quem criou a terra, enchi o rio, fiz a serra,
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar”.
Lúcio Barbosa
Texto 04
ASA BRANCA
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu
Por que tamanha judiação?
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Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação!
Por falta d` água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão...
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração...
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro: não chore, não, viu?
Que eu voltarei, viu? Meu coração...
Luiz Gonsaga e Humberto Teixeira
Texto 05
PASSAREDO
Ei, pintassilgo, oi, pintarroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega e vira, engole vento
Saíra, inhambu...
Foge, asa branca, vai, patativa
Tordo, tuju, tuim.
Xô, tiê-sangue, xô, tiê-fogo.
Xô, rouxinou sem fim...
Some, coleiro, anda, trigueiro
Te esconde, colibri...
Voa, macuco, voa, viúva
Utiariti...
Bico calado, toma cuidado
Que o homem vem aí...
Ei, quero-quero, oi, tico-tico
Anum, paldal, chapim...
Xô, cotovia, xô, ave-fria.
Xô, pescador-martim...
Some, rolinha, anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo, voa, sanhaço
Vai juriti...
Bico calado, muito cuidado
Que o homem vem aí...
O homem vem aí...
O homem vem aí...
Chico Buarque
Texto 06
VAI BOIADEIRO
Vai boiadeiro que a noite já vem
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem
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De manhãzinha quando eu sigo pela estrada
Minha boiada pra invernada eu vou levar
São dez cabeças, é muito pouco , é quase nada
Mas não tem outras mais bonitas no lugar
Vai boiadeiro que a tarde já vem
Traz o teu gado e vai pensando no teu bem
De tardezinha quando eu venho pela estrada
A fiarada tá todinha a me esperar
São dez filhinho, é muito pouco, é quase nada
Mas não tem outros mais bonitos no lugar
E quando eu chego na cancela da morada
Minha Rosinha vem depressa me abraçar
É pequenina, é miudinha, é quase nada
Mas não tem outra mais bonita no lugar.
Luiz Gonsaga
Texto 7
O POETA DA ROÇA
Sou fio das matas, cantô da mão grossa,
Trabaio na roça, de inverno e de estio,
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando pachola a percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná,
Meu pai, coitado, vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vez, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
Patativa do Assaré
Texto 8
TODO POVO TEM A SUA HISTÓRIA
69
Todo os povos têm as suas histórias. Essas histórias são muito
importantes para agente entender o jeito de viver e de pensar das pessoas.
As histórias que um povo inventa ou conta sempre ensinam alguma coisa:
às vezes são coisas que aconteceram mesmo. Mas, a imaginação de cada
um vai botando um enfeite aqui, outro acolá... “Quem conta um conto
acrescenta um ponto”... é um ditado popular.
Às vezes são histórias nascidas da imaginação. Mas sempre há um
ensino por trás delas. Se um povo gosta de uma história a ponto de guardála na memória anos e anos, até séculos e séculos, é porque muito da alma
daquele povo está naquela história. É porque ela diz como as pessoas vêem
o mundo ou como gostariam que o mundo fosse.
Fonte: texto adaptado de: VIEIRA, Luíza de Teodoro. Um Certo
planeta Azul.. Fortaleza: Secretaria de Educação do Estado do
Ceará, 1987
Texto 09
O LOBISOMEM
Diz a lenda que o lobisomem é o filho homem que nasce depois de
sete filhas mulheres e só começa a se transformar a partir dos treze anos de
idade. Trata-se de uma sina, de um triste destino. Mas que pode ser
“curado”, desencantado. Para tanto, basta um ferimento, ainda que pequeno,
que sangre, ou um tiro de bala untada em vela que arde numa missa.
Texto 10
A LENDA DA MANDIOCA
A graciosa filha de um grande chefe indígena que sempre pautara com
rigidez exemplar sua norma de vida, aparece com sinais evidentes que
precedem à maternidade.
