ESTRATÉGIAS DE PRÉ-LEITURA: ANTES, DURANTE E DEPOIS DO TEXTO
Monica Cibeli Strona (PIBID/CAPES/UNICENTRO)
Laise de Paula (PIBID/CAPESUNICENTRO)
Loremi Loregian-Penkal (PIBID/CAPES/UNICENTRO)
Resumo:
De acordo com Antunes (2003), os alunos precisam ser motivados para ler e geralmente essa
motivação é apresentada pelo professor, responsável pela mediação do processo. Assim sendo,
nesta comunicação, discutimos de que forma o professor pode incentivar o aluno à leitura do texto
em sala de aula. Para tanto, tomamos como base de discussão as experiências do PIBID-Português
em uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental, de um colégio público de Irati, Paraná, nas quais
o trabalho com o texto envolve as estratégias de compreensão antes da leitura, que, segundo Solé
(1998), abrangem: a motivação para a tarefa, a determinação de objetivos para a leitura, a ativação
de conhecimentos prévios e a produção de previsões e de perguntas sobre o texto lido.
Palavras-chave: Interação; estratégias de compreensão; atividades de leitura.
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como a prática de leitura com
estratégias antecipadas, realizadas a partir de iniciativas do professor, pode melhorar o
desempenho e chamar a atenção dos alunos para um melhor desenvolvimento em sala de
aula. Este trabalho parte da análise de resultados obtidos a partir das experiências
alcançadas pelos acadêmicos do PIBID-Português, participantes do Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no contexto escolar de um colégio público
localizado na cidade de Irati, Paraná.
A leitura no cotidiano escolar
Introduzir um texto para leitura em sala de aula parece tarefa fácil, mas não
podemos nos deixar levar por hipóteses e sim por confirmações. Tais confirmações
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referem-se à experiência em oferecer aos alunos uma leitura com ativação prévia de
conhecimentos, criando uma situação que desperte o interesse para a temática abordada,
sendo assim, quando escolhemos o texto a ser trabalhado, precisamos levar para os alunos
uma leitura que segundo Antunes, em seu livro “Aula de português, Encontro e Interação”,
seja uma leitura prazerosa.
Se atentarmos para o fato de uma leitura prazerosa, é necessário que agucemos em
nossos alunos um despertar diferente com relação ao texto apresentado. Colocar o texto em
pauta e não dar subsídios para o seu entendimento é simplesmente perder a obra e a aula
oferecida. No entanto, se queremos entendimento devemos nós professores colocar aos
alunos a introdução do nosso objetivo. Esta introdução, no tocante ao texto para ser lido
em sala de aula, refere-se às estratégias de pré-leitura, que para nós, futuros docentes, tem
um papel fundamental no ensino de português, o despertar do assunto, que ao decorrer do
ensino irá se expandindo e fará com que o aluno se torne futuramente um bom leitor, ou
seja, que ele tome gosto pela leitura.
Para melhor desenvolver o trabalho de leitura em sala de aula, alguns itens são
relevantes na escola acerca da leitura: não trabalhar os textos de forma descontextualizada;
dar tempo para que o aluno leia em sala de aula; ensinar métodos para retirar informações
de um texto; praticar com os alunos a importância e a prática da reescrita do texto, quando
oferecer proposta de reescrita, explicitar quem será o interlocutor; sugerir leituras fazendo
comentários interessantes de alguns livros para despertar o gosto pela leitura; dar ao aluno
embasamento para que ele possa construir não apenas dissertação, mas diversos tipos de
textos; trabalhar diversas formas de leituras, desde as revistinhas de Chico Bento até os
clássicos de Sófocles, porém de maneira diferenciada (fazendo inferências e colocando o
aluno dentro do contexto); dar retorno ao aluno, fazer com que ele mesmo perceba sua
evolução; dar feedback, principalmente de forma positiva, para que o discente evolua,
entre outras estratégias.
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Como desenvolver a capacidade de compreensão dos alunos?
É importante que se faça a ativação de conhecimentos prévios: antes da leitura do
texto propriamente dito, é importante retomar conteúdos relacionados, fazer perguntas
sobre o assunto, visando garantir a socialização desses conhecimentos; quando algumas
dessas perguntas ficarem sem resposta e ele for importante para a capacidade de
compressão do texto, o professor deve antecipar esse conteúdo, mas antes de qualquer
antecipação, é essencial que haja diálogo com os alunos para que eles exponham suas
opiniões sobre o mesmo.
Antecipação de conteúdos: a partir das leituras do título ou das informações sobre o
autor do texto (papel social), incitar os alunos a antecipar conteúdos do texto a ser lido. Em
alguns casos, essas perguntas podem se dar ao longo da leitura em relação ao que está por
vir, levando em conta o que já foi lido.
Checagem de Hipóteses: durante a leitura do texto, o professor deve retomar as
hipóteses (antecipações levantadas para verificar se elas foram ou não confirmadas). Se
necessário e adequado, pode-se durante esse processo levantar outras hipóteses. Para
elaboração deste foi utilizado como base metodológica o quadro construído por Barbosa e
Garcia (2004), a partir do texto de Rojo, como parte do material de formação do programa
de ensino médio em rede.
Resultados
Os resultados a respeito das práticas leitoras são sempre positivos, se aplicados
corretamente, de tal maneira que expresse a preparação do professor para ministrar aulas e
dos alunos que recepcionam tais práticas em favor de seus aprendizados sobre leituras. Se
forem bem trabalhadas as atividades de leitura, bem como as atividades de pré- leitura e
estratégias para interpretação de textos haverá sempre a formação positiva de bons leitores.
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No PIBID Português as práticas leitoras se mostraram eficazes, pois estão ligadas a
preparações detalhadas das aulas e pela dinamicidade existente neste ambiente,
contribuindo, portanto, para a formação docente e para a existência de bons leitores.
Agradecimentos:
Agradecemos em especial a Capes, pela bolsa de iniciação à Docência, a Professora Dr. Loremi
Loregian Penkal e à Professora Dr. Cristiane Malinoski Pianaro Angelo pelos conselhos e caminhos
sugeridos, também a toda a comunidade escolar do Colégio Estadual São Vicente de Paulo que nos
auxiliam em nossa profissionalização.
Bibliografia:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
SOLÉ, Izabel. Estratégias de leitura . Porto alegre: Ed. Artes médicas, 1998.
Quadro construído por Jacqueline Barbosa e Ana Luíza Marcondes Garcia a partir do texto de Rojo 2004 como parte do material de apoio ao ensino médio. Disponível em:http://pt.scribd.com/doc/102149250/LP-Prova-1a-EM-Cometarios-e-Recomendacoes-
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