O chefe não se conformando com a situação vergonhosa a que se
expunha por culpa de sua filha, segundo julgava, procurou por todos os
modos informar-se o causador de sua desdita a que submeteu tiranicamente
a filha outrora tanto querida. Não se considerando culpada das acusações
que lhe assacavam, a linda princesa índia não se cansava de protestar sua
inocência. Mas tudo em vão. Quando deliberado o sacrifício da moça,
aparece em sonho um homem branco que assegura ao velho chefe continuar
inocente e pura sua filha, apesar de seu estado. A moça índia livrou-se do
castigo capital e deu ao mundo, meses depois, uma menina branca que
surpreendeu a todos da tribo e fora dela, por sua extraordinária beleza. Ficou
deliberado chamar-se Mani a mimosa criança que desde então foi sempre
incensada por todos, que nela viram a futura rainha da tribo. Nessa
atmosfera de carinho cresceu Mani com rapidez; ao completar um ano,
quando já falava e andava com desembaraço, morre sem um queixume e
sem dar mostra de sofrimento. Foi enterrada na casa onde morava e sua
70
sepultura não deixava de ser carinhosamente regada todos os dias de acordo
com a usança do tempo.
Decorridos muitos dias, eis que surge da terra onde repousava Mani,
uma planta totalmente desconhecida ostentando linda folhagem. Tratado
com carinho, o novo vegetal cresceu com vigor e produziu frutos que
embriagavam os pássaros que deles se alimentavam. O fato foi conhecido
por todos, daí à admiração cada vez maior pela nova planta. Completando o
ciclo evolutivo desta, verificaram que ao derredor do estranho vegetal o solo
começava a rachar; cavaram-no e encontraram de permeio com a terra as
grossas raízes carnosas da mandioca. Então as indígenas julgando
reconhecer o corpo da Mani nas belas túberas que a terra encerrava, as
cognominaram de MANIOC, hoje mandioca, que quer dizer casa de Mani .
Texto 11
MOTOTAXISTAS FAZEM MANIFESTAÇÃO EM JUAZEIRO
1,500 mototaxistas “invadiram” ontem as ruas de Juazeiro numa
manifestação contra a obrigatoriedade do uso de capacetes por parte dos
passageiros. Com faróis acessos, alguns sem capacetes, buzinando e
seguindo um potente trio elétrico, eles saíram da praça do Romeirão pela
rua São Pedro em direção ao Palácio Floro Bartolomeu, sede da Câmara
Municipal de Juazeiro do Norte.
Na praça Padre Cícero, os mototaxistas se revezaram no microfone
apoiados por algumas autoridades como é o caso do deputado estadual
eleito, Giovane Sampaio Gondim. Ele chama a atenção para a incidência de
casos de doenças contraídas com a utilização do capacete, como seborréia,
dermatite, caspa, lepra, conjuntivite, piolho e até tuberculose.
Para o mototaxista Francisco Ribeiro Campos, 44 anos, o uso do
capacete deveria ser obrigatório somente em corridas mais distantes, como
entre uma cidade e outra, quando, normalmente, a velocidade é bem maior
do que nas ruas.
Fonte: texto adaptado do jornal Diário do Nordeste, 29 de janeiro
de 1999.
Texto 12
PADRE CÍCERO
Cícero Romão Batista nasceu no Crato, no dia 24 de março de 1844.
Era filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana, a dona
Quinô. Já aos 12 anos, ele tomava uma decisão estranha: fazer o voto de
castidade. Isso porque ficara impressionado com a leitura sobre a vida de
São Francisco de Sales.
Em 1870, após ordenar-se padre em Fortaleza, volta para sua cidadenatal, dedicando-se ao trabalho como professor numa escola. Em 1971, a
convite de amigos, vai celebrar missa de Natal em um povoado do Crato
chamado Juazeiro, lugar miserável que na época contava apenas com duas
71
ruas, meia dúzia de casas cobertas de telhas, mais umas três dezenas feitas
de taipa e uma pequena Capela. Aquela visita une para sempre os destinos
do padre e do lugarejo.
Em abril de 1872, ao lado da mãe e de duas irmãs, o padre se muda
para Juazeiro transformando assim, a rotina do vilarejo. Aos poucos, a fama
do religioso que cuida dos pobres e desvalidos vai se espalhando. Mas o
ponto alto se dá mesmo em 1889, com a transformação de uma hóstia em
sangue.
O “padim” dos pobres falece em 1934. No entanto, o mito não
arrefece. Pelo contrário, é aí que se torna mais forte os episódios místico em
torno de sua trajetória. Passados 160 anos, o Padre Cícero Romão Batista
ainda desperta polêmica e adoração.
Fonte: texto adaptado de: Revista Universidade Pública,
de 2004.
janeiro
Texto 13
PLANTAS MEDICINAIS
Desde de que começaram a aparecer doenças, os homens procuraram
maneiras de combatê-las. A natureza foi, sem dúvida, o primeiro médico, o
primeiro remédio, a primeira farmácia, o primeiro hospital a que o homem
recorreu.
O primeiro ou dos primeiros métodos de cura que se ofereceu foi o
tratamento pelas plantas. Instintivamente o animal irracional toma
preocupação contra a doença, e, quando doente, recorre às ervas curativas.
O homem, como ser superior, desde cedo notou este gesto instintivo dos
animais e, orientado por observações próprias, verificou que nas ervas há
poder curativo.
Fonte: texto adaptado de: VIEIRA, Luíza de Teodoro. Um Certo
PlanetaAzul. Fortaleza: Secretaria de Educação do Estado do
Ceará, 1987
Texto 14
AGRIÃO
USO MEDICINAL: é uma planta conhecida, boa para saladas. Devese usá-la crua, porque, quando cozida, suas propriedades medicinais se
perdem.
O agrião contém um óleo rico em iôdo, ferro, fosfato e alguns sais.
Emprega-se contra os males dos órgãos digestivos, como
expectorantes nos catarros pulmonares crônicos, nas enfermidades das vias
urinárias, como desopilante do fígado. Toma-se diariamente, 3 a 4 colheres
das de sopa de suco de agrião puro ou diluído em água.
O suco desta planta, misturado com mel, dá um bom xarope para
combater a bronquite, tosse, tuberculose pulmonar.
72
Texto 15
AROEIRA
USO MEDICINAL: a aroeira é boa para combater as febres, o
reumatismo, a artrite, fraqueza dos órgãos digestivos e tumores. As cascas
são contra a diarréia e as hemoptises. Usam-se 100 gramas para 1 litro de
água. Pode adoçar-se com açúcar. Toma-se 3 a 4 colheres, das de sopa, ao
dia.
A aroeira de que aqui estamos falando, não deve ser confundido com
as aroeiras bravas ou aroeiras brancas que são extremamente cáusticas.
Texto 16
OS INIMIGOS DO SOLO
Há dois bandidos que podem matar o solo que é fonte de vida...
Esses dois bandidos são Erosão e Defensivos Agrícolas.
Como ataca o bandido erosão? Ataca da seguinte forma:
- Um solo de onde arrancaram as árvores: ele fica sem a proteção das
raízes. A água cai, escorre, e carrega o solo que presta para plantar. Fica só
a terra seca e estéril:
- Outro caso: quando se planta de um jeito errado, fazendo o roçado
de jeito que as carreiras fiquem morro abaixo, em, vez de ficarem
atravessadas: a água carrega o solo bom, quando escoa.
- Como ataca bandido Defensivo Agrícola? Ataca da seguinte forma:
Em algumas plantações aparecem determinados insetos que se
alimentam de vegetais. O homem chama esses insetos de “pragas”. A
Natureza providenciou defesas para isso. Mas as pessoas, apressadas, não
tiveram o cuidado de procurar conhecer e usar as defesas naturais.
Inventaram Defensivos, que são venenos. Os venenos matam as
“pragas”, sim. Mas foi um feitiço que virou contra o feiticeiro. De tanto se
botar veneno para matar as “pragas”, ele fica na planta e quem acaba
comendo o veneno somos nós, que nos alimentamos das plantas.
Fonte: texto adaptado de: VIEIRA, Luíza de Teodoro. Um Certo
Planeta Azul. Fortaleza: Secretaria de Educação do Estado do
Ceará, 1997.
Texto 17
SALITRE
Situado no sertão central do Cariri, sul do estado, a 628 quilômetros
de Fortaleza, o município de Salitre, que até 1991 apresentava uma taxa de
analfabetismo de 59,85% (IBGE/1991), é tido como um dos locais mais
pobres do Ceará. Sem muitas opções de emprego, a maior parte da
população salitrense sobrevive do plantio de mandioca e do trabalho nas
73
casas de farinha. Um outro sério problema enfrentado pelos habitantes do
municípios é a falta de água.
Fonte: texto adaptado de: Boletim Alfabetização Solidária, No 3.
Brasília, Conselho da Comunidade Solidária, 1997.
Texto 18
AS MIGRAÇÕES
Nos lugares onde a população é pobre e as condições de vida são
precárias as migrações são constantes. Isso serve de explicação para o fato
de que a população nordestina esteja espalhada por todos os recantos do
país.
Essas correntes migratórias são atraídas pelas cidades devido à maior
oferta de empregos. No entanto, a elevada oferta de mão-de-obra, sempre
resulta na diminuição dos salários e, por outro lado, pelas próprias
características dos migrantes, eles não possuem as qualificações
necessárias aos empregos.
Na verdade, a população pobre nordestina está distribuída nas
diversas áreas do país e do mundo inteiro. Só quem não tem condições
dignas de satisfazer suas aspirações de vida ou as próprias necessidades
básicas de sobrevivência (moradia, alimentação, trabalho, lazer, etc) é que
sai para longe de sua terra.
Fonte: texto adaptado de: Manual de apoio, 6a série.
Fortaleza, Secretaria da Cultura e Desporto do Estado
do Ceará / FUNTELC, 1995.
74
8
Textos complementares
LUIZ GONZAGA
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, sertão
de
Pernambuco, em 1912. Seus pais viviam da agricultura, trabalhando na
terra de outros, por não possuírem nenhuma. Ainda criança, Luiz
demonstrou interesse pela sanfona que seu pai tocava. Sonhava com uma
vida melhor, e, tendo que ajudar os pais, não freqüentou a escola. Aos 17
anos de idade foi embora e terminou morando no Rio de Janeiro, então
capital da República, projetando-se depois, para o Brasil inteiro como
grande artista. Além de tocar acordeão, era compositor e intérprete.
Tornou-se conhecido como o Rei do Baião. Faleceu em 1989, em Recife.
Na sua música Luiz Gonzaga exalta as belezas do sertão, louva os
costumes, as crenças, o amor, a saudade, a valentia e o trabalho dos
sertanejos. Seu canto é também de lamento diante da seca.
Fonte: texto adaptdo de: Contextualizando o Ensino – Vol. I,
Português e Matemática. Fortaleza: Núcleo de Pesquisas,
Projetos e Educação de jovens e adultos PROEX /UECE,
1999.
CHICO BUARQUE DE HOLLANDA (1944)
Esse famoso compositor brasileiro nasceu no Rio de Janeiro mas foi
criado em São Paulo. Chico Buarque entrou para a faculdade de arquitetura
mas não concluiu o curso. Ainda estudante já compunha músicas.
Durante o regime militar fez várias músicas denunciando a violência
do regime e as injustiças sociais. Perseguido pelo governo, teve de ser
exilar em Roma de 1969 a 1970. De volta ao Brasil, continuou a compor
canções, além de escrever romances e peças de teatro.
Fonte: Almanaque Abril 96 (CD-ROM). São Paulo: Abril, 1997.
PATATIVA DO ASSARÉ
Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, nasceu a 5 de
março de 1909, no sítio Serra de Santana, distante 20 quilômetros da
cidade de Assaré, sul do estado do Ceará. Órfão de pai, aos oito anos,
Patativa teve que trabalhar duro para sustentar os irmãos mais novos. Com
12 anos, freqüentou a escola e, em seis meses foi alfabetizado.
75
A agricultura, assim como a poesia marcaram a trajetória desse
poeta, cuja fama começou em 1962, quando o cantor Luiz Gonsaga
colocou música no “hino” dos retirantes, “A triste partida”. Antes Patativa
buscou nos livros de poesia e nas rimas dos cordéis, inspiração para
compor sua obra. Ao todo foram publicados oito livros, com quase mil
poemas. Todos falam do campo, de justiça, fraternidade e de Deus.
Patativa começou sua carreira nas festas onde fazia versos. Sempre
acompanhado de sua viola, fez público na feira do Crato e, depois, passou a
declamar versos na Rádio Araripe. Entre 1930 e 1950 ela apenas dizia seus
versos, foi então que um ouvinte sugeriu que publicasse um livro.
“Inspiração Nordestina” foi o primeiro de uma série de oito, saiu da editora
em 1956.
Com 93 anos de idade, Patativa do Assaré morreu no dia 8 de julho
de 2002, em sua casa, na praça da matriz de Assaré, cercado pelos filhos e
netos.
Fonte: texto adaptado do Jornal O Povo, 9 de julho de 2002
ADIVINHAÇÕES
Que é, o que é, que foi feito para andar mas não anda?
Que é, o que é, que tem linha, mas não é carretel; fala, mas não tem
boca; ouve, mas não tem ouvido?
Que é, o que é, que tem cabeça, mas não tem cabelo; tem tempo, mas
não tem folga?
O que é, o que é, que sobe e desce e não sai do lugar?
O que é, o que é, que anda com os pés na cabeça?
O que é, o que é, que fala sem ter boca, caminha sem ter pernas?
O que é que enche uma casa e não enche a mão?
O que é, o que é : que anda deitado e dorme de pé?
O que é, o que é: que anda por toda a casa e descansa atras da porta?
O que é, o que é: que entra na água e não se molha?
O que é, o que é: que tem coroa mas não é rei?
O que é, o que é: que desce em pé e corre deitado?
O BOTO
Quem mora na beira dos rios sabe que, nas noites de lua cheia, o
boto se transforma num caboclo alegre, bonito e forte. Sempre, porém, de
chapéu na cabeça, para que não vejam o orifício por onde respira. Grande
amigo de danças, ele sai pela aldeia, procurando uma jovem para namorar.
E, se a moça se deixar namorar pelo boto, vai sofre o resto da vida a
saudade do moço bonito, que faz um filho e vai embora e não aparece
nunca mais. Ou então a moça vai embora com o Boto e nunca mais se sabe
de seu destino.
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A REDE DE DORMIR
Há muito tempo atrás, os homens dormiam no chão em cima de
folhas ou de paus. Mas o valente índio Tamaquaré, pajé de uma grande
tribo, com medo de ser machucado por algum dos vários animais ali
existentes, não queria dormir no chão. Então, teve uma grande idéia e foi
pedir ajuda para seu amigo tucano. Os dois pegaram vários cipós e
amarraram uns nos outros, fazendo um lindo trançado, construindo assim
uma rede. O pajé Tamaquaré pôde então, em segredo, dormir pendurado,
protegido dos animais. No entanto, para proteger sua fama de valente, ele
pediu para o tucano não contar aquele segredo para ninguém: - Esse
segredo é meu! Eu tive a idéia e não quero que os outros índios saibam e
fiquem falando que eu tenho medo dos bichos! Mas o tucano, que naquele
tempo tinha o bico curto e podia falar, acabou contando o segredo para
todos os índios da tribo. O pajé, zangado com a traição, puxou o bico do
tucano de tal forma que ele não conseguiu mais falar.
PÁRA-CHOQUES DE CAMINHÃO
Pobre só come carne quando morde a língua.
Rico sai de casa e pega o carro, pobre sai de casa e o carro pega.
Sogra não é parente, é castigo.
Duas coisas matam de repente, vento pela costas e sogra pela frente.
Mulher feia e jumento só quem procura é o dono.
Pobre é como tapete, nasceu para ser pisado.
Mulher sem ciúme é flor sem perfume.
Da vida só se leva a vida que a gente leva.
Pobre só anda de barriga cheia quando morre afogado.
Pobre só come frango quando joga de goleiro.
Beijo não mata a fome, mas abre o apetite.
Televisão de pobre é buraco de fechadura.
Mulher é como música: só faz sucesso quando é nova.
Rico sai de casa e pega o carro, pobre sai de casa e o carro pega.
PROVÉRBIOS
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Mais vale um pássaro na mão do que dois voando
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Em casa de ferreiro esperto de pau.
Águas passadas não movem moinhos.
Panela velha é que faz comida boa.
Em terra de cegos quem tem um olho é rei.
Quem guarda com fome o gato vem e come.
Quem cala consente.
Um dia é da caça e outro do caçador.
Cobra que não anda não engole sapo.
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Cão que ladra não morde.
Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca.
QUADRAS POPULARES
Ando triste, triste, triste
Que nem mesmo sei dizer
Desconfio que é saudade
É vontade de te ver.
Menininha bonitinha
Cinturinha de retrós
Dá um pulinho na cozinha
Pra fazer café pra nós.
Até nas flores se encontra
A diferença da sorte:
Umas enfeitam a vida
Outras enfeitam a morte.
Com R escrevo Rosa
Com B escrevo Bruna
Com M também escrevo
Maria do meu coração.
Valente não teme a luta
Enchente não teme o rio,
Poeta não teme a rima
Nem eu temo desafio...
Eu já suspendi um raio
E fiz o vento parar.
Já segurei onça no mato
Para um moleque mamar !
Eu gosto do cravo branco
Que nasceu no meu jardim
Eu gosto da sua mãe
Que criou você pra mim.
Em cima daquela serra
Passa boi, passa boiada
Também passa moreninha
Da cabeça cacheada.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O JORNAL
Publicação periódica que relata os acontecimentos de interesse geral,
políticos, literários e outros, com ou sem comentário.
Provavelmente o jornal teve origem na Itália no séc. XVI, com as
“folhas volantes” que circulavam divulgando acontecimentos mais
relevantes. No final do séc. XVI começaram a aparecer em Veneza, na
Alemanha e na Holanda. No Brasil, com a fundação da Imprensa Régia
(1808) surgiu a primeira folha noticiosa, Gazeta do Rio de janeiro,
redigida por Frei Tibúrcio José da Rocha. Em junho de 1808 começou a ser
impresso em Londres o Correio Brasiliense, primeiro jornal de brasileiros,
redigido por Hipólito José da Costa.
Os jornais possuem uma organização particular em razão da
diversidade de assuntos que podem tratar, o que caracteriza os vários tipos
de texto de um jornal e a linguagem utilizada em cada um deles como: o
lide, o anúncio, a chamada, a legenda, a manchete, o editorial, o artigo, a
coluna, os classificados, etc, que possuem características diversas com
objetivos específicos.
ANIMAIS E PLANTAS DO NORDESTE
Tem anta, paca e cotia,
peba, bola verdadeiro,
Tem laranja, manga, jaca,
abacate, sapoti,
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punaré, mocó, preá,
o veado campineiro,
capoeiro e garapu,
tamanduá, porco-espim,
papa-mel, quati, macaco,
preguisa, maritacaca,
graviola, jenipapo,
ananás, abacaxi,
uvas e maracujá,
a goiaba e o aracá,
condessa e araticum,
melancia e jerimum.
tejuaçu, camaleão,
o canastro e a tatutinga
muitas outras qualidades
pelo centro da caatinga,
mesmo caça que se come,
porém eu não sei o nome,
não posso em tudo falar...
mas quantidade de gato,
jabuti, casta de rato,
não há quem possa acabar.
Frutas de cipó do rio,
oiti e mandacaru,
ata, dendê,trapiá,
açai e coaçu,
canapum, batinga e ubaia,
e melancia da praia,
murici e guabiraba,
murta, fruta de marfim,
jatobá acho mais ruim
Do que pitomba e mangaba.
Neco Martins
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Bibliografia
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1991. (Coleção
Magistério 2o Grau, Série Formação do Professor, v. 16.)
CARVALHO, Carvalho. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1995.
CAGLIARE, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1989.
DURANTE, Marta. Alfabetização de adultos: leitura e produção de textos. Porto Alegre:
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FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
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KAUFMAN, Ana M. & RODRIGUES, Maria. E. 1995. Escola, leitura
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e
produção
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1987.
NOVA ESCOLA. O que a escola precisa saber (e fazer) para formar leitores. Entrevista
com Jean Foucambert. Nova escola, n. 65, pg. 45-51, abril 1993.
PARÂMETROS
CURRICULARES
NACIONAIS PARA
FUNDAMENTAL: LÍNGUA
PORTUGUESA.
Secretaria
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O
de
ENSINO
Educação
RIBEIRO, Vera M. M. (coordenação e texto final). Educação de jovens e adultos:
proposta curricular
para o 1o segmento do ensino fundamental. São
Paulo/Brasília: Ação Educativa, MEC, 1997.
80
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propostas de atividades de leitura e escrita para as aulas de